[DUNGEON] - AS PALE AS A GHOST

De alguma forma, talvez porque fosse a única fonte de poder que eu conseguia manifestar, o poder da Key Stone se manifestou durante o ritual para selar Banette de novo dentro do livro. Bem... Não sei se o havia realizado de forma perfeita mas de alguma forma senti que as minhas emoções era mais importantes que as palavras em si que tinham de ser ditas.

O livro voltava a se fechar e logo após isso uma explosão vinha do corredor, toda a barreira de gelo que eu havia criado se estilhaçava em pedaço devido ao poder gerado pela Key Stone durante o ritual, contudo, estava livre de perigo, os mortos vivos se desintregavam um a um, literalmente viravam pó. Parece que finalmente teriam o descanso que mereciam...

Contudo... Aquela masmorra não me daria um segundo de descanso... Do nada de novo o grito do pequeno Cubone ecoava por toda a masmorra me lembrando do que o que eu tinha que fazer e que nenhuma pequena vitória importaria se eu não conseguisse impedir aquilo de atingir seu objetivo. E ainda mais estranho foi a voz de uma criança que escutava logo a seguir referindo "O Inominado"... Como assim? Sem nome? Quem? O espírito? Pera! Alguém acabou de ler os meus pensamentos? Mas o quê? Contudo... Eu realmente não conseguia percecionar mais ninguém naquela sala.

Aaaah... Muitas questões... Não posso perder muito tempo!

- Certo! Vamos seguir a voz do Cubone que escutamos à um bocadinho! Leliel e Elyon, voltem e descansem por agora! Tifiret, vamos continuar e me ajude a me orientar com sua audição aprimorada! Temos de o impedir! - proferi enquanto me preparei para continuar seguido caminho mais e mais fundo naquela tumba.

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Trabalho a fazer! Shion entendia pouco, mas sentia muito. Algo dentro dele dava instintos ferozes, o que lhe garantia a sua sobrevivência até ali. Ele não conseguia diminuir o seu medo que sentia, até que sobrenatural, mas o controlava bem. Saia correndo pelos corredores, junto de sua coelha, enquanto as demais “irmãs” da nova geração ficavam protegidas em suas Pokébolas. O rapaz saia, confuso, cheio de perguntas... Nem notou que uma nova pelúcia brotava em sua bolsa, como agradecimento de Banette pela conversa curta, mas que o deixou confortável. Aquela noite, as bruxarias estavam soltas, e fáceis demais de fazer. Foi neste momento em que ele corria, pegando outro caminho, que não era das masmorras, nem do altar do ritual, que ele começou a perceber que era muito mais bem construído.

Não era mais a rocha ou terra escavada pelo caminho, com formas grotescas ou coisas assim, mas eram vários paralelepípedos que formavam um túnel, com um arco perfeito e superfície linear. As pedras eram retangulares e pequenas e iam crescendo de tamanho conforme o menino ia andando. Ajudava até a correr, mas Lopunny nem precisava desta ajuda. Os sentidos de ataque estavam empenhados para uma batalha a qualquer momento.

Um túmulo.

Passando pelo corredor, iluminado parcialmente por archotes e tochas que vibravam algumas chamas fracas, quase apagadas, o menino notava uma lápide no campo. Na parede, uma do lado da outra. Sim. O túnel era feito de lápides e, como consequência, de gente morta enterrada no solo e nas paredes da construção. Talvez teto, não olhe pra cima.

O novo ambiente era uma câmara longa e grande, com mais túmulos, cujas lápides eram enormes, maiores do que já se via. O sentimento ali era de mistério, nem tanto de medo. Uma névoa rasa beirava o chão daquele cemitério particular. Acho que os Sandersons tinhas muita gente morta para pouca gente viva. As lápides ali eram muito bonitas, bem trabalhadas, algumas até de mármore, que era mais caro.  Surpreendentemente o rapaz parava diante de três lápides: duas grandes, e uma menor entre essas duas.

Na primeira lápida, data de nascimento e de morte, com a frase: Esposo fiel, que lutou pela família até o fim. Andrew Sandersons. Na outra, igualmente grande, Fáte Sandersons. Esposa fiel, que lutou até o fim. Na menor, no meio entre essas duas lápides. Titi Sandersons. Data de nascimento, ok, já tinha tempo, uns 80 anos. Mas a data de morte estava toda rasurada, como se alguém tivesse riscado e agora não dava para enxergar. Na frase? Não jás entre nós.

KabuM!

E foi ai que explodia o túmulo da menina! A terra subia, lançando aquela areia na roupa de Shion, disparando seu coração e tirando de dentro um Cubone bebê que chorava de modo incontrolado. A presença do demônio estava naquela sala. Não no Cubone que era suspenso no ar de modo sobrenatural, mas em algum lugar, por detrás de uma lápide, observando, olhando. No ar, os corpos etérios de dois seres surgiam e se solidificaram.

Era um balão grande, inflado, cujas “patas” seguravam um bracinho do pequeno Cubone. Do outro, um bicho grande, mumificado, como se tivesse preso a muito tempo que as ataduras viraram sua pele. Cuidado com o cubone! Uma aura negra cobria estes dois Pokémon.

Tudo aquilo era verdadeiramente assutador, honestamente, eu acho que até meu fígado tremia de medo do que estava acontecendo à minha volta, eu nem sei sequer se aquilo qu estava acontecendo era verdade mesmo ou se eu só estava alucinando, contudo, aquilo sem dúvida parecia ser bem real... Sem muita explicação, de facto, mas o que posso eu argumentar depois de tudo o que já vi. Honestamente, eu acho que aquilo já se tornava mais uma luta pela sobrevivência do que para salvar o mundo, bem, de facto a minha vida só esteve em vida de facto quando me opus à realização do ritual, mas eu sei lá o que pode acontecer se aquele ser conseguir o que quer! Melhor prevenir que remediar.

E ainda bem que eu pratiquei desporto a minha vida inteira porque esta correria toda masmorra adentro era de acabar com qualquer um, até porque o oxigénio não deveria ser tão abudante nestas camadas tão inferiores da terra, mas sem muito tempo para pensar no cansaço, só no suór  que deveria estar arruinando os meus cabelos lisos por esta hora, bem, voltando ao que eu estava a dizer, não havia muito tempo para pensar no cansaço porque a masmorra rapidamente mudava... O túnel de terra agora virava um túnel extremamente bem trabalhado que se estendia até uma outra câmara ainda mais exuberante.

Uma série de mais lápides bem mais trabalhadas e de materiais bem mais caros que as anteriores se estendiam pelo local, três deles saltavam ao olhar ao se destacarem ainda mais das restantes... Nomes dos Sandersons estavam descritos nos jazigos. Seriam aqueles o ramo principal, os donos da família e o restante sei lá... Bastardos, empregadas, etc.? Bem... Só espero que estes também não decidam erguer-se do chão como os de antes. Contudo, apesar da beleza, o local não deixava de ser desconfortável com uma névoa que se estendia por todo o local e ainda mais estranho era a data da morte da pessoa mais nova ali descrita estar rasurada, como se nada verdade ela não tivesse morrido... Um calafrio descia na minha espinha... Macabro...

E antes que me afundasse em mais dúvidas esse mesmo jazigo explodia do nada e do seu interior saia a pequena cria de Cubone levitando e chorando, subitamente consegui voltar a sentir a presença do maqueavélico ser que desejava o sangue daquele pequeno a todo e qualquer custo. Ele estava, mais uma vez, nos observando...

Mas não  ficávamos por aqui, mais dois fantasmas se revelavam e também explicava a razão pela qual o pequeno Cubone estaba levitando. Um Drifblim e um Dusknoir que claramente não pareciam muito amigáveis, devo confessar.

- Temos de agir rápido! Goomy! Elyon! Para fora! - exclamei ao soltar os dois montrinhos - Tifiret se mova rapidamente para impedir que eles machuquem o Cubone libertá-lo das garras dele! Comece com Close Combat no Drifblim e repita o golpe até o derrotar, se não pode mudar o seu alvo para Dusknoir! Goomy, use Protect e depois Thunderbolt no Dusknoir! Elyon, se foque em ajudar Tifiret com seu Helping Hand, duas vezes! - logo a seguir passei às ordens para tentar intervir rapidamente, eu também me punha em movimento para tentar pegar o Cubone caso acabassem por o soltar e prevenir que desse de cabeça no chão.

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Tanto Drifflim, quanto Dusknoir brigavam pela alma do bebê, a mando de seu chefe superior. O bicho que estava entre as lápides. Ele se escondia? Ficava ali mesmo? De fato, não era um bicho que estava com fúria e selvageria para pegar a alma do bebê. Shion agia rápido, tanto em suas pokébolas, quanto em sua corrida. Goomy, que encarou Mismagius de frente, temeu um pouco. Já estava saturado de Pokémon fantasmas, então só se envolveu em um globo de luz verde, enquanto o inseto gelado balançava suas asas, enchendo o corpo de Tiferet de uma aura multi-colorida.

A coelha saltava, brigava e esculachava o corpo de Driflim, que explodia, simplesmente. Dusknoir soltava o pequeno, já que não tinha o contrapeso, fazendo Cubone cair no colo de Shion. O pequeno enterrava sua cabeça no peito do treinador e seu manto cor-de-sangue. Foi nisso que mais uma vez, de forma brilhante, Tiferet deu um mortal. Dusknoir queimava a pokémon com chamas, mas Closet Combat potencializado pela Mega Stone finalizava o fantasma que sumia do ambiente, tal como aconteceu com o Pokémon balão.

EXP

- Lopunny recebeu 5617 por vitória contra Guardião no Cemitério Pokémon
> Lopunny permaneceu no Lv. 37 [5657/5899]

- Frosmoth recebeu 5617 por vitória contra Guardião no Cemitério Pokémon
> Frosmoth foi para o Lv. 35 [840/4965]
> Frosmoth recebeu +2 pontos de felicidade [105]

- Goomy recebeu 7021 por vitória contra Guardião no Cemitério Pokémon
> Goomy foi para o Lv. 30 [2331/3227]
> Goomy recebeu +04 pontos de felicidade [43]
> Goomy pode aprender Rain Dance.
> Goomy pode evoluir!

- Recebeu +1 Bottle Cap por vitória contra selvagens no Cemitério Pokémon [75]

A vitória de coragem de Shion não deixou com que tudo tivesse resolvido. Apesar de ter Cubone em seus braços, o rapaz sentiu uma forte pressão em seu peito. Isso fez com que instintivamente ele pressionasse Cubone contra si, isso porque uma sensação de dor pairava seu coração. Era um infarto? Crise de ansiedade? MEDO PATOLÓGICO? Shion sentiu. Sentiu a mesma força que ele sentiu quando estava no tabuleiro das palavras inconveniente. O cemitério luxuoso não diminuía o terror. Shion sentiu passos!

Sim, sentiu! O normal e conveniente é ouvir passos, mas o que o rapaz fez foi sentir! Desde sua primeira “bruxaria” naquela noite até agora, Shion sentia demais. Percepção apurada. Um sentimento de medo, porém, também poder. E medo por ter um poder esta noite. Ele mal sabia o que corria em seu sangue, mas faria de tudo para fazer o bem, não o mau. E por falar em mau, ali estava ele, em forma personificada.

Era alto, usava um terno escuro, bem alinhado ao seu corpo bem distribuído. Por algum motivo não era possível ver seu rosto, mas aparentemente ele seria bonito, ao menos de corpo. Estava descalço e seus dedos pisavam no chão, afastando a névoa e deixando para trás uma pegada de chamas que direcionava uma curiosidade. O mau se tornava carne estava de frente para Shion, que não conseguia olhar para o rosto, por medo extremo. A mega evolução se desfez. Lopunny voltava a sua forma básica, enquanto Goomy desmiava. Frosmoth era o que mais tentava levar na razão, mas se encolhia. CUbone, coitado, talvez morresse de medo ali.

- É um prazer conhecer mais uma das “irmãs”.- uma voz atraente, sedutora e cheia de convicção. A dicção era perfeita. - Eu sou conhecido por muitos nomes. O perdido. O desaparecido. O inominável... Acho que tem algo que me pertence.- dizia, sobre o Cubone.

A combinação Elyon e Tifiret eram capazes de derrotar os dois fantasmas com facilidade, mesmo com o Dusknoir voltando a usar o Will-O-Wisp para tentar enfraquecer a força da coelha. E... Eles realmente acabaram por soltar o pequeno Cubone que eu logo peguei no colo e este, felizmente, logo se embrulhava no meu braço, parece que ele entendeu que eu queria proteger ele.

Mas como tudo nesta noite... As coisas pioravam... Meu coração? Eu não sei... Parecia que ia explodir! Eu me sentia fisicamente mal, não era apenas medo ou uma dor... Tal e qual o ritual de antes... Era como se o meu corpo reagisse com muito mais intensidade a todas aquelas coisas macabras que continuavam a acontecer ali dentro.

Contudo, agora era bem mais assustador... O tal ser finalmente se manifestou em carne... Só a sua presença era aterradora e deixava todos os monstrinhos tremendo desde dos seus interiores, até mesmo a mega evolução se desfazia de tanto que a mente de Tifiret ficou perturbada com a existência daquele ser.

A figura de um homem muito bem trajado e fisicamente belo se aproximava de mim, ao erguer um pouco a cabeça e encarar a pessoa percebi que não conseguiria distinguir o seu rosto. Honestamente, eu queria tentar acalmar o pequeno Cubone no meu colo que tinha seu coração a mil mas como poderia eu fazê-lo quando ele poderia sentir também o meu batendo com todas as forças. Os seus passos pareciam até mesmo controlar aquela neblina do local e deixava um rastro de pegadas de fogo, parecia um autêntico caveleiro demoníaco vindo de alguma história ou assim. Ele então... Se apresentou e me pediu que lhe desse o Cubone, já que, este lhe pertencia.

- Não. - pronunciei com um voz grave enquanto reunia alguma coragem para não ceder às demandas daquilo - Bem... E eu sou Shion Taito e não tenho qualquer intenção de lhe entregar o Cubone. Custe o que custar, eu vou impedi-lo. Tudo à sua volta se torna perverso e malvado. Há uma boa razão para estar preso aqui em baixo e não vai ser comigo que vai sair. - exprimi e dei uns passos para trás enquanto me erguia propriamente para encarar a face vazia - E... Não sei bem o que quer dizer com ser uma "irmã" mas acho que já deixei bem claro que não estou interessado no seu cultinho.

Ao dar uns passos para trás pretendia me aproximar um pouco mais dos meus monstrinhos, ficando na frente deles, encarando o ser e, de alguma forma, tentando inspirá-los também a não o temerem, ou melhor, a ganharem alguma coragem para lhe fazer frente. A gente consegue!

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- Não?!- aparentemente o Inominável não estava acostumado a receber negativas. Shion se aproximava de seus Pokémon. Lopunny, em sua forma básica, também grudava nos braços do rapaz, que sentia tanto o seu, quanto o coração de Cubone acelerarem. Estava a 200 batidas por minuto? Possivelmente, era o que parecia ser, com possível fibrilação atrial associado. Medo, terror. Uma opressão que cumulava em ansiedade. Todos os sentimentos ruins e difíceis de lidar, sobretudo na presença deste ser, em forma humana, que mesmo com necessidade, não era possível ver o rosto. Era como se toda vez que Shion direcionasse o olhar para cara, institivamente os olhos desviavam, seu cérebro bloqueava o que via.

- Vocês não têm o direito de me negar a vida desta criatura. Eu dei poder a vocês, eu posso tirá-lo. E garanto, tirar não é tão agradável quanto dar. - o ser proferia palavras sérias. Nada daquele tom educado, mas ameaçador. Ele intitulava-se aquele que deu o poder para Shion, que o rapaz nem entendia o que era, como funcionava ou se realmente emanava dele. Mas uma coisa era certa: A criatura estava pronta para tira.r

Imediatamente a forma humana se desfazia. Uma fumaça roxa, um espírito transparente com rostos nada normais e brilha amarelo surgia no lugar do homem que estava na frente de Shion. A nevoa parecia fugir perante a presença do Inominado. Todas as tumbas e sepulturas se distanciavam, enquanto ele voava para longe dali. Foi neste show de misticismo que chamas vermelhas surgiam ao redor daquele hotel subterrâneo. Rodeavam em cada local em um circulo, que impediria Shion e sua trupe de fugir. Entre as lápides, um pedaço de pano desbotado caminhava em direção ao alvo. Cacos de porcelana escondidas anteriormente pela nevoa se mostravam, juntavam-se sozinhas em um formato de chaleira. Em breve, um trio de entidades surgia, ofensivas, e de olho no alvo: cubone.



 

E... Parece que ele não tinha ficado tão feliz quanto isso ao ouvir a minha negação e chegou mesmo a ameaçar os poderes que havia me garantido através do ritual, e eu nem mesmo percebi de quem poderes estamos a falar exatamente até agora para ser honesto. Mas bem... Parece que retirar os meus poderes não iria ser uma experiência muito agradável segundo as palavras do sem nome.

Então, em um ato de fúria, o mesmo voltou a sua forma fantasmagórica e todo o ambiente se mudava novamente à sua volta enquato este ia se afastando. As lápides eram afastadas do centro da câmara e no seu lugar, em meio a tudo isto, alguns dos elementos no cenário pareciam ganhar vida... Um monte de cacos que se ia agregando em um único ser, um pano empoirado e velho que se erguia sozinho e depois em meio a umas alaranjadas chamas surgia um candelabro. Na verdade, eram mais três inimigos controlados pelo Inomivável que pretendiam me impedir.

- Parece ter muito paleio mas não tem coragem para me enfrentar ele próprio... - sussurrei para mim mesmo dando mais uma Rawst Berry para a Lopunny - Certo... Tifiret, vamos repetir! Vamos mega evoluir! - exclamei mais uma vez pegando a fita e a erguendo ao meu peito enquando a coelha davo início à metamorfose logo atrás de mim e assumia a dianteira assim que terminava - Tifiret, duplo Close Combat! Comece no Chandelure e avance para o Polteageist se o primeiro for derrotado! Elyon, continue suportando Tifiret com duplo Helping Hand! Goomy comece com Thunderbolt no Mimikyu e depois Protect! - logo passei à ordens dando início ao novo embate.

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O Inominável fugia. Queria ainda o sangue de Cubone, mas este não era possível, afinal, estava sob a proteção de Shion. O mesmo, de forma muito valente, invocava os poderes ancestrais da mega evolução, fazendo Tiferet, que saiu da última batalha com apenas um pequeno dano de queimadura, assumir o campo consumindo uma deliciosa fruta, que eu não vou descontar do turno. Foi ai que os gritos dos três Pokémon das sombras ecoavam.

Os pokémon que Shion enfrentavam tinham a forma de pokémon, até mais vistosos, devo dizer, mas eles ecoavam um grito agudo, como se fosse de mil pessoas  gritando ao mesmo tempo. Dentro de cada um deles, haviam almas dos Sandersons presas e foi ali que o menino teve um deslumbre de cada uma das mortes trágicas: assassinato, acidente, queimaduras, envenenamento... era uma família cheia de mortes, todas elas ecoadas pelo sussurro do Inominável.

Mas por pouco tempo! Tiferet, emanada de uma aura sobrenatural, pulava contra o Candelabro de do fogo e dava uma surra com o seu poder, emanado do Helping Hand de sua parceira. Isso assombrava as assombrações! As chamas de Chadelure se apagavam instantaneamente, fazendo o candelabro cair no chão e morrer várias vezes. Almas presas eternamente ali dentro eram simplesmente soltas. Do outro lado, vinha um chá travesso com o bico de seu bule apontado para a Pokémon lutadora. Energia verde era sugada de Lopunny! Sua força! Goomy tentou atirar seu raio de eletricidade no Pokémon de pano, que parecia perder a forma, apenas.

Mimikyu se contorcia. O que parecia ser seu pescoço se virava para trás, em uma forma macabra e sua vida se ia. Lopuny sentiu um enjo, mas energizada por um novo Healping Hand, caia matando pra cima do Pokémon, acabando com a raça dele, enquanto sua força ia embora. Bem, Lopunny pisoteava em cada caco de chá, liberando mais almas que sumiam em seu espectro azul. A calda de Mimikyu se erguia e uma energia avermelhada surgia, atingindo o rosto de Tiferet, lançando-a para trás, ao mesmo tempo que recuperava um pouco de energia [-11 HP| 75] Mas Loppuny estava enfeitiçada por Curse e com isso uma aura negra vinha cobra a vitalidade dela [-12 HP| 63]


Campo: névoa até os tornozelos em um subterrâneo repleto de tumbas e lápides ao redor

Os Sandersons pareciam amaldiçoados... Aquela família parecia estar fadada a mortes terríveis... Se houvesse alguma morte de causas naturais parecia ser uma sorte... E talvez por isso aquela tumba estivesse abandonada há tantos anos, já que, provavelmentem não restaria mais nenhum.

A cada monstrinho que fora derrotado as almas atormentadas dos Sandersons eram libertadas, espero que consigam achar o caminho para seguir em frente e que possam vir a descansar em paz. Mas então... O túmulo dos Sandersons... Será que o ser que está por trás de tudo isto é um Sanderson também? Para que ele quer realizar este sacrifício? Ressurreição? Mas como ele conseguiu todos estes poderes? Porque só surgem mais e mais questões?

Graças ao combo de Tifiret e Elyon, conseguíamos lidar com os inimigos rapidamente, contudo, o Mimikyu ainda estava de pé e tinha amaldiçoado Tifiret com aquele golpe maldito! É sempre desconfortável ver um fantasma utilizar este golpe... Macabro até. Bem... Isso também só o deixou mais fácil de derrotar!

- Repitam os mesmos golpes! Com toda a força! - ordenei mais uma vez apontando ao único oponente que estava em pé.

A prórpia coloração dos monstrinhos era especial... Era sua coloração shiny, se não me engano. E eu nem mesmo sei se são pokémon verdadeiros tendo em conta a forma como simplesmente parecem se esvaziar de vida ao soltar os espíritos que guardam no seu interior, como se toda a vida se esvaziasse dos seus corpos. Tão... Estranho... Será que na verdade este ser tendo é vindo se alimentando das almas dos Sandersons para ganhar poder ao longo dos anos, provocando todo aquele terror, todas aquelas mortes só para ter mais e mais poder!? Hmm... Talvez não, afinal, onde entra o Cubone nesta história toda? Talvez já esteja faznedo histórias demais na minha cabeça.

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Shion estava cada vez mais imerso em perguntas. Cubone. Sandersons. Uma história longa de várias mortes ao ponto de não ter mais nenhum Sanderson vivo? Este espírito era poderoso por que? Ele estava diretamente ligado as mortes desta família, e se fortificou com os anos. As almas coletadas, atormentadas nas chamas ou no bule, pareciam se encontrar em outro plano. Não necessariamente em paz, afinal, nem todo Sanderson era bonzinho assim. Mas ao menos SHion tinha dado opção para que eles ao menos pagassem suas dívidas, o que já era melhor do que servir de energia vital queimando eternamente em Chanderule.

Pois bem! Em nossa frente, lá vinha Tiferet em suas acrobacias no ar. Suas longas pernas eram mais uma vez energizadas com o potencial de Healping Hand. Sua defesa não estava lá das melhores, mas ela não precisava disso. Golpe após golpe, lançava Mimikyu no solo, fazendo o corpo inchar como um balão e em seguida... Explodir! Dentro dos panos, mais vultos azuis-espectrais saiam, encontrando o outro lado do plano espiritual.

Paz

Shion estava bem sensível esta noite. Mas agora, verdadeiramente, aquele peso e medo em seu interior sumia de vez. Instantaneamente! Ao derrotar o trio de espíritos, o rapaz sentia que tinha finalizado a batalha. Seu coração parava de temer. Seu pulso voltava ao seu regular 65 batimentos por minutos, captados por seu ”aiwatch”. A sensação de fim de batalha levava consigo a névoa embora, esta que cobria até o calcanhar. Até a tumba ficava menos escura, graças aos archotes que levavam tochas que se acendiam calmamente. Foi nisso que o rapaz notou que dentro da tumba havia outras lápides, menores, sempre acompanhando um grupo da família Sandersons.

“Aqui jás Bumi, o Drifllin fiel”
“Romeu, o Rattata mais querido”
“Artur, o Stantler nobre”

Todas as pequenas lápides traziam consigo um Pokémon que seguia a Família Sanderson e representava sua geração. Foi só então que Shion notou que as lápides não estavam dispostas aleatoriamente, mas contadas um do lado da outra em espiral, da geração mais velha, até a geração mais nova, que se encontrava bem no centro daquela câmara, onde estava, talvez, os últimos Sandersons registrados, um casal, sua filha querida, e o Pokémon protetor da família.

“Agatha, não há Marowak mais amorosa”, e nisso, Cubone saltava para fora do colo de Shion e se ajoelhava no túmulo de sua mãe, para chorar. Cubone, filho de Agatha, talvez, neste contexto, o último Sanderson...



Campo: névoa até os tornozelos em um subterrâneo repleto de tumbas e lápides ao redor

EXP

- Lopunny recebeu 8802 EXP por vitória contra os guardiões no Cemitério Pokémon
> Foi para o Lv. 39 [2131/7008]
> Recebeu +2 pontos de felicidade [150]

- Frosmoth recebeu 8802 EXP por vitória contra os guardiões no Cemitério Pokémon
> Foi para o Lv. 36 [4677/5412]
> Recebeu +1 ponto de felicidade [106]
> Pode aprender Aurora Veil

- Goomy recebeu 11002 EXP por vitória contra os guardiões no Cemitério Pokémon
> Foi para o Lv. 33 [2756/4179]
> Recebeu +6 pontos de felicidade [49]
> Pode evoluir!

- Recebeu +1 Bottle Cap por vitória conta selvagem [3/3] no  Cemitério Pokémon [76]