Edição especial: Steven Stone, cadê você?

 
Pewter City. Confesso que nunca fiquei muito tempo em umas das cidades mais iniciais de todo treinador pokémon. A cidade cinzenta parecia ter o estigma de inicial, onde os treinadores começam os seus desafios com o líder Brock. Desde antes da grande enchente, ela era assim. Agora, não só atrai os treinadores novatos, como também os criadores, já que a universidade de criação pokémon decidiu criar solo ali. Enfim, não estava ali pela universidade. Procurava um outro nível de ciência!

Logo após retornar das minhas férias nas Ilhas Laranjas, Winnie tinha me dito que esta pedrinha que conseguimos lá tinha grande chance de ser uma Mega Stone. Já tinha visto o poder das mega evoluções antes, mas nunca achei que iria encontrar uma. Ela me disse que o museu de Pewter poderia ajudar. Museu entende de paleontologia, seria possível entender de gemologia? Vamos descobrir!

Como todas as minhas viagens nos últimos dias, a “renca” de ovos pokémons me seguia, tendo do meu lado o calmo, lunático e avoado, Lampent! O Pokémon fantasma flutuava para perto de mim, enquanto eu segui as ruas de Pewter olhando o GPS do RotomPhone. Conhecia a cidade pré dilúvio. Agora, ela estava levemente diferente. Iria até o museu procurar alguém que poderia me ajudar... o curador? Qual um! Até um estagiário (desde que tenha as informações), serve.

  A partir daqui, irei narrar em terceira pessoa, porque a OP tá aqui! Não que isso mude muita coisa, apenas minha admiração por uma narração de extrema qualidade!!! Que não interessa ao Ay, ele nem sabe que a Vitória existe! Pra ele, no momento, só existe a bolinha de gude que guardava no bolso com a mínima possibilidade de ser uma Mega Stone. Mega Stone! Ayzen parecia curioso pela possibilidade de ser uma Mega Stone. Ansioso? Um pouquinho! Ele tinha estudado muito sobre mega evoluções em seu estágio em Cinnabar, afinal, o foco da pesquisa era Mega Evoluções!

Apesar de Ayzen estar longe de saber tudo sobre Mega Stone, sua parcela de conhecimento o deixava ciente que a possibilidade de um dos seus Pokémons elegíveis ser o correspondente àquela bolinha de gude, era baixa. Risos! Risos mais ainda quando o jovem nota que o museu estava fechado! Apesar de ser um pesquisador-júnior, Ayzen não se interessava muito pela Paleotologia/Arqueologia. Para o jovem Ranger, era uma ciência interessante, mas bem distante do seu foco de pesquisa. Em grau de frustração, ele apertava a bolinha no pulso e guardava no bolso, soltando um suspiro de desânimo... “Dorgas!”, pensava consigo.

Quando todo o seu corpo estava pronto para deixar o local, o som do radinho antigo pareceu chamar a atenção dele. Ele não precisa de um museu aberto para avaliar a pedrinha, apenas, um especialista, né? - Bom dia!- o loiro acabava aumento o tom para ser notado ali. Como se já não tivessem sido notado! - Eu só queria uma informação: vocês têm algum especialista em pedras aqui que possa me ajudar? – com precaução, o jovem questionava. Será que alguém já passou por ali perguntando se alguém poderia avaliar uma bolinha de gude potencialmente poderosa e rara? Por questões ranger, não era bem um termo que Ayzen usaria... Não que ele não tivesse fé na humanidade, mas às vezes, partia dele a decisão de se precaver, ou não.

  Ayzen não esperava que as pessoas da recepção o ajudassem diretamente, afinal, mesmo depois de estudar alguns meses com o Prof. Roger, especialista em mega evolução, e colega do Prof. Carvalho, nem Roger e, muito menos o ranger, sabia interpretar a diferença de uma MegaStone e uma bolinha de gude. Talvez até Winnie estivesse errada e aquela pedra não seja tão especial. Talvez o povo das Ilhas Laranjas só achou bonitinha e ali pediram para que ele ficasse como recompensa por ter afugentado a ira do trio de aves lendárias.

De qualquer jeito, se o Ranger estava com um tempinho extra, talvez ele pudesse dedicar uma aposta naquele item, afinal, nem que seja de um Pokémon muito raro que o jovem loiro não tinha, seria recompensador e digno de nota. Calvin, no entanto, não parecia ser este tipo de especialista que Ayzen estava procurando. O ranger pensou algumas vezes, hesitou em confiar demais. No entanto, ele já era um capitão, com posse e porte de arma e com grande influência. Pensou em comportasse como tal, ao menos, com a auto confiança de um.

- Eu tenho uma gema antiga que fui me dada e me disseram que poderia encontrar um especialista aqui. - e de supetão, ele tirava aquela pedrinha, redondinha, do bolso, sem nenhuma cerimônia. No meio daquela manhã, o que não era visto ou percebido era o flutuar muito apático e silencioso do Pokémon do Ranger: Lampent! O pokémon estava fora da Pokébola desde que o loiro saiu do Centro Pokémon e resolveu aparecer planando o ar naquele momento. Talvez estivesse no mundo da lua e se perdeu no caminho, enquanto no momento resolveu aparecer. Ayzen tinha notado isso várias vezes, por isso nem se preocupava mais.

- Eu acho que é só uma pedrinha de cor bonitinha, mas queria saber se tem algo a mais por trás... Sou pesquisador também, mas de outra área bem diferente...

  Devo dizer que Ayzen brochava junto do “simpático” guarda, que parecia metido a arrogante, por falar de algo que não entendia, com toda a certeza do mundo, como quem vira especialista de Pfizer sem nem saber como funciona imunologia. Claro que Ayzen não pensou isso, são notas do autor. Mas o ranger parecia ter sido frustrado em sua tentativa de saber se aquilo era raro ou não. Lampent, que há poucos minutos guiava alguma alma pro além, agora captava o sentimento de desanimo de seu treinador, tentando aumentar a temperatura para confortá-lo. Era um Pokémon bem desligado, mas desta vez, ele fora rápido para saber o que estava acontecendo.

Ayzen estava quase para desistir, principalmente no quesito de incomodar uma pesquisadora para isso, mas uma coisa chamou a atenção do jovem pesquisador: mesmo que não seja uma Mega Stone (ora, por que achou que ele ia ter uma mega stone?), ele poderia aperfeiçoar o seu currículo com algum direcionamento de gemologia e sociedade Pokémon que poderia muito enriquecer seu currículo. Os ombros do Ranger penderam. Sua mão deslizava no bolso, guardando a esferinha. - Ok!- para desespero do guardinha patrimonial e falta de leitura corporal do loiro, ele queria o contato.

- Acho que de vidro não é feito isso aqui não, mas de outro mineral que eu não saiba. Ao menos, eu poderei saber o que é e aprender um pouco mais, né? Vai que eu precise identificar uma mega stone no futuro, quem sabe? Sou Ranger e não é raro ver tráfico e roubo dessas coisas. – dizia o rapaz, na maior ingenuidade, mal sabendo ele que aquilo era um item raro sim. Agora faltava o homem em sua frente perceber o que tinha sido feito e entregar o número da doutora responsável. Você que lute, Calvin!

Calvin com certeza ficava todo “desconcertado” diante da possibilidade de vazar o contato de uma pesquisadora do museu. Talvez não fosse muito sábio da parte dele citar o nome de dra. Sandra. Talvez Ayzen nem tivesse tanta vontade assim de saber se dra. Sandra poderia ajudar ou não. Na verdade, Ayzen estava era muito retardado no momento, não notando aqueles sinais de inquietação que Calvin mostrava, embora Lampent (o mais lento), notara. Mesmo assim, após receber o número, o jovem só lembrara do fato de que Calvin queria ser ranger...

- Massa, pô! Pois tente! A gente precisa de gente como você na equipe.- Precisa não, mas o jovem ranger não faria juízo de valor. Até gritava, pois Calvin já estava se afastando dele, como se fosse um fugitivo, sem o ranger, experiente em caçar fugitivos, notar. Tururu.

De posse do número, da falta de Calvin, e com Lampent rodopiando ao redor da bolsa repleta de Eggs do Ranger, Ayzen conseguia retirar seu Phone do bolso. Pensou alguns minutos, enquanto se afastava do Museu. Não saberia informar se dra. Sandra estava ali, além de que, no fim do tudo, pareceu deduzir que Calvin estava ocupado demais, e não queria incomodá-lo de novo. Bem, para treinador Pokémon que tem uma cama confortável no Centro Pokémon, o loiro não acharia ruim se Dra. Sandra só puder o atender no dia seguinte. Nada mais justo!

Ayzen resolvia mandar uma mensagem para a mulher. Registrou o número, abriu o Pokéshapp e torceu para que não fosse tão indiscreto em pedir ajudar para alguém que nunca falou ou fora apresentado. Claro que começaria a mensagem se apresentando, todo o seu longo título de algo em torno de 5 anos de carreira: Ayzen Kitshomo, Treinador Às III, Capitão Ranger, Pesquisador-júnior de Relações Humano-Pokémon. Depois pedia a consultoria... A mulher responderia? Talvez só mais tarde. A humanidade é dividida em duas: aqueles que respondem imediatamente uma mensagem e aqueles que demoram 3 dias. Talvez, a qualquer momento, alguns ovos nasceriam, com o sol em Pyroar. Não sei se isso era uma boa escolha....