Com a Karen e seu mamaco resfriado tomando a decisão da esquerda, uma escolha sábia, diga-se de passagem, já que numa caverna conhecida por só ter arqueólogos e bandidos, e dum lado estava ESCURO E GOTEJANDO ÁGUA, eu acho que foi a melhor escolha, já que do outro lado eu teria que te matar. Brincadeira. Talvez. Enfim! Meu monólogo de narrador poderia continuar indefinidamente mas sendo bem franco, eu duvido muito que seria atrativo então vamos continuar a descrição: avançaram, por fim.
No caminho da esquerda, os túneis pareciam bem ornamentados, apesar de recentes. Diferentemente do terreno acidentado que eu e você nos acostumamos do post anterior, esse parecia bem cuidado, e me atrevo a dizer, até, que... levemante pavimentado? Calma aí, isso ta certo mesmo? Calma, Srta. Ranger. Tal qual uma estrada que corta uma floresta, a construção aqui parecia apenas, abrir caminho ao invés de destruir completamente o bioma local. Com muitos túneis à esquerda e a direita, a fauna local não parecia ser interrompida, já que Geodudes jogavam rochas de um para o outro e Clefairies saltitavam por aqui e acolá.
Demorou um tempo, talvez algo em torno de 10 minutos, claro, do lado de um mamaco com crise alérgica deve ter parecido uma eternidade, especialmente a partir do momento que o nariz começou a escorrer tanto que FEZ UM CAMINHO DE CATARRO no chão. É isso, caricato e idiota, bem a cara do Arthur, eu acho...
Por fim, ao chegar no final do túnel, Karen podia ver que a estrutura da passagem se alongava bastante, até ter um nítido posto de trabalho, com alguns banheiros químicos, uma retroescavadeira e umas duas furadeiras gigantes, toda aquela barulheira, parecia, enfim, parte de uma organização de trabalho. Enquanto explorasse ao redor, num primeiro momento, veria alguns peões para lá e para cá, tirando terra por aqui e ali, enquanto,
com as máquinas paradas, uma engenheira parecia ser pressionada por um homem de terno, enquanto alguns homens de jalecos, estudavam, junto de alguns Yanmas, as paredes para as quais as máquinas apontavam.
O homem de terno, antes impaciente, ficou em polvorosa quando o próximo cientista se aproximou. - Senhores, vamos ter que descer MESMO. Não há possibilidade de seguirmos em frente com a perfuração. Logo a frente, tem algo que pode se chamar de... casa? É, acho que é uma espécie de toca para as Clefairies. Seguindo em frente, vamos danificar o habitat desses Pokémon. - Disse o homem sério, enquanto segurava um aparelho que analisava... vibrações? Uau! A convivência com Pokémon é realmente incrível.
O homem de terno agora explodia. - PORRA, QUE SE FODAM ESSAS FADAS DE MERDA! OLHA A GRANA QUE ISSO VAI CUSTAR! VAMOS ATRASAR O CRONOGRAMA EM QUASE TRÊS MESES! - Esbravejou. - Não tem fiscalização nenhuma! Quem vai me obrigar a fazer isso? Se uns Pokémon de merda vão perder a casa EU NÃO LIGO. - Gritava, enfim, deixando todos em silêncio por um momento.
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By: KB lindo & perfeito <3