Treinamentos, capturas e Cadê o leite?

Raio não ficou nem um pouco envergonhado do que fez, na verdade parecia irritado por não poder continuar sua safra. Enquanto Gaulvi repreendia Raio, Daiene apenas olhou feio para Vespiquen que realmente pareceu mal pelo que fez antes de ser colocada em sua pokeball.

— Pelo menos eles estavam bem. — Aline disse.

— Ainda assim foi muito descuido ficarem assim pegando frutas tão alheios, e se os ladrões tivessem atacado eles?

Enquanto os gemeos entravam numa pequena discussão sobre o que Raio e Vespiquen fizeram, Houndour começa a farejar algo e logo late para alertar o grupo, o cão então aponta para algo entre as arvores, mas não há nada. Teria alguém vindo até eles? O que fariam?

Todo mundo fatura 5 Oran Berries.

Indo em direção ao caminho apontando pelo cão das trevas, Gaulvi e Rafa seguiram na frente com Houndour liderando enquanto era seguido bem de perto por Raio. As meninas vinham alguns passos atrás, Elena e Daiene tinham Branca e Belka a postos para qualquer coisa, Aline andava entre elas.

No caminho, a grama foi dando lugar a terra seca o que salientou um detalhe que Houndour lhes mostrou: marcas de botas. Estavam na trilha certa aparentemente.

— Mano! — Aline chamou, deixando todos meio assustados pelo súbito alerta.

Ela apontou para algo logo a frente perto de uma arvore, caída e rachada como lixo havia uma garrafinha de leite vazia. Daiene se apressou e pegou a garrafa e confirmou pelo rotulo que era sua.

— Se só usaram essa, então eles ainda tem cinco. Vamos logo, eu quero meus produtos de volta! — Disse ela com nova determinação ardente.

Houndour latiu concordando com o jeito da garota e assim que teve permissão de Rafa, ele voltou a guia-los, agora correndo para não perder o rastro dos bandidos. O grupo chegou rápido até uma bifurcação na floresta, três caminhos se abriam para eles e o pokemon parecia em duvida sobre qual escolher.

Sabiamente o irmão mais velho mostrou ao menor o que fazer em tal situação, Houdour agora tinha um reforço em sua busca, mesmo sendo um odor fraco, isso ajudou ele a se achar e indicar o caminho, iriam pela direita seguindo por uma trilha mais fechada da floresta.

E mais uma vez o grupo se viu adentrando ainda mais aquela densa e vasta floresta do vale de Forina, o lugar parecia não ter fim. Aline começou a se queixar depois de minutos que estava cansando, no entanto antes que alguém pudesse responde-la, todos pararam. Diante deles, alguns metros de distancia havia alguém sentando numa pedra, um rapaz que não tardou em nota-los.

— Ahn? Quem são vocês? — Perguntou já se lentando e sacando uma pokeball, o sujeito estava bem tenso.

Com o inevitavel combate surgindo a sua frente, o ladrão não viu outra opção que não lutar, por isso ele lançou sua pokeball que abriu para revelar nada mais que fumaça e confete!

...

A expressão de panico mesclado com descrença do rapaz era quase tão cômica quanto o silencio que caiu sobre todos.

— Isso foi inesperado. — Comentou Aline.

Como se tivesse perdido as próprias forças, o rapaz caiu de joelhos, chorando e soluçando.

— Eu sinto muito! Me desculpem! Eu fui forçado!

Entre lagrimas e gemidos, o rapaz tentou formular alguma coisa para dizer, mas parecia terrivelmente difícil, até que depois de respirar fundo ele disse de uma vez só tudo que aconteceu.

— Eu, eu sou Alan, sou de Forina, eu, eu e meu irmão íamos vir capturar meu primeiro pokemon no vale, mas não tínhamos nada de cura e ele disse que seu pokemon era fraco e que seria um saco ter que ficar indo para o centro toda hora, dai nos vimos ela! — Alan apontou para Daiene — O mano falou que seria só um caso de "pagar depois", ele disse que iria pagar depois que pegasse algum outro pokemon para vender, além do meu inicial, só que ele disse para esperar e não voltou até agora, eu não sei onde ele esta, ele disse que tinha um pokemon naquela ball e que eu podia usar se precisasse! Eu ia morrer! Vocês iam me matar! Ele não liga se eu precisasse mesmo de um pokemon!

Alan claramente estava abalado pelo que houve, mas isso não impediu Raio de deixa-lo um pouco mais "calmo" com seu thunder wave. "Que cara barulho" a expressão do elétrico parecia dizer.