Pokémon Mythology RPG
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Electric Heritage

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Electric Heritage


- Ei, vocês viram meu celular? - A pergunta até seria inofensiva, se não fosse a terceira vez que eu a ouvia naquela semana. Tive que me segurar pra não revirar os olhos, e ao invés disso só bati uma pata de leve na testa. É sério, Yoshiro? De novo? E tinha que ser tão perto do horário que a gente ia sair? - Não estou achando ele em canto nenhum, não sei mais o que fazer…

Já tentou não deixar ele jogado em qualquer canto?” A menina não me deu muita atenção - não que ela pudesse me entender, de qualquer forma -, apenas lançou um olhar apreensivo para o relógio na parede e continuou a revirar o quarto do Centro Pokémon em busca desse santo aparelho. Não me surpreendo que esteja com tanta pressa, afinal, aquele dia tinha tudo para ser muito bom. Yoshiro tinha combinado de sair com Lariel, e a mera expectativa disso tinha deixado minha treinadora radiante. Eu consigo bem entender como ela se sente, é claro. Afinal quem é que não gosta de fazer um picnic?

O único problema disso tudo é que a morena tinha demorado demais para se arrumar, um problema que ela tinha até com muita frequência quando as duas treinadoras marcavam de se encontrarem. Por isso, ela estava correndo feito uma desesperada atrás desse celular agora - já que os humanos aparentemente são incapazes de sair de casa sem esse troço - e sabendo que logo logo a loira estaria batendo na porta. Yoshiro odiava deixá-la esperando.

- Vocês três aí, não podem me ajudar? - Ela parou na nossa frente e cruzou os braços, não muito contente com a nossa falta de empatia pelos esforços dela. Eu estava deitado no sofá, em cima de uma almofada, com Rozen do meu lado e Ammut, o Krokorok, sentado no canto do cômodo como o esquisito antissocial que ele é. Muito a contra gosto, nós aceitamos ajudá-la, um com mais preguiça que o outro. - E Sapphi, você tem certeza de que não está deitado em cima dele?

Claro que não, Yo. Acha que eu não teria sentido se estivesse?” Lancei um olhar ofendido pra garota, o quão distraído ela acha que eu sou!? E, só para comprovar meu ponto, ergui-me de cima da almofada num pulo e usei minha cauda pra jogá-la pra cima. Bem… a boa notícia é que eu achei o bendito celular. Mas a má é que ele voou junto com a almofada e caiu de tela no chão.

- Não acredito… - Disse em um fiapo de voz, que eu quase não pude ouvir. A menina caiu de joelhos no chão, os olhos já lacrimejando, com o celular em mãos e apertando o botão de ligar como se sua vida dependesse disso. A tela continuava preta, nem um pouco comovida pelo desespero da humana. Vi o rosto da minha treinadora ficar vermelho e seus ombros tremerem, ela respirou fundo e eu achei que estivesse tentando prender o choro, mas na verdade só estava tomando fôlego para o grito mais ensurdecedor que eu já vi essa criatura dar na vida. - SAPPHIRE!

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Dó. Ré. Dó. Fá. Sol.

Bem baixo, as notas ecoavam um pouco no ar antes de serem abafadas pela batida de asa daquele inseto gigante. Eu nem sei o que é que eu estava fazendo em cima dele. Seria muito mais simples me deixar na Pokébola - e nem eu acredito que estou sugerindo isso - e me tirar de novo quando chegássemos no lugar onde a loira queria. Mas “não”, disse ela, “vai ser divertido dar uma voltinha, o Heaven concordou e eu sei que você vai amar~”. Por causa disso, Heaven’s Door estava carregando a loirinha metida a artista, um ratinho com sinal de matemática na bochecha e um guitarrista de valor como eu. Talento demais para um inseto só sustentar, se me permite ser honesto, mas o Vikavolt estava determinado a mostrar que era durão. Quando pousou próximo a um Centro Pokémon, estava arfando, mas muitíssimo orgulhoso.

- Chegaaamos! - Exclamou Lariel em sua animação costumeira, pulando para fora das costas do inseto e segurando o chapéu em sua cabeça, para garantir que não cairia. - Você foi incrível, Heaven, está mais forte que nunca!~ E você aí, Brady, o que achou do passeio? Incrível, não?- Inclinou-se para acariciar a cabeça do Vikavolt, que fechou os olhos e aceitou o carinho de bom grado. Lariel é literalmente a única perto de quem ele fica manso assim. Se algum humano desconhecido tentasse fazer a mesma coisa com ele… hah, provavelmente sairia dessa sem mão. Após uma série de mimos e elogios que eu fiz questão de virar a cara pra não ver, a menina ergueu o rosto para falar comigo, aqueles olhos amarelos e perspicazes brilhando em expectativa.

- Legal, eu acho. - Nem sei porque gastei saliva, ela não me entenderia mesmo. E como ela não me entende, também não preciso me sentir mal por ter mentido. A verdade é que foi incrível, sim. O vento, a liberdade, a vista abaixo e acima de nós enquanto aquele inseto cortava o ar, tudo aquilo fazia meu peito palpitar tanto que meus dedos transformavam a sensação em uma melodia sem eu nem perceber. Mas claro, não tinha a menor necessidade de ela saber disso tudo. - Podemos só fazer logo o que viemos fazer aqui? - Estalei a língua e apontei para a porta do Centro Pokémon, indicando para a loira que entrássemos.

- Sabia que você ia gostar, hehe. - A boca da menina deixou escapar uma risadinha a qual parecia mais para si mesma do que para mim, entretanto, ela desviou logo sua atenção para o centro. Com a mão direita arrumou o chapéu sobre seus cabelos, e com a outra estava ocupava-se segurando Ninian contra seu torso. Heaven já tinha voltado para a sua esfera. Com a trupe pronta, entramos no recinto, e creio que esse é um momento tão bom quanto qualquer outro para revelar o que viemos fazer aqui: procurar uma menina com quem Lariel tinha marcado de se encontrar. Eu não sabia muito sobre essa tal… qual era o nome mesmo? Yoshiko? Yoshito? Yoshino? Ah, tanto faz. O importante é que vão levar a gente pra um piquenique, e eu não vou reclamar de uma chance de encher o estômago com besteira.

Cortando a enrolação, nós subimos dois lances de escada e achamos o quarto, e Lariel já estava prestes a bater na porta quando um grito estridente e bem irritado veio de dentro do cômodo, fazendo-me botar as mãos nos ouvidos numa vã tentativa de protegê-los. Aquele som definitivamente não parecia um convite de entrada, mas parece que Lariel interpretou assim: a loira exclamou o nome da outra humana e, notando que a porta estava destrancada, correu pra dentro. Ai ai… eu só quero ter logo minha comida.

- Yoshiro, querida, você está bem? - Quando entrei no quarto, minha treinadora já estava ajoelhada ao lado de uma menina morena e meio nanica, abraçando-a enquanto essa tentava não desabar em choro na frente da loira. He, essa aí com certeza não parece bem, e mesmo não sendo da minha conta, até eu tive um pouquinho de curiosidade pra saber a causa daquele drama todo. A resposta estava bem entre os dedos da humana: um… celular? E um meio detonado, pelo visto. Admirei a paciência da minha treinadora em ficar consolando a outra, acariciando seus cabelos negros e falando com doçura até ela se acalmar. Essa é toda a paciência que eu não tenho. Como assim essa pivete nos convida até aqui, e quando chegamos dá esse escândalo!? E por um CELULAR? AH, eu não vou deixar esse chororô dela atrapalhar os meus planos de passar o dia à toa, só comendo e dormindo, com certeza não!

- Se o problema é só esse, então me dê esse negócio aqui! - Arranquei o celular das mãos da pirralha sem muita delicadeza, e eu com certeza senti Lariel me dar um olhar cortante por isso, porém dei de ombros e fingi não perceber. Apertei uns botões como tantas vezes vi a loira fazendo, e a ausência de reação do aparelho me fez ter certeza de qual era o problema dele: falta de energia. É lógico, o que mais poderia ser? Um choque bem dado resolve isso em um instante. E como já está quebrado, mesmo se não funcionar, não pode deixá-lo pior do que já está.

- Ei ei ei, o que o senhor pensa que está fazendo? Nós não queremos nada explodindo na nossa cara hoje, não é? - Ouvi o som de uma Pokébola se abrindo e ergui o olhar a tempo de ver Lariel com uma Pokébola na mão, contudo, nenhum dos meus colegas tinha aparecido no quarto. Mas espere aí, ninguém nessa equipe consegue ficar invisível! Exceto… exceto se for…

Bzzt!

Confirmando as minhas suspeitas, a tela do celular acendeu imediatamente e começou a piscar. Logo depois ele resolveu pular da minha mão e ir para a mão estendida da loira, que encarava-me com um sorriso arteiro e triunfante. Eu só estava querendo ajudar, sabe… Podia só ter me pedido pra devolver ao invés de mandar o Rotom possuir esse negócio!

- Yozinha, se tem alguém aqui que pode resolver o seu problema, esse com certeza é o Cheap Trick.~ Ele tem um domínio excepcional sobre qualquer aparelho eletrônico… e o meu tem uma experiênciazinha a mais com celulares, hehe. - O trauma por trás dessa última frase era quase palpável. - Cheap Trick, querido, mostre para ela o que você pode fazer!

Como eu posso explicar o que houve em seguida…? Resumindo, sim, o celular voltou a funcionar. Bem até demais. Ao invés de ficar na comum tela de bloqueio, o fantasma ficou passando de programa a programa, site a site, e provavelmente revirando tudo o que a morena tinha salvo no aparelho também, até achar algo que o satisfizesse. E o resultado foi um letreiro brilhante com as palavras…

- Holi Park? Hmm... - A loira ergueu o braço esquerdo, apoiando o queixo sobre a mão com um semblante pensativo o qual logo desfez-se em um sorriso. - Yozinha, Brady, o que acham de uma pequena mudança de planos?

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Ah, a juventude! Estágio da vida onde as escolhas parecem infinitas, junto às possibilidades e descobertas. Dizem que é nesse estágio, também, que as amizades mais duradouras e verdadeiras surgem. Se este fosse o caso, então Yoshiko e Lauriel estavam no caminho certo. E nada para estreitar os laços entre humanos e Pokémon que um bom piquenique em uma bela tarde de sol, certo?

Bom, nem sempre os planos saem da forma que são planejados, certo? O dia de Yoshiko parecia ter um começo desastroso com o desfecho de seu pequeno aparelho celular, item de tanta prioridade para a jovem. Logicamente não foi totalmente culpa da pequena Sapphire, tadinha! Uma entre mil Mudkips podem desenvolver esse tipo de déficit de atenção… ou seria um caso de Mudkip nascida em Peixes? Bem, se existem pessoas distraídas também podem haver Pokémon distraídos, certo? E no final “o importante é o que importa” já dizia o filósofo e poeta Clóvis. Lauriel e seus parceiros elétricos apareceriam como um raiar de sol após uma noite turbulenta para salvar o dia, e o aparelho celular da morena!

Mas o que seria esse tal Holi Park que o Rotom da loira buscou com tanto afinco? Simples! A afinidade tecnológica junto com a personalidade do fantasma elétrico foi de encontro àquilo que mais poderia tirar ambas as garotas de seu plano inicial e jogá-las no puro e caótico mundo das trending topics! E todos estavam falando do badalado espaço virtual aberto recentemente com recompensas únicas e garantia de horas e horas de diversão com pessoas e Pokémon! Tudo que as garotas deveriam fazer era buscar o melhor ponto de conexão, uma tomada e um assento confortável para embarcar nessa aventura cyberespacial! E convenientemente elas tinham tudo aquilo naquele quarto de Centro Pokémon… porém, no fim das contas, a decisão era totalmente delas!


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Um dos problemas de ter quatro patas é que você não tem como tapar os ouvidos sem cair de cara no chão. Rozen conseguiu proteger as orelhas com suas vinhas, e Ammut com as mãos, mas eu fiquei tão atordoado com aquele grito explodindo os meus tímpanos que nem reparei quando a porta do cômodo foi aberta e uma figura entrou correndo para perto de nós. Quando Yoshiro finalmente calou a boca e minha audição voltou a funcionar, vi que a morena teve uma boa razão pra parar com o xilique: Lariel tinha chegado - naturalmente, no momento mais embaraçoso possível -, e agora tentava confortar minha humana. Yoshiro estava surpresa e um tantinho sobressaltada pela chegada repentina da loira, mas bastou um abraço para que todo o choque se desmanchasse do seu rosto e ela esquecesse que queria me matar. Ok, Lariel, acho que te devo por essa… Minha humana tentava segurar o choro para não passar mais vergonha ainda, porém precisou esconder o rosto no ombro da outra menina porque seus olhos não paravam de lacrimejar, e aceitou de bom grado um cafuné enquanto murmurava sobre parcelas pendentes e outras coisas que eu não entendi.

...Pra quê esse escândalo todo? Você perdeu o celular ou a mão?” Embora eu soubesse que a culpa por aquilo tudo tecnicamente era minha, minha reação imediata foi ficar na defensiva. Quero dizer… ora, aquilo era só um celular! Quanto valor um pedaço de plástico com vidro pode ter?

Acho que ela choraria menos se tivesse sido a mão.” Ammut grunhiu, num tom tão ácido que até Rozen (geralmente o mais calmo da trupe) repreendeu-lhe com o olhar. O crocodilo deu de ombros, nem um pouco preocupado, e foi mais ou menos nesse momento que o companheiro de Lariel enfim resolveu abrir a boca. Não que ele tivesse passado despercebido - como não ver um bicho daquele tamanho? - , contudo, tinha estado tão quieto em meio àquele caos que ninguém tinha dado muita atenção para ele ainda. Isso mudou, claro, quando o grandalhão roxo e amarelo decidiu resolver aquilo com as próprias mãos… literalmente. Tomou o celular quebrado da mão da minha dona e parecia prestes a… eletrocutá-lo? A ideia já parecia meio duvidosa, e ficou ainda mais quando Lariel comentou sobre não querer que nada exploda na nossa cara hoje. Espere aí… esse negócio pode EXPLODIR??

Eu nem me preocupei quando o celular saiu voando para as mãos de Lariel, muito menos quando descobri que a loira tinha um fantasma capaz de possuir aparelhos eletrônicos - e possivelmente de dominar o mundo com isso -, minha mente ainda estava muito focada na primeira parte. Vocês estão me dizendo que nesses meses todos a minha humana andou com um negócio que pode literalmente explodir!? E EU JÁ VI ELA COLOCANDO ESSE TROÇO NA TOMADA!

- Esse é o mesmo Rotom que eu vi na Cherry Cup, Lari? Ele parece tão diferente. - Yoshiro finalmente ergueu o rosto do ombro de Lariel, mais interessada pelo Pokémon da loira do que em saber sobre qualquer risco de explosão. Quer saber, talvez eu tenha feito um favor quebrando esse negócio, mesmo tendo sido um acidente… - E esse moço aqui, é aquele mesmo bebezinho? Ele está tão crescido! Os dois devem ter sido muito bem treinados! - Minha treinadora encarou ambos por uns instantes, antes de desviar-se para Lariel com um sorriso bobo. Era comum a minha humana admirar-se com o crescimento do time da outra, já que ela própria era bem ruim nesse aspecto. Não me entenda mal, Yoshiro é ótima tomando conta da gente, mas quando o assunto é batalha? Aí, é de dar vergonha.

- Lari, Cheap Trick, muuiito obrigada! Não sei o que faria sem vocês aqui! - Yoshiro passou os braços ao redor do pescoço da mais nova, abraçando-a de novo e quase saltitando de alegria por ver seu celular ligando de novo. No entanto, foi numa tela bem inesperada… - Ah, eu ouvi falar nesse Holi Park… é tipo um jogo de captura, não é? Parece uma ótima ideia, podemos tentar!

Minha humana segurou a maior pela mão e praticamente arrastou-a até o sofá, onde as duas podiam se sentar. Yoshiro leu as instruções em voz alta (um cuidado que ela com certeza só teve porque Lariel estava do lado), porém só uma me chamou a atenção. Heh, ela só pode entrar no jogo com um Pokémon? Não querendo contar vantagem, mas eu sou o inicial dela, minha humana sempre me leva para esse tipo de evento. Então, com certeza não é por causa de um acidente estúpido que isso vai mudar, não é!?

…Não é?

- Ok, meninos, por que não descansam nas suas Pokébolas um pouco? - Enquanto falava, a garota tirou uma outra esfera do bolso, e de lá tirou uma pequena sementinha. A Budew parecia um pouco surpresa por se ver no meio de tanta gente, porém não mais do que eu por vê-la. Eu não acredito… Yoshiro… você não teria coragem… - Summer, querida, o que acha de jogarmos um pouco?

Essa pirralha está me trocando!? Por causa de um celular??” Eu encarei-a, atônito, enquanto Rozen e Ammut riam com a minha cara. Isso é o quê, vingança por eu ter colocado-a no Storage quando Jirachi prendeu ela no corpo de um Pokémon? Mas isso já faz meses! Traidora!

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A gente ia fazer um piquenique, não é?! Então que baderna é essa?! Primeiro vem uma menina que não me é estranha choramingando por uma coisinha tão pequena aí aquele espectro que eu não vou com a cara entra nesse aparelho e rouba minha deixa... E AÍ descubro que vamos... para um parque? Bem, é verdade que parque é onde se costumam fazer piqueniques... ENTÃO POR QUE AS DUAS HUMANAS ESTÃO SENTADAS NO SOFÁ??? Ei, se formos pra sair, é melhor agora! Como o único ser com um pingo de decência nessa sala, eu aponto para fora, para irmos logo a esse “Park” aí!

- Calma aí, Brady, nós vamos ver sobre esse Holi Park! Parece muito interessante e divertido! – Diz a treinadora hiperativa, enquanto a chorona fica lendo mais sobre esse lugar. Eu não entendo muito bem sobre essas coisas, mas qualquer que vier desse fantasma risonho não me cai bem, será se vale a pena mesmo? Ao mesmo tempo, noto a humana de cabelo preto falar sobre mim; É claro que eu treinei bem! Na verdade eu treinei muito durante meu tempo no tal “day-care”, para que eu nunca tenha que passar pelos eventos de minha infância! Eu me amostro soltando faíscas e um som irado do meu peito, produto do contato das minhas garras nele.

Com as duas garotas relaxadas no encosto, completamente ignorando nosso propósito original, parecem decididas em irem a esse “Holi Park”.

- Pelo visto só pode um Pokémon acompanhante para participar por treinador... – A Lariel diz, fazendo um cafuné no roedor que fica ao lado dela 24 horas... TÁ DE BRINCADEIRA NÉ! Eu vou até aqui na promessa de muita comida e um ar fresco e eu vou ser mandado direto para a minha pokebola de novo? Ah, sem essa, de jeito nenhum! Dessa vez ela vai ver.

- Brady, eu escolho você! Vem curtir com a gente no Holi Park, eu acho que tu vai se amarrar! – Pera QUÊ? E pelo visto a dona sorte sorriu para mim, porque hoje é meu dia! É claro, eu não quero mostrar que estou todo animado assim, então só dei um passo para a frente com a cara de lado. Falando em caras, o mais hilários é o dos dois azulados, com cara de pasmo pelo o que estão vendo, bahahaha.

Eu ainda não entendi muito bem, mas vou ficar perto da minha treinadora enquanto elas estão no sofá e vejo a loira colocando o celular previamente quebrado em uma tomada que estava na parede... Vamos vê no que dá que eu tô com fome!

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As garotas se empolgavam com a nova possibilidade e tirando estranhezas de um elétrico punk confuso e um inicial de água se sentindo traído, os Pokémon confiavam em suas treinadoras para fazerem algo divertido e relaxante para todos e todas naquele singelo momento em conjunto. Yoshiro e Lauriel assentavam-se no sofá e começavam a manusear o estranho aparelho perto de si, chamado Holo Caster, se questionando como ele funcionaria. Nisso elas ouviram um estouro. Sim, o mesmo estouro que ambas temiam tanto ouvir finalmente surgiu! E o aparelho celular de Yoshiro volta a flutuar.

O danado do Rotom acessou um banco de dados de efeitos sonoros comum da internet e o reproduziu no som máximo só pra assustar as garotas! Que pentelho! Mas ele não parou com suas artimanhas. Em um movimento rápido, ele salta do aparelho da morena e vai direto para o Holo Caster! Agora aquilo era um Holo-Rotom Caster! - Bzz! Bzz! Bem vindas! - uma voz meio robótica emergiu do aparelho - Serei seu guia nessa jornada! Por favor, sigam as instruções para efetuar a instalação! - a voz não parecia muito intimidadora, pelo contrário, era bem próxima daquelas vozes de aplicativos de direção: bem neutra e compreensível.

As instruções eram simples. “Conecte o cabo ali”, “Conecte o conector acolá”, “Conecte o conector BDC na conexão ADE”, coisas do tipo, e o próprio aparelho indicava os cabos e conexões a serem feitas, então mesmo que fosse o caso de uma possível dificuldade técnica das garotas, o guia eletrônico iria ajudá-las!

Por fim, restava às duas jovens só colocar as Pokébolas de seus parceiros no slot reservado para tal e colocar o Caster Helmet e… curtir a experiência! Assim que ligaram os capacetes colocados em si, várias caixas de texto surgiam na frente de cada uma. Então elas sentiram seus corpos mais leves, como se estivessem flutuando em um espaço cheio de caminhos e conexões virtuais! Depois de passar por uma série de túneis com escritos como “Liberando acesso”, “Conexão estabelecida”, elas param diante de um grande portão virtual. "Bem-vindas ao Holi Park! Por favor, insira seus dados de conexão!”, que eram basicamente o ID e uma senha criados na compra do ingresso. Depois, cada uma delas era levada para um tipo de vestiário, onde poderiam personalizar seus avatares com adereços, acessórios, roupas e até anexos Pokémon, como orelhas de Pikachu e cauda de Mightyena! Claro, seus parceiros Pokémon também poderiam ser personalizados com roupas estilosas!

Passando pelo portão, uma grande sala vazia surgia. E pela primeira vez as garotas estavam juntas! Diante delas uma mesa no centro da sala com uma grande tela. E dessa tela, surge Rotom! - Beeeeem vindaaaaaaaaaaas! HAHAHAHA! EU VOU MATAR SUA FAMÍLIA! - dessa vez a personalidade dele era mais parecida com a real… talvez um tanto mais exagerada! - Serei seu Game Master nessa experiência de vocês de alegriaaaaaaaaaaa, diversããããoooo… - ele dava rodopios no ar a cada palavra dita, até que sumiu no ar e parou na frente do rosto de Yoshiro - E DOR! - exclamou com uma voz mais grossa e amedrontadora, para em seguida cair na gargalhada de novo! Na grande tela, haviam várias possibilidades de atrações do parque, com uma lista de servidores que aparentemente eram de jogos. As garotas poderiam escolher o mesmo game ou seguir caminhos separados, decisão delas!

LISTA DE SERVIDORES - GAMES HOLI PARK 2.0 :
     




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Eu não entendia direito o que estava acontecendo… um jogo? Yoshiro já tentou jogar comigo no celular, mas não acabou muito bem. Quando não se tem mãos e seus pés são minúsculos, é bem difícil de controlar a cobrinha. Espero que esse jogo seja diferente, eu não quero passar vergonha… principalmente na frente de estranhos. Estou acostumada com a minha treinadora, mas quem é essa outra humana? Ela parece ser amiga da Yoshiro, então não preciso ter medo… eu acho. É meio difícil não ficar nervosa quando um dos Pokémons dela é tão grande e intimidador, e o outro está possuindo o celular da minha dona. Eu espero muito que esses dois sejam mais amigáveis do que parecem, pois os risinhos desse fantasma estão me dando calafrios…

- Summer, você vai precisar voltar pra Pokébola um pouquinho, para en… - Como Yoshiro pretendia terminar essa frase, foi algo que eu nunca descobri. Antes que ela completasse, saiu um som tão alto do celular dela - tão, tão alto, que a menina gritou, pulou do sofá e quase deixou ele cair! Eu senti as vinhas de Rozen passarem firmemente ao meu redor e ao da morena, puxando-nos pra ele e tentando nos proteger de uma explosão que… não aconteceu? Mas esse som foi tão realista! De verdade, tão realista que fez Sapphire esquecer todo o orgulho e pular nos braços de Ammut, mesmo ele sendo seu maior rival no time.

- Eu tenho cara de babá? Se não quiser virar petisco, é bom sair de perto. - O crocodilo de areia soltou o anfíbio de uma vez, derrubando-o no chão. Sapphire não parecia nada feliz com isso… algo me diz que hoje não está sendo um dia bom pra ele.

- Foi uma pegadinha…? Haha… claro, sempre tem que ter alguém fazendo pegadinhas com a gente… - Completou Yoshiro com uma risada nervosa, ainda tremendo um pouco pelo susto. Não parecia brava com o fantasma, só ria da sua própria reação pela gracinha dele. Considerando que quando a conheci, minha humana tinha acabado de sair da Trick House, acho que ser alvo de truques já virou super normal para ela. Não que isso a impeça de cair em cada um deles, claro. - Enfim, Summer, já já nos vemos de novo, ok?

O raio rubro que eu já conhecia tão bem outra vez me cobriu, e voltei para a minha esfera. No entanto, não demorou nada até eu me sentir entrar num lugar diferente, não parecia a minha Pokébola. Também senti meu corpo ficar mais leve, o que foi meio assustador, porque eu já sou muito leve! Do tipo que qualquer vento um pouco mais forte consegue carregar. E essa nem era a pior parte… como exatamente eu vim parar num vestiário!??

- Lari, olha quantas roupas! Meu Arceus, como vou escolher só uma? - Ah, essa voz eu conheço bem. Pelo menos não vim parar aqui sozinha. Andei um pouquinho e dei de cara com Yoshiro e a menina loira, Lari pelo visto. Minha humana segurava a mão dela enquanto vasculhava as fileiras de fantasias, parecia bem animada com aquilo tudo. - Você com certeza vai ficar linda em qualquer roupa que colocar, Lari, mas eu preciso ter mais cuidado com a minha, haha. E hey, Summer, vem aqui! Eu quero te vestir também, posso? - Hm… pode, eu não sei se qualquer uma dessas fantasias ficariam boas em mim, mas pode tentar se lhe fizer feliz.

A humana colocou um cachecol ao meu redor, bem confortável e que parecia o que ela mesma costumava usar, e uma boina pequena sobre o broto na minha cabeça. Verificou se o cachecol estava bem preso e não muito apertado, e escolheu para si mesma uma versão maior da minha boina, além de outras coisas. - Que fofa! E eu achei que você não poderia ficar mais adorável, hehe. - Ela me colocou na frente do espelho, eu fiquei bem envergonhada pelo elogio, mas olhando bem… nossa, até que eu gostei!

Depois disso tudo, o jogo podia oficialmente começar. Eu só queria que o nosso guia fosse alguém um tantinho menos maluco e assustador.. sabe, alguém que não pareça achar a ideia de nos matar mais divertida do que a de nos guiar. Mas claro que não temos essa sorte toda, e o Rotom de Lari conseguiu invadir os sistemas do jogo. Ele até deu outro susto na minha treinadora! Yoshiro deu uns passos pra trás e quase tropeçou quando o fantasma gritou na frente do seu rosto, porém conseguiu recompor-se e jogou um sorriso amarelo pra Lari. O tipo de sorriso que diz “você é a última pessoa nesse mundo que eu queria estar passando vergonha na frente, desculpa”.

Por fim, só faltava escolherem onde nós iríamos jogar. Eu não gosto muito da ideia de seguir as instruções desse fantasma louco, no entanto, vou confiar no julgamento da minha humana… e ela só abriu um sorriso, colocou a mão no ombro da loira e disse que seguiria-a aonde quer que ela quisesse ir. Então, vou ter que confiar no julgamento da Lari… mas é só um jogo de celular, não tem como isso ser perigoso de verdade… né?

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- Não fui eu! Eu juro que não fui eu! – Eu grito e me esperneio pelo som altíssimo que surge do nada! Quem é para fazer barulhos estrondosos sou eu, não essa coisa pequena! E a reação abestalhada não fora só minha, todo mundo da sala enlouqueceu com essa coisa, Lariel encostando na amiga (?) dela e abraçando o ratinho de estimação e tampando os ouvidos dele APÓS a explosão, meio tarde hein? Eu bem que queria estar recebendo essa atenção mas eu saltei para o outro lado da sala no susto, que droga de coisas elas usam?!

Como se não fosse o bastante, o pentelho bastardo do Cheap Trick salta da máquina pequena e solta diretamente para outra, rindo às nossas custas! Ora aquele...! Quando me dei conta, as duas treinadoras já estavam fazendo outra coisa como se nada tivesse acontecido, mexendo nessa coisa aí que acabou sendo possuída!

Pelo visto parece que a mudança de planos foi para brincar de engenheiro... Do nada uma voz estranha que parecia ser humana mas ao mesmo tempo era incrivelmente fora de passo ficou dizendo comandos e as duas seguiam sem pensar duas vezes! Que tipo de magia é essa mesmo? Esses aparelhos realmente dominam a vida dessas criaturas sem pelo...

- Pronto! Agora só falta conectar o headset e... – A minha treinadora fala enquanto pega uma pokébola... a MINHA pokébola!

- Só por um momentinho, querido, nós vamos ao Holi Park em instantes~! – A loira metida diz, apertando o botão para me retornar sem que eu sequer possa reagir, hora, como assim vamos estar em instantes, como se não tivéssemos ainda que voar até seja onde for esse parque, tá pensando que eu sou burro ou o quê?! Mas que saco, eu nem vou poder voar de novo, foi tão massa...

...

Hm?!

Espera, esse lugar não é minha pokebola! Quando eu me dou conta eu estou num lugar totalmente diferente de onde estava antes e da minha esfera!... Vestuário? Minha visão é bombardeada com roupas e acessórios estranhos, e todos vinham da menina que me faz de boneco em sua brincadeira de vestir.

Era embaraçoso, ela compara uma roupa em mim, pede para eu vestir outra, coloca algo na minha cabeça, tira, testar outro, quem ela acha que eu sou?! Depois do que parecia horas agonizantes (mas na verdade só fora alguns minutos), ficou decidido, contra minha escolha e livre arbítrio, um óculos tosco com estrelas no lugar onde fica as lentes e uma capa amarela que brilha como se tivesse brilho nela... Essa é a ideia dela de piada?

- Você tá incrível! Até parece um verdadeiro astro do rock... Digo, ele mostra como você é um verdadeiro astro do rock! – A menina elogia, fazendo uma correção que até parece supor que eu não sou um mestre na arte do som. - Só falta uma coisinha... – Ela diz, vasculhando um pouco mais uns... botões? Um “interface” flutuante parece se dispor na frente dela e está fica mexendo nele, basta apertar e “poof”, aparece algo! Feito isso, ela coloca o que parece ser uma coroa...

- Pronto! Agora você é o “Rei do Rock”- Sabe... eu posso me acostumar com isso então. Falando em vestimenta, eu não era o único que estava passando mico, olhando ao lado, vejo que a morena e a criaturazinha acompanhando-a também... é sério que agora é brincadeira de menina?

Já a Lariel, bem, eu realmente não entendi bem, mas ela colocou um jaleco branco por cima de um vestido preto e branco abotoado que vai até seu joelho, uma espécie de cinto que dispõe de vários laços que prendem... fracos? Alguns tubos longos que parecem serem feitos de vidro dispostos nas alças; Meias semitransparentes longas que vão até suas coxas, adornando um calçado que aumenta sua estatura por poucos centímetros e óculos redondos repousando sobre sua testa... Honestamente essa vestimenta não faz sentido nenhum, até parece que ela está se vestindo como algum tipo de cientista louco, isso é “cosplay” que ela tanto fala querer fazer?

- Você tá um gatão, Brady! Seu “Rock Eletrizante” vai ser de grande ajuda para os meus experimentos, hehe~. Yoshiro você tá uma graça! Seu look me lembra muito de um estilo de moda que pode ser encontrado em Kalos, amei! A sua Budew está muito adorável também. – a pivete pra lá de louca comenta e logo depois observa o que as outras do lado fizeram. A outra não fala nada a respeito da rouba da loira, provavelmente porque é esquisito demais! Mas olhando bem, a outra humana e sua planta estão combinando em roupa, então porque a Lariel não podia também fazer um de “Rockstar” comigo? Eh... não que eu quisesse, é claro.

A brincadeira tava divertida (só para elas, é claro), todavia não durou até que esse momento fosse rachado pelo diabo em forma de Pokémon. Esse maníaco habitou esse lugar também! As ameaças dele até seriam aterrorizantes se não fosse pelo fato de ser tão pequeno, claro pareciam estar dando um susto e tanto na outra treinadora, enquanto a que está ao meu lado já parece ter se acostumado com esse panaca. Quer saber? Eu não! É hora de mostrar uma lição para esse perdedor quem é que manda aqui! Eu carrego minha energia para um forte golpe... Só que, por mais que eu tente, nada sai, eu me senti surpreendentemente fraco! Por que nada quer sair? Ele teria alguma influência nisso? Ou então esse lugar suga toda a minha energia? Ugh!

Enquanto eu me aborreço, a suposta dona desse pentelha fantasmagórico não consegue fazer nada além de dar um sorriso torto para a medrosa, um que diz “eu sinto muito pelo jeito dele, ele é assim com gente nova”... Seja lá como um sorriso desse realmente se pareça.

- Não, se preocupa, Brady, ele não consegue nos matar aqui, é só para assustar, haha... a não ser por morte cerebral e eletrocutados via o equipamente... – O que é que você disse?!

Enquanto eu não sei nada do que esse Rotom está falando sobre ser um “Game Master”, o desconforto da Lariel rapidamente se tornou em um olhar esbugalhado com a seleção que é mostrada.

- Nossa! Worl of Warcraft, Castlevania, King of Fighters, Mario Kart, Skryim, Distant Worlds… Fifa? E mais… – Beleza, fala mais que eu tô entendendo tudo que você tá falando... quem dera! Esse monte de nome parece baboseira pra mim.

- Hmmm... Que tal a gente testar esse castelo do drácula? Parece um lugar bastante assombrado, quem sabe tenha Pokémon fantasma? Zubats? Noibats? Ah se acharmos um Golbat vocês devem ser dar muito bem, talvez! – Parece que vamos para um castelo? Ei, se lembra quando isso era sobre piqueniques? Ugh, só quero terminar tudo isso logo...

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Depois de escolherem suas roupas super estilosas e deixarem seus Pokémon bem bonitos (mesmo que a contra-gosto de um deles), Yoshiro deixou para sua amiga loira e super empolgada a escolha do destino das duas, e pelo visto Lauriel era bem familiarizada com boa parte dos títulos por ali! Enquanto fazia sua escolha, a pequena Summer olhava tudo com um olhar curioso e mais contido, ainda tímida com as presenças desconhecidas. Já Brady, bem… digamos que ser usado como manequim não o agradou muito, mesmo que a maior parte seja a boa e velha “pose de durão”.

Durante esse processo de escolha, Rotom dava voltas em torno do grupo, aguardando o próximo passo para fazer seu papel de GM. Mas ele não ficou calado, não… - Vem, vem, vem, vem chegando na boate! Todo mundo louco! Muito à vontade! - ele cantava uma música no mínimo estranha, e sua estática cumpria os sons de uma batida eletrônica improvisada. - Vem, vem, vem, vem, cê é lesada? Demora pra escolher, essa duas abestada! - a implicância era legítima, mas diferente do que a morena acreditava e a loira pressupunha, não havia maldade no comportamento dele… certo?

Lauriel então comenta sobre o servidor de nome “Dracula’s Castle”. Rotom solta uma gargalhada e some no ar, surgindo na frente das duas! - Que escolha maravilhosaaaaaaaa! Um castelo enooooooooorme, cheio de criatura chupadora de sangue… PRA SECAR A CARCAÇA DESSA DUAS INFELIZES! - novamente, gargalhada e um desaparecimento súbito no ar. Dessa vez o alvo foi o “Rock’s Star” Brady! - MORRE, PITBULL! - já disse que essa voz é um tanto mórbida?

Logo, a sala em que elas se encontravam começou a se desfragmentar, tanto o teto quanto paredes… e até o chão! A mesa no centro e a grande tela também sumiram, e por um breve momento elas pareciam estar flutuando no ar. Até que os pixels começaram a retornar, dessa vez possuíam formas e cores. O local era bem mais escuro, com colunas e paredes de pedra. A decoração de uma mansão luxuosa misturada com filme de terror, somada às grandes janelas cujas mesmas permitiam somente a entrada da luz da lua cheia… o ambiente perfeito para uma história de terror e suspense! E juntamente com esse cenário, uma música começava a tocar em looping!

Nenhum sinal de Rotom por ali. O que surgiu na frente delas, na verdade, foi uma pequena fadinha. “Que bom que chegaram! Rápido! Vocês precisam encontrar Richie Belmont! Ele caiu na armadilha do Drácula! Só vocês podem quebrar o encantamento!”. A fadinha então desaparece, e um novo menu surge na frente das garotas. Elas poderiam mudar seus avatares para algo mais temático, com temas pré-definidos ou personalizá-los.Um mapa também surgia, elas deveriam atravessar alguns cômodos, enfrentar criaturas que pareciam sim Pokémon noturnos, venenosos e fantasmas, mas com formas mais características de histórias de terror. Ao fim, teriam que ajudar Richie Belmont a quebrar o feitiço do Drácula e derrotá-lo, tendo acesso então a um prêmio exclusivo! Algo dentro de uma caixa super colorida, que se mexia e fazia sons! Do que se tratava?

Dracula's Castle - Presets :


Decifra-me ou devoro-te! :
   




Muitos off's envolvidos :

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Off :


Não acho que um castelo mal assombrado seja um bom lugar para passar a tarde, mas a minha treinadora pareceu feliz com a escolha… Ela gosta desse tipo de lugar, pois a fazem se sentir dentro de um filme ou desenho animado. Os olhos da morena brilharam com as palavras da loira, como se estivesse torcendo para que aquele fosse o local escolhido, e ela curvou-se para dar um beijinho na bochecha de Lariel, depois dando-lhe um sorriso de canto que pareceu bem fofo. Hm, elas devem ser amigas próximas… eu sei que Yoshiro costuma ser meio retraída perto de outras pessoas, mas ela não parece ter esse problema com Lariel. Fico feliz que minha treinadora tenha achado uma boa companhia, pelo menos.

- Ah sim, com certeza vamos achar vários fantasmas e morcegos num lugar desses! Será que tem chances de eu pegar um Crobat aí dentro? Afinal de contas é pra ser um jogo de captura, né? - O tom sonhador da menina foi cortado pela voz horripilante do nosso “guia”, gritando coisas sobre sangue, carcaça e… pitbull? Não sei o que é, mas pelo nome, acho que prefiro não saber… - Hehe, Lari, o seu Rotom é uma graça. - “Graça” definitivamente era a última coisa que eu estava achando daquilo! Esse Rotom estava me dando calafrios, toda vez que ele gritava eu me encolhia no colo da minha treinadora e tentava me esconder no meu cachecol. Calma, calma, ele é só um guia, ele só está brincando… é só um guia…

Desde que ele não nos guie direto pro reino de Giratina, por mim está ótimo.

Eu mal tinha acabado de pensar nisso quando o mundo ao meu nosso redor começou a se fragmentar e sumir. Ou morrer é muito mais rápido do que eu esperava, ou deve ser outro truque desse jogo. Felizmente, quando abri os olhos, o cenário que me recepcionou mostrou que a segunda teoria era a correta. Que castelo mais sombrio… porém, há algo familiar nele. Alguma coisa nesse lugar me lembra o labirinto do vovô… Gothitelle e Zoroark conseguiam criar todo tipo de cenário, e elas tinham um apreço especial por esse tipo. Os poderes delas convenciam tanto a mente das pessoas que, mesmo sendo apenas ilusões, elas podiam se machucar de verdade. Será que esse lugar é assim também? Eu espero que não… todavia, preciso ficar perto da minha humana, por garantia. Posso ser pequena e fraca, mas até eu sei me defender melhor que ela. Não posso deixar que nada aconteça com ela nessa mansão mal assombrada…

- Lariii, olha esses avatares! Eu me sentiria uma caçadora de vampiros mesmo com essa primeira! - Enquanto eu me preocupava com as nossas chances de sobrevivência, minha treinadora achou outra coisa para preocupar-se: as novas opções de roupas que apareceram. - Acho que vou trocar, pra combinar mais com o mapa. Você vai mudar algo na sua, também? Eu diria que nem precisa, a sua já combina super bem com esse clima de Halloween. Eu nunca vi uma cientista louca tão linda assim, hehe, está adorável! - Yoshiro dirigiu um sorriso e uma piscadela para a loira antes de começar a mudar sua própria fantasia, trocando o cachecol, o casaco e a boina por uma capa comprida e umas peças de roupa que não faziam o estilo dela, mas que combinavam bem com o cenário. E até mudou as minhas também, me dando um capuz e uma bolsinha de lado para nós ainda ficarmos combinando. Ela não tirava muito os olhos de Lariel enquanto isso. Hm, e minha humana fica bem sorridente perto dessa amiga… digo, deve ser amiga, né?

O lado bom daquele castelo macabro é que não havia nem sinal do Rotom por perto, então eu podia suspirar um pouco mais aliviada… porém não por muito tempo, já que uma fadinha entrou desesperada no cômodo, pedindo pela nossa ajuda. Yoshiro assentiu entusiasmadamente pela nova aventura, enquanto eu fiquei no ombro dela, olhando desconfiada para tudo ao nosso redor. Tive o vislumbre de algumas criaturas assustadoras em outras cômodos, que me fizeram estremecer dos pés ao meu broto, e se não fosse por Yoshiro eu já teria começado a choramingar para sair dali…

- Então, vamos começar a procurar esse Richie? Eu nunca joguei Castlevania, mas isso está parecendo bem legal. - Essa menina tem um conceito estranho de “legal”. Eu definitivamente preferia estar em um picnic… mas, se Yoshiro se divertir brincando de caçadora de vampiros com Lariel, isso é o que mais importa pra mim. Enquanto eu puder ver minha humana sorrir, vai estar tudo bem.

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