Pokémon Mythology RPG 13
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Mensagem por Shiba Masamune Seg Out 15 2018, 14:51

01 — NOVA TELA


Argh! Cansei disso! — exclamou, jogando a tela para longe, que caiu sobre os vários baldes e espalhou tinta pelo chão do estúdio. O Totodile, assustado, aproximou-se do treinador, tocando a patinha sobre a sua perna e, sem forças, Masamune desabou no chão, sem conseguir conter as lágrimas.

Já se passara quatro anos desde que Masamune aceitou viver em Lillycove para pintar para o museu da cidade, porém, foram poucas as vezes que as suas pinturas realmente estiveram em alguma exposição, já que o curador sempre preferira leiloá-las. Era bom para Masamune, afinal, já era rico com apenas dezoito anos e amava o que fazia, porém, com o passar dos tempos, começava  a se desgastar. O curador lhe dava prazos menores, a qualidade precisava aumentar… Isso fizera que, em quatro anos, o Shiba não conhecia muito de Lillycove além do caminho de sua casa até o museu. Sair e conhecer pessoas? Passar um dia na praia que ficava há minutinhos dali? Jamais! Só tinha de fazer uma coisa: trabalhar.

Eu estou realmente cansado. Eu queria tudo isso pra mim, mas eu estou infeliz. Eu tenho todo esse dinheiro e me tornei famoso, só que nunca aproveitei nada — contou ao Totodile, que o ouvia atentamente e parecia preocupado. — E você também. Eu sei que está ainda mais cansado e não quero te obrigar a pintar mais, se não quiser.

Micche acenou negativamente com a cabeça, flexionando os pequenos bracinhos, sinalizando que estava com força total. Arrancou uma risada baixa do treinador, que o abraçou. Não sabia dizer quem era o mais esforçado ali, se era ele mesmo ou o Totodile.

Vamos tirar o dia de folga, Micche. Dane-se o curador — disse e o parceiro concordou.

Shiba Masamune não se sentia livre daquele jeito há muito tempo e, pela primeira vez, resolveu esbanjar de todo o dinheiro acumulado. Primeiro, foram a um restaurante, onde deixara Micche comer à vontade; talvez tenha assustado os clientes e funcionário, mas Masamune não se importou nem um pouco. A conta saiu bem cara, mas fora muito satisfatório gastar o dinheiro vindo do seu próprio suor e de Micche.

Após digerir toda a comida, foi direto para a praia. Acreditava ser o ponto mais notável de Lillycove, mas só estivera ali uma vez, quando chegou de navio na cidade. O mar era realmente fascinante e gostaria de pintá-lo em algum momento, mas pretendia ficar algum tempinho longe das telas. Como não sabia nadar, ficou apenas na beirada, sentindo a água fresca contra as suas pernas. Já Micche fora muito mais longe, nadando com grande habilidade e jogando água em Masamune de longe. A praia de Lillycove era bastante movimentada, então não foi difícil para o Shiba conhecer pessoas ali.

O que acha de tentar pescar, garoto? — perguntou o pescador que Masamune se interessara.

Hm… por que não? Vamos lá, Micche! — chamou o Pokémon, que concordou animado.

Assim Masamune e Micche seguiram o homem até um longo píer, ficando um tanto longe da praia. Daquela distância, a água do mar parecia ainda mais azul ali e se forçasse a visão — que não era boa — conseguia até ver alguns Pokémons do tipo Água ali em baixo. O pescador sentou-se na beirada e Masamune fez o mesmo, pegando uma das varas que o homem lhe oferecia. Infelizmente, todas eram bem velhas, mas seria bom para uma primeira vez.

Primeiro você balança a vara e joga a isca o mais longe que puder, depois disso, é só esperar — o instruiu. — Quando um Pokémon fisgá-la, é só puxar com força, mas não demais, ou a linha arrebenta.

Certo! — concordou Masamune e fez como o pescador lhe ensinou.

Ficaram um certo tempo ali, sentados, enquanto esperavam que algum Pokémon fisgasse a isca. O pescador também lhe dissera que aquela atividade requeria muita calma e paciência, então não teria muito o que fazer além de esperar. Ele falava baixinho, provavelmente para não espantar os Pokémons. Porém, poucos minutos depois, o que Masamune esperava, aconteceu. Um Pokémon fisgara a isca!

Um Pokémon! — exclamou Masamune, levantando-se subitamente.

Rápido, puxe a vara, como te ensinei!

Ok! Puxar! — e fez toda a força que conseguia. Aqueles poucos segundos pareceram uma eternidade, mas foram muito bem recompensados quando o Pokémon pulou da água, brilhando ao sol até cair sobre o píer, balançando-se bobamente. Masamune fitou a criatura por alguns segundos, digerindo a informação, até finalmente dizer: — Magikarp.

Masamune não era expert em Pokémons, na verdade conhecia bem poucos, ainda menos se não fossem nativos de Unova, mas aquele Pokémon em particular era bastante popular — pelos motivos errados, infelizmente. Porém, diferente dos Magikarps normais, aquele tinha uma estranha coloração dourada e suas escamas pareciam brilhar. O menino não entendera muito bem, fitando o pescador, que fitava o peixe fascinado.

Você quer ele? Eu não sou um treinador — disse o moreno.

Mas é claro! Por favor!

Pode ficar.

Muito obrigado, garoto! — e o pescador o abraçou, o que Masamune achou um pouco desnecessário. — Pode ficar com a vara de presente, muito obrigado mesmo! — e então agarrou o Pokémon e disparou dali, deixando um Masamune confuso para trás.

Pelo menos ganhamos uma vara de pescar — disse ao Totodile, que grunhiu em concordância. — Bom, acho que está na hora de voltarmos pra casa, Micche.

Porém, eles não foram para casa. Enquanto caminhavam pela praia, a atenção de Masamune fora tomada por algo que há muito não lembrava que existia. Dois garotos se encaravam a uma certa distância um do outro e, entre eles, dois Pokémons. Um era um Blaziken, enquanto o outro era um Medicham. Apesar de tudo, Masamune reconhecera os dois Pokémons. Sem dúvida alguma era uma batalha Pokémon.

Blaze Kick! — ordenou o treinador do Blaziken.

Detect! — disse o treinador do Medicham.

Toda aquela visão era realmente incrível e difícil de acompanhar, mas Masamune esforçara-se ao máximo para ver movimento por movimento. Primeiro, o Blaziken avançou, fazendo com que a sua perna se incendiasse. A velocidade da ave era evidentemente muito maior, desferindo diversos chutes flamejantes de vários lados, porém, o Medicham desviava de todos com facilidade, como se conseguisse prever todos os movimentos do adversário.

Force Palm!

Enquanto o Blaziken atacava, o Medicham concentrou energia na palma da sua mão e, com um único movimento do seu braço, desferiu uma poderosa palmada direto no estômago do galo, mandando-o para longe. O Pokémon grunhiu, enfurecido, quando tentou movimentar-se e não conseguiu, percebendo a paralisia.

Blaziken, não desista — pediu o treinador do Blaziken, parecendo um tanto aflito.

Não vai adiantar! Zen Headbutt!

Dessa vez, o Medicham juntou as mãos, concentrando-se até que uma luz azulada cobriu a sua cabeça, para enfim investir contra o Blaziken em alta velocidade. Paralisado, o Pokémon de fogo não conseguiu desviar, levando todo o dano do ataque, porém, aproveitara o momento para agarrar o oponente, impedindo-o de se mover.

Agora, Counter!

No mesmo instante, um brilho avermelhado tomara conta do corpo de Blaziken, que parecia ainda mais enfurecido. Soltou o Medicham por um único instante para, em seguida, atingi-lo com uma poderosa investida, devolvendo-o todo o dano causado pelo Zen Headbutt. O psíquico fora lançado vários metros para longe e caiu no chão, derrotado. Os Pokémons foram retornados para as suas Pokébolas e os dois treinadores se cumprimentaram, logo seguindo seus próprios caminhos.

Masamune permanecera parado no mesmo lugar, sem acreditar muito no que seus olhos processavam. Aquela fora uma verdadeira batalha Pokémon e, mesmo que curta, o havia tocado profundamente. Conseguia sentir a conexão entre os treinadores e os seus Pokémons, e a forma que pareciam se comunicar com os seus adversários, conversando e se entendendo através dos seus movimentos. Era magnífico! Fascinante! De alguma forma, Masamune queria fazer parte daquilo.

Micche, vou me tornar um treinador! — disse, convicto, surpreendendo o Totodile, que o olhou assustado. Masamune abaixou-se, fitando o parceiro. — Você quer vir comigo? Vamos conhecer o mundo, vários outros Pokémons e pessoas, e teremos muitas coisas novas para ver e pintar! O que acha?

O Totodile pareceu ponderar por alguns momentos, incerto, mas assim que seus olhos encontraram o de Masamune, ele pareceu se decidir, estendendo a pata para o treinador, que a apertou levemente, sorrindo ao Pokémon.

Então vamos nos preparar! Temos muitas coisas pra fazer!

< . . . >

VOCÊ O QUÊ? — exclamou o curador do museu, estupefato.

Eu já disse, vou me tornar um treinador! — repetiu Masamune, já irritado.

Mas você não pode deixar o trabalho! E os seus clientes? E a sua arte?

Meus clientes vão consumir qualquer coisa que eu produzir quando eu voltar. Minha arte será aperfeiçoada com as minhas experiências durante a viagem — afirmou, já com preguiça daquela conversa.

E-e quem vai administrar tudo isso?

Ah! Não tem mais nada pra administrar. Eu doei toda a minha fortuna para a caridade e mantive só o necessário para começar a minha viagem. Quero começar do zero como qualquer outro treinador.

E… e quando será isso…?

Eu vou partir… — a campainha tocou — agora mesmo.

Entrega para Shiba Masamune! — exclamou o entregador do lado de fora da residência.

Animado, Masamune correu para fora, assinando a caixa entregue e, ignorando a expressão de horror do curador do museu, abriu-a. Ali dentro, havia um aparelho que Subaru acreditou ser a Pokédex, cinco Pokébolas vazias e uma Poção. Guardou tudo na mochila e então fitou o curador, sorridente.

Muito obrigado por tudo, mesmo. Você me ajudou muito todos esses anos e eu não poderia expressar toda a minha gratidão, mas eu realmente preciso fazer isso. Eu não conheço nada do mundo e ficar trancado aqui, trabalhando, quando eu ainda sou tão novo, não vai me fazer bem. Eu preciso saber o que há lá fora e descobrir quem eu realmente sou além do pintor. Micche sente o mesmo — o Totodile ao seu lado concordou. — Espero que entenda minha decisão.

Eu… tudo bem — ele não parecia muito feliz com aquilo, mas tentou abrir um sorriso. — Cuide-se. Se precisar de alguma coisa, é só me ligar. Vou correndo te buscar.

Eu sei que vai — respirou fundo. — Até mais então.

E assim, almejando descobrir a si mesmo naquele vasto mundo, Shiba Masamune deu as costas à sua antiga realidade e deu o primeiro passo no mundo dos Pokémons.
Shiba Masamune
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Treinador
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Mensagem por Artie Ter Out 16 2018, 18:22

Inicial entregue e perfil atualizado!

Porém, não consta o link de sua ficha de personagem em seu perfil. Peço para que adicione. Para isso, siga o passo a passo a seguir:
Spoiler:

Após adicionar a ficha em seu perfil, está liberado para iniciar sua jornada em Lilycove ou proximidades.
Boa jornada!
Artie
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Especialista Water I
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