Ah, não se preocupe. Eu também fiquei pensativa e aérea, a ponto de nem questionar a mudança de direção - apesar de muito ter desviado olhares de partes íntimas alheias. Porém, meu motivo de distanciamento mental era outro, um incomodo "falta o quê?", que era exatamente o que vinha perseguindo desde que encontrei Steven e conheci um pouco mais sobre as tais pedras.
- Erh... É por não saber o que falta, que eu pensei em te procurar... - levei a mão até a nuca, coçando de leve pra aliviar algum incomodo aleatório que devo ter sentido mas não consegui dar plena atenção naquele instante - Pelo que Steven Stone - sim, o próprio, eu o conheci! - Enfim, pelo que ele me disse, existe ainda um outro fator, que é a relação entre treinador e Pokémon. Minha dúvida é bem essa: como eu meço isso?! - enfiei a mão na bolsa uma vez mais, agora procurando a segunda pedrinha - Descobri que Oak é um Pesquisador referência em estudar essa relação e, como você estagia com ele, achei que pudesse me dar alguma luz de como avaliar isso...
Cada reticência era uma nota da minha insegurança. Nunca antes havia questionado minha relação com meus Pokémon porque, da minha perspectiva, ela é especial e extremamente forte. Mas, da forma que o Steven colocou as coisas, mensurar isso de outra forma era, de algum modo, crucial pra que eu tivesse a experiência correta com a Mega Evolução. Enfim, mostrava pra Ayzen a segunda pedra: Charizardite.
- Eu me sinto segura com Salamence, de certo modo... Ysera, a mãe dele, 'tá com Katakuri desde cedo e tem uma relação quase espiritual com o cara, algo que eu meio que sinto com o meu dragão também, e eu o cuidei desde o ovo. Independente dos meses que ele tenha passado no Day Care... Eu sinto que temos algo bem especial e forte. - rolei a Charizardite na palma da mão, ainda pensativa - Charizard é minha insegurança. Não sei se lembra, mas ele era do Gabriel, e por algum motivo não tiveram uma proximidade assim tão grande. Daí ele ficou bastante tempo largado quando era Charmeleon, antes de ir parar no fundo do Potin... É um Pokémon incrível e nunca me deixou na mão, mas eu sei que algumas feridas e ressentimentos podem ser difíceis de sarar - Psicologia Pokémon no currículo kkkkry
Sobre o "bebê" Pokémon que o casal carregava: pra mim é algo perfeitamente normal, pois eu mesma carrego uma morcega felpuda em um canguru, nas costas. Diferente de Ayzen, eu tô longe de conhecer um bom número de espécies diversas, exceto se forem penados/alados/Voadores, então pra mim podia muito bem ser só um Dunsparce bem amarelo, com o rabo pra cima ao invés da cabeça, né?!
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Hiro ♡