Edward Nixon
Nascimento: 1999-06-25 - Cerulean
Carreira: Treinador
Idade: 16
Altura: 173
Peso: 76
Descrição física: Carreira: Treinador
Idade: 16
Altura: 173
Peso: 76
Spoiler :
Personalidade: Acho que sou uma pessoa tranquila e um pouco reservada em certas situações sociais. Sou atencioso ao extremo, existem ocasiões nas quias fico tão obcecado por algo que acabo esquecendo de tudo e todos a minha volta. Isso me ajuda a realizar diversas atividades, porém muitas vezes gera desentendimento. Gosto de praticar esportes principalmente de corridas. Não costumo pensar muito, sou mais de usar a intuição. Desisto fácil das coisas, não sou tão persistente. Não tenho nenhum afeto por Pokemon, pra mim eles são apenas mais um objeto que usamos para facilitar o nosso cotidiano.
Biografia: Oi, meu nome é Edward e venho por meio deste monólogo para confessar um crime que cometi. Antes de me tornar o que sou hoje, eu era apenas mais um cidadão de Cerulean City. Filho único, nasci numa famila de classe baixa. Não tínhamos um tostão sequer; contudo não nós considerávamos pobres. Especialmente meu pai quem era orgulhoso demais para admitir tal coisa. Meu pai perdeu a capacidade de andar pela nascença. Eu não sabia exatamente como ele nós sustentava, mas dava pra imaginar que o trabalho dele não era muito rentável. Ele nunca me falou à respeito. Pra falar a verdade, nós nunca conversávamos sobre coisa nenhuma. Eu odiava a mesa de jantar.
Eu não tinha grandes sonhos dos quais crianças da minha idade costumam ter. Talvez porque eu não tinha vocação para nada, e o interesse nunca me veio – Falhei na admissão dos Rangers de maneira épica, prefiro não comentar mais a respeito; Já fui a um dos laboratórios de pesquisadores para trabalhar como ajudante, porém me recusaram porque eu era muito novo na época. Eu queria ganhar dinheiro para ajudar meus pais, fazer dinheiro rápido. E não parecia que ser um treinador, coordenador ou criador iriam me render muita grana, então eu nem ao menos dei uma chance a eles. Ou a mim mesmo.
Se há uma coisa que realmente gosto e atrai o meu interesse neste mundo, ela é a Aiko. Uma jovem rebelde de cabelos rubros a quem conheci numa loja de conveniência. Peguei-a no ato, enquanto ela furtava um item do estabelecimento. Mas não a entreguei aos donos da loja, e como poderia se meu corpo fica inerte toda vez que nossos olhos se encontram? Além disso, o sorriso da Aiko fazia todos os problemas se esvaziarem da minha cabeça e eu só pensava nela o tempo todo. Depois de sair da loja, fomos andar para nos conhecermos melhor. Ela queria me agradecer por não dizer nada e, uma coisa levou a outra, fiquei a par da situação dela; Aiko é filha de um dos sub-líderes da equipe Rocket e foi treinada desde o seu berço para ser uma criminosa. Ela não estava muito contente com a vida e seus pais deixavam-na completamente louca, monitorizando cada e qualquer ação dela. Não a deixavam fazer amizades com outras crianças, apenas inimizades. Entretanto, a garotinha ruiva se sentia presa naquele mundo, pois roubar era única coisa pela qual tinha aptidão e não soube dizer se seria capaz de se virar sozinha quando deixasse a organização.
Em toda minha vida, nunca tive tanta certeza quanto àquele momento. Eu havia decidido em me tornar um Rocket e virar parceiro criminoso da Aiko. Ficaríamos juntos para sempre até o mundo acabar, literalmente. Por ela, não me importava se o mundo queimasse por inteiro ao ajudar a equipe Rocket alcançarem seus objetivos. Sem eu perceber, um mês depois do nosso primeiro encontro, estávamos num parque no dia em que eu disse tudo aquilo em voz alta. Tempo parecia voar quando eu estava na companhia da Aiko. O meu comentário acabou atraindo olhares curiosos e alguns risos. Afinal, eram apenas palavras inocentes de uma criança e os testemunhos da minha declaração continuaram o seu respectivo caminho. Exceto pela Aiko que me fez jurar e logo colocou à prova o peso da minha promessa.
Para obter a aprovação dela, eu teria que passar por um pequeno teste – roubar a Pokedex de um treinador. Quando aceitei o desafio dela, não vi nada de demais naquilo. Seria apenas uma pokedex que eu estaria roubando. Foi o que pensei, mas eu estava muito enganado.
Eram três horas da madrugada, e eu ainda estava acordado naquele dia fatídico. Eu sabia que aquele teste não valia de nada para a equipe Rocket e não acarretaria a minha ingressão na organização se falhasse, entretanto eu queria realizá-lo a qualquer custo. Eu estaria mostrando a Aiko do que sou capaz e que eu tinha potencial para ser o futuro parceiro dela. Além de que, ela teve que passar pela mesma experiência para ser oficialmente admitida na organização. Então esse teste tinha um significado especial.
Por mais que eu tentasse, não conseguiria pregar os olhos naquela noite. Levando o Abra que pertencia à Aiko, sai de casa para tomar um pouco de ar e fazer um pequeno exercício para liberar a tensão do meu corpo. Este Pokemon serviria para me auxiliar no teste da garota.
Lá fora, as ruas se encontravam vazias e o nevoeiro dava um toque fantasmagórico à cidade. A qualquer momento iria voltar a chover. Dei algumas voltas pela cidade e acabei saindo dela pela rota 24. Haviam se passado cerca de duas horas, até eu ouvir o primeiro sinal de vida; era uma voz familiar, exaltante, parecia estar comemorando. E eu também, pois não estava acreditando na minha tamanha sorte. Encontrar com o meu vizinho, Mark, de dez anos a quem eu conhecia desde de que me lembro por gente, carregando uma pokebola numa mão e uma pokedex na outra. Eu tinha três anos a mais que ele naquela época.
O menino parecia não ter notado a minha presença, estava eufórico demais para dar atenção a alguém naquela madrugada. Então, proclamei seu nome e ele veio ao meu chamado pulando em cima de mim para dar um abraço. No chão mesmo, meu vizinho começou a explicar como conseguiu se tornar um treinador pokemon antes de mim, em um tom debochante – o prof. Carvalho transferiu a tarefa de entregar a pokedex e o pokemon inicial ao Bill, o pesquisador da rota 25, pois ele precisava se ausentar por um tempo. Ao saber disso, o menino passou a noite em claro na casa do Bill e estava voltando pra casa depois de receber os pertences. Eu sempre invejei o meu vizinho. Nós costumávamos brincar juntos e vez ou outra eu ficava pro jantar na casa dele. Toda vez que eu os visitava, me imaginava morando naquela casa perfeita. Os pais dele eram bem casados, estavam sempre sorridentes, ambos com um bom emprego. Sua irmã mais velha trabalhava no centro pokemon. As vezes ela trazia alguns pokemon sem dono pra casa e cuidava deles. E ela sempre estava ao lado do irmão, cuidando dele também quando seus pais chegavam tarde em casa. Exceto naquela madrugada.
A chuva começou a cair com maior impeto e eu queria acabar logo com aquilo. Enquanto o menino continuava a se gabar, agarrei com força o seu braço no qual carregava a pokedex, forçando-o a largar o aparelho. Simultaneamente retirei o Abra da Aiko dentro da pokebola. O pokemon parecia bem treinado, pois ele seguiu a minha ordem cegamente ao se teletransportar com a pokedex. Ao presenciar isso, meu vizinho pareceu entrar num transe e começou a berrar. Era como se Mark nunca experienciou algo ser arrancado dele. E aquilo me deixou puto da vida.
Meu limite havia se esgotado e dei um empurrão com um chute e atirei seu corpo para longe de mim. Nisso, uma pequena esfera acabou saindo das mãos dele e foi parar no rio abaixo. Mark olhava a pokebola sendo levada pela forte correnteza e me pareceu que um pedaço do menino ia junto com ela. Aquela imagem de um garotinho derrotado me persegui até hoje. Mark estava prestes a realizar o seu sonho ao se tornar um treinador pokemon. Numa hora ele parecia ter o mundo na palma de sua mão. Noutra, havia perdido tudo. E foi a mesma imagem que me despertou e a culpa apoderou-se do meu corpo. Comecei a repreender o meu próprio ser. Percebi naquela hora que eu não nasci para ser um criminoso, e ainda dava tempo de dar meia volta e desistir do meu sonho de ficar com Aiko na equipe Rocket.
Depois de clarear os pensamentos, falei ao Mark pra ir até o centro pokemon onde poderia encontrar o Abra e a pokedex. Enquanto isso eu iria pegar a pokebola de volta. Antes de mergulhar no riacho, assegurei-me de que o menino havia deixado a ponte. O local tornou-se perigoso devido à chuva, seria ainda mais perigoso se Mark entrasse no rio naquele estado de transe.
Uma vez dentro do rio, lutei com todas as minhas forças contra a correnteza. A pokebola não poderia sair deste rio, porque ele é ligado ao da rota 25 e depois escorre até o mar e ai não teria mais salvação. Com isso em mente, pedalei com empenho até sentir uma pequena caibra nas pernas. O meu esforço trouxe resultado e havia conseguido resgatar a pokebola, porém agora eu estava nadando para salva a minha própria pele. A correnteza me puxava cada vez mais pra baixo e eu acabei perdendo o controle do meu corpo. Para piorar, em algum ponto, acabei me colidindo numa rocha ao fundo do rio. Antes de perder a consciência, lembro de ter ouvido um barulho ensurdecedor, como se algo tivesse batido violentamente contra um objeto...
Um homem embriagado conduzia o veiculo naquela mesma hora. Somando a chuva e a pista escorregadia, acabou atropelando um menino do qual cruzava desesperadamente a estrada. O garoto não resistiu e morreu na ala hospitalar. Os médicos acham que se ele tivesse sido socorrido um pouco mais cedo, ele teria sobrevivido. Se alguém estivesse lá por perto, quando o acidente ocorreu.
O homem foi parar atrás das grades, julgado culpado de todas as acusações. Pelo jeito, havia sido despedido do trabalho no dia do incidente. E ao pensar no futuro das três filhas e a esposa, ele se entregou ao álcool. Sinto-me como se eu tivesse arrancado a vida de duas pessoas inocentes e dos seus familiares. Essa é a minha confissão.
Três anos se passaram desde então, e hoje estou em Viridian City para me juntar à equipe Rocket. Eu estava em estado de choque todo esse tempo e fiquei trancado dentro do quarto. Mas já não aguentava mais passar o dia sem ver a Aiko. Ela é tudo o que me restou.
Última edição por Enix em Qui Out 22 2015, 09:22, editado 1 vez(es)