Existem, nesse belíssimo mundo, dois, três tipos de questões:
a) As de curiosidade/tentativa de compreensão;
b) As que só servem para tentar ver a reação de alguém a respeito de algo que você já sabe;
c) E aquelas que, por algum motivo, exprimem a clara sensação do questionador de que...
tô ciente, mas você não devia saber disso, então em quem eu vou ter que bater?Acho que não preciso pontuar
qual delas o ruivo jogou em seus braços assim que mencionou Mewtwo.
— ...Eu não devia, é? — Foi o rebate que deu, um sorriso simplório e um brilho de certa curiosidade pairando pelo olhar.
— Bem, e como você sabe, então? — Resolveu retrucar - ora, por que precisaria dar as informações daquele jeito se ele próprio estava
claramente escondendo o ouro, hein?
— Ah, acho que o giro de capital em sociedade acaba sendo bem maior que o normal, né? Mas também, nunca parei pra considerar lidar com o lucro de propriedades antes... — Comentou, um suave encolher de ombros resumindo os sentimentos.
— A gente tá conseguindo ficar tranquilo nesse aspecto, pelo menos. Mas, também, a maioria do pessoal anda bem atarefado...— ...Ah? — Piscou, a atenção voltando brevemente na direção da dupla de canídeos.
— Ah, é ele sim! Não tá uma gracinha??? — Disse, tirando alguns segundos do tempo para poder admirar, mais uma vez, seu nenémzão. Já tava tão forte, coisa fofa da mãe!
— Era o Robb, era? — Perguntou, estreitando o olhar com discrição na direção do símio, pensativa. Tinha quase certeza que um de seus eevees haviam ido pro breed com Lilith mas, sinceramente, já fazia tanto tempo e tantos "ir e vir" que havia lidado com daycare que, bem, não era como se conseguisse lembrar de tudo…
— ...hmmm… Então, qualquer coisa a gente apela pro sentimento familiar do Celebi pra vir pro nosso lado! — Piscou pro ruivo, enquanto Lawrence observava com certa dúvida a imagem do Infernape. Veja bem: Era meio… estranho para si, digamos assim, a ideia de ser filhote de um… Bicho que… pegava fogo. Saca? De qualquer jeito, o bípede cumprimentou o macaco com uma breve mesura de cabeça, tranquila e educadinha, como a própria personalidade era imbuída.
Mas não vou dizer que não pareceu especialmente interessado em Lilith - o que era compreensível; não era todo tempo que interagia com um de sua própria espécie e, além disso, quando conseguia, descobria que era sua… mãe?
Hm!
— Só espero que a gente não tenha que lidar com um bando de maluco derrubando árvores... — Murmurou, suspirando com sutileza ao que mergulharam no caminho desmatado. Não que não gostasse da ideia de quebrar esse tipo de gente no soco, mas também não tinham garantia nenhuma se poderiam lidar com um grupo inteirinho que, levando em consideração a situação atual, podiam bem estar "armados até os dentes", enfim.
Agora… outro problema que, em realidade, não devia ser problema: a primeira bifurcação do caminho naquela longa missão. Ora, já tinha uma rota definida e estava bem disposta a seguir seu raciocínio - o problema é que, fosse por bem ou por mal, os Lucarios não pareciam estar dispostos a permitir o mesmo: E já foi com certo nível de alerta que a moça voltou a atenção para o caminho ao norte, os orbes acinzentados percorrendo a trilha em uma tentativa de detectar qualquer coisa antes que se aventurassem naquela direção.
— ...Vamo dar uma olhada. — Pediu ao ruivo, sem hesitar.
— Não sei se é algo importante, mas não tô afim de continuar e depois dar chance de cercarem a gente por trás. — Comentou, balançando os ombros com sutileza - até porque, bem, se os animais que lidavam com o lance das auras estavam indicando, com toda a certeza a coisa mais óbvia de se fazer era simplesmente… pelo menos verificar, né?
— Qualquer coisa, a gente volta, se precisar. — Acrescentou.
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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?