Contest #08 - Apresentações

Com a chegada de mais um Contest na pacata cidade de Verdanturf, mais uma vez o movimento da cidade cresceu. Todas as pousadas e hotéis estavam lotados, o Centro Pokémon mais cheio do que o normal e as lojas locais, felizmente, cheias de clientes. Não era a toa que o Contest Hall da cidade era a maior construção dali. A competição era adorada não só pela população local, mas por uma região inteira!  Todos os tipos de públicos assistiam a competição: desde os fashionistas com suas roupas exóticas, até o mais humilde fazendeiro, de vestes simples.

O momento de confraternização ficou ainda mais forte com a entrada de Lilian no palco, animada e carismática como sempre. O público aplaudia a jovem e naquele breve instante não haviam preconceitos e brigas. A platéia era uma só! Ela logo fez um resumo sobre os Contests anteriores - destacando os coordenadores que haviam conseguido suas primeiras fitas - e apresentou os jurados da noite. Ela continuou seguindo o roteiro padrão e tratou das formalidades:

- Hoje iremos testemunhar incríveis coordenadores dando o melhor de si para conquistarem a Fita Laço de Cetim! - Ao falar o nome da mesma, Lilian revelou a fita em suas mãos e uma imagem dela aparecia no telão. Assim como as fitas anteriores da temporada, haviam muitos detalhes dourados. Porém, como as demais fitas distribuídas em Verdanturf, a cor predominante era o verde. - Para conquistar a fita de hoje, nossos competidores terão que caprichar em suas apresentações! O contest de hoje seguirá as mesmas tradições que a cidade de Verdanturf: será tradicional. Apenas um pokémon em cada etapa, sem pontuações extras e nem batalhas em dupla! Quem será a estrela da noite?

O público vibrava com as afirmações da apresentadora. Ela deixava bem claro que a competição seria acirrada e que haveriam apresentações incríveis. Restava saber se os coordenadores iriam cumprir as espectativas.  O palco do Contest lembrava muito uma arena de batalha da Liga Pokémon: era feito de terra batida. Porém, ao invés de ter os limites demarcados por tinta branca, o local utilizou uma demarcação viva, feita com flores e arbustos. Era um detalhe simples, mas que trazia individualidade para aquela competição em especial.

Após a equipe organizadora conferir o palco e ver que o mesmo estava em perfeitas condições para as apresentações, anunciaram que não haveria nenhum convidado especial e que logo os participantes fariam suas apresentações. Mais uma vez - por sorte ou azar do destino - Ruby foi o primeiro a se apresentar naquela noite.

Exemplo de apresentação - Ruby escreveu:

Ao entrar no palco, Ruby demonstrava uma atitude bem diferente. Ele já não era mais aquele garoto inseguro que não sabia ao certo como coordenar seu time nas apresentações de combate. Sua típica fantasia de Rockstar estava ainda mais estilizada, com alguns retoques que lembravam o evento teatral de Sootopolis. Graças aos treinos de Lisia, o rapaz havia aprimorado muito suas apresentações e sua criatividade, tornando-o assim o vencedor do último Contest. Ele foi aplaudido em sua chegada e logo acenou animado para o público, sorridente.

Após alguns segundos, ele fez um gesto gentil para a platéia e para os jurados, indicando que sua apresentação iria começar. Com os holofotes direcionados para si e para a pokébola esverdeada em sua mão, ele abriu a leva de apresentações.

Apresentação visual

Com a autorização dos árbitros, o jovem logo lançou sua pokébola esverdeada para o alto, fazendo com que diversas faíscas esverdeadas caíssem lentamente no chão. Um pouco acima delas, um Lombre super animado fazia uma entrada peculiar: enquanto vestia uma curiosa saia cheia de folhas, ele descia ao chão montado em um curioso cometa. Em sua mão direita, um balão cor de rosa. Em suas costas, um par de asas negras e, por fim, em sua cintura, um curioso cinturão de campeão.

O pouco de Lombre foi seguro e ele logo animou o público ao suar um golpe Fake Out de surpresa. As palmas que o pokémon bateu chamaram a atenção do público e algumas pessoas até se assustaram com o movimento brusco, que foi recebido com uma expressão de deboche do pokémon, fazendo com que as pessoas caíssem na gargalhada. Enquanto o público ria, Lombre aproveitava a brecha para usar seu movimento Leech Seed no chão. Enquanto isso, Ruby fazia uma breve declaração:

- Essas fantasias de Lombre são a marca de nossa trajetória. Cada uma de suas vestes são a marca de uma derrota que precisamos enfrentar durante esta longa e emocionada temporada de Contests. Ainda assim, nós não desistimos. Felizmente nossa luta trouxe bons frutos e enfim conseguimos nossa primeira vitória. Portanto, gostaria de dedicar esta apresentação para todos aqueles que nos acompanham desde o começo.

A reação ao comentário de Ruby foi um pouco mista. Algumas pessoas se comoveram com o discurso dele. Outras o acharam arrogante e ensaiaram algumas vaias. Felizmente o psicológico do jovem estava pronto para tal e ele logo emendou o início de sua apresentação visual, abafando as reações negativas.

Apresentação artística

A apresentação enfim teve seu início e Lombre começou a dançar alegremente pelo palco. Acontece que não era um movimento qualquer: aquele era o Rain Dance! Uma leve garoa começou a tomar conta do campo e assim permaneceu por alguns instantes. O público parecia não perceber as verdadeiras intenções de Lombre, mas logo que ele parou sua dança e a chuva acabou, as Leech Seeds começaram a florescer no chão. Os ramos ainda eram pequenos e chamavam a atenção da curiosa pokémon de sombrero.

Ao ver aquelas sementes, Lombre então começou a usar seu Water Sport para regá-las. Demorou um pouco e foi necessário um certo esforço para que a água fizesse as plantas crescerem, mas logo elas atingiram um nível exponencial de crescimento. As plantas, porém, não tinham uma aparência estética bonita. Eram apenas grandes emaranhados de talos esverdeados, com folhas escuras e sem vida.

Mesmo assim, o pequeno Lombre não desistia. Continuava a dançar, invocando mais um Rain Dance, usando outro Water Sport e até mesmo alguns Bubblebeams para manter a planta irrigada e crescendo. Foi então que, após a planta atingir seu ápice, ela começou a florescer aos poucos. Eram pequenas florzinhas de pétalas brancas, com um miolo amarelo.

- As vezes nós conseguimos enxergar bons resultados nas coisas que fazemos. Mas basta insistir um pouco para que possamos ver não só resultados, mas também a beleza em nossas ações.

Com sua frase final, Ruby e Lombre fizeram uma breve reverência e se retiraram do palco. A reação do público foi mista. Embora alguns tenham gostado, outros pareciam um pouco decepcionados com aquela apresentação. Restava saber se os jurados haviam gostado o suficiente.

Lilian então retornou para o campo do palco de apresentações, fazendo alguns comentários e distraindo o público enquanto limpavam o público para a próxima apresentação. E assim começaria o ciclo de apresentações. Quais surpresas os demais competidores iriam trazer para o público?

Já havia participado de várias outras competições de Contest, porém, nunca almejara estar à frente do pódio, em primeiro lugar. Contudo, desta vez a situação se fazia um pouco diferente: Realmente adentrara no prédio com o intuito de vencer aquele novo desafio, e para tal, estava disposto a dar o melhor de si. Mas, e a razão para isso? Ora, a premiação, é claro; afinal, não nutria grande paixão ou incentivo pelas tais fitas que tantos admiravam. De qualquer forma, estava preparado para a apresentação, sendo esta a primeira vez em que o rapaz não tremia ou transpirava diante de uma futura apresentação, seja pela experiência que adquirira nas apresentações anteriores, ou talvez fosse sua determinação a falar mais alto que seu nervosismo típico. Simplesmente esperava sentado, em uma poltrona confortável, pelo momento em que Lilian enfim o chamasse. Em suas mãos, observava uma linda coroa de flores, a qual, por um momento, o fez imaginar a figura de sua mãe a utilizando, contudo, logo tratou de varrer tal pensamento de sua mente, afinal, estava prestes a entrar em palco e não poderia deixar que sua melancolia lá o atrapalhasse.

Enfim, não demorara muito para que um rapaz, muito provavelmente da produção do evento, vez que parecia fazer uso de um estranho comunicador, se aproximasse de Lysander, comunicando-o que seria o próximo a entrar em palco. Imediatamente o rapaz se levantara, conferira suas vestes - perfeitamente lisas e sem qualquer vestígio visível de poeira ou qualquer outra coisa que poderia dar-lhe mal impressão - as estapeara algumas vezes, ajeitara sua Gravata Ascot e a cartola - cujo interior parecia possuir algo que o incomodava um pouco - e por último enfiara a coroa de flores no interior de seu longo casaco. Esforçara-se para botar um largo sorriso em sua face e então atravessara as cortinas de cetim, adentrando o palco de apresentações.


De trás da cortina de cetim surgira o rapaz a caminhar até o centro do palco. Vestia sua fantasia de grife, uma roupa aos moldes da alta sociedade em tempos antigos, junto a um falso, porém convincente bigode, que tornava a vestimenta ainda mais realística, e madura. Por alguma razão gostava de se sentir assim. Seguia rumo ao centro do palco em passos um tanto apressados, não se esquecendo de acenar e sorrir a todas as direções, seus olhos a brilhar. Uma vez posto ao centro do palco, o rapaz pôs se a dizer no pequenino microfone posto em suas vestes tradicionais:

- Eis aqui, Lysander Lestrange! Para uma apresentação que tem como tema... Flores! Conhecidas por sua beleza e por suas diversas fragrâncias... Flores, contudo, são também conhecidas por sua fragilidade... Pois hoje estarei a lhes mostrar um tipo diferente de flor, e quem irá me ajudar, será! - Fazendo suspense, o rapaz retirou sua cartola em um gesto bem detalhado. Estendendo a cartola à frente, com uma única mão, retirou dali, uma esfera bicolor. Contudo, a parte superior, diferente de uma pokéball comum, tratava-se de um vermelho um tanto diferente, era mais viva e brilhante.

Enquanto abraçava a cartola e a pressionava contra seu peito, com o braço que lhe restara livre o rapaz arremessou a Pokéball à frente, conjurando assim, um forte lampejo avermelhado que se precipitara quase ao limite do palco, em meio a uma intensa e bela chuva de centelhas vermelhas, em uma espécie de explosão figurativa. Um belíssimo efeito. Eis que, em meio a este efeito, surgira uma pequenina criatura esférica a saltar. Tratava-se de Cacnea, que ao localizar Lys, mesmo que as faíscas ainda ocultassem parte de sua visão, correra imediatamente ao encontro de seu amado treinador, simbolizando que mesmo aquela cortina de faíscas intensas como o fogo a arder não lhe atingissem de forma alguma, restando inabalável. Ao correr fazia com que parte das centelhas a seguissem por alguns instantes em seu trajeto, até que suas forças rompessem e o efeito especial desaparecesse por completo. Lysander, notando que provavelmente, ao reencontrá-lo, a cactácea esquecera-se do que tinha de fazer, proferiu, para que a monstrinha enfim se lembrasse, sua voz fazendo soar como planejado:

- Cacnea, sabe o que fazer!

Ao final, enfiando suas mãos no interior do cumprido casaco, o rapaz agarrou a delicada coroa de flores e em seguida a jogou até Cacnea. Sem muita demora, enfiou também sua mão no interior da cartola e dali retirou um pequenino buquê, o qual também jogou a sua parceira de pés cônicos. Enfim, se lembrando da razão pela qual se fazia presente, a cactácea primeiro agarrou a coroa e permitiu que esta caísse sobre o topo de sua cabeça, a adornando, e sem demora agarrara também o buquê. A pequenina estava em êxtase por estar sendo tão presenteada assim, mesmo que já planejado, que sem demora a área em que estariam suas bochechas ganharam um tom mais rosado. Pondo o buquê um pouco mais de lado, a pequenina sorriu e fez uma pose meiga, como só uma garota faria ao receber flores... Isto é, antes de começar o verdadeiro show.

Cacnea ergueu um de seus pés para trás, inclinando seu corpo para frente e se equilibrando apenas em um. Aproveitava até mesmo para lançar uma piscadela à plateia. Eis que, arremessou seu buquê ao alto, o mais alto de pôde, ao mesmo tempo em que abriu seus braços e começou a girar. Girava em alta velocidade, fazendo com que surgissem, a partir de seu eixo, partículas de areia a rodeá-la e então subir... E subir. Era este seu Sand Attack, que tratava de ocultar parcialmente a presença da cactácea. O Buquê jogado ao céu, que a este ponto já estava a se reaproximar do solo, era então pego pelo golpe, desacelerando sua queda, tornando-a mais suave, como se pluma fosse.

Ótimo, mas e então, apenas isso? Não. Enquanto girava, dentro daquele véu de areia, um brilho esverdeado intenso começava a surgir em seu centro. O brilho tinha a perfeita forma de Cacnea, vez que era ela própria que emanava o brilho. O brilho era intenso que até mesmo era refletido pelos grãos de areia, que também ganhavam uma tonalização esverdeada, fortalecida pela própria luz dos holofotes. E não apenas isso, pois, além de pequenas partículas esverdeadas circularem o golpe magistralmente, o corpo de Cacnea também parecia se modificar, parecia ficar... Maior. Sim, o golpe Growth, tratava de proporcionar a Cacnea aumento em sua estatura e poder. Até mesmo o golpe de areia a circulá-la parecia aumentar. Ao final, rompera seu movimento giratório, fazendo com que os grãos de areia caíssem a seu redor lentamente enquanto os resquícios de tons verdes ainda o rodeassem e fossem refletidos pelos grãos de areia. O buquê, ao término do movimento, se desmanchara por completo, vez que não resistira ao golpe, que fora aumentado após seu crescimento, fazendo com que pétalas soltas caíssem a seu redor. Cacnea dançava em meio ao brilho que restara e as pétalas ainda a cair. A flor ao topo de sua cabeça, graças ao movimento utilizado, apresentava-se um pouco mais aberta.

- Eu lhes apresento, Cacnea! - Bradara o rapaz enfim, se aproximando da Cactácea, a levantando em suas mãos, até acima de sua cabeça, apesar dos espinhos que cobriam seu corpo. Um surpreendente sorriso em sua face, compartilhado pela cactácea. - Não se preocupe, querida. Minhas mãos já estão calejadas. Não doem mais... Não por isso. - Sussurrou o rapaz a sua parceira leal, que mais uma vez tornara-se rosada.


- Vejam só! - proferiu o rapaz, ao término de sua apresentação visual, colocando Cacnea ao chão ao mesmo tempo em que também se abaixava. Ajoelhado ao chão, a observar as pétalas caídas, sem levantar seu olhar, o rapaz dizia. - Flores... Tão Belas... Porém frágeis... Como lhes disse. Contudo, estou a lhes mostrar uma flor especial... Uma flor que resiste às piores condições possíveis... Que floresce em meio à seca e tempestades de areia... Uma flor bela e poderosa... A flor de Cacnea. Cacnea, meu tipo de flor. - Ao final, levantava sua face e a observava, olhos nos olhos. Lá estava ela, a lhe sorrir. - Uma flor capaz de florescer mesmo com um treinador como eu... - Sussurrava ele. Um sussurro inaudível a Cacnea, e até mesmo ao microfone que portava. De qualquer forma, e fase de Apresentação Artística havia começado e o tempo estava a correr. Bem... Por incrível que pareça, não havia preparado totalmente a apresentação, mas o show tinha de continuar. Tinha de vencer.

Levantou-se em um gesto brusco, seu casaco a se revirar dramaticamente, e começara a caminhar na direção da cactos. Uma vez próximo o suficiente, o rapaz deu uma piscadela e então estendeu-lhe os braços, gesto este que fora repetido pela monstrinha que parecia natural em seus gestos, mesmo diante da apresentação. Era uma atriz melhor que o próprio treinador. Vergonha. Lysander então segurou nos bracinhos de Cacnea, cada uma de suas mãos a se segurar em um dos braços da cactácea. Lançou uma piscadela à Pokémon.

- Preparada? - Disse o rapaz, ainda a segurar Cacnea. Suas mãos, podiam já estar calejada, mas o restante de seus braços, não, e aquilo sem dúvida iria irritá-lo um pouco, mas estava disposto a fazer pela pokémon, que parecia prestes a desmanchar de felicidade. Ah sim, ela acenara imediatamente, informando que sim, estava preparada. Então, o rapaz, como se imitasse os movimentos anteriormente realizados pela cactos, começou a girar em seus calcanhares, levantando a pequenina do chão. O rapaz girava e girava, enquanto Cacnea, ciente do que tinha de fazer, uma vez mais fazia uso de seu Sand-Attack. Contudo, desta vez, a areia agia de forma um pouco diferente. Fizera surgir um rastro de areia a se erguer um pouco além dos lugares ao qual passava seu corpo, formando um perfeito círculo ao redor da dupla. Por possuir uma área maior de alcance, a areia desta vez não era suficiente para cobrir Cacnea, ou se levantar como antes, mas ainda assim, parecia bela a areia a seguir seus rastros. O Longo casaco do rapaz a se debater contra a areia e o ar. Os dois em perfeita sincronia. Os dois a sorrir.

- Arg... - Suspirava o rapaz, ciente de que suas mãos ardiam. Diante disto, tinha de apressar-se, mesmo que com a dor, se sentisse bem ali. - Cacnea... Agora é com você! -  Bradou ele, enfim liberando seus braços de Cacnea, e com suas últimas forças, a lançando ao alto. Cacnea, ao ser lançada, começava imediatamente seu novo Growth, fazendo com que ainda no ar, partículas a seguissem e seu corpo brilhasse e crescesse uma vez mais enquanto realizava belos movimentos. Quando em seu ápice, juntou seus braços e em seu centro começaram a surgir anéis negros (Dark Pulse), os quais ela reuniu energia o suficiente para crescer e crescer... Crescer até que os anéis circulassem a si própria várias e várias vezes. Anéis estes que, a poucos instantes antes de sua queda, se dissolviam em uma poeira roxa que se misturavam a suas últimas partículas de energia vindas do Growth, ambas cores absolutamente contrastantes e portanto, uma a destacar a outra.  A cada vez que o golpe era utilizado, seu corpo crescia um pouco, talvez, imperceptível a um primeiro olhar, contudo, a mudança de sua flor era visível, se abrindo e se tornando maior e mais colorida a cada uso.

-Agora, floresça ao seu máximo, ó, Cacnea! - Bradava o rapaz, a esconder suas mãos com algumas gotas de sangue, ao mesmo tempo em que Cacnea erguia seus braços. Estava a executar um novo Growth, seu terceiro e último. Seu corpo começava a emanar o brilho esverdeado anteriormente visto, com partículas fluorescentes a lhe circular e incentivar seu crescimento, a cada uso, mais intenso e vívido. No entanto, desta vez, a execução se tornara-se um pouco diferente. Com seus braços erguidos, e ainda a emanar seu brilho, seus espinhos ganhavam um tom arroxado, ao qual Lysander preferira se afastar um pouco. Estava a preparar seu Poison Sting; os tons de verde e roxo a contrastar entre si, destacando sua silhueta aos olhos dos espectadores. Eis que, com um ruído de estouro, seus espinhos eram lançados ao céu. Um Vush a ecoar pelo salão. Os espinhos, lançados ao céu, se encontravam em um único ponto central, ocorrendo, portanto, uma explosão, como se fogos de artifício fossem.

Ao mesmo tempo em que centelhas roxas caíam do céu em sua direção, Cacnea, agora com seu brilho já a diminuir, mas ainda presente, começou uma vez mais a girar em torno de um único espinho, vulgo "perna". Mas, desta vez, com um brusco golpe de seus braços contra o solo, se arremessou aos céus, seu corpo ainda a girar, ao mesmo tempo em que um fino véu de areia o circulava em um belo movimento em espiral, se erguendo como uma torre ao céu. Os finos grãos de areia refletiam aqui a luz dos holofotes, e o das partículas esverdeadas, fazendo com que cintilassem em meio ao ar. Era uma belíssima construção em tom verde brilhante. A cactos, quando em seu ápice, que não era lá muito alto, permitia que as centelhas roxas recaíssem sobre seu corpo, ao mesmo tempo em que já começava a cair. Um sorriso em sua face durante todo o momento. Desta vez a cactácea caia com seus braços abertos, a emitirem uma luz clara e branca, suave aos olhos dos espectadores, uma luz que fizera seus espinhos aumentarem relativamente de tamanho, aumentando ainda mais sua silhueta. Era este seu Needle Arm, golpe com o qual o monstrinho impactara bruscamente o chão, fazendo o campo todo tremer e a dita construção de areia se dissolver completamente e cair lentamente ao chão em um belo e perfeito círculo. Seu corpo, agora, além de maior, possuía brilhinhos roxos, ainda com resquícios de seu Growth, que recaiam principalmente sobre sua flor; completamente aberta desta vez. Era definitivamente bela, além de robusta e resistente. Era tudo o que veio mostrar. Uma flor que suportasse a tudo e ainda assim florescesse.

- C'ést fini! - Bradava o rapaz, esticando seus braços ao céu, ainda escondendo suas mãos ensanguentadas, assim como Cacnea, que também erguera seus braços. A bela coroa de flores da cactácea, ela a pegava e a jogava para o alto, sempre a recolhendo ainda ao ar e jogando novamente, como se agradecesse a todos, ao mesmo tempo em que Lysander retirara sua cartola, enfim vazia, e a agitava a toda a plateia.

- Perfeito, Cacnea... - Sussurrava o rapaz a sorrir intensamente.

***APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA***

Estrelando: Patrichris Swayze

Estrelando: Frances Baba Houseman