[Rota 109] Gift

Sabe aquele momento em que você tá andando e tudo começa a ficar escuro, porque uma nuvem negra cobre vagarosamente a gente. Pois é! Uma dessas parecia ameaçar chover sobre nós. O que não seria um problema, já que logo eevee abria os céus com seu Sunny Day. Mas continuar andando por ai na perspectiva de encontrar o drone parecia ainda um desafio em tanto, mesmo com a devastação florestal que eu ia deixando para trás. Ambipom saia sozinha do jeito dela, estando feliz por estar em contato com a natureza. Não a culpo...

A fome era algo que poderia dar muito trabalho para qualquer um. Não para um ranger! Treinamento avançado, com longas horas de jejum era algo bem comum. Para não desfalecer, era só tomar um pouco de açúcar vindo do leite condensado que a gente tinha na bolsa e tava tudo ótimo. Segui o meu caminho atrás do drone e do primeiro possível ponto de base ranger na rota.

Caminho adiante, mais uma vez eu seguia uma linha reta olhando para o rangerpad, a fim de encontrar o drone abatido, através do sinal dele para o aparelho. Surpresa minha foi quando Ambipom surpreendeu a todos. Depois de anos em missão, ela sabia o que fazia, afinal, quem mais fez missão ranger comigo senão a Pokémon inicial?! A macaquinha ficava mais uma vez mais alta do que todos, e aquela visão ali do alto era, sim, privilegiada. - Viu alguma coisa, moça?! – perguntava em tom de humor para ela.

Ambipom partiu sozinha no meio do nada. Viu algo! Eu poderia gritar, questionar, mas sabia que Ambipom nunca sairia da nossa missão se não fosse por um excelente motivo. EXCELENTE MESMO! Quando vi ela sumindo, deixando apenas os rastros do capim-elefante se mexendo ao nosso redor, fiu abrindo o caminho em direção a ela. Confesso que muitas vezes eu esqueço que eu sou o líder da missão, afinal, passei mais parte da minha carreira fazendo missões solo ou cumprindo ordens, do que dando, mas espero que eles sejam tão intuitivos quanto eu era. Siga o líder, devo dizer! O líder vai até Ambipom.

O matagal se erguia em minha frente e separava eu de minha macaca. Ambipom sempre foi a mais veloz pokémon que eu já vi, podendo avançar muito rápido, ser uma perfeita ladina, com uma eficácia de outro mundo. Claro que era super útil, mas no meio de uma missão de reconhecimento, a habilidade de furtividade seria a menos usada. Ela danou para poder sumir da nossa frente, enquanto eu tentava abrir o caminho até ela. Jurei que eu a tinha perdido, mas seguir em linha reta até ver o Pokémon Zigue-zague estirado no chão. Poxa, que pena, a natureza era cruel!. - Ambipom, não mexe nele. - dizia, mas ela não ligava para isso, só para o que tinha no meio do mato. O que seria?

E foi ai que o verdadeiro autor daquela cena apareceu: Poochyena. O pokémon canino surgia dos matos em posição de ataque, não teve jeito. Eu nem tive muito o que fazer, quando vi Ambipom já em posição de combate. Claro, não poderíamos ser deixados pra trás e nem sermos pego desprevenido. - Então foi ele!- dizia, mais para mim, do que para Ambipom, - Por que você não ensina aos novatos como que batalha, Ambipom?- dizia retirando as duas esferas do bolso e liberando os Eevees. Agora, Ambipom se sentia a sábia! - Eevee, usem, Helping Hands!! Ambipom, receber o poder para usar Fake Out e Knock Off.

 Rapidamente a batalha começou e ao mesmo tempo terminou. Ambipom, super fortificada, acabava com a batalha em um golpe, fazendo com que a nossa ameaça findasse agora. Levantei um “joia” para ela no alto, piscando o olho, enquanto as Eevees batiam palmas para a macaca mais velha, sendo vista como sinal de grande respeito, já que elas aprenderam muito com ela com um só golpe! Estou brincando, eles só devem ter aprendido a saber o quanto Ambipom era forte, mas de resto, foi uma tragédia pedagógica kkkkk Enfim, pelo menos era o primeiro contato deles com batalha Pokémon.

Recolhi um por um em suas respectivas pokébolas, enquanto Ambipom vinha até mim. - É natural essas coisas acontecerem. - dei de ombro para elas. Sim! Era natural os Pokémon se enfrentarem, machucarem, uns comerem outros e no fim tá tudo bem. O que não poderia era nossa missão demorar tanto por motivos alheios a ela. Fiz um cafuné na macaquinha, deixei duas berries ali para quando os selvagens acordarem e seguir para reencontrar os outros rangers. - Não saia correndo de novo assim! - adverti.