[Prólogo] A Brisa do Começo é a melhor Lembrança
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[Prólogo] A Brisa do Começo é a melhor Lembrança
Em minha mente, as lembranças de minha família ainda estavam vivas como as chamas de uma noite de fogueira memorável. A brisa que dançava em meio ao ar assanhava meus cabelos, porém, mal ligava para isso. Ali, minha mente estava em meu passado, minhas raízes, o que eu deixei para trás, tudo começou naquele dia...
— Allan... Allan... Allan![/size][size=14] — uma voz gritara comigo ao mesmo tempo em que me sentia chacoalhado. Era Violet. Minha irmã mais nova costumava me acordar toda manhã. Estranhamente ela acordava primeiro que todos — era quase uma espécie de velha em corpo de criança — e ali não seria diferente, pelo menos era isso que imaginei. — Acorda! O papai está de saída e quer se despedir de todos! — afirmou ela me chacoalhando novamente. De maneira geral, tinha problema em acordar cedo, não importa o que fizesse, mas, naquele dia, tinha de ser diferente. Ainda em luta com meus olhos, levantei-me da cama e, como um zumbi criado por um Gengar, caminhei até o banheiro. Violet já tinha saído do meu quarto, porém, aquela voz voltava a ressonar em minha mente. Estaria ficando louco? — me questionava enquanto escovava os dentes. Não, de fato não era algum devaneio da minha mente, como um Taurus em noite de rodeio, Violet me puxou pela camiseta e me fez descer na marra.
— Ei, ei, me solta, eu já entendi! Eu sei que... — ao olhar para ela, notei que ela não estava brava, não, longe disso, seus olhos queria lacrimejar, porém, dura como sempre, ela segurava e seguro, até certo ponto. Nesse momento vi o quanto estava sendo infantil. Rapidamente me ergui e caminhei junto a ela. Agora eu é que a levava até a porta, segurando em sua mão. Ao descer as escadas e caminhar até o lado externo de casa, avistei meu Pai. Violet não aguentou. Em prantos a garota se derreteu. De fato ela estava mais sentimental que de costume. Minha mãe a amparou enquanto meu pai terminava de sair com as malas e as colocava ao seu lado, ali, na entrada de casa, onde todos estavam se despendido dele, mais uma vez.
— Bem, acho que é mais um até logo! – afirmou ele soltando um leve sorriso, como sempre. De início pensei que seria como as outras vezes, só que não seria. Eu não o veria novamente ali, não era isso que queria. Ao perceber, meus punhos já estavam cerrados, minha voz urgia em minha garganta, porém minha mandíbula não dava oportunidade para ela sair.
— Pai... — tentei falar o que queria, porém, antes mesmo de conseguir proferir mais uma palavra, ele me abraçou. Por mais que já tenha recebido tantos abraços dele, aquele era diferente. Ele me apertava de uma maneira como se realmente fosse uma despedida, coisa que não havia sentido antes. Sem pensar duas vezes, retribuí. O abracei com a maior alegria que tinha naquele momento.
— Eu estou indo, mas antes tenho uma coisa para você... — falou ele indo a uma de suas maletas e pegando dois objetos. Entre eles estava uma Pokébola e uma espécie de carta. Carta? — Esse é o seu presente. Pensei muito em algo para te dar que te ajudasse nos momentos que o espera, então acredito que ele o ajudará bastante! — falou entregando os objetos para mim. Realmente fiquei curioso, o que teria no interior daqueles dois objetos?
— Mas, tem um, porém, você só poderá abrir ambos quando estiver no laboratório do Professor Birch, meu amigo. Você terá que cumprir essa promessa, consegue? — questionou ele e eu, após alguns segundos pensando, consenti com minha cabeça — Muito bem! Acho que não tenho mais o que falar! Até mais, meu filho! — afirmou.
Aquele momento estava vivo em minha mente, mas, não era hora mais para pensar no passado. Ao longe estava o início de minha caminhada: Littleroot Town. Ao descer de minha balsa, tomei destino ao interior da pequena e pacata cidadezinha. Em minhas mãos estavam a Pokébola que meu pai havia me dado e a dita carta. A busca era por tal de Professor Birch. Nunca havia o visto pessoalmente, mas pela minha pesquisa seria aquele cara que estava sendo perseguido por um Pokémon selvagem. Após ajuda-lo naquele momento — entregando-lhe sua bolsa — enfim havia o encontrado. Expliquei-lhe toda a história até então e, mesmo não sabendo como havia se sucedido tudo, ele de alguma maneira não se impressionou, pelo contrário, me convidou para ir até o seu laboratório, onde, segundo ele, tinha algo a me dar.
— Aqui está! Seu pai me falou sobre você e a esperança que ele tinha em ti, então, não podia esperar mais do filho do Robert! — falou o professor me entregando em uma bandeja alguns itens, pokébolas e um aparelho que ele intitulou como “Pokedex”. Não era como se eu fosse desconhecido no assunto, já havia ouvido a respeito desse aparelho, porém, era a primeira vez que via um a minha frente. — Agora, como você falou você já pode abrir sua carta e ver o que lhe espera em sua Pokébola! — informou o professor e era verdade, por um instante eu havia me esquecido totalmente. Com a Pokébola em uma mão e a carta em outra, não sabia o que abrir primeiro, então optei pela carta:
Robert Gray escreveu:Querido Allan. Sempre sonhei com você sendo um renomado pesquisador Pokémon, como eu, mas, vejo que você tem outros sonhos. Ser um treinador Pokémon não é uma tarefa fácil. Você passará por muitas aventuras perigosas, muitos Pokémons selvagens e, a pior criatura que você enfrentará será o próprio ser humano. Então, uma ansiedade me bateu uma precaução, mas lembrei-me que você já está grande, é quase um homenzinho, como diz sua mãe, então escolhi lhe dar um parceiro que estará contigo em todas as aventuras e que não te abandonará por nada. Bem, não sei mais o que falar, apenas nós nos vemos futuramente. Te amo meu filho!
Segurei-me. Naquele momento um rio de lágrimas queria escorrer pelas comportas de meu rosto, chamadas olhos, porém, tive que manter a postura, não era momento de tristeza, era um momento de felicidade. E foi assim, com esse pensamento que guardei a carta em minha mochila e, com a Pokébola em mãos, me senti, pela primeira vez, preparado para ver o que tinha dentro. Ao lançar a esfera bicolor ao alto, um feixe de luz surgiu após a mesma se partir. Esse feixe foi em direção ao solo e lá se materializou uma criatura. Pele clara, bigodes grandes, não tinha dúvidas, era um Meowth. Por mais que sempre estivesse longe, meu pai sabia sobre cada um dos filhos. Desde jovem, sempre disse que teria um Meowth como companheiro de jornada, porém, isso havia sumido de minha mente até aquele momento. Ele tinha lembrando-se das palavras que proferi ainda como uma criança que não sabia de nada que se passava.
Alguns minutos se passaram e o gelo entre eu e a criaturinha já havia sido quebrado. O abraçava como uma criança mínima abraça um bicho de pelúcia. Sentia que aquela criatura era menor que o restante da sua espécie — eu pesquisei sobre ela durante um mês de minha vida, não posso deixar ninguém saber disso — mas, não queria saber disso naquele momento. Tinha de seguir meu rumo. Agradeci ao professor e, com meu parceiro em minha cabeça — vai entender, ele quis ficar ali — estava pronto para seguir minha jornada como treinador Pokémon, porém, não sabia por onde começar.
Alencar- Treinador
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Re: [Prólogo] A Brisa do Começo é a melhor Lembrança
Inicial entregue e perfil atualizado!
Fique a vontade para postar sua primeira rota em Littleroot ou proximidades. Boa jornada!
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Artie- Especialista Water I
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