Viridian Forest: Trabalhando para a Srta. Yoko

- Ai Arceus, me de uma luz... Bubblebeam não está funcionando, Bubble é muito fraco e Water Sport só vai fazer a teia grudar mais ainda... Bariri, tente usar o Double Team, talvez a pressão dos clones arrebente a teia e você fique livre disso. Se der certo, use o Bubblebeam para amortizar a queda e não se machucar, depois role até os arbustos para se esconder. Se não der certo, tente acertar o Poliwag mais uma vez com o Bubblebeam.

Rayssa começava a se desesperar. Ela sabia que a vantagem era de Caterpie, mas ela não queria trocar de pokémon. Poliwag já tinha problemas de auto estima, ser trocado em uma batalha contra um caterpie poderia acabar com a pouca confiança dele.

- Isso foi inusitado...

Rayssa olhava confusa para o final da batalha. Poliwag comemorava, apesar de ainda ter vestígios de teia em sua pele e no cabelo de sua treinadora.

- Caterpie, você lutou muito bem, se eu tivesse uma pokébola sobrando, certamente te capturava. Mas essas duas estão reservadas para os rattatas da srta. Yoko.

Com calma a treinadora escondeu o inseto, entre uma árvore e um arbusto. Assim, se qualquer treinador ou pássaro passasse por ali, não o veria e ele teria tempo de se recuperar.

- Bariri, vamos andando. Temos muito trabalho ainda. Volte para sua pokébola querido.

Com Poliwag na pokébola, Rayssa voltou a correr, buscando o fim da floresta escura.

- Gabriel, você não sabe a falta que me faz nesse momento...

Rayssa parou por alguns segundos, pensando em seu Farfetch'd que estava com no laboratório com o professor.

- Você poderia voar acima da floresta e me guiar para fora dessa floresta.

Perdida em pensamentos a garota se aproximou de uma grande árvore, maior que todas as outras.

- Isso pode funcionar. Azazel! - A pokébola girou no ar, liberando o rato elétrico.

- Pi?

- Você pode escalar essa árvore e ver onde fica o fim dessa floresta?

- Pika! - O pokémon prontamente começou a escalar a grande árvore, a fim de tentar localizar o caminho e guiar sua treinadora direto para a rota 2.

- Deve ter sido efeito do sono. Credo, o que eu não daria por uma cama. Já estou até vendo coisas...

Sem perceber o perigo, a garota seguiu o caminho. Estava ansiosa por sair da floresta, capturar dois rattatas e correr para o centro pokémon. Ela sabia que teria mais uma noite ao relento, mas gostaria de acampar fora da floresta, que já estava causando-lhe a sensação de claustrofobia. A garota precisava olha o céu sem ser através da copa das árvores e necessitava ser capaz de ver mais do que somente alguns metros. O cabelo desalinhado, os olhos pesados, o sono estampado na face cansada... Rayssa estava digna de pena.

Rayssa estava assustada e com medo. Nada na sua curta vida até o momento se comparava aquela situação. Com o medo vencendo o sono, a garota pegou uma pokébola que, ainda em sua mão, se abriu, liberando Akihiro. O cão vermelho tinha uma das patas traseiras entre as pernas da garota e a outra entre a perna e o braço. Próximo o suficiente para sentir as sensações que dominavam sua treinadora, despertando em si seu instinto protetor. Flexionando as patas da frente, o cão rosnava feroz para o estranho, sem permitir que este se aproximasse mais da garota.

- Akihiro, tome cuidado.

- Grow!

A garota não ordenou nenhum movimento, mas se aquele ser ousasse se aproximar um único passo, Akihiro usaria ember, quer Rayssa quisesse ou não.