Ruas de Aztlán - Um brilho ofuscante

O espaço era bem mais legal do que eu imaginava - um beco sujo com um ringue nojento e altas apostas, ou seja, um lugar ilegal de todas as formas - e eu me sentia a vontade. Só esperava que a Pachirisu me procurasse pelo cheiro. Sorri com o desafio que estava por vir e já tomava a dianteira com confiança.

- Beleza? Sou Matth. - disse lançando a minha esfera a qual continha minha gigante Grass - Então, como vai ser? Topa um 3x3 ou 6x6?

Nunca tinha visto aquele Pokémon antes, então a déx me auxiliava. Óbvio que aquele Pokémon era forte e demais para minha pequena gigante, mas isso não importava, afim estava ali para usar o desafio como treinamento. Caso fosse me permitido iniciar começaria com Leech Seed e depois Earthquake!

Não entendia muito o rapaz, mas já que ele aceitava meu desafio, continuava atacando como devia.

- Certo, não deixe espaço Tropius, continue com dois Earthquake.

Aquilo foi breve e não traria quase que nenhum benefício para minha gigante... Terminaria aquilo ainda sedento por um desafio maior.

- Termine com mais um Earthquake!

Com a vitória, Tropius se animava e sorria para mim. Eu ficava feliz por ela, mas não contente como sempre ficava. Um sabor amargo vinha na minha boca e algumas lembranças começavam a invadir minha mente.

"O que você está fazendo?" - me repreendia.

Eu devia estar treinando e investigando. Não naquela Copa... Eu estava tão próximo de um colapso que tinha medo da minha própria mente. Tinha medo de mim e do que eu realmente era capaz de fazer com tanto rancor guardado por um nome... Rocket.

- Espero que não se importe com isso. - retornei Tropius e lancei minha próxima escolha - Clefairy, combata com Sing e Ice Beam!

Antes de entrar por aquela porta, tinha pedido para um Pokémon meu com uma habilidade muito especial me fazer um favor. Pick Up. Eu tinha receio que ela se perdesse, mas minha sede por batalhas me levou a arena e esquecer, mesmo que por um instante dela. E aconteceu. Ao ouvir ela me chamar soube assim que ouvi quem era. Estranho, pois tínhamos nos conhecido a pouco, mas ela já me considerava tanto que chegava a emocionar.

O rapaz que batalhava comigo viu minha aflição e me deu um tempo para ir buscá-la.

- Tudo bem, só um instante! - corri até a arena onde a pequena estava e ajoelhei ao chegar perto dela - Ei Azula. Calma... Eu to aqui.

Falava baixinho visto que ela parecia perdida com tudo aquilo. Me senti um pouco culpado. O habitat dela não era a cidade, por mais rudimentar que ela fosse. Casso ela deixasse, faria um carinho em sua cabeça.

- Já está melhor?  Conseguiu alguma coisa pra gente?