Chapter 1: A New Journey Begins
"Restaurando as energias"
— "Então esse Pokémon é um Purrloin... Que legal." - penso com um sorriso.
...
Ao chegarmos no Centro Pokémon, logo percebo a reação das pessoas que tapam seus narizes à medida em que nos aproximamos. A enfermeira Joy parece ser a única que não o faz, talvez por educação, mas noto a expressão dela e a maneira como seus lábios se retraem por um momento de forma involuntária. Ela estava aguentando firme, realmente, já eu não mais me incomodava tanto assim com o fedor, pois estivera pior a minutos atrás. De qualquer forma, parece que preenchemos a sala de recepção com o mau odor. Me aproximo da Joy evitando olhar para as pessoas e depois de colocar Jack em cima da bancada, passo a mão atrás da cabeça com um sorriso de constrangimento.
Ouço as palavras da Joy e aceno positivamente com a cabeça, em seguida me despeço de Edward, mas antes de ir até o banheiro peço molho de tomate para a Joy que sorri sem graça dizendo que não tem. Suspiro, não me surpreendendo com a resposta dela, mas antes que eu possa desanimar ela me oferece um sabonete líquido especial e diz servir para bloquear odores desagradáveis, pelo jeito elas usam esses sabonetes nos Pokémon que precisam de um bom banho, mas humanos podem usar também. Fico feliz com a gentileza dela e até comovida. Agradeço e então me dirijo até o banheiro feminino cuja direção ela me orientou de antemão. Chego até uma área muito bonita com plantas e um sofá, dos dois lados vejo portas cada uma dando em um banheiro diferente. Ao adentrar o toalete feminino que fica à esquerda, me deparo com duas garotas, uma delas parece ter 10 anos enquanto a outra 16, se parecem uma com a outra, devem ser irmãs ou algo assim. Ao me ver, ambas gritam assustadas.
— Tarado! - exclama a mais velha, vindo em minha direção furiosa enquanto que eu apenas levanto as mãos na frente do corpo com uma expressão confusa.
— Calma, calma... Eu sou uma garota!— Você fede e se veste como um cara, então não tente nos enganar. - implica a mais nova apontando o dedo para mim.
A mais velha cruza os braços e então fala com um tom de voz desconfiado, diz:
— Se você é menina mesmo, prove.— O que está dizendo? Não tenho como fazer isso. - minhas bochechas coram e olho para o lado com os braços fechados na frente do torso.
Ela então avança na minha direção e puxa o zíper do meu casaco, em seguida levanta minha blusa junto com a regata, dando para ver as marcas cirúrgicas em meu abdômen indo verticalmente até meu top. Empurro-a com velocidade e recuo encarando-a com o rosto vermelho e irritado enquanto meus olhos lacrimejam. Ambas me olham surpresas e a menor parece até envergonhada.
— Nunca mais faça isso, ouviu?! - corro rapidamente para um dos boxes do banheiro e fecho a porta com força trancando-a enquanto lágrimas descem pelo meu rosto.