Pokémon Mythology RPG
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1 - O Tolo

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A hora do cachorro. A noite acaba de renascer e já chora lágrimas novamente, alguns vêem seu banhar como uma bênção divina, já outras acham um estorvo para sua rotina corriqueira, um incômodo passageiro. O que Kyouko acha? A garota perguntava para si mesma, porém nenhuma resposta chegou a si. "Eu... não sei. A chuva apenas é." pensou. Sem moradia alguma, salvo a árvore que decidiu fazer de alojamento temporário dessa garoa, a treinadora teve muito tempo para pensar durante o seu primeiro e segundo dia em uma região que nunca ouvira falar antes, conformada com a sua bolha que era Snowpoint City e seus familiares do clã Kyouko. Enquanto fita para as gotas d'água jorrando pelas estradas, em junção ao clima de brisa estranhamente aconchegante, a garota novamente passa seu olhar para a Pokebola que recebeu, diversas dúvidas surgindo em sua mente: "O que devo fazer com esse Pokémon?"; "Será se devo liberá-lo que nem todo mundo faz?"; "Como posso garantir que será leal para mim?"; Todavia, a maior pergunta de todas crescia na fundo de sua mente... "Será se poderá me entender?".

Embora sua incapacidade de comunicação oral tenha lhe causado a maior parte de seu sofrimento físico e psíquico, Kyouko concluiu que ela não precisava se comunicar para suceder em sua vida, nem pela linguagem de sinais ensinada que ao menos sabe reproduzir. Mas quando se é introduzido o elemento Pokémon, seres que diretamente trabalham com seus treinadores para vencerem batalhas e desafios, como será que a adolescente lidaria com isso? "Por quanto tempo ficarei nesse suspense?", pensa e, com uma leve sensação que se assemelha a frustração, a jovem deixa propositalmente a bola cair de suas mãos e bater contra o chão, liberando a espécie sombria de seu confinamento. Desde que recebera, ela nunca tinha feito o esforço de liberar, talvez por uma junção de apatia e medo. Porém agora era hora.

Saindo da Pokébola, Sneasel percebe a humana agachada para que esteja diminuindo a distância vertical entre ambas, a Pokémon surpresa e talvez um pouco assustada com a expressão facial da garota: vazia, completamente estático, não era um sorriso nem uma carranca, apenas passava seus olhos para as características distinguíveis de seu ser, como a gema em sua testa, suas patas com garras enormes e seu corpo que camufla-se na escuridão. Nenhuma palavra saia da boca da humana, o que era estranho para a felina... ou seria uma mustela? Metodicamente, Kyouko ergue sua mão direita e fecha seus dedos em formato de "O", deixando apenas seu dedo mindinho erguido, representando uma saudação, com a Pokémon não entendendo muito bem, permanecendo em guarda e analisando o que estaria acontecendo ao seu redor.

Logo em seguida, Kyouko retira um instrumento dado à ela assim que fora socorrida de seu colapso na areia: um celular peculiar e altamente tecnológico, tem sido seu guia para localizar pontos da cidade, supera ter que ficar perguntando pessoas, na sua concepção; No aparelho, pesquisa o seguinte: "Magikarp" e, com a foto do Pokémon peixe aparecendo, Kyouko faz mais um gesto, dessa vez pondo um punho em baixo do outro, a mão em cima fazendo dois chifres com os dados e, em uma moção só, ambas as mãos fecham-se como se tivessem pegado vento, simbolizando o ato de caçar em jogo de sinal. No maior de seus esforços, Sneasel faz um baixo som, talvez de concordância, talvez de "essa humana é louca".

Por fim, pesquisa mais uma coisa no Rotom Phone: "Locais para pesca". Uma coisa estava claro: Kyouko queria pescar, buscando caçar um Magikarp e testar em primeira instância as capacidades de luta da Sneasel que ainda estava se situando para a situação em que se encontra.

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Off :




Seiya Kyouko, treinadora.
Slateport, ruas.
Aproximadamente 19:55.
O Tolo
A assassina, forçosamente silenciosa por conta de sua condição de mudez, ainda não sabia como seria sua trajetória daqui pra frente. Considerando que havia falhado em sua missão de assassinar o político por não tê-lo encontrado, ela agora planejava adquirir poder por si mesma para poder retornar ao seu clã, triunfante, e obrigá-los a respeitá-la, como deveria ter sido desde sempre. Apesar da apatia, toda a situação talvez estivesse gerando algum tipo de vontade ardente no coração da garota, talvez até mesmo raiva. Não posso falar por ela, mas fica o pensamento.

Sendo assim, seu primeiro plano era - provavelmente - testar as habilidades da Sneasel que carregava consigo. Ou, talvez, realmente capturar uma Magikarp, sabendo do potencial da carpa pra se tornar um Pokémon realmente poderoso. Sendo assim, a garota estava se direcionando, acompanhada  da pequena Sneasel, para um local conhecido de pesca em Slateport. Precisaria passar por diversas ruas para chegar até lá, no entanto. A partir de onde estava, o local de pesca estaria a aproximadamente meio quilômetro, que se tornava quase um quilômetro inteiro por conta das diversas curvas que precisavam ser feitas.

Enquanto a caminhada acontecia naquela noite levemente chuvosa, a brisa marítima que acompanhava deixava tudo muito frio. Talvez Kyouko não se importe com o frio, considerando que veio de um local que tem "neve" em seu nome. Sneasel de fato não se incomodava com aquele frio causado pela chuva e vento, por ser um Pokémon de gelo. Já uma pessoa Hoenniana ou Tohjoense provavelmente estaria tremendo a mandíbula num momento como esse e jamais estaria indo pescar. Bem, não que Kyouko seja alguém realmente normal...

A dupla passava por algumas ruas. Tudo parecia bem tranquilo, até o momento em que ouviram um som de metal caindo ao chão, bem forte, na esquina de uma das ruas que teriam que passar, um pouco mais a frente. Em seguida, um grunhido de rato e um "Shhh!" que parecia ser de um humano mesmo.

(c)

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A buscativa de Kyouko parece ter dado frutos; olhando para o aparelho, não demorou para que uma localização satisfatória aparecesse, sendo meras centenas de metros à serem percorridos. Suspeita que sua jornada demoraria cerca de 10 à 20 minutos, o que não necessariamente seria um problema, a noite ainda é uma criança e estava vazia demais para aquela hora graças à chuva.

Em certos aspectos, agradecia pelo favor que a garoa lhe deu, quanto menos pessoas tivesse que trombar ou que ficassem passando olho pelo seu corpo, melhor. O clima também fazia uma justaposição com o que normalmente é de se esperar do tropicalismo hoenniano, afastando ainda mais o público de sua pessoa, talvez, nem que por um pouco, a garota sentira-se mais perto de casa nesse momento do que qualquer outro desde sua departura. Curiosamente, a Pokémon sombria foi de acordo com a proposta da humana, talvez ache o tempo bom o bastante para aproveitar um passeio? Não importava para Kyouko, desde que Sneasel seja uma "arma" obediente e não atrapalhe-a, a garota não se importava com as motivações de seguir ordens.

Prosseguindo pelas ruas, a jovem não perdia tempo de analisar a geografia inserida, usando suas capacidades de sobrevivência instintivas, como memorização de espaço e percepção para que pudesse se localizar no futuro, assim como, talvez o mais importante, poderia saber caso alguém estivesse a perseguindo. É senso comum ter receio do tempo noturno, é quando seu corpo fica em um estado mais enfraquejado pela química liberada pelo seu corpo gritando para dormir, mas também questões como a visão são mais limitadas e é quando vários Pokémon noturnos despertam, muitas vezes para caçar. Verdade seja dita, isso não mais se limita para Pokémon nos tempos modernos, tem quem diga que encontrar uma pessoa à noite seja dez vezes mais assustador. Todavia, isso era algo que Kyouko aproveitava; apenas dois tipos de pessoas andam pela noite: as pessoas mais perigosas ou as mais estúpidas. Quem for tolo o bastante para andar na escuridão despreparado, pode acabar não gostando do que encontrar e viram, bem, presa; já as preparadas, as fortes, são as que negociam e duelam por controle e poder, elas são as predadoras que gerenciam suas presas.

Ao menos, essa era a filosofia de Kyouko, a noite é a hora da caça, é o tempo mais selvagem e cabe aos mais fortes decidirem os papeis dos indivíduos da sociedade, e nunca esteve na mente dessa adolescente em se tornar uma presa. Pensamentos de triunfo preenchiam a mente da treinadora e isso fazia ela sentir... alguma coisa, não sabia o que era, não era forte o bastante para discenir ou dar importância, seu foco agora é dar suas energias para não só viver mais um dia, mas também ser forte o bastante para restaurar sua honra.

Até que estava indo tudo como de esperado, seria um serviço rápido e fácil, até um ruído- não, um estrondo percorre os arredores do bairro em que Kyouko percorre, seguido de dois sons muito mais familiares: o que aparenta ser um roedor e uma pessoa perto, seria ele responsável pelo som? "O que seria isso?... Poderia ser?..." pensou, deixando sua mente navegar pelas mais diversas teorias que rodeava esse barulho... seria um ladrão que deixou derrubar algum produto de seus furtos? Talvez alguém tentando chamar atenção, uma armadilha, para pegar a garota ou simplesmente um estúpido desatento... ou então... seria alguém enviado pelo clã? Sem dúvidas sua família já teria ciência do acontecido, sua falha, e podem ter mandado alguém para descartá-la? Seria tolisse duvidar da inteligência do clã Kyouko, assim como seria tolisse meter seu nariz por onde não deve, poderia ser mais trabalho do que vale a pena... Logo, passou 5 segundos em análise profunda e partiu correndo em direção ao som. A felina, por outro lado, estava aos prantos com o som agudo nas suas orelhas, além de parecer perigoso demais para alguém de seu nível, fazer as coisas nas sombras era muito mais o seu tipo, porém mesmo assim seguiu a garota, concluiu que ficar perdida num lugar que nunca viu antes não era algo esperto e essa humana de cabelo preto parecia saber por onde ia.

Aproximando-se da origem dos sons, a cautelosa mantinha-se abaixada para limitar sua presença e de ficar em posição para avançar quando fosse preciso. Coloca seu braço em seu casaco para puxar sua faca porém hesita, mudando de ideia; "Eu não preciso de um magikarp para treinar esse Pokémon... uma oportunidade acaba de surgir.", seu pensamento veio como uma epífane, se essa Sneasel realmente fosse de qualquer valor, agora seria hora de colocar a mão na massa... na noite há dois tipos de pessoas: a presa e a predadora, agora seria o momento para definir seus papeis, e Kyouko tinha todas as intenções de sair por cima.

Sem virar para a Pokémon acompanhante, sabendo sua presença pelos seus passos distinto pelo chão molhado, Kyouko fecha sua mão direita em um punho fechado enquanto a outra fica aperta para o lado, seu punho então começa a bater contra a outra mão. Isso apenas possuía um significado: "luta", e a sombria sabia que não havia como escapar desse conflito, então preparasse para avançar contra a fonte do som e fazer picadinhos do que estivesse lá.

Com a mão, a treinadora fez:
"3...
2...
1...
Vá!"

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SEIYA KYOUKO, TREINADORA.
SLATEPORT, RUAS.
APROXIMADAMENTE 19:55.
O Tolo
A Sneasel partiu correndo com um dos braços para trás e o outro na frente, virando a esquina enquanto saltava. Um som de estrondo metálico novamente. Você ia se aproximando um pouco mais para poder ver o que sua companheira Pokémon havia atacado mas logo antes de virar a esquina saiu dali um vulto grande que esbarrou em você. Não chegou a te derrubar mas te colocou pra fora do eixo, te empurrando pro lado. Foi rápido demais pra qualquer tipo de reação. Ao olhar na direção de onde o vulto tinha ido, você percebe que era um rapaz, aproximadamente da sua idade, que estava correndo pela viela.

Talvez ele estivesse apenas fugindo do ataque de Sneasel, mas o que te preocupava é que ele estava com um dispositivo na mão: Um Rotomphone. O que te preocupava mais ainda é que você não sabia mais onde estava a sua. Logo que o rapaz passou, você também viu um Ratatta correndo atrás dele, saltando por cima dos seus pés. Eles haviam deixado pra trás uma tampa de latão de lixo que estava rasgada no meio, provavelmente pelo golpe de garras de Sneasel.

Você percebe que o rapaz não é muito rápido e que pode alcançá-lo com algum esforço, já que ele tomou a dianteira. Tudo isso aconteceu em menos de cinco segundos e todo o processamento na sua mente se deu de maneira tão rapida quanto aquele rapaz corria.
(c)

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Com o comando dado, era saber o que sairia da fonte de som, o que estaria essa pessoa escondida fazendo? Estaria Kyouko correta sobre suas hipóteses? Com o sinal dado, Sneasel corre e acerta em cheio... algo. Tudo aconteceu de forma ligeira, não é incompreensível pensar que ele já esperava pelo ataque, pois o humano e seu roedor esquivaram do golpe que seria devastador se conectasse e passaram pelo garota como relâmpago, não fosse seu equilíbrio, a treinadora teria caído no chão, um erro fatal em outras situações, pois o breve segundo de atordoamente é o que basta para decidir a vida ou a morte de alguém, porém contemplar falhas não ajudaria sua situação atual, a realidade é que um garoto estava fugindo e, por tudo que parece, tinha roubado algo da Kyouko, mais especificamente seu navegador! Enquanto ela possa ter decorado a rota para seu primeiro objetivo, ela precisa disso no futuro para se locomover a destinações específica. A ninja deshonrada jamais poderia deixar isso escapar, uma coisa era certa: é hora de correr atrás dele com toda sua capacidade.

Impulsionando seu corpo num momento mecânico, a garota e seu sneasel passam a correr com todas suas capacidades e a percebem um evidente fato: o garoto não era muito rápido; na verdade, sua desenvoltura não possuia técnica correta, isso não é uma forma de correr ensinada pela família da jovem, não havia como esse ladrãozinho ser um assassino enviado, que na verdade se ele quisesse atacar já teria feito de início! A probabilidade é considerável que ele seja apenas um morador de rua, roubando para sobreviver, considerar essas possibilidades é uma questão importante, conhecer seu inimigo é o primeiro passo para a vitória, já dizia um membro sábio que ensinava rigorosamente no templo de Snowpoint.

Primeiramente, Kyouko pega sua faca o mais rápido possível, caso isso fosse uma espécie de filme, a cena prosseguiria com a treinadora lançando o objeto nas costas do moleque e acabar com isso, porém as coisas não eram tão simples assim. Jogar uma faca é um movimento perigoso, primeiro que ela tem apenas uma, então caso ela jogasse, ficaria indefesa até conseguir pegar de novo, o que já é outro problema, o vento e a chuva ambos alteração a trajetória do projétil, talvez mesmo se acertasse o impacto não imobilizaría-lo, não importa o quão boa a mira da Kyouko seja.

Avançar de uma vez também não seria simples, o Rattata tornava-se a maior preocupação no momento, apesar de não ser muito forte, é ágil e sua mordida é capaz de fazer qualquer um paralisarem por um segundo. E numa luta de um-a-um, 1 segundo define quem vence e quem perde, assim como lidar com os dois ao mesmo tempo seria impossível realisticamente, esse peão protegia o rei da rainha, então apenas havia uma solução lógica durante toda essa injenção interna de adrenalina: usar seu próprio peão na ofensiva. Sabe o que é melhor do que pegar uma presa indefesa que nem uma carpa? Uma caça que genuinamente quer viver, usando todas suas forças para evitar o pior fim.

Ainda correndo, porém alcançando metro a metro o garoto, Kyouko vira para a espécie sombria, que também era mais rápida que a ratazana, e acena com a cabeça de forma séria, palavras eram obsoletas nesse momento, apenas havia um procedimento: lutar. Dessa vez a ideia é não errar, Sneasel avança com suas garras no rato para dar seu golpe arranhão, enquanto cabe à Kyouko diminuir espaço entre ela e o garoto e pular em cima do garoto misterioso. Sem seu bichinho, a ninja poderia cortar a garganta dele e finalizar o serviço... porém seria mesmo o certo a se fazer? Kyouko não sente remorso em matar, para ela não passava de justificável, afinal fora ele que roubou dela primeiro, um rotomdex por uma vira parecia razoável, mas mesmo assim matar alguém não é tão simples, lidar com o corpo, suas digitais, ter que fugir da cena, nem sequer havia lembrado de possíveis câmeras na ambientação... Com isso em mente, talvez seja mais astuto pressioná-lo contra o chão, seu pescoço ameaçado com a ponta da faca, isso faria ele abrir sua boca e falar qualquer coisa que seja útil, ou quem sabe algo mais? Era a escolha no momento, que poderia mudar caso fizesse um movimento estúpido.

Enquanto Kyouko faz seu avanço, é serviço da Sneasel impedir que o rato não intervenha, então deve atacar com seus arranhões para deixá-lo ocupado, será se vai dá certo? Não se pode triunfar sem riscos! Deixe que seus instintos controlem a situação!

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Off :




SEIYA KYOUKO, TREINADORA.
SLATEPORT, RUAS.
APROXIMADAMENTE 20:00.
O Tolo
As gotas de chuva parecem ter intensificado... Ou talvez isso seja apenas porque agora todos estão correndo e os corpos ocupando um maior espaço num menor tempo, portanto fazendo com que mais gotas atinjam-vos? Tudo o que se sabia era que Kyouko se sentia mais molhada do que antes. Ou talvez fosse um pouco de suor misturado naquilo tudo? Uma espécie de suor que era tão frio quanto as gélidas gotículas de chuva daquela noite que acabava de deixar de ser tediosa... Talvez. O que a garota realmente podia sentir era o ar fluindo por seu nariz, ar um tanto gelado e que ardia levemente as entradas das narinas enquanto um ar um pouco mais quente saía pela boca, completando o ciclo respiratório perfeito para uma corrida eficiente.

— Ratty, atrasa elas! Focus Energy e Quick Attack! — Então, pela primeira vez, você estava ouvindo aquele rapaz vociferar alguma coisa. A voz dele era realmente de um adolescente, talvez um jovem adulto no máximo. Não parecia ter mais que dezoito anos. Ele não parecia um morador de rua, no entanto. Estava com um casaco preto com detalhes em amarelo, junto de uma calça jeans e botas pretas, um pouco grandes e pesadas, o que talvez fosse o motivo de ele não poder correr tão bem.

Aquilo havia se tornado uma batalha em movimento. Não que as batalhas sejam paradas, muito pelo contrário, há bastante movimento entre os Pokémon quando dois treinadores duelam. No entanto, esta era uma situação completamente diferente, pois parecia que era uma batalha e uma corrida ao mesmo tempo. O rapaz continuava correndo e tentava te despistar entrando em diversas esquinas, mas não era o suficiente pra te fazer perdê-lo de vista... Principalmente porque o Ratatta, um pouco mais atrás, continuava correndo na mesma direção que seu treinador, então tornando inutil a tentativa já que, ao seguir o rato, poderia seguir o rapaz também.

Sneasel salta e desfere um golpe com suas garras no ratinho. Durante a corrida, o Ratatta perde um pouco do equilíbrio e você já consegue ultrapassá-lo na corrida, ficando apenas com alguns metros de distância do ladrão. Por outro lado, ainda respondendo aos golpes da sombria, o roedor emanava uma aura levemente alaranjada enquanto olhava feio para ela e, em seguida, quase como se ele próprio fosse um ninja, avançava na direção da Sneasel e lhe trombava com o corpo. Ela sentia o golpe e este era muito duro pra um simples Quick Attack. Ela havia sido empurrada contra uma parede, mas teve uma reação rápida e colocou os pés na parede para amortecer o impacto e também usar como impulso pra dar um salto até o roedor, desferindo mais um golpe com suas garras e arranhando-o firmemente. Kyouko poderia tentar dar algum comando ou deixar Sneasel batalhar sozinha e se focar no ladrão... E, por falar nele...

Você conseguia ter um vislumbre de seu rosto quando ele olhava pra trás e tentava arremessar uma carta de baralho na sua direção. Sim, era uma carta de baralho... Vai entender... Mas aquilo parecia estar indo diretamente no seu rosto!

O Ladrão: :





Ratty:
+2 CRIT
Hold Item:
Trait:
Run Away

lv7 Ratty


11/21
1 - O Tolo Rattata
1 - O Tolo Sneasel
lv5 Sneasel


14/20
Trait:
Inner Focus
Hold Item:
Sneasel:
Normal

Campo: No meio da cidade, passando por diversas ruas e vielas, com diversos obstáculos, já que a batalha está sendo 'móvel', tendo então desde lixeiras à caixas de papelão ou apenas pedras que estão fora do lugar nas calçadas do local. Está chuvoso, frio e tudo molhado. O chão está levemente escorregadio, principalmente perto das poças.

(c)

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Off :


O que era para ser uma noite no mínimo chata se tonara uma corrida cheia de estímulos propulsando cada um, os hormônios de sobrevivência eram o maior fator que faziam eles terem tanta força, energia e agilidade. Kyouko preferia morrer do que deixar um garoto ladrão se aproveitar dela, assim como ele provavelmente não tinha morrer como parte de seus planos da noite, os dois usavam todas suas capacidades fisiológicas e psíquicas, ainda haviam que processar todas as informações enquanto navegavam pelas ruas escuras e molhadas; com o processo de colocar seu corpo para locomover com tamanha intensidade, seus músculos começam a doer, com sangue e energia fluíndo pelos seus sistemas e, assim, a temperatura corporal também aumenta. Com esse acréscimo constante e ativo em junção com o clima frio e chuvoso, o corpo inevitavelmente passa por choques térmicos e, consequentemente, liberação de energia, não há dúvida que ambos os humanos estão encharcados dos mais diversos fluídos e, se a Kyouko alcançase-o, mais um líquido jorraria do corpo do treinador da ratazana...

Falando do Rattata, não há dúvidas sobre o potencial dessa "arma", ele simplesmente havia capacidade de derrotar a Sneasel em um combate 1vs1, isso vai acabar péssimo se ambas treinadora e Pokémon não derem seu melhor, mas como? Kyouko simplesmente não poderia parar seu rítmo para nada, seus movimentos aproximavam cada vez mais próximo do garoto e finalmente poderia ter sua posse de volta, seria mesmo cada um por si? Bem, para Kyouko sinplesmente não fazia sentido dar qualquer importância para sua "arma" agora, ela estava fazendo seu dever: parando o roedor de atrapalhar o golpe da ninja, tudo estava indo de acordo, porém...

O que aconteceria se a Sneasel perdesse? Kyouko corria as possibilidades com o calor do momento, seu corpo estava abafado e seus pulmões estavam queimando, porém usou isso como impulsão para suas capacidades irem além. Voltando ao assunto, ambas criaturas pareciam estar com energia de sobra ainda, o Rattata tinha grunindo de dor após o segundo golpe porém ainda era capaz de lutar, caso Sneasel saísse no topo, poderia correr atrás do garoto junto com sua treinadora enquanto o rato ficaria para trás. Caso o rattata ganhasse, ele iria em cheio para cima da garota e seria impossível lidar com ambos, um fracasso total... havia como ter controle sobre essa situação para minimizar as perdas?

"E se... não... isso seria estúpido demais." Um pensamento voou pela sua mente, porém rapidamente descartou-lhe... e se Kyouko auxiliasse no combate Pokémon? Dois contra um faria com que suas chances de vitória subissem drasticamente, todavia faria com que o garoto tivesse mais espaço e oportunidades para fugir e ser despistado, simplesmente não era válido... será? Poderia ser que ele tivesse qualquer valor sentimental com esse peludo roxo? Ratty... é um apelido... "Quem é idiota o bastante para nomear Pokémon?" Talvez, na sua concepção, ele seria idiota o bastante para ceder se seu pokémon fosse ficha de barganha. Poderia mesmo um gâmbito desses dar certo? Esse menino de cabelo grisalho parecia um vagabundo, não havia nenhuma certeza, porém é uma aposta...

Falando em aposta, uma carta de... baralho? Fora lançada? O que isso significa? Seria só uma tática falha de atordoar a garota? Da maneira que fosse, Kyouko bastava usar sua faca para cortar o trajetório do projétil... literalmente. Seria uma carta afiada? Metal contra metal também deve proteger do golpe, então é momento de ação. Apenas há uma chance de executar, sem muito lugar de falha. É agora ou nunca para botar em execução.

Primeiro Kyouko deveria fazer seu movimento que selaria seu destino... distanciar seu passo do garoto e aproximar-se com o do Rattata, colocando-lhe entre a humana e sua Sneadel em seguida deveria partir para o ataque, tudo estava valendo; Aproveitando o cenário tropical urbano, enquanto não havia nenhuma neve para jogar, as pedras e lixo no chão serviam o bastante,  quando o Rattata esquivasse, seria seu momento de atacar... se fosse para o lado da Kyouko, estaria na posição perfeita para ser pisado ou acertado com a faca, caso fosse para o da Sneasel, a felina atacaria com suas garras quantas vezes fosse preciso. A realidade é que não esperava realmente acertar o rato, essas criaturas são astutas, porém quando movesse seu corpo, seria seu maior momento de fraqueza, quem sabe inclusive revelasse um ponto fraco. Enfraquecendo o rato ao ponto de exaustão faria com que ele estivesse à mercê do par de ninjas de Sinnoh, seria esse ladrão de preto e amarelo empático o bastante para trocar a vida de seu rato pela rotomdex, ou Kyouko estaria completamente equivocada na sua aposta?

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SEIYA KYOUKO, TREINADORA.
SLATEPORT, RUAS.
APROXIMADAMENTE 20:00.
O TOLO
As coisas aconteciam muito rápido, quase não dava tempo de perceber tudo o que estava acontecendo a sua volta. A carta se aproximava mais e mais do seu rosto, apenas para ser partida ao meio por sua lâmina. Vendo isso, nesse momento, o ladrão fez uma expressão de puro medo, tentando correr ainda mais rápido do que estava até então, se esforçando o máximo. Mas, realmente, seus sapatos estavam atrapalhando uma corrida mais eficiente. Por um lado, tinham mais agarre para um terreno molhado e escorregadio como esse, evitando a queda. Por outro, eram mais pesados e um pouco desconfortáveis de usar ao tentar correr, o que prejudicava a biomecânica do movimento.

Por outro lado, seu movimento de tentar atrapalhar o roedor foi facilmente defendido com uma ofensiva. O rato havia "escolhido" ficar mais próximo de Sneasel do que ser pisado, mas sem ter pensado nisso. Ele apenas estava dando outro golpe de corpo, acertando-a em cheio com seu foco energizado. Aquele Rattata, sendo apenas um rato, estava dando trabalho demais. Sendo assim, Sneasel também desferiu um golpe potente. Ela havia dado um "tapa" no arroxeado que o jogava para uma parede. Nesse momento, foi criada uma distração. O rapaz ladrão havia olhado para trás e pisou em falso, desacelerando um pouco, por ter visto seu companheiro cair, apesar de ainda não ter desmaiado.


Ratty:
+2 CRIT
Hold Item:
Trait:
Run Away

lv7 Ratty


3/21
1 - O Tolo Rattata
1 - O Tolo Sneasel
lv5 Sneasel


8/20
Trait:
Inner Focus
Hold Item:
Sneasel:
Normal


E, ali, você viu a verdadeira índole daquele garoto. Ele não iria deixar o rato para trás mas, ao mesmo tempo, não iria parar. Ele estava tentando alcançar a Pokébola de seu Pokémon dentro do casaco para recolhê-lo e continuar correndo, mas Sneasel foi mais ágil. Ela fez um movimento insano. Primeiro, pulou em uma das paredes, dando dois curtos passos nela. Em seguida, pulou na sua direção, pousando sobre seu ombro, te usando como um trampolim, para então se jogar na frente do ladrão e literalmente fazer uma barreira de carne (ou, talvez, de gelo, nesse caso) na frente dele. Sneasel estava disposta a ser atropelada pra fazê-lo parar.

No entanto, não foi isso que aconteceu. Ele teve uma boa reação. Por mais que não seja um ninja treinado, você consegue perceber que ele tinha bons instintos, mas faltava técnica. O garoto simplesmente pulou por cima da felina, mas ao pousar no chão novamente, pisou em falso e acabou caindo, rolando ao chão. Ele grunhia, com a dor do impacto na queda. — Grrargh! — Era a hora de pegá-lo!

(c)

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A hora de executar o plano é agora e, limitando significativamente o movimento do rato, agora é o momento de fazer questão de que a luta vá ao favor do time feminino. Apesar do golpe poderoso lançado pelo rato, Sneasel conseguiu revidar com uma força mais alta ainda, deixando o Rattata em estado crítico, preocupante o bastante para desacelerar o adolescente ladrão para que ele pudesse observar a situação e recolhesse seu Pokémon. Era o clímax da luta! O momento crucial onde os instintos da Sneasel ativaram para que ela também fizesse tudo o que pudesse para ganhar, sendo parte de sua espécie a capacidade assustadora de trabalhar em equipe para conseguir comida e outras necessidades básicas. Portanto, fez uma manobra de mestre que, no mínimo, tirou seu momentum. Enquanto pular por cima da Pokémon era a jogada certa, o chão molhado e num tanto escorregadiu fez cheque-mate.

Seria esse o fim dos dois? Encerrados pelas "garras" sombrias de ambas as meninas? Kyouko olhava a situação atual, vendo o garoto no chão e o Rattata extremamente fragilizado após o golpe que lhe lançou contra a parede, qual dos dois escolheria? Sneasel já não estava tão bem quanto antes, levando dois golpes extremos contra seu corpo, porém não havia dúvidas, a vitória era para ser sua.

Diante disso, a adolescente, ainda ofegando e transpirando, apontou para o Pokémon enfraquecido enquanto olhava para Sneasel, seu trabalho era finalizar o serviço, seja de forma letal ou não, isso de pouco importava para Kyouko, porque agora ela tinha umas contas para acertar com um moleque que acaba de espatifar seu corpo no chão. Lançando seus membros para ação, a garota treinada para matar pula para cima do corpo do adolescente, puxando seu cabelo com sua mão direita enquanto sua canhota inseria a faca na proximidade de seu pescoço... não tiraria sua vida, ainda. Apenas precisava estar em uma posição de vantagem, pois agora qualquer movimento em brusco que fizesse seria o fim de sua vida.

Talvez ele pensou que esse seria o momento em que a adolescente o interrogaria, porém palavra nenhuma saía da boca da garota, apenas o exalo forte de vento quente que acaba de navegar pelos seus pulmões contra seu pescoço. "É bom ele dar logo o que quero, aí decido se esse traste merece ver o sol nascer" de fato, era um detour e tanto que havia feito, percorreu por tantas ruas que não fazia ideia de onde estava, poderia estar mais perto ou mais longe ainda de seu destino, ou talvez o próprio destino fizera com que esse fosse seu novo objetivo, quem precisa de carpas quando lutas emocionantes como essa são muito mais proveitosas? Por fim, dadas as ordens, Sneasel daria um arranhão para finalizar a luta, porém será que daria outro para finalizar sua vida também?

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SEIYA KYOUKO, TREINADORA.
SLATEPORT, RUAS.
APROXIMADAMENTE 20:00.
O TOLO
O roedor se mostrava ser muito perseverante, mas, quando estava pra tomar o ultimo golpe de misericórdia de Sneasel - que não pretendia tirar sua vida, apenas nocauteá-lo - o feixe vermelho da Pokébola o recolhia. Quando você teve a oportunidade de olhar, a Pokébola estava na mão do rapaz, que conseguiu alcançar o objeto dentro do casaco logo antes de cair, enquanto pulava por cima da felina. Ele estava com a esfera em uma mão e seu Rotomphone na outra, mas agora com ambos os braços imobilizados.

Ao sentir a lâmina no pescoço, ele fala, completamente desesperado. — Espera! Espera! Espera! Não precisa disso! Eu te devolvo! Eu até te arrumo uma poção pra sua Sneasel! Só não me mata! — O rapaz não sabia o que pensar. Você não havia feito nenhuma exigência, não havia vociferado sequer um grunhido, estava apenas fria e silenciosa como aquela noite, cujo silêncio era quebrado apenas pela voz estarrecida do garoto.

Agora as coisas haviam se acalmado, parcialmente. Com o completo domínio da situação, estando "montada" em cima do rapaz caído, imobilizando-o e o ameaçando com a lâmina, sua respiração começava a normalizar, na medida do possível. Ainda ofegante por conta das centenas de metros percorridas em tão pouco tempo - afinal, toda esta cena se passou em menos de dois minutos - mas apenas pela fisiologia, pois não havia mais tanta adrenalina. Ao menos, não pra você, que estava com o destino do rapaz em mãos.

Ele, por outro lado, sabia que tinha "perdido" e havia se rendido completamente. Não tentava escapar ou disputar em força com você. Talvez - não, muito provavelmente - ele ganharia em força, mas não podia disputar com a lâmina afiada em seu pescoço. Sendo assim, fez apenas o que podia fazer: render. Se não estivesse imobilizado, até colocaria as duas mãos na cabeça, mas não o fazia, por motivos óbvios.

Sneasel se aproximava e ficava agachada na frente do rosto do cidadão, encarando-o com um ar de predadora. Isso apenas contribuía pra que ele ficasse ainda mais intimidado.

(c)

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