Pokémon Mythology RPG
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Capítulo 12 - No túnel com os Slowpokes

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Zappy estava fraca, era impossível para ele permanecer na batalha sem receber mais um golpe poderoso como aquele vindo do Golbat, contudo, Blake tinha uma saída para apresentar ao seu Pikachu. O biólogo marinho pegou uma pedra amarela com um relâmpago encravado, emitia uma energia forte, que parecia conectar Zappy a ela.

Blake sabia o que poderia acontecer com ele caso não aceitasse, se continuasse como estava o Pikachu sofreria bastante naquela batalha, porém, para a sua sorte, McBride havia conquistado o coração do roedor e o rato amarelo tocou na pedra. A primeira mudança que aconteceu com Pikachu foi um leve aumento em sua estatura, sua cauda agora estava fina e um simbolo de relâmpago estava na ponta, Zappy engordou um pouco, mas também aparentou estar mais musculoso, sua coloração mudou assim como sua voz, que engrossou um pouco.

Após evoluir, Zappy, agora um Raichu cheio de confiança, foi até Golbat e lhe desferiu uma poderosa ELectro Ball, que explodiu ao contato com o Pokémon voador, que sofreu bastante com o ataque. ficando nas últimas diante de um golpe tão poderoso como aquele. Nidorino e Bonsly deram conta do recado acabando com a batalha. Finalmente não havia mais perigo, todos os Zubats e o Golbat estavam sem forças para continuar. O que Blake faria?

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Para a felicidade de Blake, o roedor elétrico aceitou prontamente a proposta de evoluir. Era possível Blake perceber que o amarelado confiava mais em seu dono e que ele também havia amadurecido o suficiente para assumir uma nova forma. Sua evolução emitiu uma forte luz que iluminou a caverna por alguns instantes. Agora diante dos olhos de Blake estava um roedor elétrico ligeiramente maior, com uma musculação mais desenvolvida.

Sem perder tempo, Zappy, agora um belíssimo exemplar de Raichu aproximou-se de seu oponente e disparou uma poderosa esfera de energia elétrica contra Golbat. O morcego acabou sendo acertado e em poucos instantes foi abatido por Duke e Faux. Todos os morcegos haviam sido abatidos e com isso, Miranda e Blake poderiam prosseguir seu caminho pela caverna.

Pouco antes de aproximar-se de seus pokémons, o treinador retirou de sua mochila duas pokéballs. Sem pestanejar, jogou a primeira em Golbat, pois o líder dos mamíferos alados havia lhe chamado a atenção. Enquanto a captura não se concretizava, ele abraçava e agradecia a Zappy, Faux e Duke pela batalha, retornando-os para sua pokébolas. Em seguida, voltou sua atenção para a pokébola que havia jogado em Golbat. Se a captura falhasse, jogaria a segunda esfera contra ele.

Após a captura, o rapaz retornou até sua namorada. Ela ficava um pouco indignada com o sorriso abobado do rapaz, que estava todo cheio de cortes superficiais em suas pernas e braços.


- É um cientista e pesquisador super responsável na hora de conduzir uma pesquisa. Porém, quando é para aprontar, age igual a uma criança! - Resmungou a treinadora, dando um puxão de orelha a mesmo tempo grosseiro e carinhoso em seu namorado. - Acho que chega de aventura pra você hoje! Vamos retornar e procurar por Slowpokes para você!

O rapaz concordou imediatamente com a ideia. Retornar para a área segura seria o melhor que poderiam fazer. Porém, havia um problema: qual era exatamente o caminho de volta? Não haviam percorrido o trajeto até Zappy em linha reta, portanto, havia a possibilidade de se perderem. Sem muitas opções, o casal então caminhou no que julgavam ser o caminho correto.

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Blake e Miranda conseguiram passar pelo desafio imposto pelos Zubats de forma gloriosa, estavam indo melhor do que o esperado e nenhum Pokémon do jovem McBride foi nocauteado. Uma preciosa evolução foi agraciada pelo jovem McBride, Zappy agora era um Raichu e tinha potencial o suficiente para se tornar um dos Pokémon mais poderosos do rapaz.

Antes de procurarem a saída, o jovem pesquisador pegou duas Pokébolas e lançou uma delas em direção ao Pokémon venenoso, a esfera sugou o Pokémon e começou a se debater, porém, passado alguns segundos a Pokébola se rachou e o nocauteado Golbat tomou forma, deixando claro que seria difícil conseguir captura-lo. A segunda tentativa de Blake foi mais sofrida, os segundos demoraram a passar, mas ao contrário do que havia visto antes, a esfera não se partiu em mil pedacinhos, pelo contrário, se estabilizou e após um tempo foi levado diretamente ao storage do garoto.

Após todas essas revelações, McBride e sua namorada começou a procurar a saída daquele lugar. O casal andou por algum tempo, mas ao constatarem que os Zubats que haviam derrotado a pouco tempo estavam no meio do caminho mesmo depois de um bom tempo caminhando constataram que andavam em círculo. Talvez encontrar uma nova entrada fosse a melhor saída. O sul não havia sido explorado, talvez pudesse levar a saída daquele labirinto...

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Inocente e otimista como de costume, Blake acreditava que a batalha com aquela horda de Zubats era o pior que poderia ter lhe acontecido ao se aventurar naquele poço. Engano grave. Após circular por um bom tempo em busca do retorno para a parte explorada da caverna, Miranda e Blake perceberam que estavam andando em círculos. Ao passar pelos Zubats novamente, Miranda ficou claramente frustrada e cobrou uma atitude de seu namorado:

- Melhor a gente sair logo daqui! Questão de tempo para a gente passar por aqui de novo e dar de cara com esses Zubats acordando e nos atacando mais uma vez!

- Pelo menos agora eu estou com o líder deles! Acho que eles me respeitariam! - Foi a resposta de Blake, divertindo-se com a situação hipotética. Porém, logo percebeu a cara de desprezo da Miranda e desconversou. - Acho que poderíamos pegar um caminho diferente. Procurar outra saída da caverna me parece ser a melhor opção.

Miranda resmungou um pouco, deixando bem claro que havia sido escolha de Blake se meter naquela roubada. Sem escolhas, o casal então prosseguiu para o único caminho que não haviam ido, ao sul.

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Blake e Miranda estavam tendo um pequeno conflito, Miranda estava brava com a tranquilidade de McBride, que não estava muito preocupado nem com os Zubat e nem com o fato de estarem andando em circulo. A única alternativa que o casal encontrou foi andar em direção ao sul, onde a caverna mostrou que poderia esconder muitas surpresas ainda.

A medida que andavam por ai, o casal se de parava com mais daqueles esponjosos e nojentos objetos rosados, o fato de estarem entrando em decomposição deixava uma pista do que eles eram de verdade. Um barulho um pouco conhecido foi ouvido pela dupla, era um barulho alto e cheio de força, Ninetales, que estava na frente, deu um passo para trás quando tocou nas águas do rio que transpassava aquele poço.

Blake e Miranda foram chegando mais perto e percebendo que a corrente do rio estava diretamente ligada a um caminho obscuro e desconhecido, onde se ouvia algumas vozes desconhecidas muito ao longe. O que o casal ouvia eram apenas ecos de frases não terminadas.... "Slowpoke.... Pegar...Gemas.."

As palavras não se conectavam diretamente, mas o ar de mistério aumentava cada vez mais. O que o casal faria?

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O que parecia ter sido uma boa ideia acabou se transformando em pânico. Devido a pressa em resgatar Zappy, Blake havia se esquecido completamente daqueles materiais esponjosos cor-de-rosa. Porém, ao adentrar ainda mais a caverna, o casal acabou se encontrando com mais vários daqueles objetos e aos poucos deram-se conta do que poderia se tratar.

Pelo cheiro forte e pelo aspecto nojento, aquilo só poderia ser carniça de vários pokémons que morreram ali. Levando em consideração a cor das mesmas, tudo indicava que pertenciam a Slowpokes. Aos poucos a calma de Blake foi se transformando em um misto de nervosismo e raiva. A raiva de Miranda também se transformou em medo e, apesar de fazer o possível para se demonstrar forte para seu amado, a garota agora andava agarrando-se firmemente no braço de McBride.

Aos poucos eles conseguiam ouvir vozes e concluíam que aquilo só poderia ser feito por algum humano, muito provavelmente mal intencionado. A raiva ia consumindo Blake, que cerrava seus punhos e passava a pisar no chão com mais força, fazendo barulho ao andar. Nervosa, Miranda tentava acalmar os ânimos de seu namorado. Ninetales fazia o mesmo, olhando para Blake com certa seriedade.


- Isso aqui não é hora e nem lugar para bancar o herói! Vamos simplesmente sair daqui e chamar os Rangers para verificar!

- Acho a melhor escolha também. Mas se eu me deparar com quem fez isso.... Juro que farei o infeliz pagar por isso.

O rapaz respirava fundo e tentava se acalmar. Logo o trio continuou sua caminhada através do túnel. Enquanto Miranda esperava encontrar uma saída, Blake procurava por justiça.

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Aquelas palavras deixaram Blake curioso, aquelas palavras deixaram o garoto em guarda, pronto para o que der e vir. Miranda procurava por uma saída, contudo, parecia que esse objetivo não seria bem fácil de ser completado, Mcbride e Musgravess seguiam o pequeno riacho na direção contraria de onde as vozes vinham.

A caverna novamente pregava peças no casal, pois ao chegarem em uma aparente saída o casal acabou se deparando com um grandioso lago, que se estendia por todo o canto, era cristalino e guardava em suas profundezas muitas espécies de Pokémon, que, em sua maioria, eram Slowpokes. Ninetales iluminava boa parte daquele local, que mostrava novamente alguns objetos esponjosos em decomposição. Pensando ser alguma ilusão ou algo assim, McBride viu e ouviu uma jovem dizendo bem baixinho:

- Ei, ei. Vocês dois, se escondam, venham aqui antes que o homem de jaleco branco chegue! Corram antes que ele veja vocês!!!

A voz dizia em um sussurro preocupado, naquela grande imensidão o casal ouviu alguns passos vindos de longe. Precisavam correr o mais rápido possível e se esconder em algum lugar. O que fazer?

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Logo a busca por uma saída resultou no encontro do que aparentava ser a saída da caverna. Porém, para a surpresa do casal, tratava-se de um enorme lago cheio de pokémons aquáticos habitando o local. Entre eles, vários Slowpokes, fato que deixou McBride animado. Porém, ele sabia que não era o momento para isso.

Aqueles objetos esponjosos que cheiravam a carniça continuavam espalhados por todos os lados e logo o casal pode ouvir o som de passos se aproximando, o que fez o nervosismo tomar conta de ambos. Porém, Blake teve a impressão de ter visto uma garota próxima dali e logo eles ouviram a voz dela, num tom baixo, dizendo para se esconder antes que o homem de jaleco branco chegasse. Confusa, Miranda logo questionou o seu namorado em um tom de voz baixo, de forma que apenas ele escutasse:


- E aí? Será que vale a pena confiar nela?

McBride estava tão confuso quanto sua namorada. Porém, sua intuição sentia verdade nas palavras da garota e, por tal razão decidiu confiar na mesma e obedecer o que ela havia falado. Puxando Miranda pelo braço, disse para a mesma num tom de voz mais baixo:

- Para ela estar escondida aqui ao invés de perambulando pela caverna, deve estar tão encrencada quanto a gente! Melhor fazer o que ela diz por enquanto.

O casal logo procurou algum local propício para se esconder. Assim que encontrasse o ponto certo, Miranda retornaria Ninetales para sua pokébola. A luminosidade da pokémon poderia acabar entregando a posição deles para o dono daqueles passos ameaçadores.

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Mesmo tendo dúvidas do quanto aquela garota poderia ser confiável o casal resolveu seguir seu instinto e então se escondeu assim como a garota. Atrás de algumas pedras que se mesclavam muito bem com a paisagem nada convencional daquela caverna o casal ficou sem mover um único músculo, Ninetales retornou a sua Pokébola de boa vontade, seu brilho natural poderia acabar com o disfarce.

O barulho de passos ficou cada mais alto, foi quando o casal pôde ouvir uma risada medonha que ecoou por toda a caverna. Num ato corajoso e sucumbindo totalmente a curiosidade o garoto deu aquela espiada, por sorte o homem estava mais ocupado com uma pequena máquina, semelhante a uma arma de raios de um típico filme de ficção cientifica, que soltava um impulso elétrico sobre o lago. No começo não foi percebido nenhuma anomalia no lago, contudo, após alguns minutos, vários Slowpokes foram saindo em fila indiana e seguindo o homem, que dizia se vangloriando dele mesmo:

- HAHAHA. Agora que consegui mais uma leva de Slowpokes é só começar os testes. Nunca pensei que conseguir um Pokémon com Regenerator fosse tão complicado.

Logo os passos foram se distanciando, mas os passos dos aquáticos ainda eram bem fáceis de seguir, já que suas patas molhadas deixavam marcas no chão. Quando viu que o ambiente era seguro a garotinha saiu de seu esconderijo, como a caverna era bastante escura não foi possível perceber muitos detalhes de sua roupa, somente alguns detalhes em neon na camiseta da garota. A garota tinha um tom de preocupação na voz:

- Vocês viram aquilo, aquele homem é louco, o que ele pensa que está fazendo com os pobres Slowpokes? Venho investigando as ações dele durante algumas semanas, as coisas que ele faz não são humanas, ele parece não se importar com os Pokémon...

A garota apenas dava informações incompletas assim como tudo que chegava a eles desde o começo quando o casal resolveu botar os pés naquela inexplorada caverna. A única coisa certa que McBride e Musgraves tinham de certeza era o fato de que aquele cientista não era uma boa pessoa...

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A intuição de Blake estava correta. Seguir a dica da jovem foi o melhor que poderiam ter feito. Logo o tal homem do jaleco apareceu e surpreendeu a todos, usando o que parecia um dispositivo de algum filme de ficção científica para manipular os Slowpokes e levá-los para outro lugar. Também no maior estilo de vilão de filme de ficção, o homem acabou falando algo abstrato sobre seu plano, que necessitava de um Slowpoke com a habilidade Regenerator.

Enquanto Miranda tremia de medo, Blake parecia alheio a tudo. A mente do rapaz funcionava a todo vapor, tentando compreender o porquê de tanto interesse naquela habilidade especial. Logo a jovem se revelou novamente e explicou sua situação. Estava espionando o homem durante semanas e disse que ele era desumano. Logo a desconfiada Miranda entrou em ação, questionando a jovem o máximo que pode:


- Por que você tá espiando ele por esse tempo todo? É uma Ranger ou tá querendo bancar a heroína? Melhor chamar a polícia e vazar logo daqui, erm... - Com um tom de voz um pouco rude, a jovem percebeu que ainda não conhecia a garota. - Qual é o seu nome mesmo?

Antes que a jovem pudesse responder, Blake teve um flashback de suas aulas de biologia marinha na faculdade. Alguns espécimes de Corsola possuem a habilidade natural de regenerar mais aprimorada que o normal. É super comum as pequenas rosadas serem atacadas por predadores e perderem algum membro e o mesmo crescer novamente após alguns dias, até mesmo horas. Slowpokes e suas evoluções são a única espécie aquática que possui um comportamento similar, devido ao fato de pescarem seu alimento constantemente com o rabo. Muitas vezes predadores acabam arrancando o rabo dos aquáticos e com isso eles não possuem condições de pescar. Alguns deles possui a capacidade de regeneração aprimorada e o rabo acaba crescendo novamente em pouco tempo.

Logo o rapaz começou a ligar os pontos... Aqueles pedaços rosados esponjosos no chão, o cheiro de carniça, um psicopata querendo um Slowpoke com a habilidade Regenerator... Aquele homem estava mutilando os aquáticos em busca de um deles com a habilidade raríssima! O rapaz imediatamente ficou preocupado com os rosados e decidiu que deveria agir.


- Ele vai mutilar aqueles Slowpokes até encontrar um deles com a habilidade que ele quer. Não vai dar tempo de chamar a polícia! A gente tem de fazer aqueles Slowpokes dar meia volta o quanto antes! - Dizia Blake, claramente nervoso. Em seus tempos de estudo não tolerava ver pesquisas cientificas que fizessem mal à saúde dos monstrinhos de bolso. - Esse cara precisa parar o que está fazendo o quanto antes!

- Você tá louco, Blake?! E se esse cara pegar a gente? O que vai acontecer? Já te falei para não bancar o herói! - Miranda protestou, nervosa. Ela ainda não acreditava no que o rapaz havia feito em Ilex e tinha medo da adrenalina subir a cabeça dele e fazer com que ele se ferisse por isso. - Vamos embora, chamar a polícia! Por favor!

McBride olhava para sua namorada. Ela sempre queria bancar a durona, mas, dessa vez, estava nervosa e vulnerável. Lágrimas tomavam conta de seus olhos, fazendo com que ele se sentisse culpado. Mas ele não podia dar o braço a torcer. O que estava acontecendo com os aquáticos precisava ser impedido o quanto antes.

- Sinto muito, meu amor. Não posso simplesmente fugir. Preciso descobrir o que ele está usando para manipular os Slowpokes e salvá-los. - Foi a palavra final de Blake, dando um beijo na testa de sua amada e a abraçando com força. Ele então voltou o olhar para a jovem que os ajudou anteriormente e provou confiar nela. - Me chamo Blake e essa é minha namorada Miranda. Espero que eu possa contar com sua ajuda.

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