Ele encarou aquilo por um bom tempo, sem conseguir acreditar. Uma criança e seu pokémon poderiam morrer... E a culpa era sua. Enquanto as lágrimas escorriam, o moreno acabou por decidir fazer alguma coisa, afinal, não poderia simplesmente abandoná-los ali.
Retirando sua jaqueta, a enrolou e colocou por baixo da camisa, correndo para dentro do local. Imediatamente, algumas chamas tomaram conta de suas roupas, mas ele ignorou tal fato, envolvendo o corpo da pequena com aquele tecido e correndo para fora, a pousando no chão. Apenas retornou para salvar o pequeno inseto preso ali, também sacando seu aparelho avermelhado para recolher as informações do dócil e indefeso animal.
Venonat
Kongpang Seus olhos grandes podem atuar como radares. Eles são compostos por diversos outros olhos menores. São ótimos para enxergar no escuro ou ver coisas minúsculas.
Observando-os, murmurou algo quase inaudível. Sua saúde estava bem prejudicada pelas queimaduras. De todo modo, ali ainda estariam em perigo.
Tomando a garota nos braços, saiu correndo, sendo seguido de perto por Venonat, que o olhava confuso. Depois de um bom tempo, quando o fogo havia sumido, o jovem a pousou no chão. Tentou falar algo, porém, seu olhar ficou turvo e o mundo negro, antes de seu corpo cair contra a terra, inconsciente.
~x~
Após um longo tempo na mais pura escuridão, uma batida frequente começava a tomar conta do silêncio que o envolvia. Logo a seguir, um banho de água.
Gustavo deu um salto, meio atordoado, acabando por cair no chão novamente. Ele sentia seu corpo úmido, começando a relaxar pela sensação deliciosa que a água fria o proporcionava. Porém, apenas uma coisa quebrara a paz; acabava de receber outra pancada na cabeça. Olhando meio chateado, o pequeno Venonat que antes o seguia se assustou, correndo para fora da água, derrubando um pequeno objeto colorido em seu colo e indo para perto da sua treinadora, ainda desacordada. O pequeno inseto encolheu-se, olhando curioso para o jovem.
Gustavo fitou aquele objeto em seu colo. Bem, o animal não iria usá-lo, não é verdade? Sem pensar muito, guardou o item em sua mochila que, é justo frisar, estava terrivelmente acabada.
Sem coragem para levantar-se de início, ele ficou ali, aproveitando o frescor do líquido natural em sua pele ferida e cheia de bolhas.
E agora, o quê ele faria?
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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?