Karinna Bley
“You do not just wake up and become the butterfly.”
Coordenadora | Monotrainer Psychic |
21 anos | Olivine City |
55kg | 1,75m |
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DESCRIÇÃO FÍSICA
Uma jovem com longos cabelos loiros claro, sedosos e reluzentes que parecem brilhar mais perto da luz solar. Seu olhar encantador e sedutor é profundo porém aventureiro, de tom azulado como a imensidão do mar. Sua maquiagem leve alonga seus cílios e seus lábios são cobertos com um brilhoso gloss cor-de-rosa.
Veste um moletom branco sobre uma blusa social também branca, com uma saia cor-de-rosa e meias pretas seis oitavos, que acompanham um salto preto de bico pontudo. Na cabeça usa uma presilha com uma rosa violeta estampada e, dependendo do seu humor, prende os longos cabelos ou deixa-os soltos. Sempre carregando sua bolsa de jornada e a maleta de seu violino nas costas.
PERSONALIDADE
Quando criança Karinna costumava ser muito espontânea e engraçada, o que ainda é possível ver em lapsos, quando raramente abaixa sua guarda. Hoje, já é mais reservada e antipática devido acontecimentos passados e seu temperamento pode ser descrito como "pavio curto". Para ela, Pokémon (principalmente psíquicos e exceto lutadores) são seres muito mais evoluídos que os humanos e por isso merecem sempre alguém que possa dar tudo a eles, não admitindo sob nenhuma hipótese maus tratos contra os mesmos.
Com um humor ácido e sarcástico, Karinna usa disso para sair de situações onde abaixaria sua guarda, também utilizando para manter as pessoas longe, já que acredita que todos que se aproximam dela acabam machucados. Porém, desde o início de sua jornada e graças as pessoas que tem encontrado pelo caminho, Karinna está se abrindo mais, tentando na maioria das vezes ser simpática e interagir com pessoas a sua volta.
BIOGRAFIA
Para alguém que teve que crescer tão rapidamente e passar por caminhos tão esburacados, pode-se dizer que Karinna é uma sobrevivente, mas jamais chame-a assim. Para ela, hoje, sobreviver é inerente a qualquer ser humano e se você não sabe o que é lutar por si mesmo, para Karinna, você é apenas fraco. Parece clichê, mas sua estória está longe de supérfula e pouquíssimas pessoas sabem o que tornou-a tão isolada e anti-social.
Karinna nunca possuiu nada. Sua família, sempre muito humilde, era composta por sua mãe, seu pai e sua avó, que vivam em palafitas na cidade de Cianwood, Johto. Na escola, Karinna sempre possuira um humor ácido, proveniente do ambiente abusivo e carente que vivia; seu pai era alcóolatra e sua mãe utilizava do sarcasmo para rebater quaisquer reclamações que o mesmo fazia, a fim de não deixar com que isso afetasse a criação de sua filha. Apesar de tudo isso, Karinna era muito popular e amável para com todos, possuía muitos amigos e era frequentemente chamada de "palhaça da turma" devido sua habilidade de fazer todos sorrirem. Sua avó, Judith, não costumava se intrometer nas discussões paternais, assim como seu Kadabra, também idoso; ao invés disso, contava histórias sobre como desbravou o continente de Kanto e como sentia saudades da emoção que era e de seus tempos de brilhantina. Karinna sempre fora muito apegada com os dois, já que passava a maior parte do tempo com os mesmos e a pobreza nunca a afetou já que possuía o afeto e o amor de sua mãe e avó.
Em uma noite de lua cheia e tempestade, quando a maré estava muito alta e com muitas ondas, sua família sempre ficava em alerta por conta da construção de sua casa. Nessas situações, Judith sempre acalmava Karinna, contando-lhe estórias sobre sua jornada Pokémon e Kadabra junto com a mesma, desde que Karinna era pequena, costumando cantarolar uma belíssima canção de ninar. Como era seu aniversário de 8 anos, sua mãe havia comprado um bolo para a mesma e estavam todos (com exceção de seu pai, que sempre chegava de madrugada) reunidos na pequena mesa de madeira que possuíam no meio de sua palafita. Sua avó acendeu a única vela que seu dinheiro deu para comprar e pediu para que Karinna fizesse um único pedido, com todo seu coração. Karinna fitava o bolo com os olhos brilhantes já que nunca tinha tido um bolo de aniversário, ao menos não que ela se lembrasse. A chama da vela refletia nos seus olhos cheios d'água, quando a mesma os fechou e, por alguns segundos em silêncio, pensou em seu pedido. Em seguida, assoprou.
Não se passaram 10 segundos e seu pai chegou em casa, mais uma vez, bêbado. Chutou a porta e após uma discussão calorosa com a mãe de Karinna pela mesma tê-lo inscrito em um centro público de reabilitação, arremessou uma garrafa de saquê na direção da senhora. Durante o percurso da bebida, o que eram 2 segundos (o tempo que a garrafa demoraria a atingir sua mãe) se tornaram 20 minutos na mente de Karinna. A criança que acabara de se tornar um ano mais velha, olhava toda aquela situação apavorada: " — Como uma noite tão boa pode ter sido transformada nessa tristeza sem fim?", pensava. Sua avó, a abraçava e tentava esconder a cabeça de Karinna, mas ela observava tudo por cima de seus ombros enquanto suas lágrimas escorriam por sua bochecha rosada. Quando a garrafa estava prestes a atingir a mãe, ela foi arremessada de volta, atingindo a parede ao lado do braço do pai de Karinna. Kadabra havia utilizado Psychic e revidou a garrafa de maneira que não atingisse ninguém. O pai, incrédulo e embriagado, sacou sua pokebola e soltou seu Throh, era vísivel o desgaste do Pokémon, magro, com seu kimono já rasgado de tanto trabalhar, com diversas marcas de abuso físico e psicólogico. Karinna somente havia visto Throh uma vez na vida quando mais jovem e a situação sempre fora essa: o Pokémon já não possuía o brilho nos olhos de viver, era um mero escravo do seu pai. O patriarca com muita raiva de Kadabra, mandou seu Throh utilizar Superpower, o que fez com que a palafita em que viviam, já frágil devido as ondas e a maré alta, quebrasse por inteira. Todos caíram na violenta água. Antes de cair, Judith pediu para que Kadabra utilizasse Teleport para levar Karinna para a praia. O mesmo o fez e voltou para tentar trazer as outras pessoas. Já muito debilitado, não voltou. Nem ele, nem mais ninguém. Dizem os burburinhos da cidade que o pai, mesmo na água, impediu que Kadabra levasse mais alguém para a praia; outros falam que o Pokémon já estava no seu máximo e assim que retornou, desmaiou e não pôde ajudar mais ninguém.
Treze anos depois e essa tragédia ainda afeta a vida de Karinna. Durante esse período, ela viveu nas ruas de Olivine City, pedindo comida, sem esperar o dia de amanhã. Com 15 anos de idade, conheceu um sábio senhor chamado Arnold que a acolheu e ensinou a ter perserverança, vendo que, apesar dos apesares, Karinna ainda possuía uma vida inteira pela frente. Devido o trágico acontecimento, a jovem pegou uma grande aversão ao tipo Lutador de Pokémon, mesmo não sendo culpa de Throh, ela ainda não era madura o suficiente para entender isso; era preciso culpar alguém e a jovem culpava seu pai e seu Pokémon. Não passava um dia que Karinna não sentia falta de sua mãe, sua avó e Kadabra. Graças a Kadabra, durante todos esses anos a jovem criou uma afeição incrível por Pokémon psíquicos, acreditando que todos teriam um coração tão puro quanto o do Pokémon que a salvara. Karinna viveu com o senhor pescador em Olivine City dos seus 15 aos 21 anos, aperfeiçoando a arte musical do violino, até que decidiu que gostaria de seguir em frente com sua vida e se tornar uma grande treinadora de Pokémon psíquicos. Arnold nunca perguntou o que aconteceu com Karinna, até que nas vésperas do começo de sua jornada, Karinna resolveu contar tudo. O senhor, apesar de chocado, disse que amanhã quando acordasse a jovem teria uma surpresa.
Com muitas ligações na cidade, Arnold conseguiu em troca de um Krabby, um Abra — pré-evolução de Kadabra —, o Pokémon que salvou a vida de Karinna e que a criou juntamente com sua família. Ao amanhecer, Karinna tomou seu banho, se arrumou e fora tomar um último café com o gentil homem que a acolheu e lhe deu perspectiva de viver novamente. Chegando na sala, deu de cara com o Pokémon, que assim que a viu deitou a cabeça, como quem diria "Bom dia!". Emocionada, a jovem correu e abraçou o Pokémon, que utilizou Teleport para o outro lado da sala. "— Acho que ele não está muito acostumado com abraços, parece que vocês tem muito em comum..." disse Arnold rindo enquanto colocava o café na mesa. A menina que após ver a morte de perto, perder tudo que tinha e passar necessidade, hoje estava em seu caminho para se tornar uma grande mestre de Pokémons psíquicos.
Assim que saiu de casa, Karinna foi em direção ao porto de Olivine City e decidiu pegar um navio até outra região, pois em sua cabeça precisava respirar novos ares além do que a região de Johto pudesse a proporcionar. Seria como um recomeço e dentre todas as disponíveis, escolheu Hoenn. Entrou então no navio e seguiu em direção à jornada que mudaria sua vida para sempre.