Thirteen, após pegar as suas coisas, saiu depressa do laboratório. Isso porque as pessoas já se davam conta de quem ela era; irmã mais nova de Francis! E, sabendo como era a índole do irmão, ela não queria ficar ali até que pessoas começassem a fazê-la pagar pelos erros dele. Sim, ela queria pagar pelos próprios erros (que, se conhecendo como se conhecia, e tendo noção do seu próprio senso de responsabilidade e seu desleixo completo por regras, seriam muitos) e não pelos erros de um idiota loiro e de cabelo ensebado. Rapidamente as suas pernas curtas se deslocaram para o lado de fora do laboratório, onde ela poderia respirar em paz, e cuidar um pouco melhor de si mesmo. Respirou fundo e fechou os olhos enquanto o pequeno Spark descia dos seus ombros e caminhava na frente, como se fosse um tipo de batedor. Riu de canto de boca; riso difícil de se ver por aí... Como um Pokémon lendário, diria o seu avô.
Suas mãos ossudas rapidamente foram ao bolso do fundo das suas calças jeans surradas e rasgadas nos joelhos e que vinham até o meio das canelas, e tatearam, a procura do item que seria bem precioso nesse momento. Sorriu consigo mesmo e com a sua astucia e perspicácia quando encontrou o pequeno pedaço de papel que, outrora, estava e enquadrado na sala de jantar do sitio do seu avô. Ela iria precisar muito disso. Os seus olhos cintilantes percorreram todo aquele pedaço de papel estendido em sua frente, enquanto Spark estava de volta, no seu ombro, com os olhos amendoados fixos naquele mapa. – É melhor tomarmos cuidado. – ela disse afastando o mapa das patinhas sujas do Pokémon – Não podemos estragar essa coisa. Ela vai ser o nosso guia. – disse enquanto Spark balançava as mãozinhas para se livrar do excesso de poeira. – E temos que ir embora antes que o vovô Harvey descubra que eu destruí o quadro para pegar isso. – Spark deixou escapar um ganido enquanto concordava com a cabeça.
O mapa era mais difícil do que parecia. Sim, aquela coisa era mais complicada do que parecia ser. Thirteen coçou a cabeça por debaixo da touca beanie cinza e tentava entender como diabos ela se encontraria ali. Ela não queria, de forma nenhuma, se aventurar em nenhuma rota sem saber, ao menos, para onde estava indo. Mas, como se lia um mapa? Será que tinha que se procurar um norte ou coisa do tipo? Será que era necessário usar terminologia náutica ou espacial? Só Arceus sabia... Thirteen, que ainda caminha, encontrou uma pedra grande e resolveu parar ali, e sentar-se um pouco; Seus olhos ainda percorriam o mapa quando ouviu um resmungo do seu Pokémon. – Só fique alerta. – disse sem tirar os olhos do mapa – Se acontecer alguma coisa, me avise. – Seu olhar perdido tentava se encontrar dentro daquele maldito mapa que, pelo visto, era seu avô que tinha confeccionado. E, de repente, como se tudo estivesse mais claro, ela falou em voz alta. – Será que eu tô olhando essa bosta de cabeça pra baixo?