Aleksei contra Unova!

Aleksei tinha um problema a frente. Meloetta ria e depois entoava uma canção. Aos poucos os ouvidos do especialista começavam a captar novas sensações até ouvir uma voz coachada e outra que zumbia como se estivesse dentro de um aquário.

- Olá? Vocês são amigos?
- Você é a princesa?

Os dois pokémons vocalizavam seus sons guturais, Todavia o treinador agora conseguia os entender. Ópera conversava com a Politoad logo a frente enquanto a Dewpider olhava de um lado para o outro.

- Lugarzinho ruim para deixarem uma princesa.

A politoad riu da situação.

- Nem é tão ruim depois que se acostuma. Vocês vieram brincar comigo? Os chefes trazem pessoas aqui de vez em quando. Acho que a última veio faz por volta de um ano.

Meloetta flutuava ao redor dos pokémons e depois ia até Aleksei. A pokémon o cutucava e depois saia flutuando em alta velocidade para um dos cantos do local enquanto as outras duas pokémons entendiam a lógica da brincadeira. Brincar ou não seria uma escolha dele. No fundo da caverna um Mural continha imagines e vários riscos que serviam como um calendário.

Em um mesmo ponto os riscos já haviam sido sobrepostos por cores diferentes quatro vezes e uma nova cor esverdeada incompleta fazia parte da contagem mais recente. Haviam pontos onde a Politoad poderia comer, fazer suas necessidades e uma cama para dormir. Ao final da brincadeira ela perguntava novamente.

- Vocês são amigos? Não costuma acontecer algo bom quando pessoas sobem aqui...

Progresso Aleksei:

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Progresso Aleksei:

- Meu bem... - Aleksei tirava a mão de seu rosto, abaixando a cabeça e encarando incrédulo a sua capacidade de entender as falas de um pokémon, ele já tinha uma boa relação com Wat a qual era parte de sua existência e conseguia entender seu inicial com mais facilidade do que conseguia entender outro ser humano, mas ter um contato pleno e perfeito com outro pokémon era algo de outro mundo para o jovem.

Loban começava a entender melhor a situação, ou pelo menos suponha-se que entendia, uma "princesa" com poderes mágicos de aquáticos a qual era obviamente um pokémon que conseguia fazer chover. Um mítico ser lendário que aparecia sem razão alguma, um grupo de pessoas caricatas com sintetizadores de voz que queriam controlar a tal suposta magia para benefício próprio. Ele já havia visto essa gente antes, na forma da Team Aqua, tanto em notícias quanto em confronto, pessoas que usam pokémons para benefício próprio sem nunca oferecer nada em troca. Uma pessoa normal ficaria furiosa com aquela situação, mas Aleksei não era uma pessoa normal, bem, pelo menos neste quesito. Ele entendia bem o que é tomar vantagem de pokémons para concluir um objetivo, afinal, não fazia ele o mesmo com as criaturas que ele mesmo capturava?

O que lhe deixava puto da vida, era a atitude infantil da princesa com aquilo tudo, ela parecia nunca ter lutado de volta, nunca ter batido as pernas, mesmo que presa, cooperava com o grupo vil e só parou de ajuda-los uma vez que outra pessoa interferiu no assunto e resolveu levar essa maria-vai-com-as-outras para seu lado.

- Eu realmente não gosto de pessoas que não parecem ter garra - Disse Aleksei em um tom de deboche - "Ai ai. Nunca acontece nada de bom quando trazem pessoas aqui." - Dava uma risada em direção a Poli - "Vocês são meus amiguinhos? Vocês vão me salvar?" HUMPFH! EU JÁ IMAGINO O PAPINHO, A FALTA DE CORAGEM DE TOMAR UMA ATITUDE. SE DEIXANDO FICAR PRESA E DEPOIS MUDANDO DE OPINIÃO - O jovem batia o pé no chão - Seu amigo? Sou seu amigo nada! Eu sou a porcaria da solução nessa situação! Aposto que tu nunca tentou sair desse lugar! Aposto que nunca teve coragem de dizer não pra esse pessoal lá embaixo até o presente momento que alguém finalmente veio dizer pra você que "água devia ser compartilhada com todos". Eu odeio esse clichê de princesinha indefesa.

Loban se aproximava da pokémon e batia uma mão contra a outra em frente a ela, fazendo um barulhão alto que machucava os ouvidos.

- Tem um monte de gente lá embaixo querendo te usar pra ter água. Vim aqui saber se tu tem algo a dizer sobre isso - Exclamou o treinador.

- Eeh, okay - Disse Aleksei puxando a peixota novamente para sua esfera metálica, pelo jeito seu plano de escapar de uma maneira fácil seria impossível, restando ao menos tomar uma decisão mais direta em relação aquela situação. A tal da princesa se aproximava da perna do treinador, escondendo atrás da mesma enquanto se abraçava.

- Yada-yada, blá blá, punir isso e aquilo, esse teu jeito besta e shakesperiano de falar já tá me dando nos nervos - Pegava a pokébola de ambos Wat e Baby Boy e dava um sinal para Dewpider se posicionar mais a frente - Ou tu solta ela ou vamos ter uma briga aqui mesmo, não sou muito de ameaçar usar pokémons em pessoas, aposto que te deixar molhadinho vai acabar com esse teu sintetizador e essa tua fachada - Loban começava a zombar do homem que estava com uma vida em suas mãos, facilmente capaz de acabar com a mesma - Dou 10 mangos que cê deve ter uns probleminhas de inferioridade nessa tua cabeça. Será que seu pai-irmão-tio não te deu uns tapinhas na sua mãe-vó enquanto tu tava na barriga ainda.

Para Aleksei toda aquela situação era uma baboseira melodrámatica sem necessidade que envolvia um louco tentando controlar água na região com um pokémon que muito facilmente poderia ser substituído e treinado para fazer o mesmo trabalho sem escraviza-lo ou isolação como medida de proteção.

- Por que tu não vem aqui me punir, hein? Mano-a-mano, igual dois homem bem fortes? - Um sorrisinho aparecia no canto da boca dele, bastava só atrair a atenção do oponente para colocar Pelipper para fora da pokébola e fazê-lo carregar a Poli e Meloetta para baixo dentro de sua boca no meio da confusão que iria causar - Claro, isso se for homem o suficiente, né

Quando colocando contra a parede e forçado a realizar uma escolha, Aleksei tinha a chance de possivelmente ainda salvar a vida de Meloetta mas para isso seria necessário escolher entre as pernas e a voz da pokémon. Seria sua habilidade de caminhar e dançar mais importante que a sua capacidade de comunicação? Loban tomava uma decisão considerando apenas o que iria preferir perder naquela situação.

- Lhe arranque as pernas então, cê é que tens coragem - O jovem treinador não sabia como o ato seria feito e, muito provavelmente, teria feito uma escolha errônea que poderia resultar em algo mais trágico que o fim imediato da dançarina. Ele não tinha outra opção naquela situação se não fazer a escolha, já que nenhuma de suas provocações recebia uma resposta em que uma brecha viria a se abrir.

[OFF] Sem problemas, eu não li sobre o evento, então só estava indo na onda. Se aparecer mais situações como essa, me avisa. Obrigado.