Ficha - Evelyn Lancaster

Cidade Natal: Goldenrod City - Johto

Carreira: Treinador

Idade: 16

Altura: 1,60

Peso:  57

   Embora tenha herdado a beleza da mãe, Evelyn não é uma menina vaidosa. Não tem paciência para usar maquiagem ou penteados estilosos, e nem mesmo gosta de andar com trajes muito enfeitados. Prefere roupas confortáveis e casuais, tendo um carinho especial por peças que remetem aos uniformes japoneses, os quais acha muito fofos.
   Possui cabelos loiros levemente ondulados que caem livremente pelas suas costas, e, juntos aos seus aos olhos azuis como o céu, tornam Evelyn uma versão em miniatura da mãe. Seus traços delicados como os de uma boneca, apesar de não contribuírem com a semelhança, tornam-na uma garota que muitos caracterizariam como fofa.
   Ao contrário da Lancaster mais velha, não tem muitas curvas e nem um busto avantajado, fato que nunca a incomodou. Na verdade, Evelyn parece não ter notado que seu corpo mudou com o passar do tempo, ela crê que ainda é uma criança e costuma agir de acordo.

Personalidade:

Foi ensinada desde cedo a ser uma "boa menina" e, portanto, esforça-se para ser o mais educada e respeitosa possível. Costuma ter uma atitude calma com pessoas mais velhas, mantendo o tom baixo e evitando retrucá-las, mesmo quando discorda fortemente de algo que dizem. Essa característica, no entanto, pode não ser válida caso o adulto em questão não transmita uma sensação de maturidade à menina.
   Muito tímida, principalmente quando perto de pessoas de idade próxima à sua, sente muita dificuldade em iniciar ou manter diálogos e se desculpa até por respirar. Por outro lado, pode ser uma verdadeira tagarela quando está com alguém com quem tem intimidade, geralmente Cubone.
   Apesar de sua timidez, Evelyn apresenta características típicas de uma criança mimada: é chorona, odeia esperar (mesmo que ela própria não seja nenhum exemplo de pontualidade) e fica inconformada quando algo não sai da forma que ela quer. Apenas é necessário passar algumas horas na presença da treinadora para perceber o quão infantil e imatura ela é.
   Gosta de ler, ouvir músicas, contar histórias e costuma filosofar até sobre as menores coisas. Como vive constantemente imersa nos próprios pensamentos, acaba sendo muito distraída e desastrada, além de ter dificuldade de se concentrar nas coisas.
   Uma das poucas coisas das quais ela se orgulha é sua habilidade musical. Tem uma verdadeira paixão por instrumentos musicais, tanto que não foi capaz de deixar seu violino para trás quando viajou para Hoenn.
No entanto, por mais problemática que seja, no fundo é uma garota gentil e carinhosa. Evelyn só precisa de alguém que seja paciente e compreensivo com ela.

Biografia:

Evelyn teve pouca interação social quando pequena. Filha de dois comerciantes muito bem-sucedidos, a pequena quase não teve a presença dos pais dentro de casa, já que estavam sempre ocupados com os negócios. Foi criada praticamente pelas suas babás, as quais também foram responsáveis por alfabetizá-la. Uma vez que não tinha contato com outras crianças e dificilmente via seus demais familiares, a menina desde muito cedo descobriu na leitura um passatempo e uma forma de fugir da sua realidade monótona.
   Foi matriculada em uma escola pela primeira vez já aos sete anos. Como suas habilidades de socialização eram quase inexistentes, Evelyn era sempre excluída das brincadeiras pelas demais crianças. Além disso, sua personalidade tímida, insegura e, muitas vezes, lerda contribuiu para que a garota logo se tornasse o maior alvo de chacota da turma.
   Os pais da pequena Lancaster pensaram que o súbito estresse e tristeza da filha eram apenas consequências do período de adaptação ao ambiente escolar. Em uma tentativa de amenizar a ansiedade da criança, decidiram colocá-la em um curso de música. A ideia foi produtiva: Evelyn amou aquele novo mundo, encontrou nos instrumentos e partituras um refúgio tão seguro quanto os livros.
   No entanto, com o passar do tempo, acentuava-se a necessidade que tinha de ter um amigo "real", que não fosse seu violino ou algum personagem fictício. Portanto, no seu aniversário de nove anos, recebeu como presente um passeio a um centro de adoção Pokémon, onde lhe foi permitido levar para casa um monstrinho à sua escolha. Contra todas as expectativas, Evelyn escolheu um pequeno e reservado Cubone.
   Essa decisão acabou lhe rendendo momentos difíceis: Cubone não era muito sociável e ignorava todas as suas tentativas de se aproximar. No entanto, aquilo não fez com que a menina desistisse de conquistar a confiança do pequenino, por mais que ele a rejeitasse.
A situação mudou apenas no dia em que, entediado, Cubone resolveu segui-la até a escola. Ao ver as humilhações às quais a humana era submetida, foi tomado por um forte impulso de protegê-la. Com alguns golpes do seu osso, conseguiu espantar os "valentões" que a atormentavam e, a partir de então, começou a andar sempre ao lado de Evelyn, para garantir que ninguém mais fizesse mal a ela.
   A menina nunca compreendeu a súbita mudança de atitude do Pokémon ground. Na verdade, essa é uma das coisas que ela pretende descobrir um dia. Todavia, fosse qual fosse o motivo, contribuiu para que os dois se tornassem bons amigos, e isso era o que mais importava para ela.
   Pouco depois do seu décimo segundo aniversário, recebeu a notícia de que sua mãe - Jane Lancaster -  passara mal no trabalho e havia sido internada. Felizmente, não foi nada além de exaustão por excesso de trabalho. Evelyn passou a visitá-la todos os dias após as aulas de música, e o ocorrido acabou promovendo uma aproximação entre mãe e filha.
   Em uma dessas visitas, Jane teve a ideia de entreter sua filha com uma antiga história que corria na família há gerações. Contou-lhe que, séculos atrás, a família Lancaster fora uma poderosa dinastia de reis e rainhas que controlara um território muito rico na região de Hoenn. De acordo com o que se dizia, um desses reis tornou-se tão prepotente que ousou desafiar o lendário guardião dos céus. Como punição por sua insolência, o reino foi destruído e, aos poucos Lancaster que sobreviveram, restou a única alternativa de fugir para uma região muito distante dos seus antigos domínios.
   Para a surpresa de Jane, Evelyn ficou encantada com a narrativa e realmente acreditou na sua veracidade. A partir de então, passou a pedir com frequência para que seus pais lhe deixassem visitar Hoenn, na esperança de encontrar algum vestígio desse passado. Porém, para a frustração da mimada garota, essa permissão sempre lhe era negada. Afinal, eles não tinham tempo para acompanhá-la em uma excursão que seria claramente infrutífera e sabiam que Evelyn não era capaz de ir sozinha, não tinha maturidade ou sequer idade para isso.
   Com o passar dos anos, todavia, essa ideia continuou se enraizando na mente da menina. Ela já não acreditava tão cegamente naquela lenda, suas maiores motivações agora eram outras: experimentar a liberdade ao menos uma vez na vida, viver aventuras como as que lia nos livros e, talvez, enfim fazer mais amizades.
   A permissão para viajar só veio no seu décimo sexto aniversário, e havia uma condição: Cubone deveria acompanhá-la, pois ele já havia provado várias vezes que era competente para cuidar dela. Afinal, que chances uma menina ingênua e dependente como ela teria em um mundo tão rigoroso? Não duraria uma semana sem proteção.