Contest #05 - Apresentações

Pela primeira vez em sua história, o Contest Hall de Mu Island estava com suas arquibancadas cheias. O local ainda era novo e na temporada anterior muitos competidores haviam deixado a cidade passar batido, mas esse não era o caso dessa vez. Várias pessoas estavam animadas com as regras diferenciadas, já que o foco do Contest seria as apresentações de combate. Provavelmente não seriam apenas coordenadores que participariam dessa vez, muitos treinadores tentariam a sorte!

Enfim o grande momento havia chegado. Como de costume, o  público vibrava ao perceberem que as luzes haviam se apagado e os holofotes de acendiam no centro do estádio, revelando Lilian, a famosa host dos Contests da região de Hoenn. A anfitriã esbanjou carisma ao mandar beijos para todos na platéia, que não conseguiam conter a empolgação diante do início do grande evento.

- Olá, Mu Island! É um grande prazer encontrar vocês após tanto tempo! Sou Lilian, a anfitriã dos Contests da região de Hoenn! Hoje iremos testemunhar incríveis coordenadores dando o melhor de si para conquistarem a Fita Vitoriosa! - Ao falar o nome da mesma, Lilian revelou a fita em suas mãos e uma imagem dela aparecia no telão. Era roxa em sua maioria, mas possuía belos detalhes dourados. - Para conquistar a fita de hoje, nossos competidores terão que lutar literalmente por ela! Ao final da competição, a pontuação da fase de combates será duplicada, o que poderá garantir uma reviravolta nos resultados! Quem será que levará a sorte grande hoje?

O público vibrava com as afirmações da apresentadora. Ela deixava bem claro que a competição seria acirrada, o que era ótimo para os espectadores. Porém, o mesmo não podia ser dito a respeito dos competidores, que apenas sentiam a pressão crescer.  O palco do Contest lembrava muito uma arena de batalha da Liga Pokémon: era feito de terra batida, com marcações em tinta branca e com as mesmas dimensões padrões. Porém, era possível perceber que na única parede do Contest Hall aonde não havia uma arquibancada havia um grande grafite de prédios, combinando com o tema urbano da competição.

Após a equipe organizadora conferir o palco e ver que o mesmo estava em perfeitas condições para as apresentações, as luzes se apagaram por alguns instantes. Quando se acenderam novamente, o público foi ao delírio: Lisia, a grande vencedora do último Grand Festival, estava ali para fazer uma apresentação surpresa!

Exemplo de apresentação - Lisia escreveu:Apresentação visual:

O público ficou animadíssimo por um bom tempo ao saberem da apresentação surpresa. Lisia costumava sempre avisar quando iria realizar uma apresentação especial para garantir que seus fãs teriam a chance de prestigiar aquilo pessoalmente, mas talvez uma quebra na rotina teria sido uma excelente ideia para sua imagem.

Sorridente, a jovem acenava para o público e parecia deslumbrante com seu típico vestido azul. Ela então iniciou sua apresentação da forma tradicional:
dividindo sua apresentação em partes, usando títulos e frases marcantes.

- E aqui começa o capítulo um: uma estrela cadente passa pela cidade!

As luzes do Contest Hall se apagaram parcialmente, deixando apenas uma grande penumbra no campo de apresentações. Lisia estava com uma pokébola roxa e com muito cuidado e classe a disparou para o alto. Na questão de milésimos de segundos em que a pokébola não se abriu, muitos se perguntavam quem seria a estrela da noite. Muitos acharam que provavelmente seria Ali, o famoso Altaria da treinadora. Mas acabaram se enganando: dos céus, descendo de um cometa estrelado e com um grande laço rosa em seu pescoço, uma animada Braixen recebia o público usando sua varinha flamejante para iluminar o campo.

A descida foi suave e delicada, já que Braixen utilizou seus poderes psíquicos para controlar a velocidade de queda. Enquanto chegava ao chão, ela balançava a varinha e a mesma emitia belíssimas faíscas que mais lembravam estrelas. Quando ela finalmente pousou no chão, agitou seu bastão mais uma vez e, utilizando um Flamethrower calculado milimetricamente, iluminou a pintura de prédios na parede, dando a impressão que todas as janelas estavam com luzes acesas.

Apresentação Artística

Com o fim de sua apresentação visual, Lisia agora acenava para o público, fazendo sinal de que iria falar mais uma vez. Ela e sua parceira inesperada agora começariam a apresentação artística, onde mostrariam uma interpretação mais fantasiosa do tema da competição:

- Após chegar na cidade e ver que nem todos estavam felizes com sua aparição, a fada percebeu que muitos ali haviam deixado de acreditar em mágica. E foi aí que começou o capítulo dois: a torre do relógio!

Assim que Lisia fez o sinal para sua parceira, Braixen começou a se concentrar e utilizou um gigantesco Light Screen. No total, criou quatro grandes paredes translúcidas que, encostadas umas nas outras, formava uma imagem que se assimilava muito a um grande relógio famoso: o Big Ben. Braixen então usou seu Safeguard e ficou com seu corpo envolto por uma luz branca. Em seguida, com um Flamethrower, pegou impulso e subiu até o topo das paredes do relógio.

- Muitos adultos dedicam suas vidas apenas aos seus trabalhos e se esquecem de momentos de alegria e inocência que viveram na infância. Não é a toa que existem histórias de crianças que nunca quiseram crescer! Foi pensando nisso que a nossa fada decidiu que a melhor forma de fazer todos acreditarem em mágica, foi iluminar os corações de todos! Fazer todos se lembrarem de suas infâncias! Capítulo três: corações iluminados, as luzes da cidade!

Aos poucos o Light Screen começava a se desfazer, então Braixen precisava ser rápida para encerrar sua apresentação. Ainda brilhante devido aos efeitos do Safeguard, a pequena raposa usou Will-O-Wisp em si mesma, sentou-se em seu graveto como se ele fosse uma vassoura e mais uma vez usou seus poderes psíquicos para reduzir a velocidade de sua queda.

Conforme descia, labaredas do Will-O-Wisp se espalhavam em torno do "Big Ben". A impressão era de que milhares de vagalumes voavam pelo campo. De forma praticamente calculada, Braixen pousou no chão no exato momento em que o Light Screen se desfez. As paredes de luz se fragmentaram em milhares de faíscas que se combinaram com o golpe do tipo fogo, criando uma luz intensa no campo. A apresentação havia chegado ao fim e Lisia se despedia de todos, deixando uma mensagem final:

- Muitas pessoas acreditam que suas infâncias chegaram ao fim. Porém, basta acreditar que você descobrirá que as alegrias e boas memórias vivem em seus corações. Nunca deixem de acreditar!

Braixen então usou seu Flamethrower mais uma vez, rodeando ela e Lisia. Quando as chamas diminuíram, as duas haviam simplesmente desaparecido do campo.  

Logo Lilian retornou para o campo do palco de apresentações. Vibrante, perguntou ao público o que haviam achado da surpresa. Como resposta, ouviu o público aplaudindo empolgado. Mas Lisia era apenas uma convidada especial. Agora havia chegado a vez dos participantes mostrarem seu potencial. Como que eles mostrariam as luzes da cidade para o público?

- Fiquem agora com nosso próximo concorrente...- Emitia a sempre animada apresentadora dos Contests da região de Hoenn, Lilian. Sua voz ecoava por todo o grande salão de apresentações através das diversas caixas de som ali instaladas, uma voz que enchia a todos com uma imensa expectativa e animação.. - Lysander Lestrange! - Com um floreio, suas mãos agora apontavam a direção da grande cortina de cetim, de onde, a cada vez que esta se abria, um competidor adentrava o salão. E assim, como de praxe, acontecia... Ou não... As cortinas começaram a se mover, lenta e dramaticamente, enquanto muitos espectadores esperavam pela próxima apresentação a brilhar diante de seus olhos. No entanto... Não havia ninguém em seu interior. Não desta vez.

No momento em que as cortinas pararam de se mover, as luzes de todo o salão se apagaram, a pedido de Lys, é claro. Alguns segundos se passaram desde o apagão e um burburinho já começava a vir da direção da plateia. Burburinho este que se encerrou ao ouviram um suspiro, um pesado suspiro, a ecoar pelo salão através das caixas de som, assim como a voz de Lilian o fizera. Mas não era a apresentadora. Era Lysander, que se escondia em meio à escuridão, atrás das cortinas, com um microfone em suas mãos. - A vida... O dia... Apenas ciclos. Ciclos pelos quais, inevitavelmente, temos de passar, nos agarrando a tudo que nos satisfaz para sobrevivermos... Não... Para vivermos. - Sua voz parecia ligeiramente rouca e frágil de início. Mesmo já tendo participado de apresentações como aquela antes, não era confiante o suficiente para não haver falhas em sua fala, mas a cada palavra que emitia, sua voz parecia ganhar força. Havia melancolia em sua voz, e isto, ficara evidente desde o início. Ao fundo de sua voz, uma música começara a tocar [LINK EM OFF]. Era fraca inicialmente, apenas para acompanhar suas palavras. - Durante o dia, temos o apoio da intensa luz do sol a nos iluminar, a nos guiar. É uma bela fase... Uma ótima fase... Onde quer que vá, há luz, há alegria. Sentimos o calor a banhar nossos corpos, enquanto nossos olhos enxergam inteiramente todo o caminho a percorrer... Ó estrela máxima... Infelizmente, quando é chegada sua hora, você se vai. - Por que? - Você se vai e a noite chega... A noite... Período de escuridão... O frio a nos envolver, a atingir nossas faces. Nossos olhos? Incapazes de enxergar apropriadamente o que se esconde nas sombras. As ruas... Os caminhos que tomamos... Não podemos ver a que nos levam... À mais profunda escuridão? Ao lar? - Uma pausa era feita em seu discurso. - Mas temos algo a nos guiar, mesmo neste período de escuridão... As luzes da cidade... A luz...

A música aumentava agora que sua voz se silenciava. Era instrumental. Era uma calma, suave e melancólica, assim como Lys. Assim como Umbreon.


Ao final daquela palavra, um lampejo arroxeado rompera da escuridão, vinda da esfera bicolor na mão de Lysander, vinda por trás das cortinas. Centelhas roxas voavam pelo palco, rumo ao centro, e quando enfim encontravam seu objetivo, uma figura começou a surgir em meio a todo o brilho das faíscas. Era Umbreon, uma figura quadrúpede que permanecia de cabeça baixa, e olhos fechados, enquanto as faíscas se dissipavam ao seu redor, iluminando precariamente seu corpo negro. Foi então, quando as centelhas estavam para se acabar, que um brado fora ouvido vindo da escuridão:

- Mostre a todos sua luz, Skruppel! - A voz pertencia a Lysander.

Ao som da voz de seu mestre, Skruppel ergueu sua cabeça, abriu seus olhos vermelhos, vibrantes e penetrantes e emitiu o maior "grito" que conseguira por meio de suas cordas vocais. A medida que seu som ecoava pelo ambiente, as marcas amarelas de todo seu corpo começaram a brilhar, cada vez mais forte, banhando sua pelugem negra em um brilho dourado que contrastava com seus grandes olhos escarlates. Esta era uma particularidade da espécie de Umbreon, que naturalmente, durante a noite, emite sua luz através das marcas em seu corpo. Afinal... Era Umbreon o monstrinho que representava o brilho lunar. O brilho natural da noite, que ali em palco o rapaz transformava em luzes da cidade.

- Mais luz!- Rugia o rapaz. Seus dedos pressionando-se fortemente contra as palmas de suas mãos, evidenciando o nervosismo que habitava em seu corpo neste momento. O rapaz continuava a esconder seu corpo atrás da cortina, mas sua cabeça começava a se mostrar ao lado da cortina, a observar. Buscava certificar-se de que ninguém o visse, afinal, o foco até então era em Umbreon, mas ainda assim pretendia ver, como todos os outros, a apresentação de seu parceiro.

O pokémon interrompeu seu grito, abaixou mais uma vez sua cabeça, arqueou bem suas patas, e concentrou-se. Seis pequenas esferas douradas começaram a surgir ao seu redor. Inicialmente pequeninas, as esferas começaram a crescer, até seu tamanho costumeiro. Começaram a rodear Umbreon, e com o aumento de tamanho das esferas, seu brilho também aumentara. (CONFUSE RAY) Seis esferas de energia, como um plasma dourado, estavam a lhe rodear, como se dançassem a seu redor. Diferente de quando na escuridão, ficava evidente agora com a luz, tanto das esferas douradas quanto de seu próprio corpo, que o quadrúpede usava alguns adereços. Um lenço vermelho(RED SCARF), estava preso a seu pescoço, e uma máscara branca jazia sobre sua face, adornando-a.(DOMINO MASK) O interessante é que a máscara parecia emitir um brilho próprio. A marca circular escondida pela máscara, continuava a brilhar intensamente, como todas as outras de seu corpo, fazendo com que a máscara ganhasse também certa luz, um pouco opaca, apagada pelo produto pela qual era feita, mas ainda assim, havia certo brilho percorrendo sua extensão branca.

A música continuava a embalar a apresentação, suas notas suaves a combinar perfeitamente com os movimentos impecáveis de Umbreon, que parecia deliciar-se das notas enquanto continuava sua apresentação.

- Agora eu lhes apresento... As minhas luzes da cidade! Skruppel! Aquele que me guia pela escuridão da noite!

Ao final de tal frase, as esferas deram uma última volta ao redor de Umbreon, como se estas se despedissem, e então partiram à sua frente... Três esferas para cada lado. Após seguirem o caminho a frente, as esferas ganharam um pouco de altitude, de forma a iluminar o palco como uma espécie de passarela... Uma rua, onde os postes de energia lhes iluminavam acima de suas cabeças. Uma cena que combinava perfeitamente com o grafite ao fundo da apresentação, lugar este que era iluminado pelos holofotes do palco. Um simulacro de rua onde as luzes bruxuleantes de seu Confuse Ray iluminavam seu caminho. Foi só então que Lysander enfim se mostrara à luz, saindo enfim de trás da cortina e assumindo sua posição como o treinador de Umbreon. O rapaz tremia, suas pernas bamboleavam pelo salão de apresentações, mas tinha de continuar, afinal, já tinha ido até ali. Sua velocidade aumentava... Começava a correr na direção do canídeo.

Trajava uma bela e elegante fantasia. Era clássica. Era social. Era digna da alta sociedade antiga. Era digna de ser usada por Lysander. Um colete vermelho, uma cartola e luvas que deixavam a mostra seus dedos. Era o que o rapaz trajava. Até mesmo um bigode falso e uma corrente que simulava um relógio de bolso à moça que lhe atendera na loja de fantasias lhe arrumara. Teria de agradecê-la depois, afinal, fora tão atenciosa consigo ao preparar aquela vestimenta a seu gosto, que agora julgava estar perfeita.

O rapaz enfim se colocara ao lado de Umbreon, um tanto ofegante. O pequenino desviou o olhar para seu parceiro por um segundo, e esboçou o que seria um sorriso de confiança, e juntos, cercados pela luz das esferas e de Umbreon, um tom dourado sempre lhes cercando, os dois se moviam pela suposta rua. Os dois caminhavam imperialmente pela passagem, queixos levantados, inabaláveis. - Mesmo que Lysander escondesse o nervosismo que em si habitava naquele momento, corroendo-lhe. - Assim que passavam pelas esferas, estas iam enfraquecendo, afinal, Umbreon não seria capaz de mantê-las ativas e brilhantes por tanto tempo, não era tão poderoso assim, e tampouco Lys esperava que o fosse, sabia que todos tinham suas dificuldades. Lys até mesmo julgara haver certa beleza na cena, das luzes irem se apagando conforme delas passavam, trazia um certo clima dramático à cena. Assim que Lys e Umbreon alcançaram o fim daquele caminho feito pelas esferas, que agora encontravam-se todas apagadas, a luz do holofote fora ligada e agora brilhava intensamente sobre os corpos dos parceiros. Umbreon estava com sua cabeça baixa, como se agradecesse polidamente, seus olhos vermelhos a faiscar na direção da plateia, e Lysander, com sua coluna curvada, realizando grandes floreios com sua mão livre, como se agradecesse a todos, enquanto a outra mão segurava a cartola que usava contra seu peito... Em sua face, o rapaz trazia o maior sorriso que conseguia naquele momento, era notável também o nervosismo em seu olhar, brevemente voltado a Skruppel enquanto lhe sussurrava de canto de boca após um suspiro:

- Primeira etapa concluída... - Umbreon ao fitar seu treinador, permitira-se a abandonar certa formalidade naquele momento, e ao final, aproximou-se mais de Lys, apoiando-se em seus pés, que agora eram cobertos por botas de couro.


- Como disse a pouco... - Emitira o jovem após um suspiro, colocando de volta à sua cabeça a cartola negra que usava, isto é, depois de realizar mais um floreio chamativo com ela nas mãos. Umbreon, percebendo que tinha de recomeçar a apresentação que preparara, rodeou seu mestre e parou um pouco mais a sua direita, os olhos vibrantes e enérgicos direcionados à plateia. - As luzes da cidade não se comparam ao sol, isto é um fato... São mais frágeis? Não, não podem ser. As luzes da cidade, que nos guiam durante a estrada tortuosa da noite, tem de ser confiante. Tem de ser resistente... Ou seguiríamos facilmente por caminhos cada vez mais escuros... Tem de provar que são capazes de nos guiar. Nos guiar sem fracassar... E agora, iremos provar desta força, desta resistência.

Deu um passo para o lado, fazendo com que seu corpo estivesse voltado a Umbreon, apesar de sua face estar voltada para a plateia. - Skruppel... Como treinamos, Sim? - Seu braço então se levantava, dando um sinal a Umbreon, que logo o entendia e preparava-se para botar em prática o que haviam preparado. Umbreon mais uma vez, ligeiramente, arqueou suas patas, inclinando seu corpo para a frente, e ao impulsioná-las, saltou para trás, com uma bela performance de pirueta, aterrissando ao chão em suas quatro patas.. Lys correra para próximo das cortinas, enquanto Umbreon agora rodeava o palco com uma corrida suave. Umbreon não tinha pressa, estava ali para exibir sua performance. Seu pelo lustroso e negro, que Lys tinha tratado antes da apresentação, brilhavam com o tom amarelo das marcas de seu corpo. Ao final da corrida pelo palco, o monstrinho se posicionou ao centro, de onde Lys havia se afastado, a fim de permitir o melhor controle de palco de Umbreon.

- Prepare-se para eliminar seu veneno, tudo aquilo que lhe faz mal... - Bradou o rapaz, seus braços direcionados ao centro do palco. Havia certo nervosismo em seu tom de voz, pois sabia que havia um risco naquilo, mas já que estava ali, valeria a pena continuar. Bom. Tinha de valer. As melhores coisas vinham de onde havia certo risco, imperfeições.

- Umbre... - Emitira o pequeno, em resposta. Seus pelos lustrosos se eriçando por todo seu corpo, enquanto um movimento era identificado em sua garganta. Era a massa tóxica que ali se reunia.

- Lance ao céu!

E ao seu comando, o pequenino realizou um ligeiro movimento de sua cabeça, jogando-a para o alto. Sua boca se abriu, e dela rompera uma espécie de massa roxa (TOXIC.) que agora ganhava altitude. Era como um ponto escuro - mais exatamente um ponto roxo escuro. - e sem brilho em meio à luz do holofote.

- Chuva de estrelas! - Falara o rapaz, enfim percebendo que suas unhas começavam a ferir as palmas de suas mãos, de tão forte, por conta do nervosismo, que se pressionavam.

Eis então que enquanto a massa venenosa subia pelo ar acima de si, o corpo de Umbreon passou a emitir um brilho particular, e a partir destes pontos brilhantes que o cercavam, estrelas irromperam ao ar. (SWIFT.) Não eram exageradamente grandes, tinham aproximadamente o tamanho da cabeça de Umbreon, talvez um pouco menos. As estrelas refletiam uma luz dourada, ora mais puxado para o laranja, ora para o amarelo. As estrelas iam imediatamente circulando seu corpo, avançando velozmente pelo ar ao seu redor e então subindo. Neste momento a lama tóxica já encontrara seu ápice, e inclusive começava a cair quando as estrelas iam a seu alcance. No meio do caminho de ambos os trajetos, os corpos se chocaram. Massa opaca e estrelas brilhantes e claras que dançavam pelo ar como o céu estrelado da noite, juntas, causaram uma pequena explosão, uma nuvem densa e roxa se formando acima de Umbreon, mas a metros de distância. A massa tóxica que irrompera de sua boca fora extinguída pelas brilhantes estrelas, que, curiosamente, graças às substâncias tóxicas implementadas na massa, ganhavam agora uma coloração roxa que brilhava intensamente enquanto despencavam rumo ao palco, como em uma literal chuva de estrelas.

- Agora... Prove sua resistência! - Bradara o rapaz enquanto as estrelas, purpuras após o estouro, começavam a cair na direção de Umbreon e do palco. A este ponto, juntara ambas mãos a frente de seu corpo como forma de impedir que continuasse a se machucar, mesmo que não intencionalmente. Pensou em fechar seus olhos e não observar o que se seguiria. Mas que tipo de pessoa seria se o fizesse? Seu coração sentia-se apertado naquele momento, e a música que continuava parecia destacar ainda mais seus sentimentos, suas emoções, que naturalmente já viviam às alturas.

Umbreon fechou seus olhos, arqueou suas patas mais uma vez, desta vez afim de amortecer o impacto provido das estrelas que despencavam em sua direção, e em breve lhe atingiriam. Algumas das estrelas atingiam o corpo de Umbreon, salpicando seu corpo e então sendo desviadas ao campo de apresentação. As estrelas continuavam a cair quando Umbreon inclinou levemente sua cabeça, e ao fazer isto, expôs a máscara em sua face às estrelas, que a racharam ao meio, não tão ao meio mas a racharam, fazendo com que a máscara, agora dividida em duas, caísse a seus pés, revelando então sua verdadeira face, permitindo que o último de seus anéis luminosos brilhassem sobre o campo, o circulo principal, o de sua testa. Uma cena que provavelmente muitos não notariam, mas que a Lys tinha um grande significado, a quebra da máscara de Umbreon, a libertação do verdadeiro Umbreon. Outras estrelas simplesmente caíam ao seu redor, fazendo com que se quebrassem e enchessem o palco com uma bruma que mesclava a coloração dourada natural das estrelas, uma mescla de tons amarelos e dourados, com o tom roxo das substâncias tóxicas adquiridas com o impacto da explosão. Umbreon parecia resistir bem ao dano, estava inabalável, e Lys agradecia isso a sua defesa naturalmente elevada e excepcional. As estrelas enfim paravam de cair sobre o palco, que agora era tomado pela bruma. A bruma, pairava pelo palco como um nevoeiro colorido, um nevoeiro em que Umbreon continuava a brilhar. Na verdade, aquelas cores em palco pareciam aumentar ainda mais a beleza de sua luz.

Algumas manchas roxas começavam a brilhar pelo corpo de Umbreon, (POISON) refletido pela pelugem negra de seu corpo, e pelo tom amarelo das suas marcas. As manchas num segundo surgiam, e no outro, desapareciam, como em um ciclo. O monstrinho, continuava resistente, e Lys sabia, concentrava-se na música ao fundo para continuar a resistir. Não era por Lys que o pequeno fazia aquilo, era por si próprio, por seus próprios sentimentos e lembranças, pontos que a canção traziam a tona perfeitamente intactos.

- Acenda as luzes da cidade novamente! Permita que elas brilhem através da bruma!

Umbreon, mesmo que ligeiramente fragilizado, produziu uma vez mais aquelas centelhas douradas (CONFUSE RAY), que desta vez não dançaram a seu redor, nem reproduziram uma rua, simplesmente se divergiram, cada uma tomando um rumo diferente, de forma que, ao final, o campo era rodeado pelas esferas douradas a brilhar através da névoa colorida, fazendo com que as cores nela se destacassem. A cor Roxa contrastava belamente com o amarelo e laranja, afinal, ao bom conhecedor de cores, Roxo e Amarelo são cores opostas complementares, cores que quando em conjunto, possuem o maior contraste possível, expondo o melhor de cada uma.

- Agora... Recupere-se! Brilhe! Seu verdadeiro brilho, o verdadeiro poder de sua luz... Uma luz que o levanta das trevas...

Seu corpo passara então a emitir uma tênue luz... Começara pelas marcas amarelas de seu corpo, que logo tomara conta de todo o corpo. Era uma luz verde, tranquila e suave, mas ainda assim imensamente bela, uma luz que se espalhava por todo o campo através da nevoa, que, agora, aos poucos, começava se dissipar. (REFRESH.) Umbreon ergueu seu corpo, suas orelhas e a cauda felpuda, permitindo que o brilho lhe atingisse plenamente. Seus movimentos pareciam graciosos, e seguiam-se conforme o ritmo das notas. Lys tinha em sua face um largo sorriso agora.

Correu até seu pokemon, e quando se aproximou, o pequeno não demorou muito a cessar o brilho tranquilizante e pôs-se a ficar ao lado de seu mestre. O pequenino mais uma vez adotara sua postura de agradecimento enquanto seu parceiro bradava:

- Como veem... Mesmo ferido tem de se manter firme... Inabalável. Tem de guiar a todos pelas noites escuras, independentemente do quão ferido está, do quanto as trevas o consumiu... Se as luzes da cidade assim forem... Certamente guiarão todos nós a um novo dia de alegria. Um novo dia de luz... - Retirou sua cartola com mais um floreio, que desta vez saiu-lhe bem mais rápido que o comum e abaixou-se. afundou a cartola na cabeça de Umbreon enquanto este continuava a agradecer, e ao levantar-se produziu uma ligeira reverência enquanto dizia - Até mais! As luzes da cidade aqui se despedem! - A música então se interrompera ao chegar ao seu final, enquanto Lys e Umbreon dali partiam, juntos.

A grandiosa Mu estava agitada naquele dia, era o contest e eu estava levemente nervoso, enquanto eu dava minha última volta para confirmar o quão belo estava minhas vestes em frente ao espelho(fantasia de coordenador), a excitação transparecia pela pele, eu estava começando a ficar ansioso. Meu nome foi chamado por uma voz feminina para subir ao palco, eu respiro fundo e sigo em direção ao palco iluminado, o som das botas de couro batem contra o solo o mesmo anunciava a minha chegada para a plateia.

O garoto de Cerulean chega ao centro do palco mordendo de leve o lábio por ansiedade, olha para a plateia e faz um longo aceno curvando o corpo para demonstrar seu respeito a todos, e posteriormente voltando a ficar com seu corpo erguido.

-Olá belíssima Mu, vim trazer a vocês um pouco de luz para esse dia incrível, mas primeiro permitam me apresentar um amigo meu.

A voz do garoto sai inicialmente tremula, mas rapidamente foi corrigida.
Valentain gira seu corpo em uma pirueta e rapidamente saca uma esfera bicodor roxa(pokebola pontada) do bolso interno do seu sobretudo purpura, o mesmo a observa, pensando um pouco sobre o seu parceiro que ali se encontrava, e após uma fração de segundos ele a lança sobre sua cabeça o mais alto possível, ela sobe no ar e gira uma, duas, três, quatro vezes no céu da arena ficando próxima do teto e começa a se abrir.
Um vulto arroxeado começa a aparece sobre a cabeça do coordenador girando no ar. A luz dos holofotes impediam o coordenador de visualizar seu pokemon de baixo para cima, mas ele sabia quem era, e logo a plateia e os jurados também saberão.
Valentain se apressa em dar os comandos enquanto o pokemon ainda está no ar, o coordenador ajoelha se e levanta os braços em V mostrando seu belíssimo companheiro.

-Vamos começar com uma bela e grande esfera tóxica Skuntank e em seguida vamos usar Slash.




O movimento precisava ser rápido uma vez que o mesmo era feito no ar, o coordenador observava a situação de baixo e como o pokemon iria fazer isso com velocidade e destreza, uma rápida cruzada de dedos para aumentar a sorte do garoto não custava nada, então ele o fez.

O pokemon venenoso abre a boca e a frente cria uma enorme esfera roxa líquida cheia de uma toxina roxa poderosa, o mesmo estende usas garras brancas e brilhantes e a estoura como um balão á atravessando, lançando uma chuva roxa para todos os lados do campo e banhando o corpo do pokemon com uma áurea purpura borbulhosa, o toxic ao respingar pelo campo da ao solo da arena a coloração arroxeada.
 Valentain sabia que precisava dar mais de si naquela entrada então o mesmo fica frente a frente com seu pokemon, um sorriso escapa de seu rosto mostrando a alegria do coordenador ao ver seu parceiro de forma tão bela. Sentindo a emoção de estar no centro do palco o coordenador respira fundo e diz o próximo movimento...

-Tuntun vamos usar o Dark pulse com smockscreen.

O coordenador dava um salto para ficar atrás do pokemon e apontava para o teto da arena, mostrando aonde seria o alvo do movimento.
Enquanto seu parceiro preparava o movimento o garoto diz algumas palavras.

-Vamos dar a eles um lampejo das fábricas de Mu.

Skuntank abre a boca e prepara a energia do Dark pulse, anéis arroxeados e negros giram próximos da boca do pokemon, entretanto uma pequena esfera negra gasosa esta concentrada dentro dos anéis do Dark pulse, e ele a lança em direção ao teto com força e observa a mesma subir.
Os anéis giram rapidamente emitindo um brilho purpura e se colidem com o teto da arena, explodindo, como fogos de artifício arroxeados, porem aonde os fragmentos de luz passam deixam um fino rastro de fumaça enegrecida, observando de frente era possível associar o movimento com meteoros, atravessando o espaço e se dissipando lentamente antes de tocar o solo.
Rapidamente o coordenador pula sobre as costas do pokemon e fazem uma pose de guerreiro e montaria terminando a primeira parte da apresentação.



O rapaz sai das costas de seu pokemon sentindo ainda os aplausos da primeira parte da apresentação, seus olhos percorriam toda a arena observando a plateia e os jurados, todos pareciam ansiosos pelo que estava por vir afinal, agora era hora da apresentação completa, não só o pedaço do bolo, mas a cereja, ele sentia se pressionado pelos olhares, mas ainda assim, queria dar o seu melhor então ele passa para ficar lado a lado de seu parceiro.

-Vamos trazer ao palco o brilho das fabricas de mu!

O coordenador sentia se pequeno as vezes, mas ao olhar para o seu parceiro de longa viagem, o mesmo se sentia gigante, pois se seu pokemon estava se divertindo, ele também precisava se divertir, cerrando os punhos, demonstrando vontade, ele diz os comandos para seu companheiro.

-Tuntun, hora de ligarmos a fornalha! Flamethrower combinado com Smockscreen!

O coordenador aponta para o teto da arena e espera o movimento iniciar.
O grande pokemon venenoso abre a boca apontando para o céu e sente a energia vindo de dentro.
Um ciclone de fogo envolto em fumaça enegrecida subia pelo ar, girando em chamas, subindo até atingir o teto da arena e explodindo violentamente, lançando uma  chuva de plumas de fogo pelo palco e uma leve nevoa enegrecida no teto da arena como um céu com estrelas vermelhas caindo sobre o solo, uma linda visão, Tuntun aproveitava das pequenas chamas que caiam pulando pela arena, brincando com as mesmas como um gato brinca com uma borboleta.

Agora era a nossa chance de fazer algo diferente... Eu já havia pensando nisso posteriormente, mas eu não tinha certeza... Pensava o coordenador que sentia o calor em seu corpo e um forte bater em seu peito, havia chegado a hora.

Valentain enfia a mão em seu sobretudo e retira um delicado bouquet (fantasia item) de flores com uma coloração roxa, bem delicada. O coordenador olha para o seu parceiro e com uma rápida piscada de olho, mostrava ao pokémon que estava pronto para o combate, o movimento já havia sido planejado com Skuntank posteriormente sendo assim o garoto lança o bouquet em frente a plateia e diz:

-Vamos dar a eles uma luz mais delicada para esse evento? Darkpulse!

O pokemon enegrecido pula, mostrando seu pelo brilhante em movimento, no ar, quando abre sua boca e lança anéis enegrecidos e roxos, os mesmos são projetados em direção ao bouquet que girava no ar e ao entrarem em contato o mesmo explodia em frente a plateia, lançando uma chuva de pétalas que antes eram roxas delicadas, agora ganhavam uma coloração de pétalas negras e roxas brilhantes graças a energia do Dark pulse. As mesmas caiam lentamente sobre a plateia, o coordenador rapidamente aparece próximo ao seu parceiro e fazem uma referência.

- É primavera no estádio e este é o nosso presente para a belíssima ilha de Mu.

Dizia o coordenador aos jurados e agradecendo a plateia ele e seu parceiro saem do palco.

Off: Stantler equipada com Twisted Spoon. Usando a fantasia o sacerdote, Blue Flower  e Cane e Pokébola roxa. Sobre a habilidade: “Aqueles que olham diretamente os chifres de Stantler vão perdendo os sentidos até não conseguir se sustentar. As esferas dos chifres podem distorcer a realidade.

 Do lado de trás do palco, Klaus arrumava sua fantasia, pensava em como fora desleixado em não fazer uma nova para o evento atual, afinal poderia não ser legal repetir. Mas opção o criador não possuía. 

 Em mãos, a esfera pintada de roxa de Capitu, sua Stantler e nos pés uma bota que até o incomodava um pouco e, por sua vez, no peito um coração que batia agitado mesmo já não sendo seu primeiro evento. 

 Ela confirma com a cabeça e mudando a posição de sua bengala começa a bater com a mesma no piso de forma compassada enquanto olha para o criador, este repete o ritmo com movimentos de calcanhar e ponta de pé, sendo respondido por mais um desafio da Pokémon.