Good Life

Eu me sentia capaz de sair da plataforma para abraçar Ariel com força. A raposinha olhava com um sorriso de triunfo para a ratazana o que fez orgulho queimar por minhas veias. Ariel poderia se achar boa demais para mim, mas eu estava feliz demais para me importar com isso.

- Ariel meu Deus eu poderia te beijar agora. - disse para ela, com um sorriso estúpido na cara.

Entendam o meu lado. Você acha que uma batalha está perdida e de repente não está. Conseguem entender a emoção? Imagine que está com fome. Está morrendo de fome. E alguém te oferece um pote de nutella. Visualizei possíveis movimentos no campo antes de dar o comando.

- Ariel ele está machucado mas ele vai vir com tudo agora por uma questão de sobrevivência. Quero que use o Tackle nele, e caso ele tente te morder, salte para trás e use o Tackle novamente. O Raticate já está mais lento então use a velocidade e curvas súbitas para desviar!

Mordi meu lábio inferior, vendo o voador cegueta bater as asas levemente. Um pokemon voador daria uma trabalho a mais para o meu lado. Mas assim como raticate havia ganhado de Ariel, ela poderia ganhar do Zubat. Abri e fechei minhas mãos repetidamente enquanto pensava sobre o que fazer contra um pokemon que podia voar.

- Ariel, ele não terá de se aproximar de você para atacar, então você vai ter que se aproximar, mas cuidado com o Supersonic.

Após o aviso para minha pokemon, olhei para o morcego que voava com aquela boca estranhamente aberta. Como eu conseguiria atacar um pokemon que não precisa necessariamente se aproximar para atacar? Pisquei e respirei fundo, dando os comandos:

- Ariel, quero que você corra para ele em zigue-zague, e aproveite-o para ganhar impulso e o acertar com um Tackle, e quando o atingir, segure-o e o prenda no chão, usando outro Tackle. Se ele por acaso usar o Supersonic, faça questão de cobrir as orelhas e correr.

Supersonic era um ataque que sempre me irritara. Havia algo errado em deixar um pokemon confuso com ondas sonoras, algo como prejudicar a audição ou não sei, eu só achava errado. Imaginei o supersonic indo na direção de Ariel para conseguir imaginar em um plano defensivo e ofensivo ao mesmo tempo. Ariel passou a língua rapidamente pelas patas que estavam cheias de poeira e eu ri de seu ato. Mesmo no calor da batalha seu lado extremamente patricinha ainda desejava estar bonita, e eu respeitava isso nela.

- Ariel, curve novamente as orelhas e vá para a esquerda e se aproveite para o Tackle. No leech life, tome cuidado com o ataque e desvie rodando, e quando estiver na lateral do mesmo, acerte outro Tackle.

Peguei Eevee em meu colo e a abracei quando já estávamos na sala de espera. Ela gemeu reclamando e me deu patadas fraquinhas no rosto para que eu soltasse. Revirei os olhos e abri os braços, deixando que ela escorregasse para o chão. Ariel em toda a sua graciosidade poucos lindamente e começou a lamber o pelo bagunçando pela luta e pelo vento. Me aproximei do computador me sentando e olhando para meu time e colocando Piper de volta na storage, queria testar Annabeth nesse momento, porém aproveitei para trazer a minha realidade Reyna e Zoe, talvez e as usasse futuramente.

Passei a mão na cabeça de Ariel e ela ronronou baixinho, colocando a cabeça entre as patas e descansando. Retornei-a para dentro da pokebola, colocando ela, Reyna, Zoe e Annabeth na máquina de cura do centro pokemon. Fechei o computador da Storage e me sentei em uma das cadeiras enquanto esperava o processo de cura ser realizado. Eu estava agora nas semifinais e a competição estava mais difícil, obviamente. Meu próximo competidor teria provavelmente pokemons mais fortes que os Drake, mas pelo outro lado, Ariel também estaria mais forte, assim como Annabeth já era forte por natureza.

Peguei as meninas no aparelho e coloquei-as no bolso, me sentando novamente nas cadeiras e esperando que meu nome fosse chamado.