[EVENTO] Dream A Little Dream Of Me

Hey! Vindo aqui te narrar e ver se desempaca a fila de narração. Hahaha

Após um longo período sabático, do qual Thomas se afastara de seus deveres e de suas aventuras enquanto sendo um treinador, enfim retornara. O alvo de seu reinício era justamente uma dita anomalia que, de certa forma, parecia ocorrer na região de Unova... Bem, tecnicamente, era em "mundo" diferente, teoricamente desconexo a este em que Thomas residia, mas ainda assim, seu acesso inicial parecia se dar em tal região, sendo ele possível por meio dos estudos da Professora Fennel.

Assim, seguira até a região. Sua primeira parada fora na cidade de Castelia, localidade do principal porto da região de Unova, e dali seguira até Striaton por outro meio de transporte, o que era algo positivo ao rapaz, que pudera então presenciar um pouco mais da região, mesmo que através de sua vista pela janela do trem que pegara.

Não demorara muito a chegar em Striaton, e assim que o fizera, não hesitara em acessar seu Rotom Phone e solicitar a localização da Professora Fennel; a qual era imediatamente apontada pelo dispositivo, e para sua sorte, não parecia ser muito longe de sua atual localização... Praticamente apenas tinha de cruzar uma larga e belíssima praça, que parecia ser um dos principais pontos da cidade, o que para um dia de sol tão agradável como aquele em questão, era algo a ser apreciado.

O lugar era decididamente belo, com muitos arbustos podados de maneira a formar figuras de diversos pokémons, que ficavam ainda mais belos quando próximos aos arcos que davam passagem pelo caminho central da praça, ou mesmo os lagos artificiais que cercavam-no. Havia ali também diversas crianças e adolescentes, residentes de Striaton, a aproveitar o dia.

Mas, por mais que a vista fosse interessante, o foco do rapaz era o laboratório de Fennel, que segundo a tela de seu Rotom Phone, parecia ser uma propriedade bem grande à frente da praça. Parecia ser uma casa normal... Talvez um pouco maior que isso, tendo acesso a um piso superior, do qual o rapaz podia ver sair alguns dutos para a lateral, dos quais irrompiam uma fumaça rosada, visível mesmo que ainda a distância.

Hey! Vindo aqui te narrar e ver se desempaca a fila de narração. Hahaha

Chegando àquele cenário, o rapaz não se preocupara com nada além da missão pela qual seguira até Unova, não se deixando prender por muitos detalhes, ou mesmo aproveitar um pouco daquela praça, ou quem sabe interagir com os habitantes. Ia direto ao ponto, ao laboratório de Fennel, de maneira a prontamente tocar a campainha, que imediatamente era respondida.

- Laboratório de Pesquisa dos sonhos! Só um momento! - Irrompera uma voz feminina do dispositivo de comunicação atrelado à campainha. Era uma voz suave e gentil, mas que ao fim de tal declaração, parecia surpreender um pouco o rapaz. Ocorrera um som de algo a cair, como se na pressa para atender a campainha, algum pequeno incidente ocorrera. - Ai não! Ai não! - Seguira a voz, um tanto esgarçada e chorosa. A pessoa que atendera à campainha parecia agora recolher o que havia sido destruído, para então apenas algum instantes voltar a se lembrar que alguém a esperava na porta. - Por Arceus! O rapaz na porta! Philip, por favor, você pode ir recepcioná-lo? Estou ficando louca... Até esqueci o interfone ligado. - E ao fim de tal frase, um bipe irrompera, a significar que o comunicador havia sido interrompido.

Não demorou muito para que a porta finalmente fosse aberta por um dos pesquisadores do laboratório. - Olá! Seja bem-vindo ao Laboratório de Pesquisa dos sonhos! - Dissera o homem de meia idade, já com alguns fios grisalhos e com a vestimenta típica dos seus: Um jaleco do mais puro tom de branco. Em suas mãos, apoiando-os em seu tórax, havia uma pequena coleção de livros. - Entre, entre! - Afastava-se um pouco da porta, de maneira a dar passagem para o rapaz, para que pudesse então entrar naquele estabelecimento, que assim como seu exterior, também em seu interior se assemelhava muito a uma comum residência.

O homem, com sua mão livre, acenara a um par de poltronas próximas a entrada. - Sente-se! Sinta-se confortável. - Continuara ele, a enfim apoiar seus livros sobre uma mesinha de centro próxima às poltronas. O piso era revestido em madeira, e se estendia por todo o ambiente, dando visibilidade também a uma escada giratória que tanto dava passagem ao piso superior, quanto também a um inferior, de onde era possível ver também uma sutil nébula rosada a emergir. Em verdade, por todo o ambiente, era como se tivesse uma sutil névoa rosa a cobrir todo o piso em madeira, mas que em um rápido primeiro olhar era algo difícil de identificar.

- Imagino que esteja aqui para uma reunião com a Doutora Fennel, não? Pedirei para que aguarde só um momentinho e ela já virá atendê-lo. - Continuara o homem, a retirar um lencinho do interior de seu jaleco e então secar suas mãos. - Normalmente ela faz questão de atender imediatamente a todos os que tem vindo até aqui nos últimos dias. Mas... Ela também pode ser um tanto desastrada, então meio que acabou derrubando alguns frascos agora a pouco. - Um sorriso nervoso fora esboçado pelo pesquisador, como se aquilo fosse algo um tanto corriqueiro na instalação, mas que ainda assim parecia ser algo não muito positivo. - Enfim... Deixa eu adivinhar? Veio por conta das anomalias descobertas no Mundo dos Sonhos?

Hey!

- Oh! Não se preocupe. - Dizia Philip ao notar o pedido de desculpas do jovem quanto ao comportamento duvidoso de Zuko, seu fiel companheiro. - De fato somos pesquisadores de um ramo um tanto... Teórico. Mas também estamos acostumados a lidar com pokémons por aqui. - Continuara ele a esboçar um fino sorriso em sua face, direcionado principalmente a Zuko, a demonstrar que não estava ali para causar-lhe qualquer incômodo... Ao menos não voluntariamente.

Tal sorriso, no entanto, se desmanchara imediatamente ao ser questionado quanto as tais anomalias a afetar o Dream World. Apesar de ser um dos pesquisadores do instituto, ainda assim não era bem a melhor pessoa a comunicar os detalhes daqueles eventos recentes ao rapaz. MAS! Para sua sorte, também não seria necessário se preocupar com uma resposta ao rapaz, pois logo em seguida surgira aquela que o salvara de tal tarefa: Fennel.


A jvoem pesquisadora surgira pela escada giratória, subindo diretamente do piso inferior, um simpático sorriso sempre a estampar sua face, enquanto gentilmente tratava de limpar com um lenço parte de seu rosto e antebraços, que pareciam ser tomados por um pó rosado, em um tom semelhante ao da névoa mas mais cintilante. - Está tudo bem, Philip. Eu cuido de explicar a ele os detalhes de agora em diante. - Emitira ela, a revelar que fora ela quem o atendera ao interfone ainda a pouco, já que a voz era a mesma. Seu tom era educado e gentil, quase melodioso, e com ela também surgira um doce perfume a tomar conta do ar.

- Ora, ora. Vejo que você veio por meu pedido ajuda. Alias... Desculpe não poder vir atendê-lo pessoalmente. Sou Fennel, a pesquisadora chefe deste instituto de pesquisas, e a responsável pelo chamado de treinadores para me ajudar. - Informava ela, ainda a manter o sorriso e uma expressão carinhosa, agora já a se sentar na poltrona livre ao lado do rapaz. - Pois bem. Vejamos se consigo te explicar um pouco sobre o que se trata. Hihi.

- O Dream World, é a minha área de pesquisa. É um lugar incrível, sabe? Trata-se de um estado em que seu subconsciente é levado a um outro plano... Um plano completamente diferente deste aqui, mas ainda assim conectado a ele. Uma vez lá, até certo ponto, este mundo é configurado e alterado conforme suas próprias vontades. Mas não vontades superficiais... Não! Me refiro a seus pensamentos mais íntimos e pessoais, até mesmo a desejos que você sequer sabia ter. - Prosseguia Fennel, ainda a sorrir, mas lutando para encontrar palavras fáceis para explicar de maneira mais breve e simplificada possível ao rapaz. - Lá, você pode até mesmo se conectar também com seus pokémons, ou ainda com outros... E é aí que está o problema.

Fennel cruzava seus braços e repentinamente seu sorriso desaparecia, assim como o de Philip, que agora retornara ao piso inferior, anteriormente fizera.

- Antes de continuar, eu repito... O Dream World é belo e inofensivo... - Dizia como se estivesse a falar de uma criatura viva, algo como um bebê, pelo qual ela tinha muito carinho. - Mas recentemente descobrimos algumas distorções a acontecer por lá, e as coisas começaram a ficar estranhas... Ele deixou de se adaptar aos sonhos, se mantendo fixo... Como se algo tivesse tomado totalmente o controle do Dream World, manipulando-o para fazer cumprir apenas com seus próprios sonhos e desejos... Nós do laboratório tentamos investigar e resolver o problema por nós mesmos... Mas não fomos capazes de lidar com Aquilo... Inicialmente fizemos o pedido de ajuda alcançar apenas Unova, sabe? Mas muitos treinadores preferiam voltar atrás quando o enfrentaram... Então, extemos o pedido de ajuda também às outras regiões para que encontremos treinadores corajosos o suficiente para por um fim a estas distorções e livrar o Dream World de toda essa impureza. - Ao fim, havia um certo tom de súplica em sua voz, quase chorosa, como se estivesse a implorar por ajuda para resgatar seu querido Dream World.

- E então? Posso contar com sua ajuda?

Hey!

Fennel esboçara um largo sorriso ao ouvir a resposta do jovem treinador, unindo suas mãos frente a seu tórax. Por sua mera expressão era possível notar que de fato a jovem pesquisadora estava muito feliz ao saber que Thomas havia enfim aceitado a seu pedido de ajuda... Ou quase um pedido de socorro. - Ora, ora! Sabia que você era o tipo certo de treinador que eu precisava para acabar de vez com essa anomalia. - Dizia ela, ainda a demonstrar sua felicidade, seja pelo sorriso, ou por sua voz alegre e melodiosa, quase como se estivesse a cantar.

- Vamos, venha. Eu te mostro como funciona para entrar no Dream World. - Saltara da poltrona, e logo com um gesto de suas mãos apontara para a escada em caracol. - O Laboratório fica por aqui. - Sorria Fennel enquanto já seguia em direção à mesma, sua face que outrora estivera tomada por aquele pó rosado, agora mantinha um tom ligeiramente avermelhado.

Caso, Thomas a seguisse por aquela escadaria, não demoraria muito para alcançar o piso inferior, que por sua vez era totalmente diferente da entrada da casa. Haviam muitos fios grossos a transpassar por todo o ambiente, conectando maquinários a mais maquinários, sendo que os maiores deles ficavam à direita. O cenário era realmente bem típico de um laboratório tecnológico, com diversas luzes a piscar de geradores e demais maquinários, principalmente dos maiores. Ali, a névoa também se fazia presente, e em quantidade bem superior à que Thomas avistara anteriormente. - Venha, é por aqui. Só tenha cuidado por onde pisa... Esta névoa deve atrapalhar um pouco a visão, mas tem alguns fios pelo chão que poderiam te derrubar facilmente. Hihihi. - Comentava Fennel, após ela mesma tropeçar em um dos fios.

Eis que enfim Fennel chegava a um grande computador central, disposto à extremidade norte do cômodo. Ali, havia uma grande tela, e deste computador, irrompiam mais fios, que desta vez seguiam até uma cadeira reclinável - Como aquelas de dentistas, sabe?

- É por aqui que você se conecta ao Dream World. Por esta tela, nós conseguimos "assistir" ao que acontece lá no mundo dos sonhos. Geralmente, a nossa visão por aqui é quase idêntica ao que as pessoas presenciam no Dream World. Mas com esta distorção a afetá-lo, o sinal fica bem fraco, e tudo o que conseguimos ver não passa de chuviscos e sons estridentes... - Continuava Fennel, a fazer com que seu sorriso se desmanchasse uma vez mais, a deixar claro o quanto aquelas distorções a afetavam, mas lutava para parecer equilibrada.

- Enfim. Tudo o que precisa fazer para entrar no Dream World é sentar-se a esta cadeira, e depositar seus pokémons, em suas Pokéballs, nesta mesa ao lado. - Informava ela, a apontar para Zuko, e em seguida para uma espécie de mesa de apoio ao lado da cadeira, onde havia espaço para até 6 Pokéballs. Infelizmente, Zuko teria de retornar a sua esfera, e ela deixara claro isso apesar de não dizê-lo com palavras.

- Assim que chegar no Dream World, você se deparará com o "sonho" criado pela anomalia... Você verá um grande castelo à sua frente. Tudo o que você precisa fazer é entrar nele. A fonte da anomalia está em algum lugar dentro deste castelo... É... E mesmo que seja um sonho, eu recomendo que tente não sofrer muito dano... Por que eu sinceramente não sei mais o quanto esta anomalia já interferiu com a conexão entre este e aquele plano.

- E então? Posso contar com sua ajuda? - Finalizava ela, a esperar uma última afirmação do rapaz, enquanto suas mãos já apontava à cadeira para que Thomas se sentasse.

Hey!

- Ótimo! - Dissera Fennel enquanto o rapaz já se colocava a retornar seu parceiro a sua esfera. Imediatamente Fennel já o guiava até a tal cadeira, e ainda lhe apontava a mesinha ao lado da mesma onde Thomas logo colocara não apenas a esfera de Zuko, mas também dos demais pokémons que trazia consigo. A pesquisadora mantinha um grande sorriso em sua face durante todo o procedimento, no qual colocava diversos fios pela cabeça de Thomas, como se com aquilo ela pudesse escanear o que estaria a acontecer na cabeça do rapaz enquanto ele estivesse no Dream World. Poderia parecer procedimentos demais... Mas eram todos necessários para aquela situação. - Não se preocupe... É tudo muito seguro... - Prosseguira ela ao fim, lançando um rápido sorriso de nervosismo ao rapaz, como se ela mesmo estivesse a tentar acreditar naquelas palavras. - Bem, agora está tudo pronto... Assim que eu apertar este botão, você entrará em um sono induzido, Ok. Logo você deverá acordar para o Dream World. - E apertara o botão.

5... 4... 3... E antes de chegar no 2, seus olhos pesavam e se fechavam.

Tudo ficou escuro e ele podia se ver quase que em projeção astral num fundo todo preto, sem nada; era um plano metafísico sem fundo, sem espaço ou tempo, não havia profundidade em si e no ambiente, era apenas um breu profundo com o garoto em pé. Seu corpo parecia mais pesado, quase como se estivesse caindo, mas não dava para sentir a gravidade da onde estava, na verdade, não dava para sentir nada...

Até que, uma pequena luz começou a aparecer. Parecia distante, talvez por ser pequena, mas logo seu tamanho começou a aumentar; poderia tentar correr em direção a luz mas seu corpo simplesmente não se mexia. Sua única opção era ficar parado, esperando a luz chegar perto o suficiente para consumi-lo. E assim aconteceu. O clarão tomou conta do ambiente e ele fora obrigado a fechar seus olhos para não ficar cego, tamanha era a força da luminosidade. Com os olhos fechados ele poderia notar uma leve mudança nos seus sentidos, agora, ele sentia algo duro embaixo de si, uma brisa se chocando contra seu corpo ainda levemente molhado, e a luz se redirecionando para o alto.

Quando abrisse seus olhos, o que ele encontraria o deixaria pasmo: era um castelo. Imenso, maior do que qualquer prédio que ele já vira pelo mundo Pokémon; os muros eram tão altos que mal se podia ver o céu por detrás, e um grande portão de ferro se estendia a frente do rapaz, a alguns quilômetros de distância. Quer dizer, para quem quer que usasse aquilo, certamente não seria uma distância tão grande, mas para o garoto era. No céu, ensolarado, era possível ver nada além da grande estrela, e quando olhasse ao chão, ai sim ele ficaria chocado: não havia piso. Na verdade, ele pisava em arco-íris, uma grande, imensa, ponte feita unicamente de cores. Era possível identificar que aquilo se tratava realmente de luz, pois ele conseguia ver através da ponte, e o que havia baixo era um precipício muito grande; não havia, contudo, outro caminho.

A única opção de Thomas era seguir adiante.