- Muito bem. Hora de descer...
Com minha vara de pescar servindo de suporte e me auxiliando a verificar por onde caminho, começo a longa descida, me preparando psicologicamente para o que encontraria. Talvez fosse somente o chão, talvez fosse uma descida eterna... Talvez tivesse um lindo campo florido com butterfrees lá embaixo... Pouco provável esse último... Talvez encontrasse a origem da voz carregada pelo vento... Isso seria interessante de se encontrar, pois significaria que não estou louca...
- Gabriel, pare de mexer em minha mochila e vamos descer.
Farfetch'd me olha como uma criança pega na hora da arte, o que não é difícil já que ele vive com o bico enfiado nas mochilas alheias. Mas ele tem bom coração. Sei disso. Só é um pouco curioso demais. Depois da pseudo-bronca, ele começa a voar ao me redor, tentando afastar a neblina de meus pés. O que vale é a intenção imagino... É muita neblina e ele não obtém muito sucesso.
Respirando fundo, desço degrau por degrau. Algumas pedras se soltam e as ouço rolar desfiladeiro abaixo. Sempre que isso acontece, um arrepio sobe pela minha espinha. Vou ser sincera: estou apavorada. Que lugarzinho estranho. Se eu tivesse pulado, o que teria acontecido? É muito fundo para ter dado tudo certo...
Mais uma pedra... Rolando... Batendo... E atingindo o fundo... Parece nunca ter fim...
Minhas pernas começam a cansar, mas não tenho onde parar no momento, só me restar continuar descendo. Outra pedra cai algum tempo depois e parece demorar menos tempo para atingir o fundo. Isso me anima. A neblina parece ficar ainda mais densa. Isso é muito desestimulante. Olho para trás, mas a subida é tão ingrime e arriscada que poderia ser considerado um suicídio tentar escalar aquela parede. Também pode-se considerar um suicídio descer por esse caminho instável... Bem, alguém que foge de casa aos 10 anos não pode ser considerada 100% bem da cabeça, não é?
Não resisto e rio com o último pensamento, quase me desequilibrando e caindo. Gabriel me encara como se eu fosse louca e talvez eu seja mesmo... Mais uma pedra rola, o fundo já é visível. Fico feliz com isso e desço os últimos degraus com certa pressa e descuido. Milagrosamente não caí. Arceus deve gostar de mim.
O fundo não tem butterfrees mesmo... O que é uma pena. Mas até que é bonito. Pedras azuladas brilham por todos os lados, permitindo se enxergar melhor. A névoa ainda predomina sobre o chão, mas graças a luz, vejo meus pés como se estivessem sob um lençol branco azulado meio transparente. Boa descrição? O brilho das pedras também reflete na água de alguns lagos. Realmente um lindo lugar, de uma maneira surreal e assustadora ao mesmo tempo.
Siga...
A mesma voz com mais uma ordem. Ainda não consigo distinguir sua origem. Gabriel está voando a meu lado. Troco um olhar com ele e nesse olhar conversamos longamente. De repente, tomo uma atitude que deve ter chocado o dono da voz: Me sento no chão com as pernas e os braços cruzados.
- Cansei de caminhar! Se quer me conhecer, venha até mim!
Gabriel senta do meu lado com asas e patas cruzadas também, se fazendo de durão. Vejo nosso reflexo no lago mais próximo e me mantenho atenta a qualquer movimento. Ficar sentada no meio de um lugar estranho esperando um ser misterioso pode ser um bom indício de insanidade temporária. Espero que temporária...
Com minha vara de pescar servindo de suporte e me auxiliando a verificar por onde caminho, começo a longa descida, me preparando psicologicamente para o que encontraria. Talvez fosse somente o chão, talvez fosse uma descida eterna... Talvez tivesse um lindo campo florido com butterfrees lá embaixo... Pouco provável esse último... Talvez encontrasse a origem da voz carregada pelo vento... Isso seria interessante de se encontrar, pois significaria que não estou louca...
- Gabriel, pare de mexer em minha mochila e vamos descer.
Farfetch'd me olha como uma criança pega na hora da arte, o que não é difícil já que ele vive com o bico enfiado nas mochilas alheias. Mas ele tem bom coração. Sei disso. Só é um pouco curioso demais. Depois da pseudo-bronca, ele começa a voar ao me redor, tentando afastar a neblina de meus pés. O que vale é a intenção imagino... É muita neblina e ele não obtém muito sucesso.
Respirando fundo, desço degrau por degrau. Algumas pedras se soltam e as ouço rolar desfiladeiro abaixo. Sempre que isso acontece, um arrepio sobe pela minha espinha. Vou ser sincera: estou apavorada. Que lugarzinho estranho. Se eu tivesse pulado, o que teria acontecido? É muito fundo para ter dado tudo certo...
Mais uma pedra... Rolando... Batendo... E atingindo o fundo... Parece nunca ter fim...
Minhas pernas começam a cansar, mas não tenho onde parar no momento, só me restar continuar descendo. Outra pedra cai algum tempo depois e parece demorar menos tempo para atingir o fundo. Isso me anima. A neblina parece ficar ainda mais densa. Isso é muito desestimulante. Olho para trás, mas a subida é tão ingrime e arriscada que poderia ser considerado um suicídio tentar escalar aquela parede. Também pode-se considerar um suicídio descer por esse caminho instável... Bem, alguém que foge de casa aos 10 anos não pode ser considerada 100% bem da cabeça, não é?
Não resisto e rio com o último pensamento, quase me desequilibrando e caindo. Gabriel me encara como se eu fosse louca e talvez eu seja mesmo... Mais uma pedra rola, o fundo já é visível. Fico feliz com isso e desço os últimos degraus com certa pressa e descuido. Milagrosamente não caí. Arceus deve gostar de mim.
O fundo não tem butterfrees mesmo... O que é uma pena. Mas até que é bonito. Pedras azuladas brilham por todos os lados, permitindo se enxergar melhor. A névoa ainda predomina sobre o chão, mas graças a luz, vejo meus pés como se estivessem sob um lençol branco azulado meio transparente. Boa descrição? O brilho das pedras também reflete na água de alguns lagos. Realmente um lindo lugar, de uma maneira surreal e assustadora ao mesmo tempo.
Siga...
A mesma voz com mais uma ordem. Ainda não consigo distinguir sua origem. Gabriel está voando a meu lado. Troco um olhar com ele e nesse olhar conversamos longamente. De repente, tomo uma atitude que deve ter chocado o dono da voz: Me sento no chão com as pernas e os braços cruzados.
- Cansei de caminhar! Se quer me conhecer, venha até mim!
Gabriel senta do meu lado com asas e patas cruzadas também, se fazendo de durão. Vejo nosso reflexo no lago mais próximo e me mantenho atenta a qualquer movimento. Ficar sentada no meio de um lugar estranho esperando um ser misterioso pode ser um bom indício de insanidade temporária. Espero que temporária...
off¹: para ser sincera, não provei não... mas não apetece XD
off²:minha box desmotiva, eu sei XD
off³: viva as férias \o/ agora poderei narrar ºwº semestre encerrado com louvor \o/
off£: Ray louca )o)