Stay focused, no wonder - frigid princess

10h32min
"Sol oculto entre muitas nuvens . 13ºC"

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Era muito comum alguns treinadores absorverem algumas características de personalidades dos seus Pokémon, pela própria convivência. Havia treinadores que absorvia até semelhanças físicas, sendo o Pokémon praticamente feito pra ele. Kiki absorvia a sua baixa tolerância ao frio! A menina, mesmo encapuzada de cima até embaixo, sabia que seria perigoso demais seguir para Ice Path, principalmente sem nenhuma galinha que tinha fogo no rabo. Woobie parecia uma bola de pelúcia que voava. Pelo peso de suas roupas, a pokémon até mantinha uma altitude mais baixa, abaixo dos ombros da gostosa morena.

E ali ela descia do ônibus. Havia um ponto ali, com uma lanterna sobre o meio do nada, em um vale de duas grandes montanhas, onde o vento fazia a curva entre elas e balançava o cachecol rosado que ela tinha. A temperatura era de calorosos 13 graus, mas com o vento, a sensação caia pra 5, ou menos. Era estranho ver que havia um ponto coberto de ônibus no meio do nada, com uma estrada quase que 100% coberta de neve, embora não estivesse nevando esses dias. Mas vai saber! A geografia do mundo Pokémon é incontestável!!!

Kiki pisava no solo foco, deparando-se com o que parecia ser o nada. Mandar mensagem foi uma sábia escolha, mas devo dizer que o sinal ali era péssimo. Alguns minutos se passaram até que a mensagem tivesse efetivamente chegado no celular do bonitão de Vermilion. Tempo suficiente para que Kiki notasse que ao longe havia um singelo vilarejo super aconchegante e que parecia mais capa de filme de sessão da tarde no natal. Quem moraria ali no meio de uma rota quase inóspita?? Não estava movimentada, afinal, quem ficaria fora de casa, com o frio que estava fazendo?

Avery: Perfeito! To indo te buscar.

A mensagem era veloz. Muito mais rápida do que de Ayzen, que demorava dias para responder. Quando respondia. E olha que Jackson era igualmente ocupado, afinal, médicos também são. Cirurgiões mais ainda. Cirurgiões plásticos que querem fazer mais do que apenas estética, nem se fala.

Avery: Manda sua localização pra mim? ^^'

E foi em pouco tempo que Kiki viu, com seus olhos de águia, um pontinho saindo do vilarejo, bem ao longe, seguindo pela estrada de neve, em alta velocidade, indo em direção do singular ponto de ônibus. Era uma moto de neve, pilotado pelo encapuzado, alto, de olhos claros Avery.  - Iai, gata? Como foi a viagem?- tirava o cachegou, os óculos de proteção e mantinha o gorro. Fazia uma piada, afinal, Avery não chamava Kiki de "gata", mas queria tirar onda por estar bem charmoso pilotando aquilo, enquanto entregava o capacete para ela.

10h32min
"Sol oculto entre muitas nuvens . 13ºC"

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Avery sentia um menino na Disney. Em vários sentidos! Como já havia comentado com Kiki em algumas mensagens de texto, ele adorava a casa de neve que a família dele tinha ali. Embora não fosse alta estação, o que tinha menos gente ali, ele adorava pegar algumas folgas aleatórias e fugir para as montanhas. Era o tipo de cara que adora acampar! Memoria afetiva que fala, né? Kiki logo tentava roubar um pouco mais de calor encostando-se em Jackson, mas depois que a moto ligou, o vento diminuiu a temperatura para baixo de zero. Felizmente, ela poderia afundar sua cara no casaco volumoso do herdeiro Avery em sua frente e abraçar mais Woobie para que o calor fosse compartilhado.

Bem, a moto de neve servia para o que lhe prometia e rapidamente a menina conseguia ver mais de perto os detalhes das casas daquele vilarejo perto das montanhas. Era, na verdade, um centro de turismo, onde alguns ricaços tinham comprado algumas casas e funcionava mais como um mega condomínio do que uma vila. A arquitetura era descomunal de clássica, bem estilo holandesa e, claro, ninguém que era inteligente iria ficar ali fora de casa. - Estou ótimo. - respondia o médico em um grito, já que o motor da moto abafava a sua fala. - Estive ansioso pela sua chegada. - poucos minutos foram necessários até que Avery estacionava a moto dentro do que seria um “curral”, mas que só tinha este tipo de transporte. Um homem, funcionário dali, recebia o equipamento e o veículo e sorria por debaixo do seu cachecol e gorro com orelhas à mostras, cobrindo quase que 100% do seu rosto.

- Queria que você viesse aqui perto do natal. Fica lindo. Uma grande árvore no centro, várias decorações e show toda hora. Vàrios coordenadores são contratados e uma vez a associação fez um Contest Oficial aqui, com o tema gelo. Foi lindo.- comentava empolgado, ansioso e esperançoso. Sim, ele realmente parecia ter voltar à infância. O casal agora seguia a pé, em uma estranha aberta a pouco tempo, em direção a uma das casas, onde, com certeza, seria o local onde teria para se alojar. Jackson, muito cavaleiro, levava as malas da menina. QUE COM CERTEZA ELA FEZ PENSANDO NO FRIO QUE IA PASSAR EM NOME DE AVERY, FALKNER E STEVEN.

E logo o refugia de Jackson: uma casa enorme, que se colocava em contraste com o design clássico da “vila”, já que esta era bem contemporânea. Tinha muitos vidros, absorvia uma iluminação natural do ambiente, já que pela posição geográfica, Ice Path tinha dias muito longos, para noites muito curtas. Estava como se estivesse enterrada na própria neve, acho que propositalmente, para causar este efeito de que a casa era tão natural quanto o ambiente ao redor. Engraçado é que toda casa de gente rica tem uma porta enorme, e sobre esta porta, um Pokémon volumoso estava dormindo em um ronco matutino. Um Delibird, do tamanho de qualquer delibird, mas extremamente volumoso, com penas que pareciam em excesso. Aquele Delibird parecia saudável e gordinho. Ficava sobre a porta como se fosse um guarda.

- Ele é dócil!- dizia o rapaz, tentando colocar a mala no chão e abrir a porta, para que Kiki fosse entrando, sinalizando que talvez o Pokémon não fosse dele.

10h32min
"Sol oculto entre muitas nuvens . 10ºC"

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Diante do pinguim no alto da porta de mais uma mansão Avery, Delibird meio que cochilava naquela manhã de céu cinzento ou branco. Sim, sempre que você olhar pro céu em Ice Path, ele estaria bem branco, ao invés do típico azul de lugares comuns. Não sei dizer se era uma nuvem só ou se a cor azul refletido na atmosfera não se aplicava ali. De qualquer forma, quem se destacava era o Pokémon Galinha de Gelo, que ronronava em seu sono e até uma bolha era formada saindo de seu nariz. - Ah, ele... Bem... Ele tá ai há um tempo. Meio arisco, devo dizer, mas às vezes damos comida para ele e ele ficou aí, esperando mais comida. Não deixa a gente tirar esse excesso de penas dele por nada. Nem dá pra ver sua cauda. - informava o bonitão.

A porta gigantesca era aberta. Avery, que trouxe as malas diante de todo o seu percurso era recebido por um homem branco, bem agasalhado, mas era possível ver a sua careca reluzente e seu bigode fininho. Um típico “Alfred das neves”. Ele questionava onde era para deixar as malas da senhorita Nakeisha. Nesse lapso de tempo, onde Kiki observava o pinguim fora da casa e estava diante do grande portão, ela viu o olhar de Jackson direto para ela. Uma cara de confusão. Ela leu no ar: ele queria fizer para colocar no quarto dele. Mas, sobretudo, decidiu por colocar no quarto do visita, no mesmo andar do dele, porém, separado. Deu um sorrinho bobo para ela. A relação deles ainda era confusa mesmo.

Pra quem não entende muito bem este contexto, vamos estabelecer alguns limites: Avery sente sim interesse por Kiki. Ponto. Kiki com certeza acha Avery lindo de morrer. Até eu dava pra ele 3 vezes. Quem não daria:???? Daria certo um namoro a distância com Avery trabalhando fixo em Vermilion, mas Kiki sendo treinadora DO MUNDO POKÉMON E FIXANDO MORADIA SÓ EM PEWTER DE VEZ ENQUANTO? Vamos ser sinceros, caros, leitores. Dá mais errado do que certo. Mas quem resistiria um fim de semana é uma casa no “campo” com tudo o que a fortuna Avery tem para entregar?

- Você tá com fome? Eu até esqueci de perguntar se você tem alguma coisa que não come, se tem alergia. Dá pra a gente fazer um ”brunch” e tem espaço para seus Pokémon também.- dizia o doutor, enquanto detrás dele, um pokémon desengonçado caminhava com seu longo cachecol vermelho. Sua pele azul incomum para sua espécime era lisa e bem cuidada e hidratada. Aquele Psyduck era realmente único. Estava acompanhado do Hitmontop que Kiki viu Avery usar na crise de Saffron.

10h32min
"Sol oculto entre muitas nuvens . 10ºC"

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A casa de Jackson era enorme, e nem era a maior casa que a família dele tinha. O local era super aconchegante. Sistema elétrico de aquecimento, fazendo que Kiki logo tirasse os casacos mais pesados, sendo auxiliado por Alfred, que colocava em algum lugar estendido para ser pego quando saíssem. O ambiente da sala de estar era enorme, com escada que levava aos próximos dois andares, que chamaremos de segundo e terceiro. Sim, tinha um elevador ao lado da escada, mas espero que não seja muito kkkkkkkk

Havia um enorme sofá em forma de “U”, de frente para uma lareira com acabamento de pedra e uma tela de tv que chegava próxima as dimensões de um cinema. Havia ao lado uma sala de jantar, com mesas e cadeiras de uma madeira fina e bem trabalhada, com acesso para a cozinha logo ao lado. Não sei mais o que Kiki poderia imaginar de puro luxo, mas ali tinha uma mistura de tudo: quadros de artistas condecorados, vasos e até um piano de cauda naquela sala, que não poderia faltar, afinal, era o clássico de toda casa de gente rica.

Avery explicou rapidamente o local, para que Kiki não se perdesse por ali. Sobretudo, os principais lavabos. - Apesar de não estar em alta temporada, temos muita coisa pra fazer. Esquiar, patinas no gelo, temos Rapidashs para cavalgar. Se quiser, podemos montar um roteiro, afinal, é muita coisa pra pouco tempo.- logo se viu o risinho e o tom de animação do herdeiro Avery sobre a presença de Kiki ali, podendo planejar muitas coisas. - Amanhã de manhã mesmo eu vou só ter que ir ali na base da montanha, em um vilarejo perto. Mas não pretendo demorar. Mas se quiser ir comigo, será ótimo ter sua companhia. - Avery realmente estava bem emocionado.

Claro que Kiki nem deu tempo de falar o que tinha. O cheiro de comida captava a presença da morena. Alfred apenas sorria para o seu senhor e acenava de forma descontraída para dizer que o brunch estava pronto, em tempo record. Com certeza ele deixou tudo preparado para quando Kiki chegasse. Uma mesa enorme, com pães frescos, café, chocolates e sucos, com uma variedade de queijos, tortas doces e salgadas, tinha até salmão ali do lado de geleias, pastas e cremes bem caros. Várias berries super raras e difíceis de cultivas, Kiki sabia, mas com um sabor sobrenatural. - Vamos?

10h32min
"Sol oculto entre muitas nuvens . 10ºC"

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Avery não poderia deixar de esconder aquele sorriso. O rapaz enrugava sua boca tentando não revelar seus dentes brancos, mas aquilo só deixava mais na cara que ele estava sorrindo por ali. Respirou fundo. Queria responder, mas percebeu o deslize da garota, apenas puxando a cadeira para que ela pudesse se sentar e deliciar daquele ”brunch”, que parecia mais planejado do que de última hora. Já consigo imagina Avery na noite passada, caminhando de um lado para o outro na sala, conversando com sua amiga do hospital, sobre a bela morena que ele iria sair neste fim de semana. - ah, mas também podemos sair caminhando por aí sem rumo, se quiser. - brincou, mas com tom de verdade. Vai que Kiki não gosta dessas coisas super planejadas. Avery tinha uma planilha de planejamentos por aí. Mas hoje ele só queria conquista a girl.

Bem, no mais, era bom curtir o frio de Ice Path, em uma casa tão acobertada como aquela. A lareira era acesa ao meio dia, horário que o sol deveria tá a pino. Lá fora, o bando de cinza cobria tudo, e parecia não ter fim. Claro que perto da lareira, chocolates e pães com petiscos refinados deixava tudo muito confortável. Avery teve que fazer só uma ou duas ligações, para poder orientar os residentes sobre os pacientes de pós operatório que ele tinha deixado, enquanto voltava a conversar com Kiki sobre bobeira, jogar pipoca para cima e tentar pegar e demarcar o seu território. Claro, tudo tinha segundas intenções, mas ia se criando aquele clima em que cada um construía um pouco daquela relação.

Foi no meio de brincadeiras naquele tapete felpudo, como duas crianças, que Alfred surgia com uma tigela recheada de comida Pokémon, frustas bem gostosas e um boa porção de um sachê de comida Pokémon super apetitosa. - Senhorita Nakeisha, senhor Avery, eu só irei tentar dar comida ao Delibird e em breve posso me oferecer para alimentar os Pokémon dos senhores. - dizia em ótimo tom. Claro, cortando o clima que se estendia por ali, fazendo Kiki perder até a noção de sua lista de afazeres ali.

Foi neste momento que ela viu que o homem iria alimentar Delibird, o pássaro fofo. E pela quantidade e qualidade daquela tigela, não era para menos que a ave era tão gordinha e volumosa. Mas mantem tudo digno de nota. Quem gostou mais do aviso foi o Psydyck azul, que com suas patinhas na cabeça, esperava a sua tigela de comida também, depois que o Delibird selvagem fosse alimentado.