[001] A Primeira Pesca

— Oh, você realmente sabe muito sobre Contest e os Pokémon. São bem complicados os ginásios pelo que dizem. — O pequeno Ariel estava realmente surpreso com o vasto conhecimento de Violet, mas também muito grato pelas dicas. — Aaah, e muito obrigado pelas dicas, vão ser muito úteis para um novato como eu.

Seguiu o encalço de Violet pelo navio até a parte de trás e sequer percebeu a movimentação do marinheiro, distraído com a conversa e com a dança exótica da bela Spinda de chapéu.

— Então quer ser uma detetive, investigadora ou algo do tipo? Isso parece divertido, mas sou muito lento para essas coisas. — Concluiu o menino sabendo que era limitado quando o assunto era investigação e seu conhecimento se limitava ao de livros, série e filmes.

Quando Ariel entrou na cabine de Violet acabou sendo pego de surpresa com o luxo, aliás, ele já devia ter notado quando ela disse “esquema de importação” que a família possuía posses. Contudo, o garoto olhou ao redor e procurou um lugar para sentar e, em seguida, Eris pulou em seu colo.

— Temos de esperar agora ele morder a isca, certo? Espero que funcione.

O garoto ajudou a esconder a grande Seviper por baixo de cobertores para que o plano funcione e pôs Spinda bem próxima, que parecia despreocupada e dançante — como sempre. Naquele momento Ariel chegou até a pensar de onde a ursa tirava tanta energia para nunca parar.

— Pois bem, vamos sair e ficar por perto. Hm, mas antes pensei em algo. — Mystwal olhou pelo quarto na busca de algo que pudesse usar para o seu plano. — Preciso de alguma coisa que sirva para amarrar na maçaneta e faça barulho quando abrirem e nos alertar. Você tem algo do tipo aqui?

Enfim Ariel aguardou a resposta bem perto da porta para a saída depois de instruir que Eris chamasse bastante a atenção de quem fosse que entrasse ali, mas com certeza ela não havia compreendido nada. Porque para a Spinda aquilo não passava de uma brincadeira sem sentido algum.

Seguiu Violet até o quarto vizinho, mas estava realmente preocupado com a segurança das duas Pokémon. Mas agora era necessário seguir em enfrente para que o plano funcionasse. O garoto apanhou um dos copos e o esvaziou pondo o conteúdo em outro, o cheiro do álcool o incomodou um pouco e fez uma careta, prosseguindo para a parede.

— Espero que nada dê errado. — Murmurou o menino ao pôr o como e sua orelha contra a parede para ouvir o que se passava pelo quarto, escutando os passos e a voz rouca da Spinda. Muitos pensamentos passavam pela sua cabeça de preocupação com o plano: — “Tomem cuidado e não se machuquem, por favor”.

Velou pelas pequeninas no outro cômodo ao aguardar ansiosamente para que o assaltante chegasse e, por fim, o pegassem. Será que o Pokémon da senhora está bem?

Surpreso com a queda das miçangas, Ariel saltou correndo para fora do quarto e quase derrubou o copo ao coloca-lo sobre a mesa no caminho. Nunca havia participado de algo assim antes e por um instante ficou congelado olhando o marinheiro preso pela Seviper. Era algo impensável para o menino uma autoridade fazer algo como aquilo, porém, era a realidade irrefutável.

— Por que o senhor está fazendo isso? — indagou o garoto ainda bastante confuso que só correu e abraçou a Spinda, preocupado. Espantou-se com o aparecimento de um quarto Pokémon roxo, que nem sequer sabia o nome, e apanhou a Pokédex na mochila para mais informações. — Como eu vou lidar com isso se nem sequer sei batalhar? Ajude-me, Eris.

Despreocupada e desligada, por sua personalidade lenta, a Spinda não havia notado a seriedade da situação e sorria abraçada com o garoto. Já na cabeça dele a única coisa que passava era como lidar com a situação sem que ninguém se ferisse.

Bem, pelo que li dou o comando e você narra as ações da Spinda, certo?

— Oh, não! Temos de impedir que ele fuja, Eris! — clamou o menino preocupado com o avanço rápido de Rattata. Não podia correr rápido o bastante para evitar o ataque muito menos sair ileso.

Então somente puxou o chapéu de palha da cabeça da pequena Spinda e buscou colocar a frente de si para pegar a cabeça do rato, ou, melhor dizendo, era o que queria fazer — um movimento perante o desespero.

— Use Copycat nesse Pokémon Eris! —Implorou Ariel em desespero diante da situação complicada, aguardando o socorro de sua parceira.

Acho que entendi, mas qualquer erro me perdoe. Agradeço muito pela sua paciência e boa vontade.