[CONTO] Food
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Re: [CONTO] Food
Semana 5
12/09/2021 - 18/09/2021
12/09/2021 - 18/09/2021
Bob Joegard
Poucas coisas tendem a me incomodar tanto quanto perder um dia de trabalho por causa de idiotice alheia. Pensei que, por estar sendo entrevistado por aquela menina aquele dia, iria ganhar alguns bons clientes para o Fossa.
Pensei também que seria uma coisa simples; coisa de uma tacada só. O baque veio hoje cedo, quando vim abrir meu barzinho.
— Putz grila, pai. — Falei, observando aquele monte de faixas amarelas e pretas que estava fazendo o local ficar completamente isolado.
Isso é o contrário de conseguir clientes.
Me aproximei de alguns policiais que estavam ali perto. Eles conversavam entre si, enquanto outros tiravam fotos ou escreviam coisas em fichários idiotas. Estava muito irritado, mas não queria arranjar problemas com a polícia, né.
— Que merda é essa, seu bando de pé rapado? — Perguntei para os dois que estavam conversando.
Os dois me olharam, incrédulos. Acho que um Meowth comeu a língua deles, porque ficaram sem me responder por uns bons minutos. Assim que tiveram a hombridade de abrir o bico, apenas disseram:
— Essa área está interditada no momento, senhor. — Como uma porcaria de um robô.
— Para sua segurança, pedimos que se afaste. — Bip Bop.
— Escutem aqui, seus comédias. EU sou o dono dessa joça aqui que vocês estão chamando de perigosa. O que aconteceu? O que vocês fizeram com o Fossa?
Seus olhares se mostraram preocupados. Se entreolharam antes de me falar qualquer coisa. Começaram a cochichar bobeiras no ouvido um do outro, trocando ideias e coisas do gênero. Mas que merda...?
— O senhor não vê o noticiário, senhor? — Indagou um deles, receoso.
— Tenho tempo pra isso não, amigo. Sou viúvo, moro sozinho. — Falei, sem querer fazer drama. — O que houve pra esse monte de palerma estar aqui?
Mais silêncio por parte dos dois imbecis. Esperei, esperei. Eles viraram as costas e foram embora, gritando por um tal de “Towers”. Você só pode estar de sacanagem? Após alguns segundos, voltaram com um terceiro pateta.
— É esse cara aqui, Sargento Towers. — Disse um deles, apontando com a cabeça para mim. — Ele alega ser o dono do bar.
O homem, que era alguns centímetros mais baixo que eu, me encarou. Sua cabeça era raspada. Trajava uma jaqueta laranja avermelhada cheia de estampas e medalhas. Usava calças jeans surradas e belas botas pretas, vou admitir. Com uma feição séria em seu rosto, proclamou:
— Smith, Silva, dispensados. O resto, eu resolvo. — Ele disse, com uma voz de durão, cruzando os braços.
Eu não nasci ontem, moleque. Você acabou de sair da puberdade e já quer cantar de Blaziken pra cima de mim? Eu mereço... Encarei o tal “Towers” nos olhos e me aproximei levemente dele, tentando não esmurra-lo ali mesmo.
— Qual a do circo, sargento?
— Muito prazer, senhor Joegard. Sou o responsável pela operação aqui no seu bar, o “Fossa”. Nos desculpe pela intromissão, mas acho que o senhor não está ciente do problema como um todo. — Disse o garoto. — Aliás, não era “Foça” antes? Com cedilha. O que aconteceu com o nome? — Ele perguntou, notavelmente intrigado.
— Meu pai era analfabeto. Ele não sabia escrever Fossa, só falar. Eu consertei porque estavam começando a corrigir os cartões, folders e cartazes que eu mandava fazer. — Por que isso importaria agora?
— Entendi... Eu vinha muito com meu pai aqui, quando era moleque. Bem, não que você se importe... — Pelo menos ele sabe. — A questão é que um assassinato ocorreu dentro do seu bar, senhor Joegard.
— Oi? — Indaguei, incrédulo com o que havia sido dito.
— Aparentemente, aconteceu de madrugada. Não sabemos muito mais do que isso. Gostaríamos que o senhor prestasse um depoimento. Até ver se reconhece a vítima e...
Eu não lembro mais do que o tal Towers disse. Estava muito ocupado com um zumbido no meu ouvido, como um mal presságio de algo que iria acontecer. Quem morreu? Como? Por quê...?
— Q-quem vocês suspeitam que seja? — Foi tudo que consegui perguntar.
— Não temos muitas provas concretas, mas... O demônio felpudo, provavelmente..
Pensei também que seria uma coisa simples; coisa de uma tacada só. O baque veio hoje cedo, quando vim abrir meu barzinho.
— Putz grila, pai. — Falei, observando aquele monte de faixas amarelas e pretas que estava fazendo o local ficar completamente isolado.
Isso é o contrário de conseguir clientes.
Me aproximei de alguns policiais que estavam ali perto. Eles conversavam entre si, enquanto outros tiravam fotos ou escreviam coisas em fichários idiotas. Estava muito irritado, mas não queria arranjar problemas com a polícia, né.
— Que merda é essa, seu bando de pé rapado? — Perguntei para os dois que estavam conversando.
Os dois me olharam, incrédulos. Acho que um Meowth comeu a língua deles, porque ficaram sem me responder por uns bons minutos. Assim que tiveram a hombridade de abrir o bico, apenas disseram:
— Essa área está interditada no momento, senhor. — Como uma porcaria de um robô.
— Para sua segurança, pedimos que se afaste. — Bip Bop.
— Escutem aqui, seus comédias. EU sou o dono dessa joça aqui que vocês estão chamando de perigosa. O que aconteceu? O que vocês fizeram com o Fossa?
Seus olhares se mostraram preocupados. Se entreolharam antes de me falar qualquer coisa. Começaram a cochichar bobeiras no ouvido um do outro, trocando ideias e coisas do gênero. Mas que merda...?
— O senhor não vê o noticiário, senhor? — Indagou um deles, receoso.
— Tenho tempo pra isso não, amigo. Sou viúvo, moro sozinho. — Falei, sem querer fazer drama. — O que houve pra esse monte de palerma estar aqui?
Mais silêncio por parte dos dois imbecis. Esperei, esperei. Eles viraram as costas e foram embora, gritando por um tal de “Towers”. Você só pode estar de sacanagem? Após alguns segundos, voltaram com um terceiro pateta.
— É esse cara aqui, Sargento Towers. — Disse um deles, apontando com a cabeça para mim. — Ele alega ser o dono do bar.
O homem, que era alguns centímetros mais baixo que eu, me encarou. Sua cabeça era raspada. Trajava uma jaqueta laranja avermelhada cheia de estampas e medalhas. Usava calças jeans surradas e belas botas pretas, vou admitir. Com uma feição séria em seu rosto, proclamou:
— Smith, Silva, dispensados. O resto, eu resolvo. — Ele disse, com uma voz de durão, cruzando os braços.
Eu não nasci ontem, moleque. Você acabou de sair da puberdade e já quer cantar de Blaziken pra cima de mim? Eu mereço... Encarei o tal “Towers” nos olhos e me aproximei levemente dele, tentando não esmurra-lo ali mesmo.
— Qual a do circo, sargento?
— Muito prazer, senhor Joegard. Sou o responsável pela operação aqui no seu bar, o “Fossa”. Nos desculpe pela intromissão, mas acho que o senhor não está ciente do problema como um todo. — Disse o garoto. — Aliás, não era “Foça” antes? Com cedilha. O que aconteceu com o nome? — Ele perguntou, notavelmente intrigado.
— Meu pai era analfabeto. Ele não sabia escrever Fossa, só falar. Eu consertei porque estavam começando a corrigir os cartões, folders e cartazes que eu mandava fazer. — Por que isso importaria agora?
— Entendi... Eu vinha muito com meu pai aqui, quando era moleque. Bem, não que você se importe... — Pelo menos ele sabe. — A questão é que um assassinato ocorreu dentro do seu bar, senhor Joegard.
— Oi? — Indaguei, incrédulo com o que havia sido dito.
— Aparentemente, aconteceu de madrugada. Não sabemos muito mais do que isso. Gostaríamos que o senhor prestasse um depoimento. Até ver se reconhece a vítima e...
Eu não lembro mais do que o tal Towers disse. Estava muito ocupado com um zumbido no meu ouvido, como um mal presságio de algo que iria acontecer. Quem morreu? Como? Por quê...?
— Q-quem vocês suspeitam que seja? — Foi tudo que consegui perguntar.
— Não temos muitas provas concretas, mas... O demônio felpudo, provavelmente..
Food- Especialista Fighting II
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Re: [CONTO] Food
Semana 7
26/09/2021 - 02/10/2021
26/09/2021 - 02/10/2021
Sargento Towers
Algumas vezes, na sua vida, você provavelmente pensou que se arrependeu de algumas escolhas que fez. Seja uma carreira que decidiu seguir, algo que acabou falando, ou até mesmo uma ação feita sem pensar muito.
No meu caso, definitivamente foi o dia que decidi honrar a carreira de meu pai e seguir seus passos.
Não me entenda errado. Eu faço meu trabalho com o máximo de empenho e seriedade possível. Carrego nas costas as obrigações e na minha jaqueta as medalhas de ideais que volte e meia acabam sendo harmônicos com os meus. Vivo em dilemas, repito alguns lemas e sigo em frente pensando que estou fazendo um pouco de bem para esse mundo injusto.
O problema não está no trabalho em si. Está nos seus ofícios... Lidar com público pode ser algo divertido e interessante, mas geralmente é chato e cansativo. Eu nunca fui de falar muito com os outros, mas o emprego me obriga a entrevistar diversas pessoas, que muitas vezes me odeiam pelo simples fato de ter que responder coisas idiotas como seu nome completo. A maioria delas não vê que, por mim, não estaria fazendo isso também.
Já estava na viatura fazia alguns minutos, no assento de copiloto. Enquanto eu tentava escrever algumas coisas em meu caderno, Smith mascava alguns chicletes coloridos de frutas e “dirigia” o carro. Digo entre aspas porque o trânsito estava uma merda, e estávamos num estado de inércia por mais de vinte minutos.
— Essa porcaria perde o sabor muito fácil. — Praguejou o cadete, abrindo a janela da viatura e cuspindo uma bola colorida para fora.
Colorida talvez não seja o termo ideal. O certo seria, muito pelo contrário, chamar ela de cinza. Tantos corantes foram colocados ali ao mesmo tempo que, misturados na boca do infeliz, já se tornavam uma cor suja e morta, completamente oposta as gomas do pacote, que tinham cores vivas e vibrantes.
Tirou as mãos do volante e levou até o saco de chicletes de novo. Pegou um punhado e colocou tudo na boca de uma vez só, de novo. Começou a mastigar, mas encheu tanto a boca que deixou um pouco de saliva colorida vazar de seus lábios.
— Que nojo, cara. — Repreendeu o cadete Silva, que estava no banco de trás. — Você tem os modos de um Passimian.
Em resposta, Smith apenas riu de forma debochada e esdrúxula, provavelmente pelo excesso de doces na sua boca.
— Vai se ferrar, Silva — Ele disse, como um chafariz de arco-íris, com sua dicção completamente deformada pelos chicletes que estavam em sua boca.
Suspirei, apenas me questionando sobre quais são os métodos de recrutamento dos Ranger de hoje em dia. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, o trânsito começou a andar novamente. Aliviado, apenas fechei meu caderno e guardei ele em minha jaqueta novamente.
— A vítima morreu em frente ao Fossa. — Falei, apoiando o cotovelo na janela. — E a câmera não viu nada.
— Como assim não viu nada? Tipo... Alguém foi visto ali, não foi? — Indagou Silva.
— Aham. A vítima. Ela estava andando, caiu no chão e... Bem, os legistas dizem que ela não morreu na hora, mas ela definitivamente morreu. — E isso era o mais estranho.
Ela estava andando. Ela de repente caiu no chão e... Pronto, estava morta. Não sabemos o porquê, tampouco quem o fez. A primeira suspeita é a de um Pokémon, é claro. O problema é que selvagens não tem o hábito de serem violentos e matar pessoas.
— E quem é a vítima? — Perguntou Smith, com a pronúncia completamente distorcida graças aos chicletes que mascava e enchiam sua boca, de novo.
— Diogo. — Falei, pegando o caderno do meu bolso novamente. — Pera, é Diego. Eu sempre confundo.
Diego Victime. Um aspirando a pesquisador de vinte e dois anos que estava desaparecido... A última vez que foi visto, estava indo caçar um Pokémon na floresta de Viridian. O que nos deixa com a pergunta fundamental: como esse cara foi parar em Saffron?
— Esquece essa merda aí, Sargento. — Disse Smith, que já havia cuspido seus chicletes. — Daqui duas semanas algum daqueles jornalistas ou detetives bobos vai achar o culpado, e nos estressamos à toa.
Suspirei, me ajeitando no assento. Gostaria que o cadete estivesse errado, mas, como Ranger, não sou de grande serventia no caso deste crime, pelo menos por enquanto. Não sei quem é o assassino, mas, se for um Pokémon...
— Quem mataria o Diego? — Indagou Silva.
— É Diogo, idiota. — Repreendeu Smith.
— É Diego. — Falei, olhando pela janela e vendo que estávamos chegando na cena do crime. — Eu não sei. O rapaz tinha boas notas e era o ajudante de maior destaque do laboratório em que estava. É ali, Smith
O cadete assentiu a cabeça e encostou o carro junto de várias outras viaturas, além de uma ambulância. Tudo já estava começando a ser interditado, e meu trabalho no momento era interrogar o dono do bar, senhor Bob Joegard.
No meu caso, definitivamente foi o dia que decidi honrar a carreira de meu pai e seguir seus passos.
Não me entenda errado. Eu faço meu trabalho com o máximo de empenho e seriedade possível. Carrego nas costas as obrigações e na minha jaqueta as medalhas de ideais que volte e meia acabam sendo harmônicos com os meus. Vivo em dilemas, repito alguns lemas e sigo em frente pensando que estou fazendo um pouco de bem para esse mundo injusto.
O problema não está no trabalho em si. Está nos seus ofícios... Lidar com público pode ser algo divertido e interessante, mas geralmente é chato e cansativo. Eu nunca fui de falar muito com os outros, mas o emprego me obriga a entrevistar diversas pessoas, que muitas vezes me odeiam pelo simples fato de ter que responder coisas idiotas como seu nome completo. A maioria delas não vê que, por mim, não estaria fazendo isso também.
Já estava na viatura fazia alguns minutos, no assento de copiloto. Enquanto eu tentava escrever algumas coisas em meu caderno, Smith mascava alguns chicletes coloridos de frutas e “dirigia” o carro. Digo entre aspas porque o trânsito estava uma merda, e estávamos num estado de inércia por mais de vinte minutos.
— Essa porcaria perde o sabor muito fácil. — Praguejou o cadete, abrindo a janela da viatura e cuspindo uma bola colorida para fora.
Colorida talvez não seja o termo ideal. O certo seria, muito pelo contrário, chamar ela de cinza. Tantos corantes foram colocados ali ao mesmo tempo que, misturados na boca do infeliz, já se tornavam uma cor suja e morta, completamente oposta as gomas do pacote, que tinham cores vivas e vibrantes.
Tirou as mãos do volante e levou até o saco de chicletes de novo. Pegou um punhado e colocou tudo na boca de uma vez só, de novo. Começou a mastigar, mas encheu tanto a boca que deixou um pouco de saliva colorida vazar de seus lábios.
— Que nojo, cara. — Repreendeu o cadete Silva, que estava no banco de trás. — Você tem os modos de um Passimian.
Em resposta, Smith apenas riu de forma debochada e esdrúxula, provavelmente pelo excesso de doces na sua boca.
— Vai se ferrar, Silva — Ele disse, como um chafariz de arco-íris, com sua dicção completamente deformada pelos chicletes que estavam em sua boca.
Suspirei, apenas me questionando sobre quais são os métodos de recrutamento dos Ranger de hoje em dia. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, o trânsito começou a andar novamente. Aliviado, apenas fechei meu caderno e guardei ele em minha jaqueta novamente.
— A vítima morreu em frente ao Fossa. — Falei, apoiando o cotovelo na janela. — E a câmera não viu nada.
— Como assim não viu nada? Tipo... Alguém foi visto ali, não foi? — Indagou Silva.
— Aham. A vítima. Ela estava andando, caiu no chão e... Bem, os legistas dizem que ela não morreu na hora, mas ela definitivamente morreu. — E isso era o mais estranho.
Ela estava andando. Ela de repente caiu no chão e... Pronto, estava morta. Não sabemos o porquê, tampouco quem o fez. A primeira suspeita é a de um Pokémon, é claro. O problema é que selvagens não tem o hábito de serem violentos e matar pessoas.
— E quem é a vítima? — Perguntou Smith, com a pronúncia completamente distorcida graças aos chicletes que mascava e enchiam sua boca, de novo.
— Diogo. — Falei, pegando o caderno do meu bolso novamente. — Pera, é Diego. Eu sempre confundo.
Diego Victime. Um aspirando a pesquisador de vinte e dois anos que estava desaparecido... A última vez que foi visto, estava indo caçar um Pokémon na floresta de Viridian. O que nos deixa com a pergunta fundamental: como esse cara foi parar em Saffron?
— Esquece essa merda aí, Sargento. — Disse Smith, que já havia cuspido seus chicletes. — Daqui duas semanas algum daqueles jornalistas ou detetives bobos vai achar o culpado, e nos estressamos à toa.
Suspirei, me ajeitando no assento. Gostaria que o cadete estivesse errado, mas, como Ranger, não sou de grande serventia no caso deste crime, pelo menos por enquanto. Não sei quem é o assassino, mas, se for um Pokémon...
— Quem mataria o Diego? — Indagou Silva.
— É Diogo, idiota. — Repreendeu Smith.
— É Diego. — Falei, olhando pela janela e vendo que estávamos chegando na cena do crime. — Eu não sei. O rapaz tinha boas notas e era o ajudante de maior destaque do laboratório em que estava. É ali, Smith
O cadete assentiu a cabeça e encostou o carro junto de várias outras viaturas, além de uma ambulância. Tudo já estava começando a ser interditado, e meu trabalho no momento era interrogar o dono do bar, senhor Bob Joegard.
Última edição por Food em Sex Out 01 2021, 00:17, editado 1 vez(es)
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Re: [CONTO] Food
Semana 8
03/10/2021 - 09/10/2021
03/10/2021 - 09/10/2021
Sargento Towers
Assim que chegamos, percebi a bagunça da cena. Tínhamos peritos, tínhamos civis bisbilhoteiros, mas não tínhamos ideia do possível culpado do crime. Nem uma pista que fosse minimamente conclusiva, também.
Desci do carro. Eu não sou um detetive, nem um perito forense que seja. Não entendo tão bem de direito... Sou apenas o braço forte da situação. Eu prendo o cara malvadão. O problema mora aí; por causa disso, não me dão muita bola.
— Sargento Towers. — Falei para alguns dos soldados que estavam isolando o perímetro com faixas, barrando os civis e fazendo questão de ficar com cara de maldoso para afastar os curiosos. — Vim agora do QG de Saffron.
O rapaz, Soldado Leroy, pareceu meio demorado em conseguir confirmar a informação. Ele começou a checar sua prancheta com afinco e ver se encontrava algo sobre mim, sem sucesso. Suspirei, descrente no futuro da organização.
— O cara do caso do Eevee. — Emendei, e logo em seguida seus olhos se arregalaram.
— P-Pode entrar, senhor.
Sem cerimônia, agradeci com um aceno de cabeça e continuei para parte de dentro do terreno. Comecei a me aproximar de um punhado de superiores para ter uma ideia geral, mas, antes que pudesse chegar lá, acabei tropeçando.
Por sorte, consegui dar uma cambalhota e não parecer um completo idiota. Olhei para o chão e vi que existia um pequeno cogumelo roxo e verde no chão. Frustrado, apenas chutei o fungo e tirei a terra da minha calça.
— Sargento Towers se apresentando. — Me aproximei deles e me apresentei. — Capitão Fastidioso, por que o senhor me convocou? — Acabei soltando, pela impaciência.
A alta cúpula ali presente se virou toda em minha direção, ao mesmo tempo. Pareciam surpresos, com exceção do Capitão Fast, que apenas sorriu e abriu os braços.
— Towers, meu garoto. — Tão sem cerimônias quanto eu, acabou me dando um abraço apertado e em seguida se distanciou novamente. — Como sempre, em ponto.
Com essa frase você talvez pense: Ok, você está em ponto, mesmo que tenha pegado trânsito. Mas, espera, não seriam todos os militares pontuais, de um modo geral?
A resposta é: sim, se fosse sobre o horário em si que ele estivesse falando. Quando ele diz que estou em ponto, se refere ao fato de que...
— Estava falando de você agora. Nosso garoto que vai dar um jeito nessa força tarefa. — Ele disse, sorridente.
Fastidioso é um antigo amigo de meu falecido pai. Eles eram uma dupla que me inspirou a me tornar um Ranger. Independente de como veja isso, me arrependo um pouco de minha decisão hoje, mas decidi honrar a escolha de vida que meu pai faz. Acima do peso, o homem tinha cabelos ralos nas laterais e uma grande careca no centro. Um fino bigode e dentes bem tortos. Seu nariz também era torto, proveniente de uma pancada que recebeu quando ainda estava na academia e que não foi bem tratada.
— Do que precisa, Capitão?
O homem trocou sua feição amistosa por uma mais séria. Olhou para os lados de modo inquieto e pensativo. Em seguida, tirou suas mãos de trás do corpo e me estendeu uma resma de envelopes grandes.
— Aqui. É a ficha sobre os últimos clientes e sobre o dono. Ele já deve estar chegando, se chama...
— Bob Joegard. — Complementei. — Eu vinha aqui com meu pai.
O capitão assentiu e prosseguiu.
— Como já te disseram, precisamos que você entreviste o homem. — Ele disse, sorrindo. — Extraia o máximo de informações possíveis. Precisamos saber se ele tem um álibi...
Meio confuso, franzi o cenho.
— Por que ele é uma opção de culpado, Capitão? — Indaguei.
— Boa pergunta. O documento diz isso. Seria bom ler enquanto ele não chega... Dispensado. — Ele disse, acenando com a cabeça na direção de minhas costas.
Esse cara sempre prefere o caminho chato e complexo...
Após me retirar, comecei a folhear a ficha de Bob Joe. Aparentemente, um cara normal. Porém ele é bem solitário. Viúvo, sem amigos. Apenas o bar para si. A única coisa fora do comum era o fato de que ele havia presenciado um ataque do tal “Demônio Felpudo” que estava ocorrendo pela cidade fazia algumas semanas. Fez uma entrevista para um jornal e disse todas as poucas coisas que sabia...
Não fazia sentido ser um possível culpado.
Folheei para ler o que sabíamos do caso até então. Se tratava de um estranho assassinato. Pelas câmeras, apenas conseguimos ver um homem que andava normalmente e que caiu em frente ao bar, de repente. Ele apenas... Morreu ali. O estranho é que não sabemos se ele machucou a cabeça ou teve um mal súbito, mas nada aponta para isso. Ainda estamos esperando a perícia, mas sem uma pista concreta...
— Sargento. — Smith me chamou, atrapalhando meu pensamento. — O gordão chegou.
Olhei para frente e vi Bob Joe chegando com sua característica cara fechada de sempre. Ótimo... É agora.
Desci do carro. Eu não sou um detetive, nem um perito forense que seja. Não entendo tão bem de direito... Sou apenas o braço forte da situação. Eu prendo o cara malvadão. O problema mora aí; por causa disso, não me dão muita bola.
— Sargento Towers. — Falei para alguns dos soldados que estavam isolando o perímetro com faixas, barrando os civis e fazendo questão de ficar com cara de maldoso para afastar os curiosos. — Vim agora do QG de Saffron.
O rapaz, Soldado Leroy, pareceu meio demorado em conseguir confirmar a informação. Ele começou a checar sua prancheta com afinco e ver se encontrava algo sobre mim, sem sucesso. Suspirei, descrente no futuro da organização.
— O cara do caso do Eevee. — Emendei, e logo em seguida seus olhos se arregalaram.
— P-Pode entrar, senhor.
Sem cerimônia, agradeci com um aceno de cabeça e continuei para parte de dentro do terreno. Comecei a me aproximar de um punhado de superiores para ter uma ideia geral, mas, antes que pudesse chegar lá, acabei tropeçando.
Por sorte, consegui dar uma cambalhota e não parecer um completo idiota. Olhei para o chão e vi que existia um pequeno cogumelo roxo e verde no chão. Frustrado, apenas chutei o fungo e tirei a terra da minha calça.
— Sargento Towers se apresentando. — Me aproximei deles e me apresentei. — Capitão Fastidioso, por que o senhor me convocou? — Acabei soltando, pela impaciência.
A alta cúpula ali presente se virou toda em minha direção, ao mesmo tempo. Pareciam surpresos, com exceção do Capitão Fast, que apenas sorriu e abriu os braços.
— Towers, meu garoto. — Tão sem cerimônias quanto eu, acabou me dando um abraço apertado e em seguida se distanciou novamente. — Como sempre, em ponto.
Com essa frase você talvez pense: Ok, você está em ponto, mesmo que tenha pegado trânsito. Mas, espera, não seriam todos os militares pontuais, de um modo geral?
A resposta é: sim, se fosse sobre o horário em si que ele estivesse falando. Quando ele diz que estou em ponto, se refere ao fato de que...
— Estava falando de você agora. Nosso garoto que vai dar um jeito nessa força tarefa. — Ele disse, sorridente.
Fastidioso é um antigo amigo de meu falecido pai. Eles eram uma dupla que me inspirou a me tornar um Ranger. Independente de como veja isso, me arrependo um pouco de minha decisão hoje, mas decidi honrar a escolha de vida que meu pai faz. Acima do peso, o homem tinha cabelos ralos nas laterais e uma grande careca no centro. Um fino bigode e dentes bem tortos. Seu nariz também era torto, proveniente de uma pancada que recebeu quando ainda estava na academia e que não foi bem tratada.
— Do que precisa, Capitão?
O homem trocou sua feição amistosa por uma mais séria. Olhou para os lados de modo inquieto e pensativo. Em seguida, tirou suas mãos de trás do corpo e me estendeu uma resma de envelopes grandes.
— Aqui. É a ficha sobre os últimos clientes e sobre o dono. Ele já deve estar chegando, se chama...
— Bob Joegard. — Complementei. — Eu vinha aqui com meu pai.
O capitão assentiu e prosseguiu.
— Como já te disseram, precisamos que você entreviste o homem. — Ele disse, sorrindo. — Extraia o máximo de informações possíveis. Precisamos saber se ele tem um álibi...
Meio confuso, franzi o cenho.
— Por que ele é uma opção de culpado, Capitão? — Indaguei.
— Boa pergunta. O documento diz isso. Seria bom ler enquanto ele não chega... Dispensado. — Ele disse, acenando com a cabeça na direção de minhas costas.
Esse cara sempre prefere o caminho chato e complexo...
Após me retirar, comecei a folhear a ficha de Bob Joe. Aparentemente, um cara normal. Porém ele é bem solitário. Viúvo, sem amigos. Apenas o bar para si. A única coisa fora do comum era o fato de que ele havia presenciado um ataque do tal “Demônio Felpudo” que estava ocorrendo pela cidade fazia algumas semanas. Fez uma entrevista para um jornal e disse todas as poucas coisas que sabia...
Não fazia sentido ser um possível culpado.
Folheei para ler o que sabíamos do caso até então. Se tratava de um estranho assassinato. Pelas câmeras, apenas conseguimos ver um homem que andava normalmente e que caiu em frente ao bar, de repente. Ele apenas... Morreu ali. O estranho é que não sabemos se ele machucou a cabeça ou teve um mal súbito, mas nada aponta para isso. Ainda estamos esperando a perícia, mas sem uma pista concreta...
— Sargento. — Smith me chamou, atrapalhando meu pensamento. — O gordão chegou.
Olhei para frente e vi Bob Joe chegando com sua característica cara fechada de sempre. Ótimo... É agora.
Última edição por Food em Sáb Out 09 2021, 20:43, editado 2 vez(es)
_________________
20% de bônus de experiência - Especialista Lutador II
15% de bônus de experiência em batalhas - Aprendiz de Líder de Ginásio B (Lutador)
- O Arthur não faz parte da Virtuum:
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Re: [CONTO] Food
O membro 'Food' realizou a seguinte ação: Lançar Dados
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Re: [CONTO] Food
Pro eu do futuro escreveu:Estou jogando fora esse plot de mistério pq esqueci o desfecho. Vou começar outra brincadeira besta pra farmar Pokébolas, que valem 100pk$ no PokeCenter. Vou enriquecer com meu exploit. Tomem cuidado.
Hoje, fui expulsa de casa.
Segundo meus pais, passei tanto tempo sendo útil na fazenda e estudando que, por alguma razão, estava irritando eles. Fui expulsa, com a ordem de que, se eu quisesse voltar para casa, para minha casa, deveria ter me tornado alguém diferente; não melhor ou pior, mas... Diferente.
Para isso, decidiram que o ideal seria que eu almejasse uma carreira que apenas pessoas folgadas e sem grandes pretensões na vida seguem... Sim, eu teria que me tornar uma treinadora Pokémon!
– Sei ler desde antes de fazer um ano de idade. Absorvi informações sobre todos os assuntos gerais minimamente relevantes em todas as áreas e quesitos. Sou melhor que meus pais em qualquer assunto, e mesmo assim... – Na verdade, justamente por isso...
Suspirei. Agora, era tarde demais para voltar atrás. Apenas um futuro, espero que um brilhante e magnífico, me esperava a frente. Ajeitei o meu cachecol no pescoço e me lembrei daquele dito cujo apetrecho que me foi dado pelo meu tio, irmão de meu pai: uma Pokébola.
– Pensar que teria que me aventurar a pé por essa região, visando apenas a vida mansa e despreocupada, nômade, de um vagabundo que lucra com rinha... Um ultraje... – Não conseguia me enganar. Eu odiava a ideia! Mas era necessário... – QUE FRUSTRANTE! – Acabei gritando, um tanto quanto frustrada, lançando aquela Pokébola direto ao chão.
Dela, um grande gorila esbranquiçado surgiu. Segurava uma couve em sua mão, e apontava para mim com seu indicador. Seus olhos eram meio inclinados; parecia extremamente triste. Uma manta roxa muito esquisita em seus ombros o fazia parecer ainda mais diferente de um gorila convencional...
Aquele era um Oranguru, sem dúvidas.
– Humph... Acho que não adianta reclamar agora. Oi, Oranguru. Eu me chamo Sophia. Sofia Maria Ana Julia Helena Alice Amanda Cecília Elisa Isabela Bella Isabel Isa Laura Jéssica José Okido. – Disse, recuperando o ar. – Sophia, enfim.
O animal assentiu, de forma meio desleixada. Não parecia ser muito energético, tampouco se importar minimamente com os detalhes de nossa relação. Conseguia ver: era um preguiçoso. O pior tipo de pessoa, do que só grunhe, reclama, não ajuda e ainda faz corpo mole.
– Não vai dizer nada? Bem, me permita dizer então! – Falei, cansada de esperar uma réplica. – Seremos treinadora e Pokémon. Eu e você. Nem mais, nem menos. Não somos amigos, no máximo, aliados. E para de abanar essa couve idiota quando eu estou falando!
O Oranguru suspirou e revirou seus olhos levemente achatados, bocejando. Senti uma veia saltar em minha testa, mas não era hora para entrar em brigas. Não se eu quisesse ter sucesso em meu objetivo.
– Não gosto de gente preguiçosa. Nem de Pokémon, antes que você pense “que não é gente.”! – Olhei o relógio no meu pulso. – Já conversamos demais. Vamos continuar logo. Essa rota idiota não tem fim não, é?!
Oranguru não parecia disposto a me responder ou ter uma relação minimamente confortável como aliados. Não acho que ele estava ressentido com minha rigidez: ele só parecia preguiçoso demais para isso.
– ... Charle Magne – Sussurrei, empurrando as palavras da minha boca, que queriam se manter fechadas por orgulho.
O Oranguru olhou para mim, finalmente demonstrando uma feição que não fosse a de indiferença. Desta vez, esboçou confusão.
– Das lendas do Ciclo Carolíngio. Matéria de França... Você conhece?
O Pokémon mexeu a cabeça em negação, mas logo esboçou um sorriso, tão tímido que fiquei na dúvida se foi apenas meus olhos não funcionando corretamente. Aquele nome pareceu animar ele um pouco.
– Que bom que gostou. É um nome muito importante para mim, pois eram meus livros favoritos. A maioria das crianças preferia as histórias do Ciclo Arthuriano, então nunca consegui me encaixar muito bem nas rodas de amigos...
Ele assentiu, provavelmente sem saber o que dizer. Pelo menos agora, passada a frustração, parecíamos estar fazendo progresso...
PRAVITUUM
Food- Especialista Fighting II
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