Somnolence

ra uma manhã sombria, nevoenta e uma neblina escura pairava sobre o ar estorvando os poucos feixes de luz. Um tênue orvalho caia sobre a cidade e mesmo sem o esplendor do Sol o gelo que cobrira Kanto começava a derreter. O insipido clima frívolo ainda era um problema, contudo os habitantes de Fuchsia começavam a se avezarem.  

Depois de uma longa noite não dormida, causada por uma insonolência enigmática, um jovem de cabelo ruivo caminhava assonorentado pelas vielas ermas da cidade. Não fazia a mínima ideia de onde estava ou como chegara ali e também não lhe importava, manter-se desperto era uma tarefa árdua. – Para onde eu ia mesmo? – Inquiriu aos seus botões, supreendentemente eles não responderam.

Por fim Nicholas encontrou um lugar que parecia habitável. A sua frente um grande arco verde de concreto se erguia, no topo era possível ler a palavra “Safari” e outras letras que formavam outra palavra que foram deterioradas com o passar do tempo. No fundo era visível um grande prédio verde cercado por um alto muro, protegendo o local de penetras. – Oh, aqui tem um safari. – Exprimiu para si mesmo. – Com sorte encontro algum Pokémon interessante.

Entrou com os olhos semicerrados devido à luz no interior do local, sem perder tempo dirigiu-se a recepção. Como esperava era preciso pagar uma taxa para entrar que, por sorte ou azar era o valor exato que tinha em mãos. “Espero que isso não seja uma perca de tempo e dinheiro. Principalmente de dinheiro.” – Refletiu em meio um bocejo.

dito safari repleto de Pokémon raros estava, até o momento, mostrando-se ser um lugar enfadonho. Não encontrara nenhum Pokémon ou qualquer outro ser vivo. Talvez tenha encontrado e lhe passou despercebido, já que seus sentidos não encontravam-se em seu melhor estado. Ficara demasiado tentado a recosta-se a uma grande árvore que encontrou e dormir, contudo pagara por determinado tempo naquele lugar e não poderia sair antes de capturar algo.

“Por que eu não dormi antes de vim aqui?” –  Pensava Nico durante outro bocejo involuntário. Depois de um pequeno tempo de caminhada solitária dois caminhos surgiram na sua frente. Sem ao menos percebê-los tomou o caminho que, segundo a placa, levaria para a área três. Talvez nessa nova parte do safari encontrasse Pokémon.

Sua roupa de calor, assim como o resto do seu corpo, estavam encharcados depois do longo tempo naquele chuvisco inacabável. O que acabava lhe causando contrações musculares involuntários. Pelo menos, os calafrios serviam para lhe manter acordado.

Robb:

ocê é... – Exprimiu enquanto visava lembrar o nome da criatura amarela. – Psyduck. Pokémon do tipo aquático, dã.  Ele não é... Mas talvez possa ser útil. – Pensava em voz alta ao mesmo tempo em que manifestava um sorriso ladino. Aparentemente seus planos para o Psyduck não era de treiná-lo. Psyduck não era conhecido por ser um Pokémon inteligente, logo era provável que seria fácil capturá-lo.

Nico sacou uma das várias esferas especiais do safari que lhe entregaram. Com um movimento rápido e suava a atirou na direção da testa do Pokémon selvagem. Caso sua primeira tentativa não desse certo tentaria outras duas vezes.

Off: Post ruim... Sono. :c

ico mirava a pokébola camuflada com anseio, com sorte capturaria o Pokémon na primeira tentativa. – Acho que sorte é para otários. – Exprimia ao mesmo tempo em que o pato libertava-se, sacando outra pokébola. Com um sorriso amistoso no rosto se aproximou da pequena criatura amarela, abaixou-se dobrando os joelhos na terra úmida a margem do lago. – Entre. –  Disse ao passo em que tocava a pokébola na testa do Psyduck.

A ansiedade tomava conta do jovem novamente, expelindo a sonolência que o atormentava antes, enquanto aguardava o resultado de sua nova tentativa.

jovem recolheu a pokébola e a resguardou separada das outras. – Menos duas, sobram vinte e oito. Veremos se consigo usar todas as restantes antes do tempo acabar. –  Exprimia girando no dedo indicador outra esfera vazia. Havia determinado como seu objetivo usar todas as pokébolas que possuía, tendo ciência que a maior parte delas falharia, antes do seu tempo no safari findar. De qualquer forma se concluísse seu objetivo sairia do local com um numero satisfatório de Pokémon, um perfeito investimento para multiplicar seu dinheiro.  Por outro lado estava no local por mais ou menos dez minutos e, até o momento, só encontrara um Pokémon. Se continuasse nesse ritmo não conseguiria capturar mais de cinco criaturas.  O que também não era um número ruim.

– Vamos ver o que mais encontro nesse lago. – Dito isso pegou a mochila que sempre era oculta pelo seu logo cabelo vermelho, retirando dela uma avelhantada vara de pescar. Jogando a isca no lago que se afundou aos poucos na água de coloração escura. “Dois minutos e meio e paro de pescar.” – Pensava bocejando. “Isso se eu não dormir antes.”