Finalmente Niklaus está apto para se aventurar pelo mundo. Ao lado de seu primeiro pokémon e os apetrechos de treinador, restava apenas a coragem necessária para dar o primeiro passo fora de Petalburg.
O jovem treinador após tanto insistir revirando a selva em busca de uma espécie finalmente encontra algo atrás de uma moita: uma pequena lagarta escarlate e com espinhos ambares. Niklaus fitou o pokémon ao perceber que este o encarava com seus olhos grandes mas, com receio de causar uma impressão errada e gerar medo na criatura, tomou uma postura mais relaxada e sorriu para este. Niklaus moveu-se para uma região onde não atrapalhasse a rotina desta nova espécie, ficando a observar suas particularidades e notando o quão diferente era.
—
Esta estrutura de corpo é totalmente diferente desta ave em meu ombro e Growlithe. Ele possui espinhos pela extensão de seu corpo e parece rastejar pelo chão para se locomover... Este tom escarlate também não se parece com os pelos e penas que tenho como exemplo. Estes espinhos parecem que servem para defesa própria, é melhor eu não realizar contato imediato, pode ser venenoso. — Pensou ao analisar a nova espécie por um breve instante. Sua intuição dizia que era perigoso realizar a mesma abordagem que fez com Pidgey, então uma nova atitude deveria ser tomada por este.
Imediatamente lembrou-se que Growlithe havia, no início, tomado uma atitude hostil para com a ave que agora estava a acompanhar ambos, e pensou que isto poderia novamente vir a ocorrer com esta nova espécie. Cautelosamente entrou na frente da pokémon, que estava a lhe acompanhar, não tirando os olhos da nova espécie que estava ali para que esta não fugisse sem que antes pudesse pensar em algo. Growlithe passou a ficar atrás de Niklaus, entendendo o recado de que não deveria se aproximar daquela criatura e ficou a esperar pacientemente sem se queixar. Voltou sua atenção para Pidgey, enquanto lhe fazia carícia na parte inferior do bico com o dedo indicador, em busca de alguma inspiração para a solução de seu problema. Sabia, contudo, que se demorasse demais para tomar uma atitude o pokémon a sua frente iria seguir seu rumo sem lhe dar importância e teria uma oportunidade perdida pela indecisão. Se aproximou do pokémon, mas manteve uma distância segura para que pudesse escapar caso este tentasse qualquer atitude ofensiva, sempre buscando não irritar ou amedrontar a espécie em sua frente. Ao atingir a distância almejada, parou e tornou a fitar os olhos daquela espécie tão peculiar. Pensou consigo por um breve instante mas, logo após, passou a dialogar com a criatura.
—
Você é muito peculiar amiguinho. Eu nunca tinha visto um pokémon como você tão de perto. Eu venho de uma cidade onde vários treinadores passam por lá com seus pokémons, e sua espécie me parece familiar a algo que eu já tenha visto antes de sair de Petalburg mas, ainda assim, eu nunca tinha visto tão de perto e reparado nestes detalhes. Sua cor escarlate é muito bela quando se presta a devida atenção. Me chamo Niklaus e estou iniciando minha jornada para conhecer este mundo tão vasto, e as diversas espécies que vivem neste. Meu sonho é ser um treinador de pokémons de fogo, mas eu sempre me surpreendo sempre que vejo uma espécie em minha frente e que não esteja ao lado de um treinador. Pokémons em seu habitat natural agem diferente, demonstram atitudes que são seu verdadeiro eu e isto está a me fascinar apesar de ser apenas meu segundo contato.Niklaus fez uma pausa e continuou, esperando por alguma reação ao falar tão abertamente com este. Independentemente da atitude da criatura, o jovem prosseguiria falando, ainda que sozinho.
—
Eu quero vivenciar esta experiência de conhecer tantas espécies de pokémons que estão espalhadas pelo mundo, e os lugares em que habitam. Quero descobrir o que o mundo tem a oferecer para alguém que tem um tempo limitado de vida e busca um propósito para si. Você, que vive nesta selva, não teria a vontade de explorar outros locais? Conhecer horizontes que nunca viu antes? Eu tenho este sonho. Eu não me contento com apenas permanecer aqui, neste lugar, e me arrepender de não ter explorado tudo o que a vida me deu como oportunidade. Se você deseja seguir em uma jornada, eu partilho deste sonho. Podemos seguir por este caminho juntos, apoiando um ao outro e evoluindo uns com os outros. Novos companheiros irão surgir enquanto fazemos essa trajetória, e esta experiência algum dia irá nos dar asas capazes de alcançar nossos sonhos. O que me diz? Você deseja nos acompanhar? — Discursou o jovem, convidando Growlithe para se aproximar calmamente.
O jovem voltou seu olhar para a ave que estava em seu ombro, indicando que a proposta feita também estava sendo dita para tal. Em um movimento feito com delicadeza para não espantar as criaturas selvagens, pegou uma de suas pokébolas vazias e estendeu o braço, demonstrando-a para os pokémons.
—
Se decidirem que querem me acompanhar nesta jornada, esta pokébola servirá como um dispositivo que firmará nossa união. Nos tornaremos companheiros assim que o dispositivo conhecer a ambos como meus pokémons, e criaremos nosso elo para avançar nesta jornada. Uma pokébola não seria capaz de forçar uma criatura em plena saúde a juntar-se a mim, por isto eu não lhes ataquei, vocês tomarão sua própria decisão. Há uma para cada, basta que ela seja acionada e tudo estará pronto.Niklaus colocou a pokébola na grama logo a sua frente, e retirou outra de sua mochila para realizar o mesmo feito, deixando duas destas vazias, uma ao lado da outra, no chão. O jovem então passou a observar Growlithe, até redirecionar seu olhar para as pokébolas novamente, aguardando a resposta dos dois que ali estavam..
Off / Observações :
Niklaus seguirá com a narração descrita mesmo que Wurmple decida fugir ou lhe atacar, podendo ser alterado o comportamento de Growlithe no processo da maneira que achar melhor. O discurso deste sobre seu propósito é algo que quero que seja ocorrido de fato até os atos finais expressos, ainda que Wurmple fuja da vista do jovem durante o ato, ele permanecerá falando como se o pokémon estivesse ouvindo-o e prestando atenção. No entanto, se decidir que em seu plot este discurso não deva vir a ocorrer, ou deva ser interrompido por fatores x/y, entendo perfeitamente e irei receber de braços abertos a ocorrência.