Pokémon Mythology RPG
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Vorwärts! Vorwärts! Im Norden!

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Off: Único rumo que pretendo tomar nessa rota é ir pra Mauville. A rota é grande, sinta-se livre para fazer o que quiser, se quiser botar um plot enorme, pode botar. Não quero demorar muito pra chegar em Mauville, mas também não vou sair reclamando porque você (narrador) fez X, Y ou Z. Sinta-se livre para dar a louca desde que não quebre nenhuma regra e seja justo.

Mas bem, tem algo que quero muito fazer aqui: Chocar meu Egg de Ralts. Falta apenas 2 páginas pra ele chocar, mas como eu tenho o meu Magby com Flame Body, a velocidade de chocamento do ovo é dobrada, por isso ele pode chocar já quando essa página terminar. E sério, se vier outro Ralts male eu juro que vou esfolar o responsável ou pior: narrar uma rota dele. E todo mundo sabe que Nerkon narrando é bonzinho, mas demora mais pra postar do que um Slowpoke demora pra dar a volta no mundo, fica o aviso. -q

Ah, e sério, não fica com medo de me narrar só porque é o Nerkon, eu posso até ser feio, mas não mordo não. :<

Minha última passagem no Centro Pokémon foi em Cerulean, por mais estranho que pareça, é essa aqui, e não, não me envolvi em batalha na minha rota anterior. (Que durou meses)




Quando saiu de Slateport, Gabriel percebeu que o dia já estava escurecendo e que muitas nuvens cobriam o céu, indicando chance de pancada de chuva, ainda que não tivesse o risco de ser algo tão ruim quanto as chuvas que se tornaram rotina em Kanto e Johto. Pelo menos era possível dizer que o loiro e a criança que o acompanhava não se importavam muito com o risco de chuva, mas sim com o fato de que caso demorassem muito na rota, teriam de acampar em algum lugar.

Claro, a caminhada da dupla foi interrompida quando um celular tocou. Era o de Gabriel, que sem tardar atendeu o aparelho e o encostou no lado direito de sua face.


- Alô? Quem é? - Perguntou, mas não foi necessário esperar a outra pessoa falar muito para que ele entendesse o que aconteceu: Era seu avô.

- Gabriel? O que você está fazendo? Já está ficando tarde e você ainda não apareceu por aqui. - O homem questionou, sem saber que, na verdade, o treinador havia se esquecido de seu compromisso e já estava na rota 110, caminhando em direção a Mauville. Como era de se esperar perante tal situação, Gabriel cessou a caminhada e em seguida deu um piso firme no chão, além de bater com a palma da mão esquerda no próprio rosto.

- Puta que! - Ele gritou, mas não completou, ciente de que ainda estava ao telefone. O loiro escutou alguns resmungos, provavelmente porque seu avô não entendia o que diabos ele estava fazendo, e como resultado fez o possível para se acalmar, respirar fundo e voltar a falar. - Eu esqueci. É, esqueci! Acabei me desviando e negociando umas trocas com uma conhecida, daí não me lembrei de ir aí e ainda agora estava indo pra Mauville. Não sei nem o tanto que eu já caminhei, para falar a verdade. - Ele não mentiu. Tudo aquilo era verdade, inclusive o fato de que ele precisaria checar o GPS para saber onde exatamente estava na rota, pois a única coisa da qual estava ciente era de que ele havia seguido para o norte por algum tempo.

- Você viu... Como é que você fica tanto tempo sem visitar sua família pra depois se esquecer de algo assim? - O avô de Gabriel questionou, pronto para seguir tais palavras com um sermão longo e duro, mas seu neto o interrompeu antes que ele pudesse continuar.

- Escuta, sem sermão. Eu sei que esqueci, tá? Não é como se minha memória fosse uma merda que prestasse. - Respondeu, sem pensar duas vezes. Seu tom de voz dava a impressão de que ele próprio já havia se irritado com todo aquele problema. - Olha... não sei o que vou fazer, eu pretendia ir para o ginásio de Mauville. Quer que eu volte logo ou prefere ter um tempo?

- Resolva logo seus problemas. Não vamos sair daqui, mas tente não demorar demais. - O homem respondeu de forma curta e grossa, despediu-se e, sem dar tempo para Gabriel respondê-lo, desligou o telefone.

- Não é como se eu não entendesse a razão para você ficar com raiva de mim. - Em baixo tom de voz, Gabriel reclamou consigo mesmo. Mais que seu avô, ele era quem estava irritado consigo mesmo, pois pretendia tirar "férias" em Slateport quando se distraiu demais e esqueceu de tudo, ainda que tal tipo de situação - por mais absurda que pareça - não seja exatamente alien ao rapaz. O adolescente então virou-se para Anna, que durante todo aquele tempo esteve se perguntando o que o jovem estava fazendo, e voltou a falar, desta vez controlando melhor a própria voz para não assustar a criança. - Desculpa, era meu avô. Vamos continuar a caminhada, mas depois voltaremos para Slateport, tudo bem?

A garota silenciosamente afirmou com a cabeça, inocente e sem ter ideia do que Gabriel havia feito. Duma forma ou de outra, a dupla acabou por continuar a caminhar em direção a Mauville, sem saber o que os esperava pelo restante da rota.

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Off :


Nuvens em um tom acinzentado amedrontador tomavam conta do céu da rota cento e dez naquele fim de tarde. Ana, por sua vez, tentava demonstrar todo o seu incomodo com a possibilidade de um banho de chuva que poderia estar se aproximando. Contudo, Gabriel, mesmo percebendo todas as caras e bocas da garotinha, ainda se encontrava perdido em seus pensamentos sobre toda a conversa que ele tinha tido com seu avô, afinal, querendo ou não, o loiro poderia ter comprometido a relação, que já não era lá muito boa, que ele tinha com sua família após aquele breve momento.

Mesmo com parte de seus pensamentos voltados para tudo o que tinha acontecido, o herdeiro dos Paiva seguia firme em seu plano de avançar até a bela cidade de Mauville. Ao seu redor, o ecossistema que ali existia parecia não se importar com a dupla de intrusos que avançavam com passos lentos por uma estrada de terra batida. Caminho este ladeado por exuberantes árvores e arbustos que, somados a brisa de uma chuva que se aproximava, tornavam o clima ao redor agradável e que deixava uma sensação de paz e sossego.

Por um tempo, aquela paisagem parecia que os acompanharia durante toda a travessia. Entretanto, depois da dupla avançar mais alguns metros na estrada que ligava as duas cidades, dentre aquele bosque que crescia em todos os lados, algo que Gabriel poderia não esperar acabou surgindo em uma aparente clareira, espaço rodeado por árvores, flores, arbustos a direita dele e depois de uma barreira de uma mediada erva.

A voz que ecoava ali já era algo de se admirar, porém,o inesperado surgimento de uma bela jovem que falava ao celular enquanto segurava uma espécie de câmera fotográfica, acabou deixando o treinador sem saber bem o que fazer:

Garota :


- Não se preocupe comigo mãe! Já te disse, quando terminar estas fotografias, eu irei voltar o mais rápido possível para casa. No entanto, tente se preocupar menos, eu sou bem grandinha e sei como me cuidar. Mas, agora, tenho outra coisa para resolver.... Olá! Posso te ajudar em alguma coisa? – Eram as palavras da jovem que, depois de falar ao celular e notar a presença de Gabriel e Anna, se virou para o treinador e olhou fixamente para seus olhos.

Com isso, diante daquela inesperada situação, restava saber o que o nativo de Blackthorn faria a partir daquele momento.

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Off: Grosso. u.u

E pode deixar, seu Stunfisk já tá empacotado. Vai até dar pra combinar com o do Artie.

Pensava que a NPC era uma NPC do Mathito por já ter visto ele usar a imagem dela antes, mas aí me toquei que a ficha não tinha sido aprovada. D: Triste, já estava fazendo planos pra poder zoar com a cara dele depois.
E sim, o exagero rolou solto nessa minha narração



A paisagem da rota, apesar de superficialmente lembrar Kanto ou Johto, certamente era diferente ao se analisar o ecossistema local mais de perto. Mesmo Gabriel - que não possuía conhecimento substancial sobre botânica - foi capaz de perceber as muitas espécies diferentes de plantas que encontrou por todo o percurso já trilhado. Dizer que a paisagem de Hoenn era algo menos que exuberante teria sido deveras injusto para com a beleza da região, além do mais o treinador ali presente mal podia esperar para explorar as florestas tropicais que adornavam Hoenn especialmente em seu lado oriental.

- É bonito, não é? - O loiro comentou, numa tentativa de iniciar conversa com Anna. A garotinha certamente não tinha o mesmo interesse nos detalhes minuciosos da paisagem da rota que seu acompanhante possuía, porém foi capaz de perceber certa delicadeza na voz do rapaz, como se demonstrasse tranquilidade e calma - em alto contraste para com o tom de voz empregado por ele minutos antes. Não, o jovem certamente não odiava seu avô ou família, tampouco sua família nutria ódio por ele, muito pelo contrário, porém o stress que ele havia acumulado durante bastante tempo por vezes extravasava, ainda que naquela situação todos os problemas que possuía parecessem terem sido levados pelo ar. Vagamente ciente de tal fato, a criança apenas sorriu e afirmou com a cabeça, aproveitando a paisagem conforme a dupla atravessava a rota.

Mas, repentinamente, o rapaz escutou algo. Inicialmente não conseguiu discernir o que era, porém sua curiosidade logo levou-o a aproximar-se da origem do som, cuja identidade foi relevada como sendo uma bela voz feminina. Apesar de tímido, o treinador continuou a aproximar-se como se hipnotizado pela voz e por sua curiosidade, no final das contas ele simplesmente pensava em encontrar a dona de tal voz.

E a encontrou. Ao telefone, a bela garota era - pelo menos aos olhos de Gabriel - extremamente bonita, detentora de cabelos loiros lindos, os quais graciosamente balançavam ao vento e deixavam até mesmo o tímido Gabriel perplexo. No final das contas, a jovem virou-se para ele e então revelou seus belos olhos azuis, os quais apenas "pioraram" a situação para o adolescente. Certamente não estava apaixonado, dificilmente sentiria tais sentimentos à primeira vista, porém não era exagero dizer que o aventureiro de Blackthorn encontrou-se petrificado por alguns segundos. Seus olhos escanearam a paisagem à frente, da qual a garota fazia parte, e apenas após tal feito foi que sua boca começou a mover-se.


- Desculpa, interrompi algo? - Ele calmamente perguntou. Era estranho dizer isso, porém sua timidez havia até então sido praticamente cancelada por qualquer que seja o "feitiço" lançado sobre o loiro, cujo rosto corou assim que ele deu-se conta da situação na qual encontrava-se. Anna, ao contrário de Gabriel, não estava interessada na loira, muito pelo contrário, e rapidamente escondeu-se por trás de seu protetor, ainda que um de seus grandes olhos vermelhos olhassem a desconhecida de longe.

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Off :


- Não, você não interrompeu nada. Para falar a verdade, foi até bom, não estava mais aguentando toda esta conversa da minha mãe. Por que as mães sempre inventam problema onde não tem? Nunca vou entender estas coisas. – E depois de um irônico sorriso brotar em sua face enquanto ela caminhava em direção à dupla, a jovem continuou: - Só que, se parar para pensar, às vezes ela pode ter até razão. Eu tenho que aprender a parar de dar confiança para estranhos. Quem pode me garantir que, você, não é um destes bandidos que minha mãe tanto fala (risos) – Enquanto se abaixava e procurava sorrir para uma envergonhada Anna, que se mantinha escondida atrás das pernas de Gabriel, a moça finalizou: - Mas é muito difícil um bandido estar acompanhado de uma garotinha tão linda como esta. Não é mesmo? – Com estas últimas palavras, a jovem já se colocava novamente de pé e sorria de uma forma completamente envolvente para Gabriel.

A escuridão que tomava conta do céu parecia se intensificar a cada novo segundo que passava. O inesperado encontro entre o treinador e a, ainda, anônima garota impedia que Gabriel se desse conta do problema que estava se aproximando. Já Anna, mesmo envergonhada, olhava o clima ao seu redor tentando avaliar a proximidade, ou não, da chuva que parecia não tardar a começar. Entretanto, antes que a jovenzinha pudesse se manifestar, Gabriel, que não tirava os olhos da moça, comportamento que era compartilhado pela sorridente jovem , acabou sendo surpreendido pelas novas palavras:

- Mas enfim, Meu nome é Sophie Easthood, sou uma estudante de paisagismo e treinadora de pokémons nas horas vagas. – Foram palavras ditas pela moça antes dela estender o braço direito em direção ao herdeiro dos Paiva e concluir: - Já você, quem é?

Com isso, enquanto trovões e mais trovões se manifestavam no céu acima da cabeça deles, restava saber como Gabriel se portaria diante de uma jovem bastante comunicativa e que demonstrava uma admirável simpatia.

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Off: Pode deixar que se vier male eu vou me livrar dele mais uma vez. Q

À medida que a garota o respondeu, o loiro permaneceu avermelhado, tendo alcançado seu pico de nervosismo - aquele que sempre alcançava durante o início das conversas ou quando fazia alguma burrice extrema tal como havia feito bem mais cedo, quando esteve com Winnie. O rapaz tentou continuar a conversa, porém seu estado o impediu de executar tal ato e ao invés disso ele teve de aguardar até que recuperasse a própria composição.

Tal processo de recomposição por muito pouco não falhou quando a desconhecida começou a caminhar em sua direção, na verdade aquele simples fato foi o bastante para fazer o coração de Gabriel palpitar conforme a bela jovem aproximava-se. Por outro lado... ele sentia-se menos nervoso, ou pelo menos o bastante para responder àquela desconhecida quando ela continuou a falar.


- Está certa, as rotas têm estado bem perigosas ultimamente... - Tentou não fazer nenhuma declaração "polêmica", decidindo por apenas concordar com a garota na tentativa de não provocar algo indesejável. Quando a estranha dirigiu-se à Anna, a garotinha tentou esconder-se melhor atrás do loiro, ao mesmo tempo em que tapava o rosto com a camisa que Gabriel vestia. Ao perceber que sua protegida possuía bem mais dificuldades em interagir com aquela loira do que até mesmo ele tinha, Gabriel foi capaz de recuperar parte de sua coragem e tentou manter-se com postura mais séria, ao mesmo tempo em que pôs a mão direita sobre a cabeça de Anna. - Desculpa por isso, ela é muito tímida. - Mais calmo, o jovem de Blackthorn deu seu aviso sobre a criança sem desviar a atenção da garota à frente, a qual em seguida apresentou-se como Sophie Easthood e estendeu o braço em sua direção. Por um breve momento, o treinador não soube como deveria responder ao gesto feito pela recém-conhecida, pois simplesmente não possuía experiência com apresentações, muito menos quando tal apresentação deveria ser destinada a uma bela dama. De fato, apesar de tímido, ele deveras temia a possibilidade de causar uma má impressão a uma tão linda jovem, porém pelo menos desta vez ele não tinha de se preocupar com as trapalhadas que ele e Anna fizeram quando encontraram Winnie, logo Gabriel não sentia tamanha carência de auto-confiança como horas atrás.

- Meu nome é Gabriel Paiva, sou apenas um treinador Pokémon comum que saiu de jornada depois de completar o ensino médio. A garota aqui é Anna Bertrand, ela viaja comigo. - Apresentou-se e então fez o mesmo para Anna, tentando evitar perguntar o que era paisagismos. Por um lado, ele apenas exibiu um sorriso tímido e tranquilo, porém o loiro não deixou de perguntar a si mesmo o que diabos era paisagismo, pois se a garota tocasse demais no assunto iria ficar óbvio que ele não fazia nem ideia do que aquilo era. - Estava passando pela área e indo para Mauville quando escutei sua voz e me aproximei, o que você faz por essa rota?

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- Prazer em conhecer você Gabriel, é sempre bom encontrar outros treinadores, mesmo eu não sendo lá muito boa em batalhas pokémons.  E você também Anna! – E depois de um sorriso voltado a pequena garotinha, Sophie prosseguiu: - Então, eu nasci em Verdanturf, porém, atualmente, moro e estudo em Mauville. Como tenho que preparar um trabalho para o próximo semestre sobre uma paisagens ao redor de Mauville, optei por vir para a rota cento e dez atrás de algumas inspirações.  Sendo assim, devido à necessidade de materializar estas paisagens, trouxe esta câmera fotográfica comigo para retratar tudo o que eu usarei em meu trabalho, afinal, quero que minha paisagem se aproxime o máximo possível da realidade existente aqui.  – E enquanto abaixava a câmera que anteriormente havia sido apontada em direção ao rapaz, um estrondoso trovão ecoou por toda a rota cento e dez e acabou mudando os rumos daquela conversa: - Nossa! Esta tempestade não tardará a começar. Se vocês quiserem me acompanhar, sei de uma taberna aqui perto que poderá nos dar abrigo pelo menos até o final da tempestade. Lá, poderemos continuar nossa conversa. Adoro escutar historias de belos lugares, e como você é um treinador, tenho certeza que escutarei sobre as paisagens que você já conheceu. Enfim, vou parar de falar, já me disseram que falo demais (risos). - E com um envolvente sorriso em sua face, ela finalizou: - Mas, e aí, o que você me diz?

Ainda desconfiando das reais intensões da garota, Anna parecia convencida a sair daquela estrada, afinal, como o próprio céu já havia avisado, a tempestade não tardaria a envolver todo aquele ecossistema.  Quanto a Gabriel, restava a ele decidir se aceitaria ou não aquele convite, pois, querendo ou não, caso ele o aceitasse, o jovem tinha conhecimento que precisaria interagir por mais tempo com a garota, fato que seria um desafio e tanto para ele.

Com isso, enquanto novos trovões iluminavam o céu, Sophie, depois de apanhar sua mochila, guardar sua câmera no interior da mesma e lançá-la em suas costas, se voltou novamente a Gabriel:

- Gabriel, eu não quero te apressar. No entanto, precisamos mesmo sair daqui... – Foram as palavras ditas pela bela loira enquanto ela já se lançava por uma bifurcação a direita que o jovem Paiva claramente não tinha percebido a sua frente.

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Sem falar uma palavra sequer, Gabriel escutou com atenção às palavras de Sophie, crente de que a explicação da garota o ajudaria a entender o que era paisagismo, mesmo que apenas um pouco. De acordo com o que o loiro entendeu, a loira tinha o objetivo de retratar uma paisagem - como o termo, de certa forma, já sugeria -, porém não com pintura ou fotografia, do contrário a garota provavelmente teria usado termos que um leigo no assunto pudesse entender, o que causou certa dúvida no treinador, pois ele ainda não conseguiu deduzir com certeza do que paisagismo tratava-se, ainda que agora possuísse uma ideia vaga do assunto. Sem opções, ele decidiu se concentrar na conversa.

- Verdanturf e Mauville? Certamente gostaria de conhecer tais lugares, pois na verdade cresci em Johto e nunca saí de lá ou de Kanto, onde iniciei minha jornada. - O adolescente sorriu brevemente, antes de recordar-se de coisas não tão agradáveis e desfazer o sorriso. - Infelizmente, as coisas por lá não estão boas... chuva e mais chuva, imagino que você provavelmente já viu em alguma fonte de notícias. - Até aí tudo bem. Apesar de demonstrar certa dificuldade para falar e ocasionalmente atrapalhar-se com a pronúncia de alguma palavra, Gabriel conseguiu fazer a conversa fluir bem, portanto desde que não acontecesse algo para deixá-lo nervoso novamente, provavelmente não teria muitas dificuldades em continuar a lidar com Sophie. Por outro lado, quando Sophie apontou para o fato de que uma tempestade estava se formando, o loiro não gostou nem um pouco de que seria forçado a pausar sua ida até Mauville por conta da chuva. Quando a garota ofereceu levá-lo numa taberna próxima, Gabriel inicialmente hesitou, mas bastou que um trovão assustasse Anna o bastante de maneira que a criança o segurasse com mais força para que ele decidisse aceitar o convite. - Certo, vou com você então. Vamos Anna, é melhor não estarmos por aqui quando a chuva começar.

Dito aquilo, o rapaz lentamente aproximou-se de Sophie com o intuito de segui-la.

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Os sinais de que a chuva naquela região não demoraria a cair estavam cada vez mais claros, afinal, os trovões, que antes ecoavam isoladamente, agora eram acontecimentos quase que rotineiros, além do mais, a brisa, que antes dava apenas uma leve refrescância, tinha se transformado em poderosos ventos que envolviam folhas, galhos e até mesmo as roupas do trio que tentava avançar as pressas pelo caminho. Contudo, mesmo com um ambiente nada favorável, Sophie, sendo acompanhada por Gabriel e Anna, procurou manter o diálogo visando tranquilizar seus novos amigos, enquanto apertava o passo rumo ao local apontado por ela:

- Tenho certeza que você adorará conhecer ambas as cidades Gabriel. Além de que, tem muitas coisas para se fazer em cada uma dessas metrópoles e, como eu imagino, você, um treinador, não irá perder a oportunidade de desfrutar tudo o que elas tem a oferecer. – E acelerando seus os passos, fato que fez com que o loiro e pequena Anna tivessem que fazer o mesmo, a bela continuou: - Quanto aos acontecimentos em Kanto e Johto. Estou realmente assustada com tudo isso, é muita catástrofe para dois continentes só. Para falar a verdade, venho há muito tempo tentando entender tudo isso, porém nem os especialistas conseguem dar uma explicação aceitável. Enfim, estou realmente preocupada com as pessoas que vivem lá...

Enquanto seguia em passos rápidos, Sophie se mostrava um indivíduo envolvente, já que, a cada palavra, a moça, de uma forma natural, usava os mais diversos gestos para descrever tudo o que ela dizia estar sentido e, isso, querendo ou não, prendia a atenção de todos os que acompanhavam suas palavras e curiosas movimentações. Graças isso, a jovem conseguiu entreter Gabriel e Anna ao ponto de ambos só perceberem a aproximação da tal taberna no momento em que o trio já se encontrava há apenas alguns metros do lugar. Assim, enquanto as primeiras gotas de chuva já podiam ser sentidas, Sophie, com um envolvente sorriso, falou:

- Pronto pessoal! Esta é a taberna que lhes falei...

À medida que se aproximavam do lugar, e mais gotas de chuva tocavam seus corpos, Gabriel foi se situando a respeito do tipo de estabelecimento que ele entraria, pois, acima da porta de entrada, uma placa de madeiras exibia os seguintes dizeres: “ Taberna travessia 110”. E sem tempo para avaliar o exterior da taberna, afinal, a chuva já engrossava, o jovem enfim se viu no interior daquele espaço. Lugar construído a partir de uma escura madeira, com um imenso balcão que cortava todo o lado direito do salão, com alguns tamboretes a sua frente, e mesas e cadeiras, do mesmo material que formava as paredes, se espalhavam pelo espaço juntamente de flores, pinturas, uma jukebox e tantas outras coisas comuns para um lugar como aquele .

Então, enquanto observava uma diversidade de pessoas se espalhando pelas cadeiras e tamboretes em conversas animadas dotadas de risadas e brindes, o treinador escutou as seguintes palavras:

- Pronto, está é a taberna travessia 110. O que acham de nos sentarmos e pedirmos alguma coisa para beber?

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Graças à conversa, Gabriel nem mesmo foi capaz de perceber o passar do tempo conforme o grupo aproximou-se da taberna indicada por Sophie. Quando entrou no estabelecimento para evitar se molhar demasiadamente, o loiro notou a presença de bastante pessoas brindando, conversando ou até jogando jogos típicos daquele ambiente. Sem se importar em analisar com mais cuidado o que aquelas pessoas faziam por lá - mas fazendo questão de tentar procurar por alguém de sua idade, ciente de que poderia ser outro treinador - o rapaz apenas seguiu Sophie, até que a loira que o acompanhava convidou-o para beber. Tendo de recusar, Gabriel fez um sutil gesto negativo com a mão, lentamente abanando-a dum lado para o outro.

- Desculpe, mas ainda sou de menor. - A parte da história que ele não desejava contar, é que simplesmente preferiria não arriscar se embebedar e começar a falar besteira, pois temia mais que nada passar vergonha na frente da garota ou de toda aquela gente que encontrava-se no estabelecimento. Ainda assim, não havia mentido sobre sua idade. - Mas me sentarei sim, não me importo de conversar enquanto esperamos a chuva passar. - Dito aquilo, ele começou a buscar por assentos livres - ou melhor, aguardou até que Sophie desse alguma resposta.

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- Acho que você está um pouco enganado a meu respeito Gabriel (risos). Não é porque nós estamos em uma taberna que eu irei te convidar para beber qualquer tipo de bebida alcoólica. Além do mais, tenho apenas dezoito anos e minha criação não permite algo deste tipo para uma pessoa assim tão nova, fora que eu não gostar nem um pouco desse tipo de coisa.

Certo grau de vergonha tomou a feição do treinador de Blackthorn naquele momento, afinal, o jovem não perguntou a garota o que ela iria beber e, isso, fez com que a resposta dada pela bela fosse algo aceitável diante daquela situação vergonhosa proposta por ele. Contudo, para a sorte de Gabriel, Sophie pareceu não se importar com nada do que havia acontecido, já que, sem perder tempo, enquanto surpreendia o herdeiro dos Paiva puxando-o pela mão direita, ela, seguindo pelo salão da taberna, falou:

- Mas enfim, sem mais bobeira, vamos nos sentar. Não aguento mais ficar de pé ( risos). Vamos Anna, não nos perca de vista! – Enquanto o rapaz sentia seu corpo ainda mais corado, uma vez que ele podia admirar o belo rosto da jovem, que o puxava, ao dirigir aquelas palavras a sua protegida, ele cortou todo o espaço entre as mesas ocupadas sem conseguir se dar conta de todos os indivíduos que acompanhavam todo aquele acontecimento e, isso, era algo que provava o quanto o fascínio imposto por Sophie era realmente algo a se considerar.

Então, quando enfim voltou a si, Gabriel, que sentia um peso em suas pernas graças aos esforços de Anna ao se manter junto a seu protetor, observou Sophie se sentar em uma mesa que possuía dois outros lugares livres. Assim, por impulso, causado por todo aquele surpreendente momento vivido há segundos atrás,  o loiro treinador logo se viu sentado a frente da estudante de Paisagismo com Anna na cadeira a sua direita.

A diversidade de situações que se desenrolavam ao redor da mesa ocupada pelo trio acabou por chamar a atenção do treinador, afinal, diferentes pessoas com assuntos dos mais variados faziam com que o forte som da tempestade, que agora caía do lado de fora da taberna, fosse facilmente abafado e, com isso, a atenção do rapaz acabou presa por alguns segundos. Mas o surgimento de uma mulher com uma espécie de bloco de papel nas mãos, que logo começou a falar, chamou outra vez a atenção do trio:

garçonete :


- Bem vinda novamente à taberna travessia 110 Sophie! Para os que não me conhecem, sou a Beth e estarei servindo vocês nesta tarde chuvosa. Já posso anotar o pedido de vocês?

Por alguns segundos, Gabriel conseguiu apenas observar a outra jovem que se apresentava a ele, porém ao escutar um característico som, o treinador se deu conta que tanto Anna, que ainda estava com a pasta aberta em mãos, quanto Sophie, que havia sido responsável pelo som graças ao fechar de sua pasta, pareciam ter aproveitado a existência dos cardápios, sendo que um estava fechado diante do rapaz, para passar o tempo enquanto um assunto comum entre eles não surgia. E antes mesmo que Gabriel pudesse esperar, Sophie, com o seu já costumeiro sorriso no rosto, falou:

- Olá novamente Beth! Aceito um suco de laranja, por favor! E você Gabriel, tem certeza que não irá querer nada? Não se preocupe quanto à conta, você é meu convidado (risos).

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