Pokémon Mythology RPG
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[Capítulo Terceiro] O alpinista retorna á sua terra

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Um novo dia


As folhas daquela árvore impediam que Alberto identificasse aquela criatura por completo, mas, após ela alçar voo e depois de uma pequena confusão com o Smeargle, Arthur parecia ter acalmado aquele pássaro, que parecia amigável, ou pelo menos não entendia o que estava acontecendo. Dando um sinal de "bom trabalho", Alberto abre sua pokédex, para ver que pokémon era aquele. A máquina analisa a espécie, e daquela tela sai as seguintes informações:


Pokédex escreveu:
Pidove
[Capítulo Terceiro] O alpinista retorna á sua terra - Página 3 250px-519Pidove
O pokémon pombinha
Essa espécie vive em cidades, devido a isso, são acostumados com pessoas. Bandos normalmente se amontoam em parques e praças. Podem também ser encontrados em áreas rurais. Esse pokémon esquecido vai esperar por novas ordens de seu treinador mesmo que já tenha recebido uma. Não muito inteligentes, cada um segue as ordens de seu treinador o melhor que pode, mas ás vezes falham em entender comandos complicados.

Alberto, sem querer, acaba deixando soltar uma risada, por ter ouvido a palavra "pombinha" e ter se lembrado da maneira como as chamam naquelas bandas da região Sul de Hoenn. Apesar de ter quarenta anos, seu senso de humor era bem infantil. De qualquer forma, ele acaba gostando daquele pássaro. Era diferente de seu papagaio, diferente o suficiente para ele pensar em treinar um desses.

- Olha que pombo fofo, não acha? Parece uma daquelas pombas comuns que encontramos em cidades grandes, mas essa estrutura cerosa em formato de coração é diferente do comum, com certeza. Eu achei esse camarada bem legal... - de repente, o barbudo se lembra que seu companheiro também era um treinador, então por educação, ele continua - Não sei se tem algum código para treinadores ou algo do tipo, mas já que ele voou para você, nada mais justo do que te dar a vantagem. Esta interessado por esse pequenino aí? Eu até estou interessado nele, mas eu não preciso necessariamente de um pássaro, veja.

O monotreinador o seu inicial, o Chatot de boca solta, Kúlkan. O papagaio fica no ombro de seu treinador, de maneira similar ao Pidove. O pássaro, então, fala oi para todo mundo que estava ali, em sua voz esganada e em alto tom.

- Vejo que hoje está bem educado, Kúlkan, que agradável. Esse é Arthur, é um rapaz que conheci enquanto caminhava. Acabamos de encontrar essa pomba aqui. Se quiser, pode tentar conversar com ela. - ele volta a se dirigir ao jovem - E você, Arthur, gostou desse pombinho? Eu até gostaria de tê-lo no meu time, mas não faço questão, entende?

Não é Normal

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Com o Pokémon voador apoiado sobre o braço de Arthur, não demorara muito para que Alberto enfim conseguisse mirar sua agenda eletrônica na direção do mesmo e que a mesma logo liberasse algumas palavras programadas, robotizadas, acerca da criaturazinha em questão. Não era uma espécie nativa de Hoenn, e isso Alberto deveria saber, afinal, ver daquela espécie por ali era na verdade uma raridade. Era uma ave engraçada, uma pomba, com uma marca dividida entre a graça e a estranheza em seu peito. Na verdade, a coisa mais engraçada a cerca do pequenino era a forma que a Pokedex o definia, como uma espécie não muito brilhante em questão de cabeça, na verdade, faltara chama-lo de burro.

Mas, apesar da descrição da pombinha, Alberto ainda se mostrava interessado na espécie, no entanto, ela, no momento, se encontrava próxima de Arthur, de forma que o homem acreditava não ser tão correto planejar coisas sem perguntar ao mesmo antes, e desta forma deixara claro ao rapaz que havia sim interesse no pequenino, mas que o respeitaria se ele também mostrasse tal interesse. Pergunta para a qual o jovem não demorara para responder, inicialmente fazendo um gesto negativo e lento com sua cabeça, e em seguida, liberando algumas palavras em um tom um pouco baixo para não assustar o monstrinho de bolso que no momento estava com as garrinhas presas a seu braço:

- Não... Não tenho interesse não. - Na verdade, até tinha, mas, não era tanta para fazer daquilo uma competição, uma real disputa pela criaturazinha. Estava feliz por simplesmente estar ao lado de Alberto. - Como pretende captura-lo então? Não o conheço tão bem para saber como gosta de fazer isso. - Continuava com seu braço firme em riste, para que o monstrinho não se assustasse.

Do outro lado, ao ombro de Alberto, já estava o pequeno papagaio que este tinha em suas posses e que a pouco havia sido liberado de sua esfera justamente para que pudesse se comunicar com o pássaro que estava com Arthur. Entretanto, diferente da forma que o papagaio usara para se comunicar com Arthur e Alberto, desta vez ele começara a emitir fracos chiados, que foram respondidos por um olhar curioso do monstrinho de olhos amarelados. Alberto havia conseguido a atenção de Pidove, quer dizer... Na verdade, quem a conseguira fora na verdade Kúlkan. Qual seria então as próximas condutas da dupla?

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Um novo dia


Afinal, aquele rapaz, mesmo com algum interesse, decidiu retribuir educação com educação, dando à Alberto a oportunidade de capturar aquele animal, se quisesse. Entretanto, ele chega à uma nova complicação: como captura-lo, afinal. Era um fato que uma luta contra ele seria muito fácil, seria um rápido combate e logo ele seria capturado. Mas aquela situação era diferente.

Aquele Pidove aparentemente já era, naturalmente, um pokémon manso, e sua facilidade para ter se aproximado e ter ficado na mão de um humano impressionou Alberto. Porém, aquele monotreinador em questão não era o melhor em conquistar a amizade de outros animais. Na primeira vez que tentou ser bom, escolheu o urso errado para aquela ocasião, e seu Turtwig, mesmo querendo ser capturado, teve primeiro uma batalha e depois ainda precisou de um discurso meloso. E discursos melosos não pareciam ser uma boa alternativa, ainda mais na frente de alguém que o admirava.

Entretanto, pelas características daquele pombo, ele era taxado como um bicho até pouco inteligente, e logo, poderia ser facilmente impressionado, isso talvez fosse a abertura que nosso protagonista precisava. Ele usa todo o seu conhecimento que obteve ao cuidar de um pássaro ele mesmo, e tentaria usar a mesma lógica para amansar aquele segundo pássaro.


- Ele parece bem manso já de início, então nesse caso acharia injusto conquista-lo à força, mas não deve ser um trabalho muito difícil. Talvez, por eu ter um pássaro, ele já fique mais disposto à se juntar à ele. - Ele vira a cabeça, olhando para o papagaio que ainda estava no seu ombro - Kúlkan, porque não tenta atraí-lo com uma melodia com Sing? Vou procurar na minha mochila se eu trouxe alguma coisa para atraí-lo até mim. Acho que se ele permitir que o acaricie, ele já deve ser manso o suficiente para ser capturado.

O papagaio salta para o chapéu do alpinista, enquanto este procura por algo em sua bolsa. Talvez houvesse um pedaço de pão ou grão que interessasse aquele pokémon. Ele lembrava de ter trazido um pequeno lanche para ele, mas não conseguia encontra-lo. Em sua mente, a visão de seu plano era clara: mesmo que, de início, ele o rejeitasse, caso houvesse comida, ele provavelmente irá se manter perto, ao menos se aquele pássaro tivesse o mesmo comportamento de uma pomba. Conforme ele se acostumasse com a presença daquele gigante homem, mais seria fácil de conquista-la, sem nenhuma luta.

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Alberto, mesmo que de imediato se mostrasse um tanto imparcial à captura daquela espécie, se animara diante do fato de poder, talvez, capturar aquela criaturazinha. Entretanto, não acreditava sensata, nem necessária de iniciar uma batalha contra a pequena pomba, não diante da personalidade que a pequena parecia demonstrar ao se aproximar tão facilmente de Arthur, desta forma, pede o auxílio de sua própria ave, que antes já havia sido convocada para o exterior de sua pokéball para poder manter algum nível de comunicação com o pokémon cinzento e fazê-lo continuar em sua presença. Mas, desta vez, pedira para que Kúlkan o encantasse com sua doce canção, Sing. O pequeno papagaio saltou de imediato para a cabeça de seu mestre e abriu o bico para começar a cantar, no entanto, lembrou-se da peculiar característica daquela canção em especial... Ele a encantaria? Sim... Mas, também a colocaria em um sono profundo. Notando que talvez colocar a pombinha pra dormir não fosse a melhor saída ali, então, pôs-se a concentrar-se para liberar a mais doce canção canória que conseguisse sem que liberasse uma nota sequer de sua canção SING.

Os olhos amarelos de Pidove continuaram fixos em Kúlkan, e até mesmo balançava seu corpo na mão de Arthur, como se realmente apreciasse aquela canção. Não demorou muito para que a pequena ave levantasse voo e começasse a voar em círculos ao redor de Alberto. Arthur, por outro lado, agradecia que a ave saísse de sua mão, que agora estava vermelha e até mesmo com alguns arranhões superficiais, acariciando-a com a outra mão inclusive.

Enquanto Pidove voava em círculos ao redor de Alberto, entretanto, algo mais chamou a atenção do homem. Uma bela mulher, realmente incrível, perfeita e bela mulher batera o portão que Alberto deixara aberto ao entrar jundo a seu Teddiursa que agora até mesmo se aproximava de seu treinador. A mulher estava em perfeita forma, sua pele lisa e delicada à mostra em sua perna e pés, sim, a mulher estava descalça sobre aquele campo de terra, mas sua perfeição era tanta que seus pés nem pareciam se sujar, ou ela se importar com isso.

Usava um pequeno shorts amarelo pastel, e uma camisa branca, de manga cumprida, um laço também branco preso à sua cintura, de forma que as pontas soltas do laço eram grandes o suficiente para ultrapassar a barra de seus shorts. Suas madeixas douradas esvoaçavam-se ao vento e recaiam sobre seu busto avantajado. No entanto, em sua face, não havia presença alguma de maquiagem ou qualquer outro artigo que as mulheres fazem uso para se "enfeitarem", afinal, nem eram necessários, seus lábios eram naturalmente vermelhos e seus olhos de um azul cintilante.

- Ah! - Emitiu a mulher, uma voz doce, que poderia até mesmo ser considerada nauseante. - Vejo que enfim se encontraram! - E correu até o encontro dos dois, seus braços abertos. Pidove voou imediatamente até a mulher e começou a acompanhá-la, esquecendo-se completamente de Alberto que até então tentava chamar sua atenção. Ao se aproximar, um doce aroma percorreu o local, um aroma doce e também nauseante. - Já era tempo. - Emitira e então reunia os dois em um abraço. Arthur liberava um olhar um tanto estranho à mulher, deixando evidente que ele não a conhecia.

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Um novo dia


Mesmo não utilizando o movimento propriamente, o pokémon entendeu o recado de seu treinador, começando a cantar uma bela melodia, isso parecia ter agradado aquela pomba. Ela voava em volta do treinador, e pelo visto seria muito fácil captura-la naquele ritmo. Porém, algo inesperado tinha de ocorrer. Sempre ocorre.

Do nada, uma estranha mulher adentra naquele local. Estranha, não, era um mulher belíssima, com a beleza de uma princesa. Ela se aproximava descalça, e possuía uma voz e cheiro tão doce ao ponto de fazer alguém passar mal. Quando ela se aproxima mais, ela demonstrou ter a mesma habilidade daquelas princesas de filmes, aonde os bichos da floresta se encantam por ela e a seguem. Assim, a pomba da atenção total àquela mulher. Será que era o pokémon dela? Poderia explicar sua mansidão.

Ela abraça ambos, Arthur e Alberto, falando que já era tempo para eles se encontrarem. O rapaz parecia deixar bem claro em sua expressão que não a conhecia, enquanto o alpinista tentava entender o que estava acontecendo. Ele nunca pensou que, aos quarenta anos e solteiro, ainda seria possível ser abraçado por alguém. Não que ele fosse um adolescente em plena puberdade, mas ele não era exatamente acostumado com contato físico. Ele estava em estado de choque, tentando entender o que estava acontecendo. Era claro que alguém ali sabia mais que o resto sobre aquela situação. Mas ele fica em uma discussão interna: deveria continuar curtindo o abraço, ou tentaria entender o que estava acontecendo? No final, sua curiosidade vence e, sem graça, pergunta:


- Hahaha! Tudo bem? Eu te conheço? O que está acontecendo? Conhece esse rapaz?

O treinador tentava, com toda educação, fazer suas perguntas, já que poderia ser um conhecido seu e ele nem sabia.

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Após as palavras de Alberto, a mulher de imediato os liberava de seu abraço, um olhar um tanto constrangido à face de Arthur surgia de imediato, examinando a mulher mais uma vez, tentando lembrar-se se em algum momento já se esbarrara com esta, ou realmente a conhecesse, no entanto, nada surgira, nenhum traço de memória acerca da garota vinha à sua mente. A mulher, no entanto, continuava com um sorriso em sua face, e com um gesto delicado de suas mãos, ajeitou algumas madeixas que lhe caíam sobre a face, recuou alguns passos e analisou os dois à sua frente, um olhar que ia desde os fios de seus cabelos, até os seus pés, como se a última vez o que os visse ainda eram muito pequenos e agora analisava o quanto haviam crescido.

Ao final de sua análise, a mulher deu alguns passos até Alberto, alguns passos que mais uma vez a aproximou demais do homem, de forma que seus corpos estavam praticamente colados. - Eh? Não se lembra de mim? - Emitia enfim a mulher, sua face levantada, era alguns poucos centímetros mais baixa que Alberto, um doce sorriso em sua face e seu odor mais uma vez afetando o olfato do homem. - Tantas noites que passamos juntos... - Depois de alguns instantes em que a mulher ainda fixava seu olhar no olhar do homem, ela enfim se afastou, com um giro de seus calcanhares, e um sorriso ainda mais largo em sua face.

- Não, Alberto. Fique tranquilo, não nos conhecemos. - Então desviava seu olhar brevemente para Arthur, e continuara seu discurso. - Nenhum de nós. Ou, melhor dizendo... Vocês não me conhecem. - Pidove agora descansava em seu ombro, seus olhos fechados. No entanto, ao final de seu breve discurso, a mulher mantinha seu olhar em Arthur, embora de início falasse com Arthur. - Eh... O que está acontecendo? - Agora começando a falar com Arthur... - O que está acontecendo, querido?

O olhar de Arthur agora se abaixava, de forma que estivesse realmente constrangido agora, no entanto, após esfregar seu pé na terra, ele enfim levantou seu olhar para a mulher, e com um tom de voz um tanto tremulo, ele disse. - Você sabe? Como?

- Ah! Então não disse ainda!? - Um largo sorriso mais uma vez surgindo na face da mulher. - Eu simplesmente sei. Não se preocupe com isso. -Sua face então se voltava mais uma vez para Alberto, como se então tentasse mudar de assunto. - Não se preocupe você também, Pidove não me pertence... - Qual seria a reação de Alberto agora então?

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Um novo dia


A situação naquele momento ficava cada vez mais tensa, a tensão emocional estava pelos ares. Aquela mulher, pelo visto, deu a entender que já foi uma amante de Alberto, o que era bem viável, já que sempre foi solteiro boa parte da vida. Porém, ele não conseguia se lembrar daquela moça. Talvez anos já tivessem se passado e o tempo modificou ela ao ponto de não a reconhecer. O melhor que poderia fazer era tentar relembrar todas as mulheres que já teve um relacionamento, e ver se encontraria alguém parecida com ela, e foi isso que ele fez.

Aquela história ficava cada vez mais intrigante, e Arthur sabia algo que o alpinista não sabia, mas tentava esconder aquele fato, mesmo sendo contestado por aquela mulher. Então, naquele momento, o treinador tem uma visão, uma epifania: Ele relembra das falas de Arthur sobre como o pai dele ainda mora na cidade, sobre como ele ouviu falar muito sobre Alberto a vida inteira. Que tipo de família falaria para um filho tanto sobre uma pessoa? Os olhos do treinador se abriram então para a verdade, só poderia aquilo fazer sentido em sua mente: "Arthur é filho de um dos meus irmãos, logo Arthur é meu sobrinho! Como não percebi isso antes?!", ele conclui em sua cabeça. Mas será que aquilo seria apenas uma teoria para negar o que o seu subconsciente já imaginava? Não há como escapar da verdade nessa situação, não é mesmo, Alberto? Você deve ter sido um rapaz muito sapeca anos atrás...

O barbudo fica ainda mais nervoso com as teorias de seu narrador, que de uma hora pra outra decidiu aumentar a tensão daquele que o ouvia. Não havia como mudar de assunto, aquilo iria aterrorizar a mente dele por dias se não soubesse o que ocorria naquele momento. Ele tenta ajeitar sua postura, manter uma posição séria que aquela situação pedia, e disse para a moça, a respeito do Pidove:


- Tudo bem, o Pidove é o menos importante nesse momento. - ele se vira para o rapaz, ele queria dar a ele o benefício de falar primeiro - Arthur, o que é que você não me disse? Você vem desviando desse assunto desde que o conheci. Pode mandar, estou preparado para qualquer coisa que fale! Se quiser pode não responder, não há como fugir para sempre - agora ele volta a falar com a garota - Bem, e você? Nem cheguei a perguntar seu nome, que cabeça a minha... Então, qual seria o seu nome?

Assim que soubesse o nome daquela mulher, lembrar dela seria um trabalho bem mais fácil.

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Pidove emitia um breve piado de discordância com as primeiras palavras ditas por Alberto naquele momento, como se sentisse ofendido, mas com um breve gesto da mulher, que com sua delicada mão acariciava-lhe o topo da cabeça, voltou a relaxar uma vez mais, fechando, inclusive, seus olhos, como se pelo simples toque da mulher tivesse caído em um profundo e tranquilo descanso. - Acalme-se, querida. Tenho certeza que ele não falou por mal. - Emitiu a mulher, que encarava a pombinha sonhadoramente.

Ao virar sua face para Arthur, percebeu de imediato que o rapaz estava realmente desconfortável da situação, seus olhos encarando os próprios pés, e em certos momentos seus lábios até começavam a se mover, apesar de não liberarem som algum. A mulher, então, como se já o conhecesse a muito tempo, se aproximou do rapaz, e com sua mão tocou o ombro do rapaz, que diferente de Pidove, não se acalmou de imediato, pelo contrário, na verdade, sua tensão se aumentou ainda mais, de forma que ele simplesmente afastou afastou-se do tocar da mulher, que em resposta apenas liberou um doce sorriso em sua face.

- Tudo bem... - Emitiu o rapaz, suas orelhas vermelhas, assim como sua face, seu olhar ainda baixo, seu tom de voz um tanto baixo. - Eu... Eu... Sou... Filho... Do... - O olhar do rapaz continuava baixo, como se tivesse se concentrando nos grãos de terra abaixo de seus pés. A mulher, por sua vez, agora tinha um sorriso mais largo ainda em sua face, como se tivesse enfim conseguido chegar ao ponto que desejara desde o início.

- Não foi tão difícil, não é, querido? - Em sua voz, era possível notar uma leve pontada para Arthur. Sua face então focada em Alberto, como se esperasse grandiosamente pela reação do homem. - Quanto a mim... Pode me chamar de Vênus. - Pidove piava tranquilamente em seu ombro após ouvir aquele nome.

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Um novo dia


O Pidove não gostou muito da fala do monotreinador, ele, ou ela no caso, se sentiu ofendida com a falta de interesse completo nela. Mas aquele treinador não tinha o que fazer, a dúvida era cruel demais para ele esperar por aquele lento processo de capturar por amizade, ainda mais para um pokémon que parecia gostar de todo mundo mais do que ele próprio.

Então, Arthur tenta falar o tão aguardado segredo, enquanto o alpinista mantinha sua pose serena e séria, como se pudesse aguentar qualquer golpe que viesse a seguir. O jovem, extremamente tenso, olhando para o chão, diz: "Eu... Eu... Sou... Filho... Do..." e para na palavra mais importante. Alberto fica perplexo por ele não ter terminado a frase, e tenta supor quem seria essa pessoa. Então, a mulher fica satisfeita com o resultado, e olha para o barbudo, confirmando as suspeitas daquele homem e esperando para ver a sua reação.

Entretanto, o treinador parecia bem calmo para uma revelação como aquelas. Mas, se fosse visto com atenção, era possível ver que estava fingindo o melhor que podia uma expressão neutra. Seus olhos naquele momento pareciam cansados, como se tivesse passado um dia sem dormir e ele soava, mesmo não soando nada até aquele momento. Era como se sua mente ainda estivesse tentando computar toda aquela situação, tamanho o choque. Ele se inclina para frente, mas cambaleia para trás, quase caindo. Suas pernas pareciam estar bambas. Ele dá uma leve risada e diz:


- Vênus, é?... Haha... - Ele pega o seu cantil que mantinha no cinto, talvez no intuito de tomar um gole para desestressar Que nome interessan...

Conseguiu pensar em alguma coisa Alberto? Um nome tão incomum quanto Vênus com certeza deve te fazer lembrar algo. Alberto? Está me ouvindo? Não finja que não consegue me ouvir, eu sei que você me ouve!... Oh não!

Nesse momento, os olhos do quarentão perdem toda a luz. Logo em seguida, seu corpo começa a inclinar-se para frente e, em um instante, ele perde a consciência. Desse momento em diante tudo fora escuro.

O que fariam aquelas duas pessoas agora? Tentariam acudir o inconsciente Alberto? Além disso, será que ele ainda me ouve no seu subconsciente, mesmo estando desacordado? O que será que passa pela cabeça de todos esses personagens? Descubra isso e muito mais no próximo post.

OFF :

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Off: Reação totalmente entendível, relaxa. ^^


Infelizmente, diante dos pensamentos que ocorriam à mente de Alberto, Pidove havia ficado em segundo plano para o homem, mesmo que não o fizera de forma racional, era simplesmente uma questão de prioridades, e naquele momento, julgara que a verdade sobre a história de Arthur teria então prioridade sobre uma criatura que desde o início não se mostrou tão tentado à capturar. A ultima coisa, entretanto, que Alberto se lembraria daquela situação, seria a cena da face de espanto de Arthur ao ver o homem parecer desfalecer diante de seu olhar, e a face de sempre de Vênus, mostrando-se nem um pouco abalada com a situação.

Arthur de imediato levou suas mãos até sua cabeço, onde seus dedos remexiam seus fios de cabelo, que não eram lá muito grandes, uma expressão amedrontada em sua face. - Não deveria ter contado... Não deveria ter contado... Não era assim que eu esperava. - O rapaz caminhava de um lado para o outro, Smeargle à seus pés o acompanhava, tentando imitá-lo, levando inclusive às mãos até sua cabeça, num gesto que lembrava muito o de Arthur. Não demorou muito para que todos os parceiros de Alberto, os que estavam fora de suas pokéballs, se reunissem ao lado de Alberto, até mesmo Teddiursa, todos evidentemente confusos com a situação, sem entender o que teria acontecido de certo. Furfrou, desviara um breve olhar para todos os outros envolvidos na situação, como se esperasse alguma resposta destes, mas não obteve resposta alguma, simplesmente posicionou-se ao lado de seu parceiro, sentado sobre a terra.

- Querido, relaxe! Odeio pânico, então controle-se. - Emitira a mulher então, voltando-se para Arthur, um sorriso, que o rapaz julgara agora como bobo diante da situação, diante de sua face. - Ele já vai acordar. - Continuou ela enquanto caminhava na direção do corpo caído de Alberto.

- Me acalmar? - Dissera o rapaz em alto tom. - Como me acalmar? Ele desmaiou. - Seu tom de voz subia a cada palavra dita, seus passos o fazendo ainda andar sem rumo pelo lugar. A mulher revirou seu olho e ao passar por Arthur, fez um breve gesto ao rapaz, que de imediato se silenciou e parou de caminhar. Continuando seus passos, a mulher se aproximou de Arthur e se sentou ao chão. Realizou um breve gesto para Furfrou também, que ameaçou a grunhir para a mulher, mas que no momento seguinte se calou e se conformou. Com suas mãos pegou a cabeça do homem e a apoiou em suas pernas, então, começou a "brincar" com sua face, passando seu dedo na ponta do nariz do homem, sussurrando - Acorde.

Mas, o homem não acordara, o que de alguma forma frustou a mulher que então disse em um tom de voz um tanto autoritário. - Acorde! - E no momento seguinte, Alberto começara a recobrar sua consciência. A face de preocupação de seus parceiros surgiam em primeiro plano diante de sua vista, e em segundo plano, a face da mulher, que agora sorria para ele, e um pouco mais distante, estava Arthur, um olhar de pânico repreendido em seu olhar, como se apesar de tentar liberar seu pânico, estivesse impedido, apesar de suas mãos ainda estarem em sua cabeça.

- Seja bem-vindo ao outro lado, aquele que acolheu a morte. - Emitira a mulher, um largo sorriso ainda em sua face, até continuar. - Brincadeirinha.

Qual seria, entretanto, as próximas reações de Alberto e seus parceiros?

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