Re: [Entrega de Missão] NAKEISHA LAOUALI #02

por **Victoria** Sáb Mar 16 2024, 14:59

OFF: Vou dar um Time Skip pro próximo post se não se importar, ok?

Nakeisha e Woobie estiveram ali naquela saleta durante o curto momento que Falkner ia até a recepção e voltava com dois desafiantes; justamente os que lhe esperavam na recepção. A peculiaridade de serem dois-em-um se tornava menos misteriosa e mais engraçada a medida que a conversa e a batalha ia se desenvolvendo, já que evidenciava porque diabos estavam duas pessoas contra uma, mesmo num confronto single.

O que ocorria é que o menino mais novo era uma espécie de adolescente, daqueles que sempre sonha em ser treinador pokémon. A pessoa mais atrás era seu pai e ambos eram nativos de Violet. A ideia do confronto era que o filho provasse ao pai que ele era bom o suficiente para começar sua jornada, por isso teria que vencer Falkner para provar.

Uma história relativamente bonita. O garoto mostrou apenas pokémons regionais: um Houndoom, um Pikachu e um Electabuzz, usou uma estratégia de Taunt e golpes efetivos e dava para ver o quanto Falkner via naquela dura aprovação do pai a sua história. O próprio líder parecia torcer para o garoto. No fim, ele ganhou: num Hidden Power Ice finalizou o Gliscor, que fora sua maior dor de cabeça, se provando merecedor da insígnia.

por **Koi** Sáb Mar 16 2024, 18:55

Off: Tuuudo bem!

– Oh! Parece que terminaram. – comentei sorrindo pra Swoobat no meu colo.

Aquela também tinha sido uma batalha de algum modo atípica pro Gym. Claro, não era incomum ao nível "eita, temos outro Líder na casa!", mas a motivação extra do competidor com certeza se somava a corriqueira busca pela insígnia.

Lembrar de como a minha jornada começou foi inevitável, pois não precisei provar a ninguém que estava pronta pra isso. Na verdade, como sempre fui um tanto teimosa, só bati o pé que queria fazer isso e, em seguida, bati as asas pra fora de casa, tendo no máximo a orientação básica com o Professor Birch antes de sair mundo afora. É claro que, apesar disso, eu tinha aprovação e incentivo de uma pessoa - minha mãe -, e que não seja pela falta de uma insígnia, já que o símbolo do consentimento dela estava agora mesmo pousado em meus braços, brigando com as pálpebras que pesavam de sonolência depois de tanto receber cafuné.

– Ei, não dorme! Falkner logo vai vir aqui e eu preciso de você pra me apoiar! – brinquei, cutucando insistentemente o nariz-coração da morcega até que ela desse um cômico espirro reativo.

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por **Victoria** Seg Mar 18 2024, 11:23

Quase como numa profecia, Falkner apareceu instantes depois das palavras de Kiki, abrindo a porta com respeito e pedindo licença para a treinadora e sua pokémon. Percebeu de cara que Woobie estava sonolenta e deu uma pequena risada em resposta a fofura da morcega, que tentava não pregar o olho. Direcionado à pokémon, disse:
- Desculpa tirar seu sono - E deu um pequeno chamego na altura do pescoço, provavelmente piorando o relaxamento corporal da pokémon - Bom, acabei. Eu realmente queria te ouvir primeiro Nakeisha, inclusive acho que você veio no dia certo... - Sua fala reticente deu a entender que iria falar mais, porém o silêncio que seguiu mostrou o contrário.

Ali, sem mais nenhuma palavra, levantou-se e foi até o frigobar da sala de espera. Fechou a porta bem fechada, abaixou as cortinas e acendeu a luz. Pegou uma água gaseificada pra si e sinalizou para Woobie e Kiki, como quem dizia, "quer alguma coisa?". Depois disso, sentou de frente para a moçoila, numa poltrona confortável, transformando aquela salinha numa espécie de escritório seu. Calado e parado, o homem dava o aval para que Kiki começasse a história toda; como disciplinado que era, não iria interromper até que o final realmente chegasse.

por **Koi** Seg Mar 18 2024, 20:54

Off: post longo pq tem bastante coisa nesse POV -qq

Recebi o líder com um sorriso no rosto, sentindo levemente as sensações do nervosismo de novo. Neguei educadamente sua oferta de bebida, então quando Falkner sentou diante de mim, com aquele olhar observador e sério, esperando, ajustei Woobie no meu colo, arrumei minha postura na cadeira, tomei fôlego e comecei:

– Bem, você tinha me pedido pra ir até o Lake of Rage ajudar com os voadores, principalmente Gyarados, que sofriam com o desastre de congelamento por lá e, claro, pra ajudar nas investigações com seu amigo, o Policial Nicholas. – resumi o contexto antes de entrar no relato em si, que envolvia encontrar consequências do desastre desde a Rota 28 – Encontrei o senhor Nicholas já na fronteira entre a Rota e o Lago, de lá seguimos. Inclusive, espero que ele esteja bem agora! – sem parecer dramática, senti que precisava manifestar meu desejo de que o Policial, amigo de Falkner, estivesse bem e com saúde, devia esse respeito a alguém próximo e de confiança do meu mentor.

– ... Estávamos só nós dois naquela imensidão congelada, nem mesmo a vegetação escapou. Honestamente, desde esse ponto eu já me preocupei. Digo, não vi nada igual àquilo nem quando estive no Ice Path! – e ai lhe contei que Nicholas tinha tentado contato com os outros oficiais, Ranger e Polícia, sem sucesso; contei que enquanto tentava procurar alguma direção ou pista a seguir, o homem desapareceu completamente, sem deixar vestígios.

– Sério, era um gelo que não parecia gelo, me entende?! Tipo, veio uma nevasca do nada... Eu tava refazendo o caminho pra ver se achava o senhor Nicholas e, do nada, um paredão de gelo se ergueu onde antes era só o chão! Feito mágica ou sei lá... Fora que era um gelo que não derretia nem com as habilidades potentes do meu Charizard!

Depois eu gastaria poucos minutos relatando minha caminhada incessante por caminhos ilógicos daquela imensidão branca e fria. Falkner tinha me aconselhado levar Delibird junto justamente pro pinguim me ajudar a me localizar em meio ao gelo, porém nem mesmo a ave conseguiu esse feito diante de um cenário que parecia mudar ao bel prazer das pessoas que estavam por trás daquilo tudo.

– ... E aí veio a primeira situação de extremo perigo. – apertei Woobie mais firme no meu peito só de lembrar – Tava completamente cercada por coisas congeladas que se moviam sozinhas na minha direção... Completamente cercada e... Aí veio aquela luz de cima, não sei de onde, exatamente na minha direção... – engoli em seco e até ruborizei com a lembrança de uma mensagem desesperada que mandei pra Ayzen, quando achei que ia morrer – Sim, eu achei que ia morrer ali. Recolhi todos meus Pokémon pra os proteger, mas Woobie... Woobie ela... Ela saiu da pokébola e se colocou entre mim e a tal luz, recebendo o impacto do que até hoje eu não sei o que era. Woobie ficou completamente congelada instantaneamente. E, de novo: chamo de gelo por falta de uma palavra mais adequada, porque aquilo não se comportava como gelo. Ali eu tive mais uma prova disso, porque não consegui tirar Woobie daquele estado nem com fogo, nem com berries, nem com poções... Nada. – minha voz estremeceu só de lembrar.

Avancei mais um pouco, aos saltos do relato que se repetiria na minha desorientação no lugar. A batalha que tive com os suspeitos também foi resumida, sem muito foco já que não influenciava em nada, exceto por me permitir mencionar que os outros estavam bem "armados", munidos de Mega Evoluções. Por fim, após mais alguns minutos eu estaria me aproximando do fim da história, quando encontrei a torre erguida pelos meliantes, de onde eu suspeitei ser a fonte daquele problema.

– Eles sabiam que eu tava indo então já tinham fugido. Obviamente não deixaram pra trás nada que pudesse ser usado contra eles, ou do que queriam. Mesmo assim fotografei o que pude e apresentei pras autoridades depois. – o último suspiro preparava a parte final do relato, aquele momento em que eu simplesmente abandonei tudo – Aí veio a segunda ameaça à minha vida, mas essa deixava claro que não haveria Pokémon que pudesse me proteger: uma bomba. É, eles tinham uma bomba no andar principal do laboratório. Admito que fui imprudente de ter tentado desarmar algumas vezes, mas só porque confiei estupidamente num contador de tentativas e numa pista de senha que tinha. Porém, como obviamente nada surtia efeito ou fazia sentido... – passei dias e dias me julgando mal por ter abandonado tudo, como se eu tivesse falhado – Desisti. Vi que, diferente da outra vez, agora eu estava num lugar alto, sem paredes de gelo pra me barrar o caminho. Montei em Charizard e voei dali. De volta pra cidade, o mais rápido que pude.

O restante da história o que Falkner já devia saber pelas mídias e até do próprio amigo Nicholas. A bomba explodiu segundos depois de eu ter saído de lá, levando a torre ao chão. Comprovando suspeitas o lugar era o centro do problema, então logo a comunicação com a cidade e as autoridades voltou e o suposto "gelo" foi derretendo de vez. Surpreendentemente nenhuma vítima daquela substância congelante tinha sido morta, estando só misteriosamente presa e viva por tempo indeterminado lá dentro.

– Eu sinto muitíssimo pelas coisas não terem acabado como esperado, sem uma conclusão ou sem solução pro crime. Sozinha com meus Pokémon eu fiz tudo que pude, até o que só achei que podia, mas achei errado... Se nem um batalhão de Ranger e Policiais, com seu treinamento especializado, foram páreo pra isso, eu dificilmente seria. Mas, ainda assim, tentei. – fim.

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por **Victoria** Qua Mar 20 2024, 10:56

Falkner como ouvinte era tão inexpressivo quanto uma parede. Não que ele não reagisse a nada, mas suas reações não eram tão fortes ao relato; seu silêncio era muito mais quebrado por Woobie do que pelo que Nakeisha relavata. Ora ou outra o voador piava confortando sua dona, tirando sorrisinhos sinceros do líder.

Era como se ele visse o voador como um acompanhante fiel, que está lá pra testemunhar a favor de sua treinadora e Falkner percebia a fidelidade do pokémon. O que tornava tudo mais engraçado era que não havia necessidade alguma de tal ato, mostrando um sintoma clássico de Nakeisha e que se estendia à Woobat: o excesso. Passou todo o relato todo em silêncio para no fim ser pontual:
- Vocês duas erraram em tentar fazer mais do que eu pedi - Deu um suspiro e deixou os ombros caírem - Entendo que as circunstâncias eram as piores possíveis e as vezes nos vimos em perigo apenas quando já estamos dentro dele, mas há uma diferença muito grande entre descobrir mais sobre e tentar resolver o problema. Quando vi as notícias, fiquei extremamente chocado pela proporção da situação que te meti e admito que isso é culpa minha, mas quando você perdeu Nicholas de vista, você devia ter ido procurá-lo, e não continuado tudo sozinha - Seu tom era de um esporro um tanto quanto paterno. Não era agradável e acolhedor, mas não largava a mão da importância que a Aprendiz tinha pra seu Mestre - A única coisa que me tranquilizava era saber que você teria orientação de Nicholas. Imagina como eu fiquei depois de descobrir por ele que vocês se separaram? Preocupado, óbvio. Ai eu vou e te vejo no Battlefield! Sinceramente Nakeisha, você tirou um peso dos meus ombros, mas não posso negar que foi difícil não ver isso como um abandono. Por que não voltou?

Se outrora a fala de Nakeisha foi feita sem interrupções, Falkner esperava que a moçoila tivesse a mesma maturidade de esperar que ele terminasse o monólogo para só então comentar. Frente ao fato de que tinha um bocado a dizer, deu um grande e pesado suspiro e não mostrou-se aberto para ter aquela resposta agora; antes que Kiki lhe desse uma justificativa, botaria mais caroço nesse angu:
- Por Deus! Descobrir mais e investigar pode até ser ir lá e ver, mas no primeiro sinal de que o desastre ambiental virou um BIOMA, você deveria ou ter voltado para cá, ou ter feito por outro caminho. Voadores, Nakeisha! Os selvagens voadores são pokémons naturalmente migratórios e extremamente espertos, talvez começar uma pesquisa com eles ou até sentar e fazer uma pesquisa documental sobre o assunto. Quando você viu que não dava para descongelar o Bioma de forma natural, você devia ter voltado pra cá! - Aqui o tom se perdeu um pouco. Falkner acabou levantando a voz mais do que de costume, quase se assemelhando ao próprio pai quando era mais novo. Percebendo o equívoco, arranhou a garganta e tentou recuperar a postura - Admito que errei muito em te enviar para uma missão que EU não tinha tanto conhecimento prévio. Ao que tudo indica, Nicholas minimizou muito a questão pra mim e eu acreditei nele... Sinto que errei contigo em te confiar a terceiros e por isso te peço desculpas, mas da próxima vez que você sentir que há um erro de leitura da minha parte, você retorna até a mim e abandona a missão, ok? - Ao fim, tirou disso um trato.

por **Koi** Qua Mar 20 2024, 18:28

Off: Pra ajudar, o time que usei na missão foi esse:
Swoobat - Corviknight - Delibird - Gyarados - Rotom - Charizard

Entre as coisas que aprendi com Falkner uma delas foi quase que por osmose, era esse ato de ser uma boa ouvinte, coisa que pra mim ainda era um exercício a ser praticado já que eu costumava ser mais tagarela, porém eu conseguia me controlar bem pra engolir a bronca que já esperava receber.

Às vezes desviava o olhar como uma reação do cérebro que vai "arquivando" as falas e refletindo as respostas. Entre esse fluxo de pensamentos eu não pude deixar de me perceber lembrando do tal Policial Nicholas que, com todo respeito, parecia mais perdido no caso do que eu naquela situação. Definitivamente houve um erro de leitura da parte do homem, coisa que contribuiu na bola de neve - com perdão do trocadilho - que isso tudo virou.

– Sim, sensei. Farei isso, sim. – foram minhas primeiras palavras, acompanhadas de uma reverência curta e respeitosa – Subestimei o caso quando vi os primeiros sinais, mas tudo aconteceu tão depressa... Mais rápido do que pude analisar os riscos e... Meu primeiro instinto, como disse, foi mesmo procurar o Policial, mas foi tentando achar ele eu mesma me meti numa furada ainda maior e aí era tarde, as circunstâncias ~~e o narrador -q~~ não me permitiram uma fuga, senão aquela brecha que encontrei quando enfim saí de lá.

E então eu precisava adentrar num assunto que o próprio líder trouxe à tona. Um que eu achei que podia ser o alívio dessa tensão, mas que teria que começar como uma parte do problemão.

– Sobre o Battlefield... Eu sinto muito. Digo, depois que passei uns dias em Mahogany ajudando nas investigações, voltei direto pra cá pra lhe relatar tudo, porém ~~o narrador não pegou a rota kkk~~ você não estava, então foi nesse curto tempo que me veio o convite pra participar do evento. No fim, eu acho que foi um sinal divino, do destino, sei lá; pra que eu pudesse amadurecer meus sentimentos sobre o que passei lá no Lake of Rage. Senti na hora que precisava provar pra mim mesma que eu era uma boa treinadora, não a farsa que o sentimento de culpa tava me fazendo sentir ser. Ter entrado no Battlefield e chegado tão longe nele foi simplesmente necessário pra eu mesma tirar esse peso das costas! – eu podia ver no reflexo dos olhos da Swoobat que os meus olhos brilhavam um pouco. É de emoção, eu sei, mas chorar eu não vou, isso eu sei.

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Treinos: 8 posts | Eggs: 16 posts

por **Victoria** Sex Mar 22 2024, 10:33

As justificativas de Kiki eram suficientes para Falkner; ele sabia e esperava que Nakeisha as tivesse na ponta da língua e ficaria extremamente decepcionado se ela não aparecesse com um bocado delas. Ainda assim, há algo da justificativa que ela nunca toca, que era justamente onde o Líder queria chegar: a responsabilidade de Nakeisha e sua implicação naquela bola de neve.

Muitas vezes as justificativas mais enxugam a culpa do que lhe manifestam e o que Falkner queria que Kiki fizesse era um movimento contrário:
- Apesar de todos os fatores, você foi o centro da história. Nunca acreditei no fato de que tomar decisões é uma coisa fácil, mas nós tomamos mesmo assim, até mesmo quando deixamos o roteiro do mundo decidir. Apesar de todos os pesares, quero que comece a valorizar mais as escolhas que você tem, assim não haverá justificativa do acaso da próxima vez - Desta vez disse sem tremer e sem nem sequer piscar. Sua pausa era categórica, deixando claro que era apenas uma pausa e não um fim. Deu um suspiro leve, tentou tirar a máscara de mal humorado e emendou uma segunda frase - E por sinal, quando será a próxima vez?

Tentou forçar um sorriso mas a transição não deu muito certo. Percebendo que estava muito apático no tom, decidiu levantar-se e ir até uma gaveta, caçar um troço. Enquanto Kiki respondia, o líder cataria a recompensa da moçoila e lhe daria antes dela poder responder. Era singelo e era para ser; um TM Sky Drop, seguido de um pequeno bilhete redigido a mão, que já estava velho e empoeirado dentro daquela gaveta.

"Para que saiba que há hora de pousar e de alçar vôo..."

Progresso:

por **Koi** Sex Mar 22 2024, 20:57

Mais um aceno de cabeça terminando em uma curta reverência seriam meus sinais de estar de acordo com as palavras do rapaz, degustando o azedume da torta de climão -q Um mal necessário.

Sentia que tínhamos ultrapassado os limites entre aluna e mentor e íamos pra um nível maior naquela conversa, com conselhos substanciais pra minha vida de um modo geral, minha maturidade e minhas escolhas. Deixava de ser uma mentoria sobre como me tornar uma boa treinadora pra ser um papo entre pessoas de experiências diferentes, com um conselho sobre como eu lidar com determinadas situações. Assim, não era só meu respeito por Falkner que me fazia absorver, aceitar e me comprometer com aquilo, mas também o fato de eu reconhecer que o rapaz, principalmente com seu histórico e riscos na polícia, tinha vivência suficiente pra dar credibilidade e peso no que me aconselhava.

– Obrigada por suas palavras e conselhos. Vou me esforçar pra melhorar! – respondia agradecendo por tudo, inclusive pela mensagem simbólica e oportuna que acompanhava o presente dele.

Esbocei um sorriso sutil e umedeci os lábios, refletindo um pouco sobre a pergunta feita. De um modo geral o evento de batalhas tinha me revivido a sede por continuar me aprimorando, dessa vez como a especialista em voadores que eu sou. Então, a resposta não podia ser outra:

– O mais breve possível! Hoje mesmo, se der! – mantinha um pouco do sorriso no rosto – O Battlefield me trouxe muitas coisas, entre elas a vontade de continuar melhorando meus conhecimentos e minha sintonia com os Pokémon, porque sei que posso alcançar muito mais do que já imaginei, com os Voadores. – e aí me lembrei de um outro detalhe, um que tirei do bolso, literalmente; apresentei na palma da mão o Tera Shard de Tipo Voador – Também ganhei isso no evento. É uma pedrinha com um potencial muito interessante, eu pude testar e comprovar. Essa em especial é do Tipo Voador... Ou seja, acho que quanto mais eu conhecer do Tipo, melhores coisas posso extrair disso quando conseguir usar.

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Treinos: 9 posts | Eggs: 18 posts

por **Victoria** Sáb Mar 23 2024, 17:53

"Hoje mesmo se dé": era isso que Falkner queria ouvir. Mostrou um sorriso um bocatinho zombeteiro, nem um pouco comum do líder de ginásio, querendo dizer que tinha um excelentíssimo plano já bolado para esse tipo de resposta. Deu as costas para Kiki na pausa que dera entre o dito e o feito. Abriu uma gaveta, pegou um livro e colocou em cima de um balcão lateral. Abriu uma porta e pegou outros dois. Empilhou. Abriu uma terceira gaveta, pegou mais dois e fechou a pilha: cinco livros. Adicionou mais um caderno sem pauta e carregou tudo nos braços em direção a Kiki, enquanto a garota rodava o Tera Shard de um lado para o outro, esperando o vislumbre de atenção de Falkner sobre a pedra.

Quando já estava próximo de Kiki, pousou todos os livros no chão, perto do pé dela. Deu dois tapinhas na pilha de livro e falou:
- Sua missão! - Sinalizou que desta vez Nakeisha ia sentar a bunda numa cadeira e estudar - E também tem isso aqui - Tirou do bolso um pequeno vidrinho com um "troço" dentro. Colocou sobre a pilha.

Enquanto Nakeisha analisava o material, o líder pediu para ver a Tera Shard da garota, já que pra ele era igual caviar: nunca viu nem comeu, só ouve falar. Em certa medida, ele ficava até meio incomodado em ter que admitir o óbvio, mas foi sincero:
- Acho que disso você entende mais do que eu. Sabe como usa? Talvez a embaixada de Paldea te ajude. Eles não fazem intercâmbio cultural nenhum com Tohjo, então tudo deles é raríssimo por aqui - Apesar de admitir a raridade do artefato, não se mostrou muito empolgado. Falkner era um bocado conservador nesse aspecto; odiava pensar que pokémons não-voadores pudessem usar os golpes voadores com excelência e maestria, a ponto de conseguir STAB. Para ele isso era uma tecnologia injusta e descabida. Ainda assim, não era tão conservador a ponto de negar os benefícios científicos e práticos que aquilo poderia trazer - Talvez você me ensine algo interessante disso - E deu um pequeno tapinha na pilha de livros mais uma vez.

- E ai, podemos começar?!

Não iria dizer nada que Nakeisha não perguntasse, mas não o faria por maldade: não queria influenciar a perspectiva da moçoila frente a grande questão. Queria uma mente "virgem" pensando coisas novas.

Contador de Posts da Missão: 01

Progresso:

por **Koi** Sáb Mar 23 2024, 18:46

Tendo capturado de esguelha os movimentos do líder pela sala, julguei que ele estivesse só aproveitando o momento pra fazer algo rotineiro como organizar livros ou coisa parecida. Então, quando estes mesmos livros vieram parar literalmente aos meus pés, eu claramente me surpreendi. Não pela ideia de ter que ler tudo aquilo, não, mas é que em meu tempo de Aprendiz essa era a primeira vez que eu tinha acesso às fontes do meu mentor. Isso é, não estou contando aqui o livreto de lendas johtonianas que precisei ler pra encenar as histórias de Ho-oh e Lugia.

– Uhm! – exclamei assim que dei uma primeira olhada na pilha – É, sim, tive minha experiência com o fenômeno Tera, durante o torneio... E sim, vou ter que ir atrás de especialistas no assunto pra poder conseguir usar a pedra. Por falar nisso... Embaixada de Paldea, uhm?! Não tinha pensado antes. Pode ser um bom lugar pra começar a ver isso. – comentei casualmente, encerrando o assunto antes de irmos pro que realmente interessava.

Me acomodei um pouco melhor na poltrona, pondo a bolsa cheia de ovos de lado e libertando Woobie dos meus braços pra que ela pudesse pousar em outro canto. Respirei fundo e enfim me debrucei sobre os livros, primeiramente olhando os títulos nas lombadas pra ter noção do que tratavam, antes de pegar o primeiro da pilha em mãos.

– Podemos começar! – e imediatamente devolvi o livro pra pilha, me dando conta do óbvio – Mas por onde eu devo começar? E com o que? Heheh! – como de costume impulsiva, fiquei sem jeito por ter me antecipado sem nem ter ouvido uma orientação do líder antes.

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