[A Link to the Past] - Aztlán City

Sem muita demora, entrava - Desta vez sozinho - à visão do Gloom, que estava sozinho, mas naquele teleporte para a Rota 1 não era difícil entender o que havia acontecido.

Observava atentamente a família do então pequeno e sorridente Maokai, sua convivência com eles e seu apego para com seus pais. Percebia também que, curiosamente, a armadilha em que eles se meteram era a mesma em que eu havia sido tantas vezes pego na primeira vez em que saí em jornada, o que mergulhava minha mente em dúvidas. Afinal... Estavam organizando tantos roubos assim, naquele dia?

Meu coração doía ao notar os Pokémon gramíneos presos, sendo Maokai, então caçula, o único salvo dali. Com um breve empurrão, era levado para longe das redes que capturavam todos os seus entes queridos, e mesmo que correndo para longe em busca de ajuda de sabe-se lá quem, os corpos de seus parentes eram jogados em um grande carro que os levava para longe, em uma última troca de olhares entre o venenoso e seus parentes.

Não o restava outra alternativa...
Senão lamentar.

O nó em minha garganta ao ver os gritos de desespero em meio ao pranto do Pokémon erva se formava e apertava meus sentimentos com força, mal conseguia respirar em virtude do pesar que sentia. Mesmo assim, neste caso conseguiria controlar meu ritmo, com inspirações e expirações longas e pesadas, o que após algum tempo de hiperventilação me traziam tranquilidade. Mesmo assim, as imagens que haviam passado de Maokai simplesmente não saiam de meu pensamento...

Afinal... E se fosse eu ali?

O olhar de pesar se intensificava cada vez mais, enquanto a visão do Pokémon de grama se dissipava levemente, ao que minha consciência voltava ao pico da montanha. Recobrando minha localização, vistava os arredores para ver se tudo que tinha antes estava ali, mesmo sabendo que nada havia se modificade até então. "Talvez isso que tenha endurecido o coração do Maokai..."

E as lágrimas do mesmo após isso acabaram por fazer do meu manteiga.

A lamentação do Gloom, mesmo após meses sem ver seus parentes era trágica. Talvez ele estivesse pensando em como seus pais e irmãos estariam orgulhosos de ver seu atual estado... E isso afetava meu psicológico. Meus pés começavam a tremular, soltava pequenos e indevidos grunhidos, meus olhos arregalavam-se e minha temperatura subia, fazendo-me corar enquanto poucas lágrimas caíam, como que se estivessem sendo racionadas por meus sentimentos que se negavam a dizer que meus olhos choravam.

Ainda trêmulo, me aproximava com passos longos e demorados na direção de Maokai, passando as mãos no rosto, tentando esconder meu pranto e tristeza, tentava mudar brevemente meu semblante sem sucesso, e enfim passava uma de minhas mãos levemente no bulbo na cabeça do gramíneo, enquanto tentava falar com o mesmo.

- M-maokai... Eu sei que é difícil, mas... - Apontava levemente com a cabeça para trás, indicando os outros cinco Pokémon que estavam comigo e que já eram todos conhecidos do Gloom - ... Mesmo que seus pais tenham sido pegos... *ghh* Agora nós temos o papel de ser sua família, e nunca vamos te deixar p-pra trás, nem que mil homens maus nos cerquem...

Simplesmente não conseguia mais suportar. As lágrimas caíam como enxurrada de meus olhos, formando trilhas úmidas que meu próprio corpo não conseguia parar, meus sentimentos haviam aflorado e estranhamente, eu nunca tive conseguido segurá-los bem. Mesmo assim, esperava que o Gloom tivesse entendido a mensagem, mesmo que a minha reação com o seu passado tivesse sido um pouco mais triste que as demais.

Me ajoelhava no chão após o breve desabafo para o Gloom, ainda chorando, enquanto direcionava meu.olhar ao chão e juntava as mãos aos joelhos. Aquilo talvez tivesse sido demais para mim, não conseguiria parar de chorar tão cedo, aparentemente... Talvez tivesse suportado um pouco demais.

Isso até acontecer o que eu menos esperava.

Estranhamente, Maokai ia contra seus próprios sentimentos até então. Talvez de fato tivesse entendido meu desabafo para agir daquele jeito, mesmo com um coração enrijecido pela maldade do mundo, a doçura do Pokémon foi tamanha.

Estava em prantos, até que notei o outro corpo tocar o meu. Ao notar que era o próprio Maokai me abraçando, parava por um momento, com um olhar um pouco perdido, minha face estava totalmente molhada e meus olhos um pouco avermelhados. Mesmo assim, abraçava forte o gramíneo, e mesmo assim voltei a chorar enquanto o abraçava, mas aquela parecia ser a última vez, pelo menos ali.

Talvez eu realmente precisasse disso...

Enfim, me soltei do venenoso, enquanto a montanha mais uma vez me surpreendia. Os aplausos que vinham sabe-se lá de onde me assustavam um pouco, pois sabia que então haveria alguém ali assistindo. Isso não era de todo mal; era o próprio Carlos, mesmo que em uma versão mais nova que batia palmas e mostrava que eu estava fazendo o certo com palavras.

Enfim, me convidava para uma batalha... Porém, já não me sentia mais preparado para aquilo. Esfregando os olhos com as mãos, enxugava parcamente minhas lágrimas, enquanto era convidado a, aparentemente também enfrentar os meus próprios medos. Não sabia o que realmente encontraria no campo de batalha, mas aceitei o convite de Carlos e segui para a arena.

Ao descer no campo de batalha, que lembrava um vulcão, afinal; eu havia adentrado em um. Enfim, me deparava finalmente com aquele jovem Carlos que me aplaudira antes, um pouco receoso, já que Carlos era um líder de ginásio poderoso. Talvez o vencer aqui poderia me render reconhecimento do governante, definitivamente o ritual de maioridade de Aztlán havia me feito bem.

Me mantinha em pé, observava Monctezuma fixamente enquanto ele contava a sua própria história para mim, que também era triste, mas o tom inabalável do homem me fazia encarar a história com seriedade. Continuava a ouvi-lo, enquanto via o Pokémon liberado pelo mesmo. Era um pássaro bastante famoso na cultura da cidade, e pessoalmente uma criatura que eu adorava... Vindo de minha região natal, não era muito difícil para que eu conhecesse.

Mas realmente, como adorava aquela espécie...

Enfim, após as últimas palavras de Carlos, pensava em sua própria superação até virar um governante da cidade. De fato, essas marcas eram especiais para ele... Ainda quieto, liberava Leo, que eu julgava ser o Pokémon mais apropriado para batalhar contra a ave.

- Entendo... - Desde já, minha boca se preenchia com um fechado e amistoso sorriso de agradecimento - Senhor Monctezuma, muito obrigado por tudo, de verdade... Graças a sua ajuda, acho que nunca teria enfrentado alguns desses medos que eu e meus Pokémon possuíam. Aqui, utilizarei Leo contra seu Archen, espero que façamos um bom combate. Leo... Comece com o seu Surf e prossiga com Water Pledge. Por enquanto, apenas isto.

Campo: Campoo de batalha dentro de um vulcão. A temperatura é intensa e o chão composto por pedras magmáticas solidificadas é muito quente, causando danos em pokémons que não voem ou sejam do tipo Fire. (Mesmos efeitos do campo "Vulcão Extremo" da Copa Hoenn) Um arco-íris surgiu no campo, causando efeitos misteriosos.

Apesar da desvantagem de campo contra o Archen, estava confiante de que poderia vencer o voador. Havia mostrado apenas dois movimentos, e talvez Carlos tivesse em mente que Leo só possuísse movimentos aquáticos. Isso me deixava confiante, já que não havia mostrado todas as armas que o Wartortle possuía e poderia utilizar elas agora.

- Sei que preciso... - Um sorriso fechado e espontâneo se formava em meu rosto, como se estivesse animado pelo êxito de um plano - Mas eu tenho isso, Carlos. - Ok, talvez meu perfil não fosse(E de fato não era) o tipo que amedronta os outros com palavras, mas pelo menos servia como experiência, e talvez... Um treino? Não sei. Só sabia que era semi-impossível de que eu deixasse alguém com real receio que não fosse de enfermidades minhas...

- Leo, comece com seu Surf e destrua o último clone, e então prossiga com o seu Rock Tomb, tente arremessá-lo ao chão.

Campo: Campoo de batalha dentro de um vulcão. A temperatura é intensa e o chão composto por pedras magmáticas solidificadas é muito quente, causando danos em pokémons que não voem ou sejam do tipo Fire. (Mesmos efeitos do campo "Vulcão Extremo" da Copa Hoenn) Um arco-íris surgiu no campo, causando efeitos misteriosos.

Após o round acabar, notava como a habilidade de Leo ter se ativado e de mesma forma a do Archen havia me favorecido muito, mas Carlos deveria ter conhecimento disso, sem dúvidas. Não conhecia de certo a espécie do segundo Pokémon do então jovem, mas aparentava ser um Pokémon de tipo lutador...

Então, retornei o Wartortle e lancei Maokai na arena. Ainda estava preocupado, pois os flashes de sua visão ainda ecoavam em minhas memórias que gostaria de evitar, mas sabia que isso havia feito dele um sujeito melhor. Enfim, manti o sorriso animado, enquanto comandava o Pokémon de grama.

- Maokai... Quero que use o seu Giga Drain, duas vezes. Tente causar o máximo de dano, que sei que pode fazer...

Campo: Campo de batalha dentro de um vulcão. A temperatura é intensa e o chão composto por pedras magmáticas solidificadas é muito quente, causando danos em pokémons que não voem ou sejam do tipo Fire. (Mesmos efeitos do campo "Vulcão Extremo" da Copa Hoenn) Um arco-íris surgiu no campo, causando efeitos misteriosos.