Como Nagisa não tinha certeza para dizer se havia ou não uma porta no local que havia passado, precisaríamos ir até lá para poder conferir. Mas como ele nem esperou eu dizer nada e já foi andando rapidamente na frente, tive que segui-lo. - Ei Nagisa, espere! – Eu disse enquanto me apressava para alcança-lo. - Vamos Spartos, ou ele vai nos deixar pra trás.
Sewaddle brincava com a esfera enquanto atravessávamos o salão onde passamos aquele tempo. Eu observava os arredores para ver se não tinha mais nenhum local com risco de desabamento, apesar de metade do teto já ter desabado antes de chegarmos. Parando para pensar, ali era mesmo um local bastante perigoso para se estar, e Nagisa não se importava nenhum pouco com isso.
- Nagisa! Acho melhor não se precipitar muito. Essa construção abandonada parece ser bastante velha, e se a porta... se é que ela existe... não for segura o suficiente, acho melhor irmos embora enquanto a represa não cedeu ainda. – Eu disse demonstrando minha preocupação. Mas ele continuava sem se incomodar com aquilo.
- Não preocupa Allan. Aqui é seguro, se fosse cair, já tinha caído. – Ele disse sorrindo.
- Então pelo menos me espere! E não pense que eu esqueci que você tem que me contar alguma coisa...
Nagisa parou para me esperar e fez uma cara estranha, uma mistura de desanimo e incomodo. - Tá bom. Tá bom. Foi o Dragoon... – Ele disse ficando um pouco chateado. - Ele se comportou um pouco mau durante o treinamento. E acabou atacando Iwatobi de forma violenta... Mas não foi totalmente culpa dele. Iwatobi também se comportou mau.
Eu fiquei totalmente sem graça ao ouvir aquilo. Senti como se minha cara fosse de encontro ao chão. - Desculpa Nagisa. Não devia ter deixado ele com você nesse estado. Ele quase não obedece nem a mim ainda. Pode deixar que vou ter uma conversa com ele depois. - Eu fiquei um pouco chateado em saber daquilo, e tentei me desculpar o mais sinceramente possível.
Nagisa então sorriu e disse. - Agora já passou. – Ele fez uma carinha de pensativo e pareceu imaginar um coisa bastante assustadora, já que fez uma careta horrível. Depois se virou pra mim e disse serio. - Mas não precisa falar nada com o Dragoon... Não quero ser responsável por ele te comem inteiro. – Depois voltou a andar, e eu apenas ri de seu comentário.
Esperava que não demorasse muito para chegarmos até o corredor que ele queria vasculhar. Spartos continuava nos acompanhando de parto, assim o caminho ficava bem mais fácil, já que ali parecia não ter luz elétrica a muito tempo. Assim que chegássemos ao local, eu procuraria pela porta para ver se ela teria alguma serventia, e se ela existia primeiramente. A segunda coisa que olharia, seria o acesso à saída, já que se a represa desmoronasse atrás de nós, precisaríamos de algum outro caminho para sair dali. Então, continuamos andando devagar.