Let's get it started...

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Hoje seria o tão esperado dia... Se Ashlynn estava empolgada? Claro que estava! No fim das contas aquilo iria te tirar de casa do avô, e isso era o que mais queria. Já não aguenta mais morar em uma casa minúscula e ter de dividir o quarto com os trigêmeos. Ela não entendia muito sobre como ser treinadora; na verdade nunca tinha tido contato com um. A única vez que esteve perto disso foi quando Francis, o seu irmão mais velho, apareceu na casa do avô com o seu grande e vistoso Pidgeot; Thirteen ficou tão movida pela inveja que desejou que o Pichu soltasse um belo raio no meio do bico daquele Pokémon infeliz! Mas, obviamente, isso não aconteceu. Ela apenas engoliu a inveja e sorrio com as histórias bobas que o seu irmão contava, e Spark, o seu Pichu, dormia silenciosamente no seu colo.

Thirteen sabia quase tudo sobre a teoria de criar Pokémon e de treina-los. Porém, apenas a teoria. Nunca na vida havia tentado induzir o seu próprio Pokémon a fazer nada; apenas lia sobre ele e fazia algumas anotações de coisas que ela considerava relevante para cria-lo sem deixa-lo morrer de fome ou coisa parecida. O curioso era que, com todo esse estudo ela simplesmente esquecera de por metade das coisas em pratica; tanto que, Anne, uma dos trigêmeos (e mais nova que ela) era quem se responsabilizava por alimentar o Pokémon. Obvio que, por ser uma criança de nove anos oferecia mais ‘guloseimas’ do que alimento de verdade, mas ela era que era responsável por manter Spark vivo. Não que a irmã tivesse pedido ou designado; ela simplesmente fazia por vontade própria, já que a dona do Pokémon parecia não se importar muito com isso.

Mas, então, havia chegado o tão aguardado dia... O dia de sumir dali de uma vez por todas, e talvez nunca mais voltar. Thirteen havia se levantado cedo e começado os seus preparativos para ir embora. Na porta se despediu de seu avô e da sua ninhada de irmãos. Todos eles estavam feliz da vida porque não teriam mais de dividir o quarto com a irmã mais velha e mal humorada! Pelo menos era isso que ela pensava... Ela nunca diria isso a ninguém, mas, de certa forma, ela certamente sentiria falta dos seus irmãos menores e do seu avô... Especialmente quando ela se esquecesse de alimentar o seu Pokémon.

O Pichu, que tinha a pelugem do topo da cabeça desgrenhada, estava no seu pescoço quando entrou no laboratório para apanhar as suas coisas. Teve uma breve conversa com o professor, mas, de fato, o que ela não assumiria, é que estava morta de vontade de começar com essa nova vida... Ajeitou os itens que foram pegos no laboratório dentro da mochila e foi embora; agora sim ela estava pronta para começar a sua grande jornada. Uma jornada de autodescoberta, diria ela.