Pokémon Mythology RPG
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Explorando a misteriosa Mansão 2 - Caçando Rockets e pokemon psíquicos

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Artie
Yui
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off :



Aquele portal que havia surgido e levado Yui consigo exalava uma estranha energia. Ao perceber isso, a Ranger ficou preocupada com a garota por alguns instantes, mas logo esqueceu de tudo. O portal emitia uma força sobrenatural e puxava tudo ao ser redor para dentro de si. Sophia ainda tentou se salvar se segurando na maçaneta da porta que pretendia abrir logo em seguida, mas força do vortex foi maior e logo a garota foi sugada. A última coisa que a jovem viu foi o quadro de seu falecido amigo Dewey ficando cada vez mais distante, indicando que ela definitivamente não estava mais na mansão.

Sophia havia perdido a noção do tempo. Sem saber se haviam passados segundos, minutos ou talvez até dias, se perdida no meio de uma grande escuridão e se perguntava aonde iria parar. De repente, caiu no chão e sentiu um impacto forte. Todo o peso de seu corpo havia sido transferido para seu ombro direito e isso lhe causara um desconforto enorme. Ao verificar seu ombro, percebeu que o mesmo não estava quebrado, mas havia o deslocado. Com muita dor, a jovem conseguiu colocar o mesmo no lugar, mas acabou deixando um grito de dor escapar.

Agora que havia tomado conta de seu ombro, parou para prestar atenção aonde havia parado. Ao cair do portal, Sophia acabou parando em um local que lembrava muito um cenário de filme de terror. O céu era negro e sem estrelas, o que destacava a presença de uma lua cheia. Em sua volta, um chão de terra batida e várias árvores secas davam um clima macabro ao local, sendo complementado por duas lápides vistas ao fundo.

Calafrios tomavam o corpo da garota e a mesma energia que ela havia sentido vindo do portal anteriormente era exalada por tudo à sua volta. Definitivamente ela precisava encontrar uma saída dali o quanto antes. O único caminho mais óbvio diante da patrulheira era uma trilha que a levaria até as duas lápides que vira anteriormente. Seria a melhor escolha a ser tomada ou deveria procurar outro caminho?

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off: sem problemas =3
off²: ombro deslocado )o) quando comecei a ler pensei que você ia quebrar uma perna dela ou algo assim XD


Assim que perdi o retrato de vista também perdi completamente a noção do tempo e de onde eu estava. Tudo ao meu redor era apenas uma massa escura, em luz, sem cor, sem sons, sem absolutamente nada. Nem tinha certeza se continuava caindo ou se estava flutuando naquele vazio sem fim. A única certeza que eu tinha era a pequena esfera vermelha e branca que estava na minha mão e era nisso que me concentrava e segurava com firmeza enquanto ficava naquele lugar.

Ainda segurando a pokeball de Phiro e sem saber a quanto tempo estava naquele vazio, algo finalmente aconteceu, mas eu não diria que foi algo bom. Mesmo pensando que qualquer coisa poderia ser melhor que ficar no que parecia ser um vazio sem fim, mas cair no chão duro nunca seria algo agradável. Cai no chão bem em cima do meu ombro direito, o que me fez gritar de dor e sem perceber, soltar a pokeball de Phiro.

A pequena esfera bicolor parou bem perto de onde eu estava e enquanto gritava de dor colocando meu ombro ferido de volta em seu lugar da melhor forma que pude, a pokeball se abriu sozinha, liberando um raio de luz escarlate que logo se transformou no meu corajoso Charmander. Assim que olhou a sua volta Phiro ficou confuso, mas ao me ver no chão quase chorando de dor ele logo pegou sua pokeball e correu até onde eu estava, muito preocupado.

- Esta tudo bem.... - Falei fazendo um pequena pausa para tentar disfarçar melhor a dor que estava sentindo. - Só machuquei um pouco o ombro. - Concluí me levantando sem dar muita atenção para o meu ombro, mas também sem conseguir conter alguns de dor.

Me ver de pé pareceu acalmar um pouco Phiro, mas ainda sim ele estava muito preocupado e enquanto eu olhava melhor onde estávamos, ele não parou de me vigiar. Olhando em volta tudo me lembrava um filme de terror horrivelmente assustador que eu tive a infeliz ideia de assistir. As árvores mortas e ressecadas, o chão de terra sem nenhuma planta viva crescendo, a lua cheia e ainda por cima aquelas duas lápides. Que lugar horrível era aquele?

Além de nos, não conseguia ver nenhum sinal de vida. Olhei para Phiro e por mais que ele tentasse esconder eu podia ver que ele estava com tanto medo e com o mesmo mal pressentimento que eu estava sentindo. Seja lá que lugar era aquele não poderia ser bom e eu já queria sair sem precisar ver mais nada, mas como não conseguia ver o portal por onde havíamos entrado decidi ir até as lápides.

- Fique atento Phiro. - Falei enquanto começava a andar pelo caminho que levava até as lápides. Meu pokemon de fogo andava bem próximo e sempre se virava para ver como eu estava, mas como ele sentia tanto quanto eu que aquele lugar era perigoso, ele ficava mais tempo olhando o que acontecia em volta do que olhando para mim. Meu ombro ainda estava dolorido e percebi que não poderia contar com ele para fazer muita coisa, mas não deixei que isso me abalasse mais do que o fato de estarmos completamente perdidos em um lugar muito assustador e continuei andando.

Tinha esperanças de que as lápides tivessem algo escrito. algo que pudesse me ajudar a descobrir onde e talvez até mesmo "quando" estávamos, por que sinceramente podiam ter passado minutos ou até semanas desde que eu entrei naquele portal. Se aquelas lápides não ajudassem eu não saberia mais o que fazer e estaria oficialmente cem por cento perdida.

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off :




Ao levar o tombo e machucar o ombro, a patrulheira deixou que a pokébola de seu parceiro Phiro caísse no chão e liberasse o pequeno Charmander. Talvez fosse a sorte agindo a favor da garota, pois aquele local não era o melhor para se andar desacompanhado.

O réptil alaranjado ficou preocupado com a situação de sua dona, principalmente porque ela não conseguia disfaçar em seu rosto a expressão de dor. Apesar de ter colocado o ombro de volta no lugar, a sensação de desconforto era intensa e os movimentos do braço direito ficaram limitados.

Como não havia indício de vida naquele local e não faziam idéia daonde estavam, a dupla decidiu circular pelo local em busca de alguma pista que indicassem onde e até quando estavam, já que Sophia não sabia por quanto tempo havia ficado desacordada ao ser transportada.

Inicialmente passaram por várias lápides e tumulos que estavam em branco, porém o musgo e as rachaduras contidas nas rochas denunciavam que não eram recentes. Após um pouco mais de procura, acabou encontrando lápides que eram mais recentes, algumas inclusive com nomes e datas. Eram nomes comuns, porém nenhum familiar para a garota. As datas de nascimento e falecimento também não permitiam que a garota tivesse noção da data exata, já que os anos variavam desde 1800 até 1980.

De repente, Phiro encontrou uma lápide que o deixou chocado. A Ranger, sem entender, decidiu se aproximar para verificar o que tanto chocava o seu parceiro. Aquela lápide era a mais recente de todas. Nela, constava uma foto de uma pessoa familiar e datava o falecimento recente, ainda no mês de setembro de 2013. A foto? Era de ninguém mais, ninguém menos que Yui, a garotinha que havia a acompanhado até momentos atrás na mansão.

Enquanto isso, de longe, alguém parecia observar Sophia e Charmander sem que eles percebessem sua presença. No rosto daquele ser, um sorriso maldoso, indicando que logo aprontaria.

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off: mortes *3*


Caminhando para chegar logo até as lápides eu não sabia dizer o que me incomodava mais. O ambiente sombrio de filme de terror que me fazia imaginar monstros e assassinos em cada canto que estivesse fora da minha vista; Meu ombro que apesar de estar no lugar, ainda estava doendo muito; Ou se era o fato de Phiro ficar me encarando a cada dois minutos, como se estivesse esperando que eu caísse ou me machucasse de novo. Sinceramente, quanto mais cedo eu descobrisse onde estava e como sair dali, melhor.

Ainda sentindo os olhares de Phiro e tentando muito ignorar isso para não retorná-lo para a sua pokeball, finalmente chegamos onde as lápides estavam e para a nossa surpresa aquelas lápides eram apenas algumas dentre várias que pareciam formar uma especie de cemitério abandonado e sinistro.

Queria parar um pouco para avaliar o tamanho do cemitério, mas a vontade de descobrir que lugar era aquele era maior, então continuei andando em busca de alguma informação. Para o meu azar as lápides que estavam próximas eram velhas e desgastadas, sem nem ao menos ter nada gravado nelas, então continuamos andando. Conforme fomos caminhando meu ombro foi ficando mais dolorido, então tive que segurá-lo com minha mão esquerda para conseguir continuar andando.

Depois de pouco tempo finalmente chegamos na parte de lápides que tinham algo escrito, mas infelizmente eram só alguns nomes e datas de nascimento e falecimento, nada que pudesse me ajudar, porém, enquanto andávamos comecei a me perder um pouco em meus pensamentos, imaginando que o portal tivesse nos jogado no cemitério de lavender town ou em algum mais sombrio e também comecei imaginar se alguma hora não acabaríamos encontrando o tumulo de Dewey.

Minha mente já estava bem longe, sonhando com onde poderíamos estar ou com o que faríamos quando finalmente descobríssemos que lugar era aquele quando notei que Phiro tinha parado em frente a uma lápide bonita e com aparência de ser bem recente, talvez a mais nova daquele local, mas o que me chamou a atenção foi a expressão em seu rosto. Ele parecia chocado.

"Nossa. Deve ser algo sério para assustar tanto assim o Phiro." Pensei enquanto me aproximava dele já que tínhamos nos afastados um pouco para aumentarmos a chance de encontrar algo útil. Assim que cheguei mais perto não tive duvidas que aquela deveria ser a lapide mais recente de todo o cemitério, já que a data era recente e tinha até mesmo uma foto...... AQUELA ERA A YUI?!?!?

Não sei quanto tempo se passou, dias meses, segundos, horas, eu não sabia a quanto tempo tínhamos nos separado, mas aquilo não era possível. Não podia ser possível, eu não queria acreditar. Simplesmente não podia ser possível, aquilo era falso, era uma ilusão, era uma brincadeira de mal gosto, não me importava, só não podia ser verdade.

Naquele momento eu estava em choque. Não prestava atenção em nada além daquela foto e da data que estava gravada na pedra. Meus joelhos fraquejaram e caí em cima deles, mantendo minha mão esquerda na lapide, comecei a chorar tanto quanto eu era apenas mais uma aspirante a coordenadora, quando eu tinha 12 anos e minha querida Pichu foi roubada. Meu coração doía tanto que eu me esqueci de tudo, meu ombro, Phiro, o ambiente assustador e até mesmo o fato de estarmos completamente perdidos. Eu só fiquei ali chorando e tentando de alguma maneira provar para mim mesma que aquilo não poderia ser verdade.

Observando aquela cena estava Phiro. Provavelmente pela primeira vez desde que havia deixado o laboratório para seguir jornada comigo o pokemon de fogo não tinha a menor ideia do que fazer naquele momento. Ele se sentia tão triste e chocado quanto eu e mesmo não querendo admitir, algumas lágrimas começaram a escorrer por seu rosto e mesmo sem saber direito o que fazer, ele colocou uma de suas patas no meu ombro esquerdo e ficou esperando que eu conseguisse me acalmar.

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Diante da morte recente (ou não, já que não se sabe quanto tempo se passou) de Yui, não restava outra coisa para Sophia e Phiro a não ser chorar. Para a garota, nada importava naquele momento. O medo daquele lugar macabro e a dor em seu ombro não se comparavam com o sofrimento de perder alguma pessoa próxima.

Na mente da garota ainda ecoavam as últimas palavras que a novata havia lhe falado antes de entrar no portal que a levaria para o seu fim. "Nos vemos qualquer dia desses... Amiga." A incapacidade de cumprir tal promessa e o fato de que não teve a chance de retribuir o adjetivo faziam a dor da garota ficar ainda maior. A situação de Phiro era similar. Ao mesmo tempo que sofria com a partida de Yui, também sentia péssimo ao perceber que não tinha condições de auxiliar sua dona.

Não se sabe quanto tempo passou, mas parecia que fazia uma eternidade que a dupla ficava lá, aos prantos. O local já não parecia mais tão macabro após o sofrimento de perder um ente querido e a ranger até teve a impressão que havia algo naquele cemitério que tentava consolar a jovem. Não sabia definir exatamente o que era, mas havia uma energia naquele local que fazia a garota sentir um calor em seu corpo, similar ao de quando se abraça alguém.

De repente, a garota escuta o som de passos. Ao olhar para trás, encontra uma pessoa utilizando vestes negras ocultando não só o corpo completamente, mas também o rosto. A estatura dessa pessoa era baixa e pela silhueta, parecia ser uma mulher. Diante daquela visão, todo o calor que envolvia Sophia foi embora em segundos. Mas o pior foi quando a companhia misteriosa se manifestou: ao falar, fez com que a patrulheira sentisse calafrios. Não se sabe se pelo choque de realidade ou se foi por causa de alguma energia negativa da presença misteriosa.


– Ela se foi. E a culpa é sua. Você não deveria ter deixado uma garotinha tão jovem entrar sozinha nesse local.

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off: dona morte )o)


Sentada naquele chão frio eu não conseguia mais negar e já acreditava mesmo que Yui tinha mesmo morrido. Eu não tinha nada que realmente provasse se era ou não verdade, mas com as poucas informações que eu tinha era difícil imaginar que essa lapide não era verdadeira. Fiquei chorando por o que me pareceu horas, ou talvez minutos, eu não tinha certeza já que o tempo parecia passar de forma diferente naquele lugar estranho.

Enquanto chorava não conseguia deixar de pensar nos acontecimentos da rota 2, no tempo em que passamos juntas no centro pokemon e nos últimos momentos na mansão pokemon. Ela era uma garota tão alegre, uma boa treinadora, mesmo sendo iniciante, mas o mais importante, uma boa amiga. Só de lembrar em como ela estava animada antes de entrar no portal, em como não consegui me despedir dela naquele momento só fazia com que meu coração se apertasse e uma sensação de culpa surgisse.

Me sentia culpada por não ter conseguido me despedir, por não ter impedido ela de entrar no portal, por não ter protegido ela como havia decidido no momento em tínhamos nos encontrado na entrada da mansão, mas o que mais me causava arrependimento era suas ultimas palavras: "Nos vemos qualquer dia desses... Amiga."

"Amiga. Que bela amiga eu sou." Pensei olhando fixamente para a foto enquanto algumas lágrimas aina escorriam pelo meu rosto. Pensar em como eu não fui capaz de ajudá-la me tirou um pouco da minha tristeza e me deixou intrigada. O que tinha acontecido com ela? Como ela morreu e por que? Será que se eu estivesse com ela eu poderia ter ajudado ou teria simplesmente morrido com ela?

Essas perguntas me fizeram levantar a cabeça e enxugar as lágrimas. Aquele não era o momento para ficar chorando e se lamentando. Tinha que descobrir o que tinha acontecido, onde estávamos, como sair dali e agora também tinha que descobrir o que tinha acontecido com a Yui, se ela tinha ou não morrido e se morreu, como? Sentindo minhas energias voltando escutei o som característico de passos e ao me virar me deparei com uma figura no minimo interessante.

Parecia ser uma mulher com uma capa preta que a cobria completamente, sem deixar nem um centímetro de sua pele exposta. Ela também parecia ser um pouco mais baixa do que eu, mas o que mais me intrigava era o que ela estava fazendo naquele lugar. Ela poderia ser a responsável por cuidar daquele cemitério, o que era bom já que ela poderia me ajudar, mas como ela também poderia ter alguma a coisa a ver com aquela lapide eu decidi me manter em silêncio esperando que ela falasse primeiro.

Com uma voz tão fria que me fez ter arrepios, a estranha encapuzada falou algo que me deixou chocada e paralisada. Eu já estava me responsabilizando, mas ouvir alguém dizer era isso era muito pior. Aquilo me deixou confusa e quase me fez voltar a chorar, mas me mantive focada. Eu queria respostas e não deixaria aquela estranha sem obtê-las.

- Eu... eueuu. Escuta, eu estou completamente perdida. Uma hora nos estávamos na mansão, depois surgiu aquele portal, a Yui entrou.... então o portal ficou maior e me sugou. Então depois de não sei quanto tempo eu apareci aqui, encontrei essas lapides e agora descobri que ela esta morta, mas.... eu não acredito. Eu quero saber onde eu estou e o que aconteceu, por favor eu não estou entendendo mais nada. - Falei apoiando minha cabeça na minha mão direita. Tudo estava confuso, eu me sentia tonta e confusa enquanto tentava desesperadamente entender tudo o que tinha acontecido desde que tinha entrado na mansão pokemon.

Observando minha confusão e meu desespero, Phiro se levantou parando ao meu lado ele gritou seu nome, tentando intimidar um pouco aquela estranha e fazer ela responder as minhas perguntas, mas aquela energia negativa que fazia me sentir em um filme de terror também estava afeando meu pokemon. Mesmo não querendo demonstrar isso, ele estava com medo e não queria se afastar de mim mais do que alguns passos de distância.

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As últimas palavras que Yui havia dito para a ranger ainda ecoavam em sua cabeça e faziam com que ela continuasse a sofrer com o remorso. Para piorar, logo sugiu uma estranha mulher vestida completamente de negro, culpando-a pela morte de sua amiga.

Sophia se perder em lágrimas mais uma vez, mas logo voltou a si por alguns instantes, tentando se defender e pedindo explicações sobre toda aquela loucura daquele momento. Afinal, ela estava em um lugar estranho, não sabia quanto tempo havia passado e Yui havia partido.

Após o breve questionário, Phiro ainda tentou intimidar aquela mulher. Ele parecia sentir que havia algo de errado nela e seu objetivo era proteger sua treinadora a qualquer custo. Diante daquela cena, a misteriosa vestida de negro deu uma gargalhada que ecoou por todo o local.

Antes que a ranger pudesse reagir, a mulher de baixa estatura retirou o capuz negro que ocultava o seu rosto e revelou ser ninguém mais, ninguém menos que... Yui. Porém, diferente da garotinha que Sophia antes conhecia, a garota agora possuía uma pele extremamente pálida e havia um grande rastro vermelho de sangue que começava no centro da testa da garotinha, se bifurcava em volta do nariz e se arrastava até a ponta do queixo da jovem.


– Sophia, você está querendo enganar quem com esse seu teatrinho? Você acha que eu não sei que você fez isso comigo de propósito?

Os olhos da garota falecida agora possuíam uma coloração rubra intensa. A mesma observava a patrulheira com os olhos completamente arregalados, como se aguardasse uma resposta aceitável.

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Sentada ali naquele local sombrio e deprimente minha cabeça estava pesada e sentia como se tudo estivesse girando. Eu estava completamente perdida e confusa, mas a morte de Yui e o fato de uma estranha mulher encapuzada me acusar de ter causado a morte da minha amiga piorou tudo de uma tal forma que eu comecei a achar que ia desmaiar ali mesmo.

Phiro estava muito preocupado e depois de tentar espantar a mulher com o que ele achou que deveria ser um rugido ameaçador, que funcionaria muito bem se ele fosse um Charizard, mas como Charmander aquilo era mais adorável do que assustador. Aquilo não deu muito resultado, então meu pequeno pokemon de fogo recuou alguns passos. Tentando me ajudar ele apoiou sua pata no meu ombro e ficou encarando a mulher enquanto também esperava uma resposta.

O calor que Phiro naturalmente emanava e o fato dele estar ali para me apoiar me ajudou a me acalmar um pouco, o que pelo menos fez a tontura passar, mas logo em seguida minhas mãos começaram a tremer, como se eu pressentisse que algo pior ainda estava por vir. A mulher começou a rir muito alto, como se achasse que a atitude de Phiro, ou talvez a minha, fosse muito engraçada e conforme o som da risada dela ecoava por aquele cemitério vazio senti uma onda de arrepios passarem por meu corpo.

Como se a risada dela já não tivesse me assustado o bastante, ela logo tirou o capuz que ocultava o seu rosto e assim que vi quem era, eu senti como se o chão embaixo de mim tivesse desaparecido e agora eu estava em queda livre em um buraco escuro sem fim. Aquela era a Yui?!?! Não, isso não podia ser verdade. Como? O que? Por que?!

Mais confusa do que se tivesse sido atingida por vários Supersonics e Confuse Rays, fiquei olhando da foto da lapida para a Yui sem saber direito o que pensar ou fazer. "Aquela não poderia ser a Yui, ou poderia? O que aconteceu? Que lugar era aquele e da onde vinha aquele sangue que estava no rosto dela?" Pensei olhando fixamente para o rosto da Yui assim que consegui parar de lançar olhares para a foto e o nome escritos na lapide. Ouvi atentamente o que ela tinha a dizer, mas custei a acreditar que aquilo realmente estava acontecendo.

- Teatrinho?! O que eu fiz de propósito?!? Eu não estou entendendo nada Yui, por favor me diz o que aconteceu! Nos estávamos na mansão, então aquele portal apareceu, você entrou nele e quando eu estava para entrar na outra sala o portal me sugou e me jogou aqui. Teve um momento em que eu fiquei "no escuro", parecia que eu estava num lugar vazio, escuro, sem nada... eu nem consigo mais explicar como era, só sei que lá o tempo era mais estranho do que aqui e quando percebi eu cai aqui nesse lugar, então eu andei um pouco e encontrei essa lapide... - Falei quase entrando em pânico de tão confusa e perdida que eu estava naquele momento.

- Por favor Yui, eu juro que estou completamente perdida agora. Me diz o que aconteceu depois que você entrou naquele portal. - Concluí tento que me apoiar no braço direito para não acabar caindo no chão. Naquele momento meu corpo inteiro tremia. O que tinha acontecido ali? Será que eu tinha feito algo terrível e aquele momento que eu fiquei no "vazio" na verdade foi uma maneira da minha mente tentar apagar esse erro? Eu já não sabia o que esperar e pela primeira vez, Phiro também não sabia o que fazer e logo ele se escondeu atrás de mim, apoiando sua cabeça no meu ombro para continuar vendo o que estava acontecendo.

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Sophia estava completamente confusa com a aparição de Yui. Mais uma vez a ranger tentou se justificar e pedir mais informações sobre aquele lugar, mas a sua amiga macabra apenas a encarava, séria. Seus olhos continuavam arregalados de forma macabra e por segundos parecia que ela apreciava o sofrimento da patrulheira. Phiro já havia desistido de intimidar a garota e agora se escondia atrás de sua treinadora, apoiando a cabeça no ombro dela para poder assistir os acontecimentos em sua volta.

Yui só foi se manifestar quando a ranger parou de falar e fazer perguntar. Primeiramente deu mais uma risada debochada e até mesmo macabra. Depois, caminhou lentamente na direção da ranger e a tocou gentilmente no queixo, utilizando sua mão para fazer Sophia olhar diretamente em seus olhos. Phiro estava paralisado de medo e nada fez a respeito daquela aproximação.


– Oh, Sophia... Quer saber aonde estamos, queridinha? – Yui disse numa entonação suave, até carinhosa. Mas logo empurrou Sophia para trás e gritou num tom mais agressivo. – Estamos no Limbo! É aqui onde moram as almas penadas!

Após tal declaração a treinadora começou a chorar desesperadamente. Se virou de costas e se afastou de Sophia por alguns segundos. Parecia realmente sofrer com tudo aquilo que estava acontecendo. Ou não, já que após fazer tal cena ela voltou a encarar a sobrevivendo nos olhos e riu mais uma vez da situação.

– Aquele portal que você me deixou pegar sozinha me trouxe para cá. Bastaram poucos minutos para as almas penadas daqui tomarem a minha vida e eu me tornar uma delas. Você não entende? Você deixou uma garota inocente e indefesa parar num local desses! Agora que você está aqui, faço questão de fazer com que você se torne uma de nós.

De repente uma enorme foice se materializou na mão da garota. Phiro deixou o medo de lado e tentou usar um de seus ataques de fogo para imobilizar a alma penada. Mas foi em vão. Yui simplesmente girou o objeto e o mesmo neutralizou completamente o golpe. Uma humana neutralizar o golpe de um pokémon? Isso não é algo que acontece todos os dias.

– Eu poderia usar a arma que eu quisesse para tomar sua alma, Sophia. Mas eu sei que você é uma Ranger e dá muito valor para seus parceiros pokémon. Portanto...

A foice gigante que até momentos atrás ameaçava a vida da dupla virou fumaça e segundos após a fantasma tinha em suas mãos uma cartola.

– Espero que você esteja preparada para ver seus pokémons sofrerem diante dos seus olhos! Da mesma forma que eu sofri! É hora de tirar o coelhinho da cartola...

Após tal afirmação bizarra, Yui colocou sua mão dentro da cartola e de lá saiu um grande pokémon coelho, de pêlos marrons e amarelos. Da mesma forma que Yui, possuía feridas em todo seu corpo. Talvez também fosse um fantasma.

Phiro diante daquela cena ficou ainda mais apavorado e se acolheu mais uma vez atrás de sua dona. O que a dupla deveria fazer?

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Demorou um pouco até que eu finalmente me acalmasse o suficiente para parar de falar e esperar uma resposta da Yui, mas para a minha surpresa ela começou a rir de uma maneira muito sombria. Aquilo me deixou muito assustada, mas quem mais foi afetado foi meu charmander, que chegou a se esconder por completo atrás de mim enquanto a Yui ria daquele jeito sombrio.

Assim que ela parou de rir e começou a caminhar em minha direção eu só consegui lançar um ultimo olhar para Phiro antes de paralisar completamente de medo e nervosismo. Eu não queria olhar naqueles olhos avermelhados carregados de ódio e rancor, eu queria desviar o olhar, mas enquanto ela falava com aquela voz gentil que por alguma razão me parecia um pouco forçada, eu simplesmente nem conseguia me mover.

Como eu tinha suspeitado aquela gentileza da Yui era só encenação e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ela me empurrou para trás enquanto gritava comigo. Phiro conseguiu sair a tempo pulando para o lado, mas eu cai direto no chão, batendo meu ombro machucado, o que quase me fez gritar de dor, mas ainda assim consegui ouvir o que a Yui estava dizendo e também ouvi quando ela se afastou chorando.

"Limbo? Mas eu achei que fosse apenas uma lenda!" Pensei enquanto me levantava e Phiro corria para ficar do meu lado. Será mesmo verdade? Aquele lugar seria mesmo onde várias histórias diziam ser destino das almas de treinadores amaldiçoados e de seus pokemon? Era muito difícil acreditar nisso, mas parecia ser verdade.

Se estivéssemos ou não no Limbo aquilo não me importava naquele momento. Eu só queria saber o que aconteceu com a Yui para deixá-la com tanta raiva e em como poderíamos sair daquele lugar medonho. Assim que ela explicou tudo o que tinha acontecido coloquei minha mão na frente da boca e senti mais algumas lágrimas escorrerem por meu rosto.

Estava pronta para falar que aquilo não era inteiramente minha culpa e que ela entrou naquele portal antes mesmo que eu pudesse ver o portal, quando ela fez aparecer uma grande foice ameaçadora que me deixou pálida de medo e susto. Phiro se assustou mais ainda e tentando acabar com aquilo antes que nossas vidas fossem tiradas ele lançou uma poderosa rajada de fogo (Flamethrower), mas as chamas estavam um pouco mais fortes que o normal e tive que me afastar um pouco para não me queimar, mas o que mais me surpreendeu foi ver a Yui simplesmente bloquear o ataque girando aquela foice.

Tanto eu como meu pokemon de fogo ficamos chocados com aquilo e logo Phiro voltou a se esconder perto das minhas pernas. Nesse momento Yui revelou que estava determinada em fazer com que eu sofresse tanto quanto ela e por um momento eu quase estava pronta para retornar Phiro para a sua pokeball e dizer para Yui que ela tinha razão e que eu tinha falhado em minha "missão" e protegê-la, mas quando eu estava prestes a falar alguma coisa, o fato de Phiro ter pego na minha mão me fez lembrar de todos os pokemon que estavam comigo e nos que estavam me esperando no laboratório (storage).

Pensar nisso me lembrou do motivo que me fez me tornar uma ranger. Minha pequena Pichu roubada e na promessa que eu tinha feito de impedir que outros sofressem a dor de perder seus amados pokemon. Me fez lembrar que eu não podia ficar ali, que eu tinha muitas responsabilidades e muitos pokemon que dependiam de mim. Por mais que eu quisesse ajudar a Yui e fazer alguma coisa por ela, eu não poderia ficar ali.

- Eu sei que você deve estar me odiando agora e que eu realmente deveria ter feito alguma coisa para te impedir. Eu sabia que aquele portal só poderia ser algo ruim, mas não fiz nada e você esta aqui agora. Se eu pudesse trocaria de lugar com você ou simplesmente deixaria que você tirasse a minha vida se isso fizesse com que você encontrasse a paz. - Falei abaixando a cabeça enquanto o peso da culpa fazia meu coração doer como se alguém o estivesse apertando, mas não deixei que esse sentimento me parece e continuei a falar. - Eu faria de tudo para tentar te ajudar, mas não posso ficar aqui. Tem muitos pokemon que precisam de mim e eu ainda tenho que fazer uma coisa muito importante antes de aceitar a morte. - Concluí tirando uma pokeball do meu bolso e liberando meu valente e irritadinho Scyther.

- Yui eu não quero lutar contra você, mas não vou ficar aqui. Logan fique preparado para desviar de algum ataque usando sua velocidade para pular entre as lapides. Comece usando Quick Attack correndo de um lado para o outro para ganhar velocidade e atingi-la quando tiver chances. Depois use seu Vacuum Wave para jogá-la para longe e se afaste. - Falei tentando deixar claro para Logan que ele só deveria atacar se a Yui realmente quisesse continuar com a ideia de fazer essa batalha.

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