Uma paradisíaca caçada

Por alguns segundos Joul, que era acompanhado por um Victreebel que parecia tentar cumprir o que havia sido pedido a ele, o que de certa forma era algo admirável de se acompanhar, principalmente devido ao histórico não tão bom da criatura, olhava para o todo o lugar como se quisesse encontrar uma melhor forma de iniciar sua exploração. Afinal, a decisão tomada por ele de onde começar seria de crucial importância para os possíveis encontro que ele teria.

Assim, depois de alguns segundos, que para Victreebel era uma eternidade, o Terri, procurando deixar que um sincero sorriso tomasse conta de seu rosto, virou para seu parceiro, o que nitidamente animou o pokémon, e falou:

- Victreebel, sinceramente, eu não sei bem por onde começar. Sendo assim, como você é um predador nato, gostaria que você tentasse sentir a movimentação de qualquer ser que possa estar nos nossos arredores. Depois disso, a gente vê se alguma outra coisa precisará ser feita. Podemos tentar isso? - Concluiu o treinador com um olhar nitidamente frustrado por não saber como lidar.

Enfim, agora, restava esperar pelo que o destino estaria reservando ao jovem viajante da ilha de Cinnabar.

Após alguns consideráveis minutos de caminhada, onde Joul até achou que nada seria encontrado com aquela primeira estratégia, algo inesperado acabou por vir a tona. Já que, depois de deixar que Victreebel tomasse a liderança, o que de certa forma era uma situação um pouco complicada, principalmente em si tratando do pokémon em questão, um tipo de sinal pareceu ser dado pelo pokémon a seu treinador.

O viajante de Cinnabar, pelo menos naqueles primeiros segundos, apenas observou a vinha de seu Grass/Poison apontada para uma região a esquerda do parque. Será que eles tinham realmente encontrado algo? Porém, a resposta para tal pergunta não poderia ser respondida do lugar que ele se encontrava.

Com isso, procurando acreditar no que acontecia, o Terri, sem pensar muito mais a respeito, afinal quanto mais se pensa mais tempo se perde, tratou de falar ao pokémon enquanto caminhava para a posição apontada:

- Victreebel, se você está apontando para lá, é porque algo pode estar nos esperando. Sendo assim, vamos logo!!

Sim! Tem algo aqui! - Joul não conseguiu esconder a surpresa ao avistar um arbusto se agitando há alguns metros dele. Afinal, mesmo que ele tivesse encobido seu parceiro de levá-lo de encontro a algum habitante daquele lugar, em seu interior, ele duvidava que Victreebel poderia ser tão eficaz como ele havia sido. Fato que, como uma espécie de castigo ao jovem, aconteceu bem antes de qualquer previsão do treinador de Cinnabar.

Deste modo, sabendo que precisaria depois agradecer seu pokémon de alguma forma, o Terri, procurou, de uma forma até leve, vascular os arredores do arbusto para tentar decifrar a criatura sem, de uma forma ofensiva, invadir seu espaço. E, para isso, o treinador apanhou sua pokédex para ter acesso a qualquer nova informação que pudesse lhe ajudar.

Com isso, agora, restava a ele apenas esperar pelo resultado que sua leve ação renderia. O que, se fosse realmente positivo, daria ao viajante seu primeiro encontro no Red Park.

Joul ficara corado, afinal, ao se aproximar do arbusto, o treinador se deu conta que aquele ali não era um pokémon, e sim um outro turista que também se embrenhava em meio a vegetação do lugar em busca de encontrar, ou simplesmente avistar, um pokémon local da região Alola. Assim, ciente de sua vergonha, o treinador da ilha de Cinnabar apenas gesticulou, em pedido de desculpas, antes de deixar que o homem prosseguisse em sua inusitada forma de caça.

Daí em diante, tratando de seguir com passos cada vez mais rápidos para longe daquele arbusto, o Terri, revirando os olhos em revolta ao que Victreebel o tinha feito passar, fato que era deliciado pelo pokémon de forma até bem engraçada, resolveu que o melhor seria mesmo seguir com o plano inicial do que procurar de alguma forma repreender Victreebel. E, tal atitude, no fim, acabou de fazer com que o gramíneo levasse seu treinador ao encontro da primeira criatura nativa do continente de Kalos.

Por alguns instantes Joul apenas observou o lago de cores cristalinas a sua frente. No entanto, diferentemente do que se poderia esperar, afinal as águas do lugar estavam repletas de um pokémon aquático até o momento nunca visto pelo rapaz, o viajante de Kanto preferiu não atrapalhar o habitat daquelas criaturas, ou, em outras palavras, não havia o menor interesse de Joul naquele espécie de pokémon.

Com isso, enquanto o rapaz voltava a fazer seu caminho, restava saber o que viria a ser visto por ele caso um novo encontro acontecesse.