[GYM BATTLE] VS. CHRISTINA #06

OFF: Desculpa a demora meu amô, os dias foram bem corridos por aqui. Agora estou prontcha! E obrigada por pegar a rota, é uma honra ser narrada por ti pela primeira vez.

Toda vez que eu entro num lugar e sinto uma atmosfera "falsa" eu olho pra trás e procuro Freya com os olhos. Desta vez não foi diferente; ao ser obrigada a deslizar meus pés em direção ao confronto, tentei virar meu rosto para a esquerda e a direita, caçando a fantasma com todas as minhas ânsias em jogo. Não a achei, e por um motivo extremamente lógico: ela estava dentro de sua esfera bicolor.

Dai, um alívio me fez da um suspiro, e eu pensei tão alto que as palavras fugiram da minha boca: "É só uma ilusão..."

Até porque, quando é feito por Jellicent, nunca é ilusão, é sempre trauma. Sendo assim, me permitir ser levada pela ilusão do ginásio de Christina. Eu não sabia que as coisas lá dentro eram assim, mas também não era de se espantar que tal entretenimento nunca tivesse chegado aos meus ouvidos, já que a moçoila tem pouquíssimos desafios e não é difícil manter o spoiler contido dentro de uma pequena comunidade. Lysander poderia ter me falado, é claro, mas ele é tão submisso a Líder que dificilmente ousaria lhe desobedecer.

O que eu achei minimamente curioso foi que, no meio dessa ilusão toda, minhas palavras foram usadas contra mim. Ali eu arregalei os olhos e mordi meus lábios:
- Você tava ouvindo isso? - Questionei, um pouco irritada. Desde Sabrina eu tenho reparado esse maldito padrão em Líderes mais avançados; eles não respeitam a privacidade de pensamento algum - Eu acabei de sair do Tate e da Liza, devia ter aprendido a deixar meus pensamentos dentro da cabeça... - Admiti. Se eu quisesse ser referência em pokémons Darks um dia, eu devia ter a consciência mais controlada.

E ai, a mulher linda que todos tanto falavam se revelou pra mim. Semblante pesado, poucas palavras e muita "presença de palco". Ali eu reparei que Christina não precisava falar; ela podia só estar ali e já era suficiente para preencher o silêncio. Olhei-a de cima a baixo e senti uma vontade muito grande de ser notada. Eu queria, em alguma medida, que ela falasse mais que o básico comigo; ansiei por sua resposta.

Ainda na esperar de que ela entrasse numa breve conversa comigo, deixei o silêncio continuar por mais um tempo até finalmente revelar meu Togekiss e dar minhas ordens:
- Bragui, Tailwind e Dazzling Gleam.

OFF: To demorando muito pra dar tempo de fazer magia pra Christina errar tudo QQQQQQQ
OFF²: Henry, não precisa fazer isso agora, mas como você pode observar na minha ficha, meus narradores me odeiam e não atualizam meu Day Care (juro que pra um ou outro eu pedi, mas esqueceram). Deixarei em Spoiler os Links comprovando os números que tenho desde a última att e estou CONSERTANDO o número final, porque na última rota eu dei miss click e o número foi de 174 pra 184.

Links:

OFF³: O Tailwind no forum é 5 turnos :> (ta em movimentos alterados, numa lista de golpes de turno fixos)

A pergunta de Christina me pegou completamente desprevenida e eu só soube lhe responder com a mais óbvia sinceridade, sem pensar muito em como isso soaria:
- Das vozes na minha cabeça - O tom franco não dava margem pra brincadeira. No instante seguinte percebi que isso me fazia parecer louca e levei as duas mãos na boca, imitando um "oops" caricato.

Eu ia continuar a conversa, mas num "tanto faz" e um dar de ombros eu decidi que não era o momento. Cogitei que Christina quisesse focar na batalha, mas logo vi seu sorriso lateral e percebia que definitivamente não. Christina era como algumas pessoas que já conheci na vida: queria focar em qualquer outra coisa que não fosse a realidade. Olhei ao redor e percebi que a atmosfera do ginásio não era para os convidados e os desafiantes e sim pra ela. "Ela vai adorar Freya", pensei com meus miolos, mas logo depois completei "... mas não vai demonstrar".

Agora, Freya adoraria ela? Provavelmente não. Almas muito mortas não são muito apetitosas para a pokémon. Christina era meio que isso; uma moribunda. Talvez minha pequena vontade de lhe agradar seja pouco mais complexo do que "querer agradar a morte em pessoa". Meio mórbido, né?! Mas faz um tempo que eu sou assim.
- Seu pedido é uma ordem, mademoiselle, vamos ao próximo! Duplo Dazz Gleam - Ordene com um nome reduzido para dar charme. Logo em seguida fiz uma postura de gentlemen e tirei um chapéu imaginário para Christina.

E ai, do absolutamente nada, eu puxei o assunto mais aleatório:
- Ah, eu fui na sua psicóloga semana passada - Um sorriso amarelo deixava óbvio que eu estava tentando FORÇAR UM ASSUNTO e que já esperava não ter muito sucesso. Já pareci uma esquizofrênica, não seria um problema parecer uma stalker, né?!

O também de Christina me pegou completamente desprevenida e eu precisei dar uma bela risada frente àquilo. Completaria com um "se pa é por isso que vamos na mesma psicóloga", mas sua negação me pegou de surpresa. "Ora, como não?", pensei com meus dois miolos:
- Me recomendaram essa justamente por ser a sua - Inclinei um pouco a cabeça.

Ao inclinar a cabeça tentei lembrar quem havia me indicado. O esforço não foi grande, pois logo a imagem de Vicent, meu irmão, me veio a cabeça. O Ranger, com base em Hoenn, quase sempre sabe do que ta falando; eu disse quase, ta?!

Mas ai Christina se revela um bocado mais doida que eu. O que eu, particularmente, achava bastante agradável, e seria tão bom quanto fingir que estava alucinando com ela:
- Quadro? Eu vi um Ivysaur de verdade na entrada. Achei que era seu - Deixei a cabeça cair um pouco - Até me perguntei quando foi que você começou a treinar pokémons venenosos, já que dizem que você é fiel demais ao seu tipo...

E foi ai que olhei Absol cair por terra. Foi "fácil demais". Isso não era uma ofensa a Christina, que era realmente muito boa, mas eu havia dado muita sorte. Era estranho não ver a líder incomodada com isso. Logo em seguida veio Hati... quer dizer... Houndoom. Olhei-a de cima a baixo mais uma vez e proferi minhas ordens:
- Duplo Dazzling Gleam.

E ai retornei ao personagem:
- Nossa você acha?! Eu prefiro ver pessoas mudas, amordaçadas, sem língua. Melhor que gritando, cacofonia demais pra mim - Não, eu não tava levando Christina a sério, eu realmente achava que ela só queria me assustar.

- Eu sou comprometida com o Matthew - Disse à moça, fazendo referência ao líder de ginásio de Star City - Se ele souber que deixei você ter posse sobre mim ele vai ficar magoado - Dei uma risadinha solta.

Eu poderia falar 'me punir', mas achei "Lysander das ideias" demais, até mesmo pra mim. Esse negócio de entrar no personagem ta me custando caro, ta?! Inclusive, aqui eu começo a ter um pouco mais de segurança frente a esta batalha: Christina parecia mais focada em coisas da sua cabeça e menos no confronto.

Aproveitando a brecha, voltei Bragui para a esfera e joguei Sleipnir, minha aranha.
- Use Liquidation - Ordenei, de forma simples, em resposta às ordens de Christina - Vou ter que mandar mensagem para ele se saber se ele me permite. Tenho quase certeza que ele só vai me permitir se eu levar sua cabeça em troca - Dei uma piscadela.

Sim, 'levar a cabeça' era uma metáfora para insígnia. Ainda assim deixar a metáfora mal explicada seria mais saudável para essa interação; havia um misto de sentimentos dentro de mim. Eu queria continuar essa loucura mas, de certa forma, eu sabia que era uma loucura sem tamanho. A voz, que assopra meu cangote, provava isso. Num momento eu olhei para trás e procurei alguém, como se tentasse achar a materialidade naquele surto...

... agora, eu desejava encontrar materialidade naquele surto? Era um pouco isso que a proposta de Christina me questionou. Se levasse comigo um quadro do confronto, eu teria exatamente isso. Fingindo que ia mandar uma mensagem a Matthew, peguei o celular. Deparei-me com minha verdadeira dona mandando mensagem. Apressadamente respondi.

To: Minha dona (@Shianny)

Você sabe que se morrer vai me obrigar a morrer também, né?
Então se não quiser que eU MORRA NÃO MORRA TA BOM?

Desculpa gritar, me exaltei de saudades.
bom saber que está em Cerulean, deve ser minha próxima parada

Quando vou poder pagar meu Milkshake????

Não sinta inveja
daqui a pouco eu te obrigo a casar comigo
e tudo que é meu vai ser seu
<3

Assim que enviei a mensagem para Matthew, anunciando estar no ginásio de Christina, tirei o celular da mão e guardei no bolso. Não sei ao certo se ele me respondeu de imediato, mas eu havia falado para ele algo do tipo: "Christina é completamente maluca, como pode ser tão famosa? To aqui cumprindo o que falei "

Logo que guardei o celular, levantei os olhos e falei algo um bocado complicado:
- Ele disse pra mim que você tem muita fama e pouca habilidade - Dei um meio sorriso. Ele realmente falou isso no dia que me recrutou - E eu concordo.

Foi com a cara lavada que olhei Araquanid receber aqueles dois golpes e resistir bem. Do outro lado, uma Houndoom. Eu sabia muito bem golpe-por-golpe que se usa numa Houndoom. Hati não é só um pokémon muito forte que está comigo, Hati é um pokémon muito forte que está comigo desde a minha primeira aventura ao sair de New Bark Town. Minha primeiro pokémon capturada, minha primeira evolução, meu primeiro problema...

... minha primeira luta.

Eu não poderia simplesmente cair num plano de Destiny Bond, não sendo um plano que odeio tanto. Sacrificar um pokémon para vencer um confronto, pra mim, é sempre um covardia:
- Sleipnir, Power Split e Stockpile.