Chapter Four: Carry on.

Sem encontrar quaisquer vestígios de que uma das criaturas furtadoras fosse aparecer em meios às vias agitados, o jovem loiro decidiu parar por um momento para analisar como haviam ocorrido os assaltos que presenciara, chegando à conclusão de que uma provável mente por trás dessas criaturas era esperta o suficiente para conduzi-las a atacar pessoas diante as melhores oportunidades, em suma em locais aparentemente desertos, os quais àquela hora da manhã seriam difíceis de encontrar. Assim, mesmo diante as adversidades, decidiu se locomover em busca de locais com menor circulação.

Dentro de minutos de caminhada, Aaron se encontrava em uma rua de âmbito residencial, ou seja, que detinha menos estabelecimentos e uma baixa circulação de pessoas, o que talvez atendesse os requesitos de ambiente por qual procurava. Contudo, nada aparentava anormalidade ali também, era simplesmente uma via pacifica.

De repente, o jovem pode sentir algo dando leves puxões em sua calça. Olhando a para lado, encontraria uma criatura humanoide de pele rosácea e trajado apenas de bermuda e sapatos marrons. Continha os olhos repletos de lágrimas e apontava incansavelmente para a outra rua enquanto a força do puxões aumentava. Parecia que o pequeno queria levar o jovem Aaron a algum lugar.

Diante a insistência do pequeno humanoide em leva-lo a algum lugar, Aaron, desconfiado quanto às precedências dele, decidiu segui-lo na esperança de que fosse uma das criaturas que andavam assolando a cidade com assaltos nos últimos dias. Assim, logo se via um garoto sendo puxado por um Tyrogue através das ruas da cidade de Violeta.

Logo, em poucos minutos, os dois se encontravam diante de um estreito beco, que assim como os outros que o jovem já havia inspecionado não continha nada demais, a não ser, é claro, pela relaxada criatura amarela a dormir sobre uma das caçambas de lixo. Seu corpo aparentava ter um formato oval, tinha pernas pequenas e braços robustos, ambos apresentando listras pretas, continha também duas antenas em formato de um plog de tomada, onde uma pequena parcela de eletricidade corria. Por fim, tinha um desenho de raio sobre o peito e uma pequena caixinha sobre o colo.

De imediato a aquela visão, o pequeno humanoide apontou para o amarelo em meio a lágrimas enquanto puxava com firmeza a mão do jovem.

De maneira rápida e simples, o jovem conseguia identificar qual era a espécie da criatura que estava a repousar sobre a caçamba de lixo, assim como fazer hipóteses a cerca do que estaria ocorrendo nesse cenário. Dessa forma, dada a reação do pequeno lutador ao elétrico, decidiu avançar para averiguar melhor a situação enquanto o choroso ficava na entrada do beco.

Seus passos, apesar de serem curtos na provável intenção de não fazer ruídos, emitiam leves rangidos que em uma situação como aquela lhe pareciam soar mais alto que o habitual, dando a sensação de que o Elekid poderia acordar a qualquer instante, algo que talvez possa ter aumentado diante ao fato de esbarrar em uma sacola de lixo. Entretanto, conseguira alcança-lo sem maiores problemas.

A respiração do amarelo mantinha-se pesada, denotando que ele continuava a dormir profundamente. Quanto à caixinha que repousa sobre seu colo, lembra muito a um porta-relógio de unidade única, apresentando cores negras e superfície totalmente coberta, impossibilitando ver o que continha dentro.

Aproveitando-se do fato de que amarelo continuava a dormir mesmo diante aos ruídos que produzia naquele silencioso beco, o jovem decidiu que deveria pegar a caixinha em um movimento rápido e sair dali às pressas, esperando conseguir isso sem maiores problemas. Entretanto, se tornava obvio pela forma como agira que as coisas não aconteceriam da maneira como queria.

Na pressa em pegar o porta-relógio acabara por acidentalmente bater com o objeto sobre a barriga do elétrico, fazendo-o acordar assustado e saltar, ficando em pé sobre a caçamba de lixo. Diante a isso, os olhos do amarelo voaram de encontro ao garoto, analisando-o dos pés a cabeça e notando que o mesmo se encontrava com seu tesouro em mãos, fazendo-o grunhir com raiva.

Não se expondo outro resultado para tal acontecimento, Elekid, em questão de instantes, saltou para frente do jovem, impedindo sua passagem enquanto passava a girar os braços avidamente. Parecia que ele queria sua caixinha de volta, Aaron atenderia aos seus desejos?

Diante ao acordar furioso do amarelo, o natural de New Bark Town, enquanto que teorias circundavam sua cabeça a cerca do fato se a criatura era ou não possuidora da caixinha, percebeu que teria de devolver o artefato ou travar um embate com ela para que pudesse sair daquele beco, preferindo a última alternativa. Sendo assim, expurgou de uma de suas capsulas um ser de fogo para batalhar, enquanto que o humanoide permanecia na entrada do beco a olhar tudo com uma feição mista de contentamento e tristeza.

Dada às ordens de seu treinador, Ann se pôs a se preparar para expelir de sua boca brasas contra o adversário, entretanto esse se mostrava mais rápida do que ela ao correr velozmente em sua direção e acerta-la com um choque de seus corpos (Quick Attack), empurrando-a alguns centímetros para trás ao mesmo tempo em que a dava a chance acerta-lo com as brasas, fazendo-o recuar com queimaduras sobre seu busto.

Contudo, apesar das queimaduras sobre o seu corpo, Elekid tornou a planejar um ataque contra a Quilava, dessa vez criando ao seu redor um conjunto de pequenas estrelas para, sem hesitar, bombardear sua oponente com elas (Swift), acertando todas. Por fim, Ann apenas revidava ao disparar brasas contra ele, fazendo-o gemer de dor devido a ardência que causava a nova carga de calor sobre suas queimaduras.

Sem dúvidas, esse se apresentava como um combate unilateral.


Campo: Urbano. Um estreito beco que contém como delimitação as paredes de dois prédios de pequeno porte além de uma velha cerca de madeira ao fundo. A frente da cerca situa-se uma caçamba de lixo.