Talvez, apenas talvez, o homem estava certo. Talvez eu seja realmente apenas uma pequena e burra pessoa, que não tem nenhuma função no mundo, então como um passatempo, eu escrevo. Escrevo temas, totalmente fúteis, em um sonho fútil, em uma vida fútil, em um universo fútil. Conto de fadas, realmente não existem, e a pequena cota de não-inocentes, seja muito maior, do que uma pobre inocente como eu pensava.
Nossas vidas são totalmente baseadas em batalhas, você sendo um treinador, coordenador ou uma jornalista, e mesmo com todas essas batalhas, tem alguns momentos em sua vida, que a maior batalha que você pode ter é com sigo mesma. Certamente eu não tenho, nenhuma experiencia de vida útil para esse momento, vivendo um clichê de garota do interior que foi para a cidade grande, o único jeito de absorver o melhor do momento, e deixar o momento entrar assim como a chuva.
Estava caída ao chão, meu olhar estava torto, conseguindo ver apenas Charlotte, ao chão, tentando se recuperar da batalha e foi nesse momento, em que eu percebi que mesmo tendo uma batalha extremamente complicada com dominador, para só tentar parar um homem, que certamente já teria feito seu trabalho, era fútil, inútil, e mesmo que eu conseguisse parar o dominador, as chances da garota ficar bem eram pequenas, e se eu tivesse simplesmente fugido da primeira vez, ou tivesse desconfiado um pouquinho de nada no começo não estaria aqui.
Estava me levantando, mas a dor que sentia em minhas costas eram intensas, era como se um bando de crianças tivesse pulado em minhas costas como se fossem um pula-pula, minhas mãos e braços estavam ralados e sangrando principalmente minha mão esquerda, que uma parte dela estava quase na carne, estava realmente ardendo e a terra que cobria ela não ajudava muito.
Corria em direção a Charlotte, a mesma estava um pouco melhor, queria poupá-la da batalha, mas mesmo fugindo, Gardevoir, iria dar algum jeito de fazer eu voltar, então mesmo com a perda da batalha sendo eminente, o único jeito de fazer com que a mesma acabasse eram acabando ela.
Enquanto pegava Charlotte no colo, olhava para o lado e ao prestar um pouco mais de atenção o barulho de carne sendo cortada chamava minha atenção. O barulho alto e o cheiro de sangue estavam me dando náusea, sendo uma pessoa curiosa, simplesmente andei até lá, e ao ouvir o velho chorando e pedindo desculpa, meu medo ficava maior, e maior ainda pelo fato de eu não estar vendo Gardevoir. Tinha a sensação de estar sendo observada, e quando um leve barulho veio a tona, virei meus pescoço tão rápido que ele até se estralou.
Era alguma coisa, não sabia oque, a semi-escuridão era forte e a densa neblina era maior ainda. Mas nada dessas coisas se comparavam ao meu medo. E já que não consegui salvar a garota, talvez essa tal criatura poderia ser salva. Corria em direção a mesma, e sem medo me aproximava dela.