[Rota] Pokémon Retrô - Yay

Assim, eu juro que tento não implicar com um menino de 10 anos que ficou rico por conta de rinha de galo, que não fala com a própria mãe mas não passa um dia da sua vida sem trocar mensagens com um velho aliciador de menores, mas cara, esse menino se esforça muito pra conseguir a atenção da minha implicância! Não bastasse todo o diálogo construtivo, por algum motivo, ele pensou que seu Pokémon broca fosse conseguir descer as escadas, que, pasme, não passava de um plástico alto encostado na parede (o que me leva a perguntar, quem colocou essa coisa aí?), então é CLARO que deu merda, né? Não tinha como acontecer algo diferente disso!

Não que o Nidoking seja realmente pesado, mas assim que seu treinador rumava junto dele pra descer a escadaria, o Pokémon tentava o mesmo, repetindo o movimento. Se apoiando nas escadas, primeiro com os pés, a problemática veio de verdade quando tentou envolver suas garras no plástico liso e escorregadio, então ele não conseguiu ter firmeza nas mãos para tal feito. Ainda que se esforçasse, ele caiu pra trás e girou o corpo em pleno ar, caindo... de barriga no chão. É. Ainda que meio triste/decepcionado consigo mesmo, isso não foi suficiente para parar o Pokémon que, pela primeira vez na vida, recebia o devido carinho de seu treinador, então levantava em tempo recorde e continuava a marchar até... até a borda do córrego.

Uma nota engraçada aqui é o que os selvagens sentiam de longe a podridão do cheiro do repelente. Assim que sentiam aquele fedor, os Pokémon se esgueiravam contra a parede, fazendo tudo o que podiam para evitar de sentir aquele cheiro de bosta, e bem, alguns tiveram sorte, outro azár, já que com a única forma de travessia sendo o pequeno córrego, ou seja, o treinador teria de usar o Surf uma vez mais para fazê-lo, e assim ficaria mais distante de um grupo. Havia mais uma coisa que era bem esquisita aqui: os Pokémon desse andar, não pareciam felizes e rodopiantes como os Golbat pareciam no andar de cima. Estes selvagens aqui, meu caro protagonista, pareciam zonzos, até meio confusos, e com uma espécie de sede de sangue absurda. O que será que os deixava assim? Agitados? Deslocados? ...loucos?

Aliás, já adianto aqui que o protagonista conseguia ver dois outros trechos em que conseguiria descer das costas de sua tartaruga, um primeiro ponto, próximo de uma escada, e outro mais ao funda da caverna, onde... era possível acessar outra escada, aparentemente, mas essa parecia estar mais perto dele, apesar de não existir nenhum ponto de acesso dessa escada que fosse próximo dele.

O que nosso protagonista faria?

Duração Repel: 05/08 posts.

Tranquilizando seu Nidoking, que finalmente parecia acostumado a receber os afetos, e, diga-se de passagem, derretia todo sempre que os recebia, nosso caro herói finalmente conseguia sair daquele pedaço de terra que havia entrado a duas páginas atrás. Retornando Nidoking para sua esfera, Blastoise, seu primeiro Pokémon, notara um comportamento diferente de seu treinador, ficando até mesmo meio enciumado, mas não se importou muito. A medida que avançavam caverna adentro, notava-se a distinção do comportamento dos selvagens. Se antes eles pareciam mais ferozes e agressivos, aqui eles pareciam cada vez mais... sem expressão. Abalados, com olhos vazios, se comportavam como bestas sanguinárias que comemoravam a caça enquanto copulavam por cima da comida recém-abatida. Cena, inclusive, muito perturbadora que poderia ser observada próxima da escada próxima, com acesso longíquo.

Felizmente, deus não quer uma criança traumatizada hoje, então o repelente espantava os Arbok da escada de acesso mais remoto, enquanto elas passavam uma por cima da outra, mas por fim, cansadas de tropeçarem na companheira, começavam a se degladiar. Bizarro e assustador. Terminar a travessia até a escada mais próxima tornava tudo mais fácil de ser observado, e aqui, já não era necessário que uma iluminação artificial fosse lançada: pois uma incrível barreira de cristais brilhantes estava no fundo. Estranhamente, eles não pareciam brilhar de longe, mas a proximidade os consagrava como uma espécie excelente de iluminação natural. Nosso protagonista investigaria isso?

Bem, ele ainda tinha mais tempo, haviam outras coisas a serem investigadas, principalmente uma escada, com uma deformação arredondada próxima de sua base. Tendo o mesmo amarelo chamativo da escada, tornava-se quase impossível distingui-la, a não ser que a limpasse, pois, bem... assim como a escada praticamente amarronzada devido a poeira e a sujeira que cercava o ambiente, a deformação arredonda também era praticamente confundida com o solo. Ou com a escada. Ou com os dois. Mas que diabos era aquilo afinal?

Duração Repel: 06/08 posts.

O cenário a frente de nosso jovem provavelmente não era pra crianças mesmo. Digo que mesmo adultos não gostariam de se deparar com algo daquele tipo, então, pela primeira vez em três páginas, PASMEM, nossa caro protagonista deu sinal teve uma reação esperada, mostrando que era diferente de uma máquina e tinha sentimentos. Ta certo, talvez ele tenha dado indícios disso antes, mas agora eu tive que louvá-lo, ou talvez ele só consiga entender o tamanho do absurdo que acabara de presenciar... essa também é uma opção plausível.

Enfim! Não estamos aqui para criticar a índole ou pontos de vista do caro menino de boné vermelho, apesar de parecer, eu juro que faço de graça e não sou pago pra isso. Juro! Enfim, ao se aproximar do objeto arredondado, ele podia perceber que não era exatamente uma deformação no formato da escada. Revelo que foi difícil tirar da posição, parecia grudado na escada, até que com certo custo, saiu. Era uma esfera perfeita, mas muito pequena, quando começou a limpar para ver do que se tratava, a pequena esfera se expandiu. Parecia uma Pokéball, e quando se expandiu, parte da poeira que a envolvia foi dissipada, e assim, revelou ser uma Ultra Ball.

Mas por que mais seriam necessárias outras esferas para nosso caro protagonista? Tendo descoberto o item oculto, o que ele faria agora?

Duração Repel: 07/08 posts.

Com a pequena satisfação construindo uma grande felicidade a longo prazo, nosso protagonista do boné vermelho ficava esperançoso com a quantidade de ball que encontrara na região. Elas com certeza seriam muito úteis para ele... ou era o que esperava. Tendo finalmente investigado aquela saliência bizarra no local da escada, nosso herói finalmente se dedicava a observar os cristais que estavam iluminados, a essa altura. O curioso? É que a cada passo mais próximo, os cristais brilhavam mais intensamente.

Com cada passo que dava, eles brilhavam mais e mais, como se respondessem a sua atitude. Reagindo ao seu comportamento, se olhasse para o lado, veria que os selvagens ficavam cada vez mais perturbados com o brilho do cristal. Golbats se jogando contra a parede, Arbok se jogando na água, e Venomoth caindo no chão, espumando pelo canto da boca. Pior do que tortura, sua perturbação revelava uma nítida dor aguda devido aos cristais. Eles estavam reagindo a eles? Seria isso mesmo?

Não obstante, o brilho era intenso demais. Podendo cegar caso não se protegesse, o protagonista sentiria um enjoo com a proximidade, não necessariamente pelo brilho, mas... uma dor de cabeça intensa fazia aquilo. Enquanto uma voz, imponente, forte e grave, ecoava em sua mente. Não chegue perto dos cristais. Não encoste neles. Saia daqui. Vá embora. Nada convidativo, né? Ainda mais se você considerar que ter essa voz em sua mente era custosa. Machucava a cabeça e os timpanos pareciam que estourariam. A visão turvaria, caso chegasse num ponto de tê-los ao alcance de sua mão, e, se olhasse para cima, viria um Magneton se separando em Magnemites e se reunindo de novo... provavelmente, tentando amenizar alguma dor?

O que ele faria?

Duração Repel: 08/08 posts.

Recuando momentaneamente, os dizeres em sua mente paravam, e os Pokémon a sua volta voltavam, pouco a pouco, para o estado inerte que jaziam anteriormente, enquanto o cristal voltava a brilhar sob uma mesma intensidade familiar aos momentos que antecediam a aproximação do protagonista na direção dos cristais. Mas bem... a bendita voz não podia adivinhar o que um pirralho bastardo de 10 anos aliciados por velhos cientistas comedores de mães poderia fazer.

Com toda a impulsividade do mundo, o menino dava um grito... silencioso. E em seguida liberava todos os seus Pokémon de suas esferas bicolores, pedindo para que eles atacassem os cristais com seus golpes mais fortes. Uma pena para o menino, já que, assim que Nidoking e Pidgeot se aproximavam para usar seus golpes físicos, eles desmaiavam. Não nocauteados, mas sim... dormindo? Sim, eles estavam respirando e normais, então era seguro que foram apenas colocados pra dormir. Esquisito, não?

Com Blastoise, bem, seu Hydro Pump não surtia efeito nos cristais, e o mesmo acontecia com o Fire Blast de Arcanine, no entanto, o Psybeam de Venomoth parecia fazer os cristais brilharem mais intensamente, enquanto o Psychic de Hypno conseguia causar pequenas rachaduras nos cristais... mas ainda assim, faltava algo. O que o protagonista faria?