[Diário de Akishisa Renan #3 - Rota 30] A segunda vez

Off: Sim, eu não pretendo voltar para Cherrygrove agora. E eu não sabia se eu podia "controlar", dizendo que eu recebi uma mensagem na pokégear ou coisa parecida ^^Aliás, acho que nem vai dar tempo de eu participar deste evento, pois possivelmente quando chegar em Violet, já vai ter acabado.
Off²: Os sorteios que vocês fazem só tem a possibilidade achar pokémon? Sem chance de aparecer treinadores? Pois até agora meu personagem não interagiu com ninguém :/

Eu continuava a caminhada sentido Rota 31, tentando não me preocupar com o anoitecer que se aproximava. Mas ao mesmo tempo me preocupando em quanto mais eu ainda necessitava percorrer até chegar na próxima rota, pois parecia que não importava o quando andava, eu não podia nem ao menos ver a mudança de ambientes.

O caminho de terra que eu seguia era simples e apenas me levava em linha reta, mas conforme eu ia passando por ele, eu conseguia ver algumas partes do chão, onde pareciam ser feitas artificialmente, ou melhor, pareciam buracos que haviam sido cavados e cobertos para serem um tipo de armadilhas para pokémons. Em primeiro momento, eu fiquei absolutamente abismado e chocado com o ponto em que algumas pessoas iriam para "caçar" estas magníficas criaturas que não nos fazia nada, a não ser, ser nossos amigos e companheiros. Afinal, o que elas ganhariam com isso? Eu não conseguia pensar nessa resposta. Talvez por eu ser ingênuo demais ou talvez por eu nunca ter tido um pensamento tão maligno como esse...

De qualquer forma, aqueles buracos pareciam que já não estavam mais "funcionando" e que já tinham perdido a capacidade de captura com o tempo, e que já fora enchido novamente com terra e areia levadas pelo vento. Assim tentei deixar para trás tais pensamentos horríveis e continuar a andar.

Então, barulhos de zumbidos, ou melhor, batida de asas muito rápidas chamou minha atenção me levando a olhar para o alto. Um enxame, se é assim que pode-se dizer, de criaturas vermelhas com pontos pretos pelo corpo começou a passar a minha frente. Possivelmente, carregados por uma corrente de ar, eles pareciam estar migrando devido a época em que nós nos encontrávamos. Até que uma das criaturas se separara do grupo e pousara a minha frente, sorrindo e fazendo movimentos um tanto quanto estranhos. Movido pela curiosidade, eu o encarei com uma expressão confusa, como se estivesse perguntando o que ele queria com aquilo, enquanto pegava minha pokédex e apontava para o mesmo.

Renan havia estranhado aquele Pokémon ter se desprendido do grupo para dançar a sua frente. Eles apenas via um Pokémon inseto fazendo movimentos estranhos a sua frente. Ele pegou a pokédex e dela tirou algumas informações. Naquela mesma voz de sempre o aparelho eletrônico disse:

Ledyba
Rediba

É tão tímido que fica incapaz de se mover quando não está junto ao seu enxame. Nos tempos frios, Ledybas de vários lugares de reúnem para manterem-se aquecidos. Quando ele começa a dançar, significa que gostou do Pokémon ou da Pessoa

Ledyba, um Pokémon nativo de Johto estava se divertindo com o grupo e queria que o treinador participasse. Ele rodeou o menino duas vezes e começou a empurra-lo pelas costas. O que ele faria? Brincaria com os Ledybas ou iria embora para a rota 31?

Off: talvez não, porque a rota 31 é rápida.
Off²: Quando um Poké é sorteado, aparece um Pokémon ou um NPC. Tenha calma que mais cedo ou mais tarde aparecerá um treinador. No meu só apareceu no final da 30, tem gente que no início da 29.

Renan estava tentando esquecer o tempo, era difícil, mas estava tentando. Aos poucos, foi se aproximando do grupo com Ledyba o guiando. Quando o inseto voltou a dançar, o treinador não conseguia seguir os passos da criatura. Seu corpo não queria o ajudar, então sentou ali por perto e sorria as vezes com os gestos daqueles Pokémon. Era uma bela visão. Os Pokémon inseto, principalmente Ledybas não eram de se exibir para qualquer um, Renan era um menino de sorte. Estava tendo um momento tranquilo até então.

A dança do acasalamento dos Ledybas, levou aproximadamente 40 minutos, o que poderia ter sido um problema pro treinador que queria chegar antes do anoitecer a rota trinta e um. Os Ledybas iam se despedindo, voando para a rota que Renan desejava estar, menos o inseto que arrastou o treinador para o meio deles. Antes de alguma coisa acontecer, uma voz feminina ecoou pela estrada inteira.

— NÃO! VOLTEM AQUI LEDYBAAAA!

Ao sul era possível identificar uma menina correndo até eles de camisa cor tijolo e um cap verde. A menina estava acompanhada de um Pokémon azulzinho com trombas e portava consigo um balde que parecia conter ferramentas.




Em segundos ela estava perto de Renan, exausta pela corrida. A menina abaixou se apoiando nos joelhos e recuperando o folego. Quando ela o fez, se ergueu e olhou para o menino e a Ledyba que olhava assustada para ela.

— ESSA LEDYBA É SELVAGEM? - gritou a menina e persebendo que estava assustando o Pokémon, se recompôs e tentou falar como uma pessoa normal - Desculpe, sou Rochelle e estou louca atrás de uma dessas criaturinhas fofas, mas elas parecem fugir de mim! Porque será?

Ledyba se escondia atrás da cabeça de Renan e dizia algumas coisas assustada com Rochelle. Quando a menina tentou pular em cima de Renan para pegar a Ledyba, o Pokémon saiu voando na direção do grupo. A menina frustrada se ajoelhou e ficou se lamentando sendo consolada por sua Pokémon azul.

Print: https://2img.net/r/ihimizer/img571/195/9ydd.jpg

O jovem se sentia a vontade cada vez que se entrosava com a menina que disse ser uma Criadora Engineer, mas Renan não sabia ao certo o que se fazia nesta profissão e decidiu perguntar. Rochelle era bem extrovertida e não era de esconder suas emoções e expressava bem elas em seu rosto. Quando Renan terminou de falar, ela continuou a responder sua pergunta.

— Bom, eu crio coisas relacionadas as Pokémon ou aos Humanos. Itens como Pokébolas especiais são feitas com frutos bem duros encontrados por toda a região. São os Engineer quem as faz para Treinadores e Coordenadores, como você, poder utiliza-las em sua jornada! - ela fez uma pausa pondo o dedo indicador na boca - Será que expliquei bem?

Depois disso, entregou um sorriso e viu que o menino tinha gostado de seu forte Pokémon terrestre. Phanpy não era apenas um amiguinho de jornada da menina, mas seu inicial e fiel parceiro. Ele ajudava com sua tromba a pegar os itens que Rochelle precisava para construir coisas.

— Então vamos lá! Mas te digo uma coisa, meu Phanpy é bem forte! Será uma batalha um a um, quem for derrotado primeiro perde.

Renan lançou uma de suas esferas e num feixe de luz prata, seu Sentret apareceu, alegre, e pronto para a batalha. A criadora observou a conversa do menino para com o seu Pokémon enquanto se preparava pondo seu balde de ferramentas no chão e acariciando seu belo Phanpy.

— Então é a sua primeira batalha?! Faço questão que comece! Phanpy, prepare-se!

O terrestre escutou bem o que sua dona disse e foi para o centro do campo de batalha e aguardou, eufórico, o início do combate.

Hora da Batalha
Campo: Terra seca com pouco gramado.

	Vs.
Sentret ♀ Trait: Run Away Lv. 06 100% Status: Normal		Phanpy ♂ Trait: Pickup Lv. 10 100% Status: Normal

Off: Ficarei AUS durante alguns poucos dias...