[Rota 112] Em direção ao swarm!

Durante a volta do Friend Safari ouvi dos pilotos do helicóptero sobre a anormal aparição dos pokémon de outras regiões e seus impactos nos respectivos locais em que se encontravam. Por ser de mais fácil acesso e por ter um pokémon que me chamou a atenção, pedi aos pilotos para me deixarem em Lavaridge e vim até aqui, na rota 112, tentando encontrar o Mt. Chimney.

- Ouvi dizer que é fácil encontrar Taillow e Electrike, acho que vou aumentar a equipe enquanto caminho até lá. Saia Charmander! Vamos procurar alguns pokémon interessantes...

Eu andava pelo meio das moitas a procura de mais alguns pokémon para diversificar a minha equipe e trona-lá mais forte. Por ser uma rota próxima a um vulcão, me perguntava se nesse ambiente haviam pokémon do tipo fogo. Enquanto eu olhava cada moita, arbusto ou árvore de forma descuidada e descarada, Charmander cuidava dos meu pontos cegos e minhas costas para não sermos pegos de surpresa por algum pokémon ou até outra pessoa.

- Fica esperto aí, hein, Charmander, se ver algum pokémon ou ouvir algum barulho suspeito, me avisa. - Eu dizia enfiando a cara entre um arbusto que dividi ao meio. - Aqui Pokémonzinho, aqui, aqui, apareçam seus danadinhos. - As vezes eu assobiava como se estivesse chamando um cachorro. - Eu estava aqui me perguntando se nesse tipo ambiente podem haver pokémon do tipo fogo. Você viveria num lugar como esse, Charmander? - Eu pausava olhando para o pequeno lagarto flamejante e ele retrucava - Char! Char! - Sem uma expressão aparente de como se sentia. - Ah sim. Não entendi nada... - Por um momento ambos ficaram se olhando com a famosa "cara de bunda", e logo depois voltaram a procurar pelos pokémon escondidos.

Quando voltei a procurar por pokémon e enfiei o rosto em um arbusto, senti algo gelado em meu nariz e uma lambida na boca, quando me dei conta eu estava, literalmente, encarando um Poochyena olho no olho. Em uma reação automática limpei meu nariz e boca com o braço. Mas antes que eu pudesse fazer algo, ouvi Charmander gritar e logo em seguida um rosnado, quando me virei me deparei com um Mightyena nada amistoso.

- Amigo, amigo, eu não fiz nada, relaxa. Ó, vou sair devagarinho, tá vendo, não faço o mau. - Eu andava em passos laterais com os braços erguidos em sinal de rendição. - Você deve ser o pai ou a mãe daquele filhote, não é?! Juro que não pretendo fazer nada com vocês.

Eu torcia para que o pokémon me permitisse sair sem problemas, ainda mais que não era nenhum desses que eu procurava.

Depois de sair daquela enrascada com o Mightyena acabei me perdendo no meio da mata e não sabia mais por onde ir. - Acho que não foi um bom método para encontrar pokémon, né Charmander?! - Eu dizia limpando o suor de nervosismo da testa. - Char! - Respondia o pequeno lagarto com uma expressão meio assustada. - Não vamos mais fazer isso hehehehe... - Eu ria meio sem graça.

Durante a conversa fomos interrompidos por um canto familiar, eu já havia ouvido esse som muitas vezes, era comum na mata, quando virei meu olhar para as árvores, vi um Taillow em um galho baixo. - Sabia que eu já tinha ouvido esse som, heh... Você será meu! Charmander, use o Smookescreen para ele não ver em sua volta e fugir, depois use o Ember para derrubá-lo.
Pegar o pokémon desprevenido seria mais efetivo durante a batalha, facilitando minha captura.

O plano funcionou, até bem demais, fiquei com um pouco de dó do passáro, mas não poderia deixar uma chance dessas escapar. O pokémon se atrapalhou todo e não conseguiu fazer nada contra nós, a vantagem era nossa, só preciso deixá-lo um pouco mais cansado. - Charmander, acerte mais um Ember e se ele vier pra cima use um Scratch.

Caso o Charmander acerte pelo menos um dos golpes já seria o suficiente pra lançar a pokébola e tentar capturar o pokémon voador.