Explorando a Cidade de Olivine! A Chegada de um Novo Recruta.

Olivine City - Ken, the explorer

Agora só restava Ken, Ace e o Incineroar, este encarando os dois com certa curiosidade por alguns segundos, antes do seu olhar tornar-se agora preocupado e com o indicador duas patas/mãos/sei lá indicar um caminho para a dupla como se os guiasse para a segurança. Era engraçado que se reparasse bem ele veria que o Pokémon tinha em sua cabeça um… Quepe?! Engraçado esse brasão da Polícia não parecia com o de Olivine, nem de nenhuma cidade de Johto. Então, Ken confiaria naquele enorme pokémon? Ou dispensaria o mesmo para recuperar logo Ace e seu novo companheiro Meowth?
 

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No momento de perigo, a primeira reação do rapaz era proteger seu Pokémon demonstrando um lado mais nobre de Ken. Felizmente o salvador vinha na forma do incomum pokémon originário de Alola. Era curioso não? Mesmo com sua aparência à primeira vista intimidante, o gatão ajudava o rapaz a se levantar e era gentil ao guiá-los tendo a paciência de esperar o rapaz se livrar do choque e decidir se seguiria ou não.

Recepcionados pela luz do dia Ken poderia ver que a manifestação ainda estava a todo o vapor, no entanto não era para lá que o Incineroar seguia e sim em direção oposta. Após alguns minutos, o rapaz conseguia perceber que estava sendo encaminhado para apenas uma singela viatura — E dois cones — que parecia estranhamente silenciosa… Ou parecia pois quando chegava na frente do veículo, o rapaz conseguia escutar… Um ronco?

— Tsc tsc – Era o som de decepção que vinha do Incineroar antes de bater de leve na janela algumas vezes. Nenhuma resposta. Bateu mais forte e de dentro ouvia um barulho de alguém acordando num susto com um sono palavrão. Mais alguns segundos a janela era aberta levemente e a cabeça de um policial (Seu quepe com o mesmo símbolo do Pokémon com os dizeres “Polícia de Lilycove” talhados).

— Que porra é essa Roger?! – O homem dizia claramente irritado. Pelo barulho de antes e o manchado de baba escorrendo era o recado que estava era dormindo muito ao invés de trabalhar. O Pokémon de Alola parecia tentar comunicar ao homem o que havia acontecido com Ken e Ace no beco com alguns gestos e até um pouco de mímica. Para um bichão daquele tamanho fazia parecer mais cômico do que prático.

— Porra tu sabe que eu não entendo essas merdas de Mímica! Nunca entendi esse bagulho complicado... Peraí tem alguma coisa a ver com essa greve?! Eu já falei que na minha viatura e nos meus dois cones ninguém ME-XE! – Respondia num tom agressivo antes do Pokémon apenas se dar por vencido e apontar para direção de Ken e Ace.

– Ué qual é desse moleque aí? – Ele olhou para o rapaz desinteressado só apenas disposto a ouvir por causa do tal Roger. – Tu não tinha que levar esse teu Pokémon aí pro Poké Center? – Nem perguntava o porquê do Roger trazê-lo, ou a razão de Ace estar ferido, no entanto mesmo no vacilo do tal policial era uma oportunidade de que Ken estava esperando desde o começo da jornada certo? Contatar alguém. E talvez pudesse relatar o problema que havia acabado de passar. Ele ainda tinha a pista em mãos certo? Enfim… O que o nosso treinador faria?

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Era um bocado decepcionante assistir toda a desídia daquele policial num momento tão difícil para a cidade, no entanto isso não impediu Ken de apresentar-se como recruta e relatar o acontecido. A reação do policial? Piscou algumas vezes ainda se mantendo meio desinteressado, ainda sim pegou o papel e o observou por alguns segundos, mais como se estivesse tentando focar depois da soneca.

— Tu veio numa hora bem ruinzinha pra querer inventar de querer ser polícia ein… — Ele guardava o papel antes de voltar os olhos para Ken, o analisando. — Os caras daqui são tudo polícia de prástico, entende? Ficam ai de “papai papai não vai sair. É greve é greve” e trouxeram gente de outras cidades. Então nem pra quem passar essa tua dica aí eu tenho. — Ele apontou para si mesmo deixando a entender que era um desses policiais. — Aqui tu vai conseguir… É nada. Boa sorte aí cidadão. — Ele deu de ombros e fechou a janela mesmo com o olhar reprovador do Incineroar. Parece que o Ken não deu muita sorte hoje com a justiça né?

Enfim. Ele tinha outras coisas para se preocupar além da incompetência dos oficiais e isso era a segurança de Ace. Não havia outro caminho além do Pokémon Center e para lá que Ken seguia. O local estava um pouco cheio, ouviam-se burburinhos sobre a greve, sobre algumas pessoas sendo abordadas por bandidinhos. A tensão era tão grande e intensa que parecia que dava para cortá-la com uma faca. Ainda sim a enfermeira era solícita com Ken e pegava a Pokébola de Ace para curá-lo. Como precisava esperar, nosso protagonista via uma pequena loja perto do balcão. Era o novo Pokémart da cidade. Talvez uma oportunidade para comprar alguns poucos itens para os próximos passos? O atendente percebeu que estava sendo visto e logo colocava seu melhor sorriso antes de dizer ao garoto.

— Bom dia senhor treinador! Desejaria levar alguns dos nossos suprimentos? Sempre muito importantes para os imprevistos das jornadas! —

Bom, se o rapaz iria comprar alguma coisa ou não, só vou saber no próximo post. Mas de qualquer maneira ele iria receber de volta a Pokébola e um Ace novinho em folha! – E a Meowth também! – Hora de partir mas… Para onde poderia ir agora?

Felizmente a narradora aqui já tem um dos rumos perfeitos para um cadete. Do lado de fora, Ken avistava do outro lado da rua… Quem diria! A mesma viatura de antes com o Policial encostado nela, braços cruzados e óculos escuros. Do seu lado, na mesma pose, também de óculos escuros e quepe de Policial. Roger, o Incineroar!

— Ei! Moleque vem cá! — Ele chamava Ken com uma voz meio ríspida. — Entrei em contato com a central. Tem um monte desses furtos acontecendo do mesmo jeito. Eles pegam e correm para algum beco ou cantão. Sobrou para mim já que não tem mais ninguém sobrando… Vou te levar no endereço para ver se você reconhece o vagabundo morou? — Ele parecia frustrado mas com uma estranha disposição de ir resolver o tal problema. Talvez ele fosse mesmo um policial, né? Enfim… Agora com a carona oferecida. Será que Ken iria seguir a pista trajadão de viatura? Tentar conhecer melhor o único policial que ele conseguiu encontrar nesse tempo todo? Ou só virar as costas para tentar mais alguma coisa dessa jornada?

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Compras feitas, era hora de Ken sair do Poké Center e apresentar o novo recruta! Meowth recebia o apelido de Fortune e parecia um pouco hesitante, porém fazia um sinal afirmativo de haver entendido. Talvez Ken precisasse de algum esforço para conquistar de vez a gatinha, mas isso ele deveria pensar depois.

A razão disso é porque ele era chamado para uma missão. Estava desconfiado, claro! Aquele policial não passava confiança. No entanto, a ideia de recusá-la parecia bem pior. Antes ele perguntou à nova integrante do time se ela gostaria de ir. De primeira Fortune estava confusa, não sabia exatamente o que estava acontecendo, porém mais uma vez o sinal afirmativo. Era isso! Hora de procurar o responsável por aqueles roubos!

Com a afirmação de Ken, o policial entrava na viatura e Ken no banco do carona. No banco de trás os pokémon, o que era uma cena fofa pois tanto Ace quanto Fortune só conseguiam olhar estupefatos para Roger que tentava caber dentro do veículo.

— Pelo o que eu entendi, tem vários marginalzinhos fazendo pequenos furtos, aproveitando da greve e das manifestações. Bando de vagabundos! São valores pequenos, coisa simples. Mas pela quantidade e perfil… Parece até algum tipo de iniciação. Foi o que eles disseram… — Ele era direto ao ponto, sem apresentações, mas se Ken prestasse atenção poderia ver na plaqueta de identificação “Cariano, AB+” — Isso é besteira. São só essa geração de merda que só pensar em arrumar dinheiro pra comprar droga! Aposto meu salário nisso! —

A viagem foi um pouco irritante, com o tal Cariano resmungando todo o caminho e nem dando muita chance para Ken responder. Ele não precisa ser tão velho mas o discurso… Puro suco de Boomer. Enfim. A viatura seguia até a área comercial da cidade, parando na frente de uma loja que parecia meio escondida, pequena e meio suspeita. Todos saíram do veículo, do outro lado da rua. Se aquele era o endereço do papel eles tinham que ter um plano certo?

— Isso não está cheirando bem. Mas sem reforços esse vai  ser o jeito… Você entra na loja por enquanto e eu vou dar uma olhada ao redor. — Ele apontava para um beco do lado da loja. — Tente fazer as perguntas certas se achar que eles estiverem escondendo alguma coisa. —

Se Ken seguiria o plano a risca ou tentaria improvisar eu não sei, no entanto se ele entrasse na loja, veria que dentro do estabelecimento havia alguns itens de cultura pop, capinhas de PokéNav e Rotom Phone, action figures, tudo disposto de uma maneira preguiçosa. No balcão uma jovem adulta de cabelos castanhos mascando um chiclete despreocupadamente. Na mesa uma pasta com alguns CDS dispostos. A menina olhava para Ken com certa indiferença antes de proferir com o tom tedioso.

— Oláaarr… Posso ajudar? —

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Ken agora estava sozinho. O plano? Nenhum. Tinha tomado um “se vira” do oficial e só lhe restava improvisar.

Comandava antes para que Ace tentasse captar algum cheiro familiar, ou pelo menos algo diferente, para, enfim, adentrar a loja. Como todo bom recruta começou a observar cuidadosamente os arredores. Como dito antes a loja parecia normal, era estranho como todos os produtos pareciam colocados sem muito esmero, mas poderia ser justificado por ser uma loja pequena talvez? Sobre saídas, apenas a porta de entrada e uma saída atrás do balcão para os fundos. Não havia porta, apenas coberto por uma cortina. Tudo parecia muito simples, muito jogado, como se a loja fosse improvisada. Nos cantos da loja algumas caixas de papelão fechadas com sabe-se lá o quê. E, para terminar a descrição, havia o computador com o sistema de vendas da loja, mesmo que se Ken fizesse um esforço de esticar o pescoço, só conseguiria ver uma janela de paciência aberta.

Tentando puxar assunto sobre uma das action figure, Ken chegava mais perto para encarar a garota e tentar captar qualquer informação importante. Não havia muito a dizer sobre sua aparência ou expressões. Só uma atendente entediada à primeira vista. No entanto, o olhar incisivo do treinador parecia deixá-la desconfiada e na defensiva. Ops…

— Não sei quem é o fornecedor… O dono que vê essas coisas. Tá pensando em levar? — A garota dizia com um olhar mais sério e atento. — Mas aí… Nunca te vi por aqui. Como que você achou a loja? Eu sempre achei escondida e ainda mais com esse negócio de greve e tudo fechado. — Questionava.

Enquanto isso, Ace começava a farejar, passava pelo chão da loja até parar em algumas daquelas caixas e focar sua atenção nelas. Estranho não? — Ei! Pede pro seu Pokémon não fuçar aí! São… Mercadorias frágeis. — A última frase era dita com certa incerteza. Ao mesmo tempo, mais uma pessoa entrava na loja. Um homem mau encarado, sério, com segurando um pacote abria a porta sem cerimônia, mas quando via Ken seu semblante fechava-se ainda mais. Com certeza naquele momento o nosso treinador não era nem um pouco bem vindo.


— Eu vim para ver o dono… —

— Ok… Ugh. deixa só eu falar com o cliente aqui… E aí? Vai levar alguma coisa. Temos uns TMs para alugar também. Estão quase desgastados mas ajuda algum treinador né… — Agora a atendente estava impaciente e bem mais na defensiva. Se Ken não pensasse em algo para deixar aquele clima mais ameno talvez sua investigação estaria perdida antes mesmo de começar! O que ele poderia dizer — ou fazer — para ao mesmo tempo que se passasse como um cliente normal e inocente, não fosse enxotado da loja?

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