Pokémon Mythology RPG
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1 - O Tolo

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SEIYA KYOUKO, TREINADORA.
SLATEPORT, RUAS.
APROXIMADAMENTE 21:35.
O Tolo
Kyouko continuava vendo os Pokémon de forma utilitária ao extremo. Até mesmo assumia coisas sobre a Enfermeira, imaginando que ela usava o Mr. Mime apenas como um tradutor, sem saber de fato qual era a relação que a mulher tinha com aquele Pokémon-mímico-palhaço. No momento que teve para descansar, respirar e refletir um pouco, além de, talvez, até planejar os próximos passos, a garota foi impulsiva e resolveu simplesmente se levantar e seguir em frente. Não é como se ela não soubesse onde os Pokémon dela haviam sido levados, afinal tem um maquinário enorme atrás do balcão da enfermeira e é senso comum, mesmo para treinadores inexperientes, que é ali onde ocorre o processo de cura dos Pokémon.

Você estava caminhando a passos relativamente lentos, pois o cansaço agora bateu. Não bastasse a longa viagem de navio, a noite foi bem agitada. Perseguir um ladrão, lutar contra Ryuzaki e, sem nenhum tipo de descanso, logo em seguida lutar contra sua tia. Mesmo para uma pessoa de condicionamento mais treinado, foram uma série de eventos que drenaram sua energia. Não é como se você fosse desmaiar... Mas o cansaço era evidente. Mesmo assim, você sentiu que precisava continuar. Conforme foi passando pelos corredores, podia ver mais algumas outras salas parecidas com a que você estava. Todas vazias. Pelo visto, não é todo mundo que tem uma vida tão arriscada ao ponto de machucar-se. As pessoas costumam machucar apenas "suas armas" e não costumam entrar nas lutas pessoalmente.

Conforme você estava próxima de chegar na recepção, você encontra-se com sua Weavile, logo antes de virar uma esquina do corredor. Ela estava carregando um casaco marrom, parecido com o seu, mas um pouco diferente. Em cima desse casaco marrom, estava uma Pokébola. Logo atrás dela, a Enfermeira. Ela te olha, inicialmente, com preocupação. — Você devia estar descansando... Você pode passar a noite aqui se quiser, sabia? — Ela sabia que você não ia responder, mas disse, mesmo assim. Depois, ela dá um suspiro. — Sua Weavile é uma gracinha. Eu... Me lembrei que esse casaco estava nos achados e perdidos há umas boas semanas e ninguém apareceu pra vir buscar. Esse seu casaco está bem... Complicado de usar, né? Se quiser, você pode usar este. — Então, a Weavile se aproxima e estende o casaco pra você, com a Pokébola em cima. — Como o seu Corphish estava muito debilitado, deixei ele descansando na Pokébola mesmo. Essa é a dele. — A enfermeira se aproxima e coloca uma outra Pokébola sobre o casaco. — Essa é a da Weavile. — Depois, ela sorri pra você. — Quer ajuda pra trocar de casaco? Você não precisa fazer tudo sozinha, sabe... — Ela, novamente, é um pouco invasiva e faz uma carícia sobre o seu cabelo. A Enfermeira é uma mulher alta, na casa dos seus 1,78m, então ela realmente acaba passando uma sensação de proteção, apenas por conta do seu tamanho. O jeito que ela te olhava era como uma mãe tentando proteger uma filha mas que, ao mesmo tempo, não queria tirar sua independência. Por isso, ela deixou a decisão em suas mãos... Tanto sobre o casaco, quanto sobre passar a noite no Centro Pokémon antes de ir embora.
(c)

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Kyouko era apressada e estava sendo demasiadamente impulsiva, por trás de uma desculpa "lógica" que não passava de paranoia. Sua personalidade esquizoide certamente fazia-lhe duvidar das pessoas, uma precaução patológica sobre outros, a enfermeira podia ter trancado ela na sala, podia ter chamado a polícia, podia ter roubado seus Pokémon, tudo era possível na mente dessa menina, certamente não gostando de lugares fechados e estranho para ela. Mesmo com os pés pesados e uma leve tontura flutuando sobre sua mente, ela faz sua trajetória pelo Centro Pokémon até finalmente encontrar a cuidadora novamente, com uma surpresa.

A mulher parecia compreensivelmente preocupada pelo esforço física que a jovem exercia, além de estar acompanhada da Weavile que compartilhava receio sobre a saúda da sua humana. O que pegou a atenção da garota, no entanto, fora o traje que a felina carregava que chamou sua atenção, aparentemente era uma doação da enfermeira para a menina fria... estaria querendo algum favor em troca? Uma chance de apunhalar quando não percebesse? Não... não passava de um ato de humano de caridade, um carinho para uma adolescente que passou por muito. Primeiro veio a oferta de passar a noite no estabelimento, negado; para Kyouko simplesmente não era opção ficar uma noite dormindo, se ficasse, teria de esperar até alto da noite para sair novamente, a garota simplesmente detesta o sol, não necessariamente pela luz mas sim pela atividade urbana trazida por ele... a noite ainda era uma criança, ainda que ia dar 10 da noite e, apesar da exaustão física, não sentia sono, talvez por causa do que aconteceu... ou talvez por ser mais o tipo "coruja".

A mulher alta novemente pega uma intimidade com a Kyouko, tratando muito como uma mãe normal faria, claro que sendo algo esquisito para a ninja cuja imagem materna era a sua tia. Ela estava querendo negar, porém decidiu aceitar a ajuda, porém pegou o seu casaco velho... certamente não confiaria com que a enfermeira ficasse com ele, apesar de honestamente não ter nada que ela pudesse fazer com ele se não tentar fazer clones com o dna que tava no casaco, porém eu duvido que fosse o caso... enfim, parece que estava tudo resolvido. Roboticamente, Kyouko inclina seu corpo num gesto de agradecimento, sem sorriso ou nenhuma expressão de fato, e direcionou-se para a porta do equipamento, agora com um casaco usado, todavia num estado exponencialmente melhor que o anterior, carregando o velho e com suas armas com sua vitalidade restaurada... o que faria agora? Bem, seu objetivo era sair dessa cidade... se não for nadar pelo oceano a fora, deveria seguir norte da cidade para entrar na rota que conecta Slateport e Mauville... permaneceria em Mauville quando chegasse lá? Dificilmente, a verdade é que manter-se em um único posto não agradava a garota, atravessaria pelo continente se preciso até ter um senso de segurança sobre seu futuro, seja lá quanto tempo isso possa demorar...

Enquanto fazia o trajeto, observava a Weavile que lhe seguira até mesmo agora... por que fazia isso? Qual motivação tinha de ter essa lealdade? Talvez porque estava fora de seu lar e, portanto, o mais esperto seria se unir a uma humana para conseguir voltar um dia... essa era uma explicação lógica... talvez? Kyouko não compreendia muito bem, porém sentia um certo laço se formando entre as duas sombrias, separadas de seus lares para embarcar numa furada em cima de outra... a ninja podia até não saber, mas a Weavile era apenas uma selvagem comum que percorria a cidade de Snowpoint, diferente de que fora dito ser criada especialmente para a menina... dessa forma, ambas foram deslocadas e jogadas para outro mundo pelo mesmo clã, esse mesmo grupo que tentou matar ambas... e, também, Weavile representava a ruptura dessa ligação com a família, agora criando com o mundo exterior que lhe fora privado... Kyouko é Weavile, e Weavile é Kyouko, ambas formam uma promessa não dita de ficarem fortes e terem sua vingança, o início do caminho que a tola faz se inicia pela maga, um símbolo de força, destreza e o mundo externo, é com a união das duas que se aproximam cada vez mais de seu absoluto...

Finalmente chegando no fim da cidade de Slateport, Kyouko olha para a sua Pokémon e acena com sua cabeça, replicando mecanicamente o carinho que a enfermeira fez em si... e partiu para a rota...

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SEIYA KYOUKO, TREINADORA.
SLATEPORT, RUAS.
APROXIMADAMENTE 21:35.
ROTA FINALIZADA
Agora que Kyouko estava se retirando da cidade portuária, com o olhar por cima do ombro o tempo todo, sem saber quando sua tia apareceria novamente... Ela encontrava tempo para refletir e, também, tentar emular uma espécie de carinho por sua Weavile. Por mais que o movimento tenha sido mecânico, você conseguiu sentir que a felina havia gostado daquilo. No entanto, assim que você parou, ela também cessou o momento de intimidade e voltou a ficar em seu modo de alerta, padrão.

Agora restava saber o que as encontraria na Rota 110.
(c)


Progresso da Rota :

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