Dias de treinamento com todo o vigor

OFF: Hey, hey. ^^ Sorry a demora.

Apesar do choque sofrido recentemente, Daisuke ainda assim conseguira arranjar forças suficiente para disparar a Fletchinder para que este terminasse de auxiliar o término do treinamento de Fera, mas também não parecia ter obtido muito sucesso em ocultar seus sentimentos de seus parceiros, já que mesmo com seus dizeres, ambas as criaturas pertencentes a Daisuke não pareciam convencidos, mas ainda assim cumpriam suas ordens como pedido. Assim, Fletchinder, após lançar um último olhar para seu mestre, voara até Fera, e começara a piar algumas instruções completamente sem sentido para Daisuke, mas que para a criatura aquática parecia fazer total sentido. Eis que, com os novos comandos de Fletchinder, Fera continuara seu treino, praticando mais algumas vezes o mesmo golpe a pouco dominado pela ave. Assim, quando algumas gota de suor já escorriam pela face de Fera, que também não desejava prolongar muito mais aquele treino, também conseguira, após mais algumas tentativas, conjurar as mesmas lâminas formadas por Fletchinder, e ao tentar mais algumas vezes, o efeito do golpe fora o mesmo, aumentando seu ataque a cada nova execução, desta forma dando por completado seu treino. Fletchinder, parecia feliz por seu amigo haver dominado a técnica, cumprindo assim seus comandos, porém ainda mantendo alguma distância de Daisuke, para justamente dar-lhe algum tempo sozinho para organizar seus pensamentos. Ave esperta.

Enquanto isso, Winnie e Matthew se reuniam próximo ao cenário em frente ao Centro Pokémon, a discutir diversos temas. Em verdade, diversos assuntos sobre, aparentemente, um único tema: Suas Paixões. Os jovens discutiam sobre suas terras natais, o tempo que passaram por lá e as experiências ali vividas, discutiam sobre a forma que vieram até Hoenn e como se sentiam agora que já estavam a tanto tempo naquelas terras longínquas. Fora algo realmente belo de se ver, a conversa entre o casal de treinadores... Ao menos, não era nenhuma conversa chata sobre o tempo ou o clima. De qualquer forma, enquanto se encontravam frente à pequena praça, a observas as diversas luzes expostas pela cidade, um evento, talvez inesperado, ocorrera: Uma estrela cadente fora vista cruzando o céu. Haviam poucas pessoas ali presente, mas todas longe o suficiente para lhes garantir privacidade, mas nenhuma delas parecia ter avistado a estrela, muito provavelmente pelo simples fato de nenhum deles estar a observar os céus.

Contudo... Sem ter muito tempo para refletir sobre a estrela cadente, Matthew sentira um toque em seu ombro, e ao se virar, deparou com um pequeno Chimecho. A criatura de corpo em um tom azul claro, tinha sua fita envolvida em diversos botões de rosas, todas envoltas em um belo e decorado embrulho. De uma forma, talvez, ligeiramente desengonçada, mas também fofa, a criaturinha estava a oferecer um dos botões a Matthew. Não muito distante dali, estava uma garota da mesma idade de Winnie, também a carregar um aglomerado de rosas, assim como Chimecho, dando a entender que ambas seriam uma dupla. Bom... As flores eram gratuitas... Talvez fosse apenas alguma forma de Marketing, mas talvez já fosse algo para dar um clima a mais no diálogo entre Winnie e Matthew.

Agraciado pelo momento, reparava que mesmo num dia tão cheio e complicado, Winnie conseguia arrancar do meu rosto um sorriso genuinamente puro. A admiração dela para com minha paixão - sonho - me encabulava na medida certa para aumentar meu interesse na imagem criada em minha mente de quem era aquela jovem mulher.

Eu poderia dizer diversas coisas galantes ou ser engraçado, mas preferi ficar em silêncio. Ela parecia gostar muito de pensar e aproveitar esses intervalos em seu íntimo. Ainda mantinha aquele sorriso bobo no rosto quanto me assustei ao sentir um volume me alisar. Por sorte, tratava-se de um Chimecho fazendo caridade em nome do amor (?) entregando rosas com sua dona, que estava igualmente atolada de flores mais adiante. Tomei um botão, assentindo em gratidão ao Pokémon e à guria, e então presenteava Winnie com aquele pedacinho de natureza, mas não sem antes elevá-la aos meus lábios e segredar que a menina que a teria para si era de beleza maior, pois vinha do coração.

Estava tudo bem. Winnie parecia estar com fome e para falar a verdade também sentia. Contudo, antes de poder levantar, fomos interrompidos pela presença de Dai e Fera, este último, com um "soquinho" em minhas costas. É claro que meu amigão estava brincando. Dei-lhe uma resposta com outro soco, que deve ter doído mais em mim que nele, e o retornei para a esfera. Um crocodilo daquele tamanho andando por aí talvez agradasse menos que um Chimecho. Senti na voz de Daisuke alguma tristeza, mas ele me entregava o que precisava e, apressado, já se despedia.

— Estarei torcendo pela sua glória! - tentei animá-lo de alguma forma.

Nesse curto período de tempo, notava que Eros estava interessado demais na Vulpix. Já que Daisuke iria a Verdanturf, talvez os dois se dessem bem no DayCare... Caso fosse essa a vontade do Sylveon, o liberaria para uma pequena férias e o encontraria mais tarde em Forina.

OFF: Hey, hey. ^^ Liberado, Kaze.

EXP:

Fletchinder recebeu 2512 de EXP, passando assim ao lvl 30. Recebeu 3 pontos de felicidade.
Fletchinder recebeu 4312 de EXP, mantendo assim o lvl.

Eis que, drasticamente interrompido, Daisuke conseguira finalizar a seu treino, e uma vez que este chegara a seu fim, como combinado, o rapaz guiava Éros e e Fera até o exterior do Centro Pokémon em busca do mestre dos mesmo, Matthew. Para a sorte de Daisuke, o rapaz estava em uma pequena praça em frente ao CP, e após uma breve interação com o mesmo, terminou por devolver as criaturas do jovem e então se despedir, num clima melancólico de término de relacionamento. Bom, tecnicamente não era nenhum vínculo do tipo que unia Daisuke e Mimi, mas ainda assim a despedida da garota o tocara, e muito. Enfim, com a despedida do jovem que dali a um período ainda razoável voltaria a se reencontrar com Thito, o casal voltava a se encontrar a sós.

Chimecho e sua mestra, a este ponto já haviam se afastado consideravelmente, em busca de novos casais a se aventurar pela praça local, o que não parecia mais ser o foco de Matthew e Winnie que a este ponto já pareciam ter se esgotado com aquela praça, decidindo que deveriam agora procurar algum lugar para comer. Um restaurante... Um casal em um restaurante... Um belo encontro romântico, não? Bom, seja o destino uma vez mais dando uma mãozinha ao casal, provavelmente nem precisariam procurar por algum outro lugar da cidade, vez que a distâncias razoáveis dali estavam dois restaurantes. À alguns estabelecimentos à direita do Centro Pokémon estava um restaurante italiano, em uma decoração exterior mais rústica e tradicional. Frente à fachada deste primeiro restaurante, tinham algumas mesinhas cobertas por toalhas xadrez em vermelho e branco, iluminadas pelas luzes penduradas à parede, iluminando as vinhas que cresciam a se interlaçar em sarrafos de madeira a ornamentar o ambiente. Tipicamente, ali encontrariam massas e alguns outros pratos italianos; um clássico de filme de romance água com açúcar.

Contudo, a três prédios à esquerda do Centro Pokémon, a dupla avistava algo ligeiramente diferente. Também era um restaurante, mas diferente do primeiro que parecia apelar a algo mais tradicional, este parecia haver algo mais chamativo, algo de diferente. Se tratava de uma gastronomia um pouco menos popular, mas ainda assim tão rica quanto a primeira: Era um restaurante indiano. à fachada do prédio, estavam penduradas algumas lanternas bem ornamentadas e de aço reluzente, cujas placas em diversas cores, como laranja, verde, azul e amarelo, traziam ao cenário toda uma iluminação que ao mesmo tempo era criativa e instigante. À parede em frente do restaurante, haviam diversos tecidos coloridos a cair de uma altura razoável, a ocultar parcialmente algumas mandalas que haviam por baixo dos mesmos, mas que ainda assim eram visíveis. No interior do mesmo, ainda que os jovens não pudessem ver à distância, haviam diversos biombos dourados a dividir espaços para que os clientes pudessem ter sua privacidade. Nos espaços reservados, haviam diversas almofadas coloridas e tapetes a formar mandalas ao chão, onde ao centro havia um pequeno incenso a queimar e lanternas a refletir sobre os tecidos que despendiam do teto.

Mas, bem... Isto era apenas o que a cidade tinha para oferecê-los por ali, sem precisar se afastar, mas caso desejassem algo diferente, teriam de caminhar um pouco mais.

Duas intervenções tomaram nossa atenção; primeiro Chimecho, depois Daisuke. O primeiro me dera uma oportunidade e vivência única, retomando o rosado das minha bochechas. Sorri sem graça e não consegui falar muito além de um obrigada nervoso; peguei a rosa com a mão esquerda e guardei-a atrás da orelha, tomando cuidado para nenhum espinho se tornar incômodo. Ajeitei meu cabelo sobre a haste da flor e mantive-me na linha comum dos fatos: levantei-me e esperei que Matthew terminasse de falar com Daisuke.

Definitivamente aquela era uma conversa estranha; não me meti demais e muito menos tentei entender porque Fera estava sendo treinado por Daisuke; seria hipócrita da minha parte me incomodar com isso. Sorri ao rapaz que já estava de saída e lhe disse:
- Foi um prazer conhecer você - referenciei o Punk com um acenar de mãos à distância - Obrigada pela ajuda!

Com isso o rapaz se foi e andamos pela cidade em busca daonde comer; não fora difícil achar algo que me enchesse aos olhos, até porque, fome torna isso tudo mais fácil. A primeira era um singelo restaurante italiano que não me parecia lá muito charmoso; o segundo um indiano! Olhei para Matthew com um singelo brilho nos olhos e perguntei, como quem esperava muito uma afirmativa de resposta:
- Você gosta de Curry???

OFF: Ei gente, desculpa a demora e o post ruim, to meio passando mal faz uns dias

Logo após todas as interrupções eu fiz questão de respirar fundo e manter afastados todos os pensamentos que não me permitiriam curtir aquele momento. Eu desejava estar presente. Por mim e por Winnie. Fazer valer um momento divertido e descontraído. E ao que parecia, ela já tinha descoberto duas opções de restaurantes não muito longe dali. Acompanhei seu olhar e fiquei contente por ela ter escolhido o ambiente mais colorido, e talvez, mais animado. Ao que tudo indicava ela também parecia animada com o que estava por vir. Seu olhar dizia mais do que as palavras podiam expressar. Apenas sorrir, negando sua pergunta, porém, respondendo de forma positiva:

— Nunca experimentei, mas estou aberto a novas experiências.

Nisto, estendia a mão para continuar minha caminhada com ela até o estabelecimento que seria parte da memória do nosso primeiro encontro real e oficial.

Ao chegar lá, minha visão me presenteava com cores ainda mais intensas pelas decorações do ambiente, cheio de detalhes. Procurei por alguém que pudesse nos receber e pedia:

— Mesa para dois, por favor!

Antes de nos direcionarem uma mesa, sussurrava ao ouvido de Winnie - "pode fazer nosso pedido, eu gosto de surpresas!"

Não consegui nem ao menos imaginar o sabor do que estava para provar. Só fiz dar de ombros ao ser questionado se conseguiria lidar com pimenta. Minha mãe costumava cozinhas apenas sabores doces e ocasionalmente cítricos. Seria uma experiência inovadora.

Em nada me incomodava a situação ou o ambiente. Eu me sentia acolhido e bem acompanhado. Winnie fazia as honras e escolhia nossos saborosos pratos, bem como a bebida, da qual não conhecia e estava afim de experimentar.

— O mesmo, por favor. E uma garrafa d'água também.

Eu imaginava que com temperos apimentados, eu teria algum problema com ardência e para não me desesperar e chamar meu Feraligatr, preferi remediar e ter uma garrafinha de água ao meu lado. Mas seria engraçado um crocodilo enorme cuspindo água na minha boca e me lançando ao outro lado do restaurante. Engraçado e pouco seguro. Eu ria disso, mas talvez Winnie pensasse que eu estivesse achando graça da intimidade que ela tentou traçar entre nós dois. Aquilo só foi fofo.

— Pode me chamar como quiser.. Win! - sorria de forma igual, ainda sentindo as bochechas arderem.

Se não estava enganado, aquela era a quarta vez que nos víamos. Nossos encontros sempre por obra do destino ou algum Pokémon cupido, pois quando tentávamos marcar, era quase improvável rolar. Estava surpreso que finalmente estávamos sentados frente a frente, como... um casal. Não era como se fossemos totalmente estranhos. E eu queria que ela soubesse disso. Por isso, estendi meu braço e toquei minha mão na dela, segurando-a enquanto declarava:

— Eu gosto de você. Da maneira como enxerga as coisas e de como faz acontecer usando a criatividade, que é só sua e de mais ninguém. Eu sou grato por aceitar sair comigo. Obrigado.

Finalizava com aquele sorriso de canto de boca e uma piscadela com o olho direito. Era impossível negar o rubor, mas ele só revelava que eram verdadeiras minhas palavras, pois comungavam com meus sentimentos.