Pretty little thing, don't get upset

Uma estaca enorme de gelo cai perto de Seth. Meu coração dispara. Algo acontecer com ele seria como arrancar de mim minha força vital. Corro na direção dele, o abraçando bem forte.

— Você está bem???? Se machucou? NÃO ME DÊ OUTRO SUSTO DESSES OU EU TE MATO!

Seth comanda que Snorunt e Cubchoo utilizem Powder Snow no teto para congelar ainda mais aqueles estalactites. Saco as pokébolas de Psyduck e Shellder e os lanço ao meu lado. Eles poderiam também ajudar na nossa procura.

— Atenção, pessoal, ajudem-nos a vasculhar esse local! Mas tenham cautela e se mantenham próximos a mim e a Seth. Se acharem qualquer coisa nos avisem que nós veremos.

Depois de ver a estaca de gelo quase ter caído sobre seu cônjuge, Phillip ficou muito preocupado com seu bem-estar físico o ameaçando de morte caso aquilo ocorresse de novo, o que não fazia muito sentido, mas era possível compreender o que ele queria dizer com isso, depois ele liberou seus Pokémon para também ajudarem na busca por algo, enquanto os Pokémon's de Seth usando o golpe Powder Snow para deixar o teto bem congelado.

Após passar mais um tempo de busca o Psyduck começou a apontar para o chão ao seu lado e quando os treinadores se aproximaram perceberam que haviam algumas pegadas por ali na neve, mas elas estavam um pouco apagadas, mas definitivamente não era de Seth, Phillip ou de seus Pokémon, mas não era possível ver se era de uma pessoa ou Pokémon, elas levavam até uma parede de gelo, com alguns cristais de gelo na parte de baixo, mas não haviam rastros para onde que havia ido a coisa que havia feito as pegadas.

Nossos pokémon procuram de um lado e eu e Seth procuramos pelo outro. Não demora muito para Psyduck nos chamar, apontando para os seus pés. Ali, ao seu lado, haviam algumas pegadas razoavelmente borradas, não podendo assim verificarmos se eram de pokémon ou de humano. Elas davam direto para uma parede, sem entrada alguma.

Bem estranha aquela situação. Para onde será que essa "coisa" foi? A parte mais baixa da parede é formada por cristais de gelo, então acho que podemos tentar quebrar essa parte e atravessarmos. Não custa nada tentar.

— Shellder, venha para meu lado. Psyduck, vê aqueles cristais ali embaixo na parede? Pois bem, avance com Headbutt para destruí-los!

Meu pokémon pato não conseguiria sozinho destruir aquilo ali, então peço para Seth uma mãozinha.

— Seth, peça para algum de seus pokémon ajudar Psyduck a destruir essa parcela da parede! — Digo olhando para ele. — Vamos torcer para que não sejam pegadas de Enfermeiras Joy! Pavor daquela mulher.

Reparei nos cristais de gelo, também. Me pareciam bem destrutivos, afinal, não deviam pertencer àquele lugar, com certeza deveriam ter sido obra de algum pokémon de gelo tentando fugir ou se esconder. De pokémon de gelo eu entendia.

— Snorunt, use seu Headbutt junto com o psyduck. Cubchoo, fique aqui por enquanto. — Eu disse para meu ursinho, que ficou cabisbaixo. — Cruz credo! Ouvi dizer que aquela mulher é uma beata fervorosa... Que Articuno tome conta do nosso caminho e afaste essa tingida com papel crepom rosa...

O Psyduck e o Snorunt usaram o golpe Headbutt, acertando fortemente os cristais de gelo com suas cabeças, enquanto os treinador pensavam quão horrível seria eles encontrarem uma enfermeira Joy por ali, apesar de que a maioria dos treinadores gostariam de ter seus Pokémon's curados por ela no meio da caverna, Seth e Phillip tinham uma antipatia em comum por ela, dentre de pouco tempo os golpes dos Pokémon's fizeram o gelo se despedaçar, revelando uma pequena passagem pela qual os Pokémon passariam facilmente, apesar de que os treinadores teriam que se agachar para passar.

Seria um pouco desconfortável, mas seria possível passar, então os treinadores poderiam preferir voltar, mas caso quisessem seguir em frente o túnel parecia ter alguns metros de distância até desembocar em outra sala maior, pelos cálculos dos treinadores seria aproximadamente uns 25 metros.

Caso sigam descrevam a travessia do túnel.

O gelo se quebrou quando as cabeças dos nossos pokémon se chocaram nele, revelando o que a gente tinha em mente, um túnel. Mas era pequeno, verifiquei e eu conseguia entrar por ali. Phil sempre me zoava por ser baixinho, então não seria problema algum para mim, já pra ele...

— Ai, ai, como é bom ser miniatura agora, ein? — Ri de Phil e me agachei para começar o caminho pelo túnel.

Primeiro snorunt foi na frente, ela andava de um lado para o outro sem problemas, depois eu vim agachado, me arrastando naquele corredor frio. Atrás de mim vinha cubchoo, não queria deixá-lo na frente por ainda ser um bebê, poderia ser perigoso para ele. O corredor só estreitava cada vez mais, a sensação de claustrofobia só aumentava, parecia que eu poderia ficar preso naquilo a qualquer momento, além do medo do túnel desmoronar nas nossas cabeças me fazia tremer, não de frio, mas de horror.

— Silêncio, por favor! — Sussurrei para todos, enquanto continuava meu caminho até a saída, imaginando o que nos aguardaria.

O que tínhamos em mente foi possível graças aos nossos pokémon. Psyduck e Snorunt realizaram um bom trabalho. Agora uma pequena passagem surge na parte inferior da parede e teríamos que atravessá-la. Aponto as pokébolas de Shellder e Psyduck para os mesmos, retornado-os. Essa travessia teria que ser feita por mim sem a ajuda deles.

— Anda logo, projeto de Joltik! Não se vanglorie pela sua baixa estatura!

Sempre impliquei de brincadeira com a estatura de Seth e agora não seria diferente. Ele se agacha para adentrar o pequeno túnel e eu faço o mesmo logo em seguida. Presumi que teríamos que andar naquela posição por vários metros, pois o túnel parecia ser bastante longo. Teríamos também que ir depressa, aquilo definitivamente não era seguro.

— Será que o dono das pegadas que encontramos estará no fim desse túnel? Se for uma Joy eu juro pra você que arranco aquele sorriso falso dela com meus punhos!

Seth foi a frente e depois Phillip, que continuou a zoar o pequeno homem, também seguiu o mesmo caminho, mas foi realmente bem difícil para ele passar, ao contrário de Seth que atravessou sem maiores dificuldades por causa de sua baixa estatura, depois de todos terem saído do túnel, chegaram a uma sala bem parecida com a outra, com neve no chão e paredes e teto de gelo, com várias colunas, algumas bem finas outras bem grossas e o rastro de pegadas continuou, indo até um pouco mais a frente,e terminavam atrás de uma coluna de gelo mais grossa, mas eles ainda não sabiam o que estava por trás da formação das pegadas, então teriam que escolher uma boa maneira para verem o que estava por trás do gelo.

A travessia foi difícil, minha estatura não ajudou muito. Tá, não sou um poste, tenho estatura mediana, mas perto de Seth sou um gigante. Sorrio para ele, ele sabe que estou o zoando na minha mente.

Chegamos a uma sala semelhante à anterior, mas agora haviam várias colunas de gelo e uma bem larga que se destacava. As pegadas que seguíamos davam para o lado oculto daquela coluna. Não faço ideia do que provocou essas pegadas, mas minha curiosidade não me permite ter outra opção a não ser verificar a fundo o que estava ali.

— Seth, vá pelo lado direito da coluna.

Peço para que Seth avance pelo lado oposto ao que eu vou. Indo pela esquerda e Seth indo pela direita, encurralaríamos o que quer que estivesse ali. Enquanto caminho não tiro a mão esquerda do meu bolso, aonde estão as pokébolas de meus pokémon. Diante de qualquer perigo eminente não hesitarei em lançá-los para batalha.

Ao atravessar o túnel, recolhi meus pokémon e observei as pegadas e o local. Não era diferente da outra sala, me perguntava se ela a sala da direita que a gente não tinha pego... Talvez fosse, de toda forma, as pegadas iam em direção de um coluna mais grossa. Caminhei com Phil até ouvi-lo sobre seu plano.

Concordei com a cabeça e fui para o lado direito, esperando encurralar quem quer que fosse. Minha ansiedade era grande, será que era um pokémon raro? Ou era uma pessoa? Fiquei com medo, poderia ser um fantasma da neve, ou uma pessoa morta! Sério, poderia ser! Uma pessoa que e feriu e acabou por morrer congelado!