Batendo as asas!

Off: ^^.

Apesar de ouvir atentamente o que o rapaz tinha para lhe dizer, a mulher continuava a prorromper-se em lágrimas, ainda de joelhos, próxima às flores. Certamente ela detinha um grande amor por todo aquele cenário, que agora estava destruído, desolado. Contudo, assim que Lucas terminara de dizer seus dizeres, ela finalmente levantou seu olhar, para fitar o jovem no interior de seus olhos e então começar a dizer. - Colocar juízo em outro treinador é? Acho que se não o tivesse feito, tudo estaria muito melhor agora! Ou que o tivesse feito se afastar! Então não tente jogar toda a culpa no outro, se é que você diz a verdade, não é? - Suas palavras eram um tanto quanto ríspidas, porém podia ser facilmente deduzido que aquela não era de sua natureza, não costumava agir daquela forma, estava simplesmente tomada pela frustração.

-Então, após destruí-lo você gostaria de ajudar, é? Sinto muito, isto vai demorar meses para que eu possa recuperá-lo por completo, não é algo que possa ser feito da noite pro dia. - Continuava ela, tentando limpar as lágrimas de seu rosto, porém novas tratavam de surgir, mesmo que sem seu consentimento. - Além disso... Seu parceiro aí parece muito ferido. - Dizia, tentando pôr-se de pé ao escorar-se em uma das árvores que cercavam aquele lugar. - Não deveria, mas... Venha, garoto. Eu poderei tratar dele... Mesmo que seja um tratamento inicial, apenas até que aguente até o Centro Pokémon... - Proferia ela, já dando as costas para o rapaz, visivelmente abalada, seu corpo a tremer, mas dando um sinal para que o rapaz a seguisse.

- Ah meu jardim... - Suspirava a mulher, em um tom choroso. Sua voz saia mesmo que contra sua intenção, era apenas um pensamento dito em voz alta - Sinto muito, papai... - Diante dos últimos acontecimentos, quais seriam as primeiras reações de Lucas?

Off: ^^.

Notando que a senhora parecia certamente abatida ante a situação que recaia sobre seu outrora magnífico jardim, o rapaz rapidamente bolara um plano para amenizar os danos acarretados, e para tal, precisaria do apoio de seus parceiros, que um por um eram convocados, aos quais, o rapaz tratava de liberar novos comandos. Aos poucos, conforme os comandos eram dados, cada um deles partia para realizar suas tarefas, porém apenas um destes se afastara de fato dos demais: Hawlucha, que agora sobrevoava a localização em busca de sementes a serem plantadas. A mulher, contudo, parecera um tanto chocada com a reação de Lucas em auxília-la, de forma que terminara por simplesmente acenar positivamente enquanto permitia que os monstrinhos trabalhassem em conjunto.

Aos poucos, as pedras e quaisquer outros empecilhos ali presentes foram carregados a outro lugar, livrando aquele círculo de suas impurezas. Com seu Rollout, Donphan tentava tratar o solo, nivelando-o ao passo em que terminava por revirar a terra. Demorara um pouco até que Hawlucha retornasse com algumas sementes em suas mãos, de forma a deixá-las à frente do rapaz ao mesmo tempo em que sinalizava que em breve traria novas sementes. A mulher se aproximara das sementes e se ajoelhara diante destas, como se as avaliasse. - Ah sim... Estas não são exatamente Berryes... Mas são melhores que isso... São sementes de flores campestres... Obrigado, Hawlucha. - Dissera a senhora, a liberar um olhar afetuoso à ave enquanto se levantava e a ave se preparava para levantar voo uma vez mais.

- Alias... Obrigado por seu apoio. - Dizia a mulher, sem olhar diretamente para a figura de Lucas, seus olhos fixos no campo a ser reformado. - Sabe, meu rapaz... Demoraram meses para que tudo aquilo ficasse pronto... É preciso muito carinho para permitir que flores, hum, floresçam... Mas o simples fato de ter danificado o terreno, mas ter se prontificado a ajudar, da forma que pode, já é uma atitude louvável - Continuava ela, seus olhos ainda voltados à terra. As primeiras sementes agora já se encontravam em frente ao rapaz, e com mais a se aproximar, era hora de começar a plantá-las. Porém, Skarmory, por conta dos danos sofridos, não parecia o mais disposto a ajudar, vez que seu próprio corpo dizia o oposto.

Off: Sorry a demora. Na real, tu nem precisa postar unicamente de um Centro Pokémon, apesar de dar também. Tu pode voar praticamente de todo tópico que estiver. Tipo... Tu foi ensinar um Move Tutor, no Paranormal Carter, por exemplo. Nada te impede de botar em OFF: Ensinar tal move. E depois, voar para Tal lugar.

É algo bem simples mesmo, o voo. ^^

Finalmente o jovem notara o estado em que se encontrava o pequeno Skarmory, incapaz de realizar as atividades ordenadas por conta dos severos danos que haviam lhe atingido. Tratou-o com um de seus itens medicinais, porém isto não havia sido suficiente para reestabelecer por completo; não, estava muito distante de obter este resultado. Sendo assim, fazendo uso de bom-senso, Lucas terminou por retorná-lo a sua esfera, de forma que assim este poderia ter seu merecido descanso; fato este, que a ave, ainda exausta, não demonstrou qualquer objeção. No momento seguinte, o rapaz tratou de realizar por si só os comandos outrora dados por ele a Skarmory, a qual fora: “Cavar” pequenos buracos por toda a extensão daquela área, para que então pudessem semear o não muito extenso campo.

A tarefa, talvez não fosse tão simples como orquestrado em sua imaginação, vez que, por ter de ser feita com mãos humanas, esta demorara um pouco mais que o imaginado. Assim que terminara sua parte, Hawlucha já havia retornado e partido outras duas vezes, e agora, com sementes suficientes, o monstrinho encontrava-se ao lado da mulher que o observava trabalhar, de olho em seu treinador. Nos os buracos feitos, todo o grupo começou a levar as sementes até os buracos onde haviam de ser semeados, e então voltaram a tampá-lo, de forma que as sementes se encontrassem envoltas por terra fofinha uma vez mais.

Uma vez que todas as sementes tivessem sido utilizadas, era hora de prosseguir com o plano de Lucas, que fazia uso dos grandes canhões de Blastoise para criar um poderoso raio gélido que logo formara uma barreira de gelo, que fora eventualmente destruída pelo Dark Pulse de Spiritomb, fazendo com que a grande barreira de gelo se tornasse agora pequenos “cacos” menores e mais fáceis de serem localizados. Eis que, uma vez mais a equipe partira a trabalhar em equipe – Sim, redundante mesmo – e juntos, começaram a carregar aqueles pedaços de gelo para perto de onde as sementes haviam sido semeadas. A barreira de gelo precisara ter sido criada por mais umas três vezes até que toda a superfície do campo pudesse contar com água suficiente quando tudo chegasse ao fim.

Assim que as atividades chegaram a seu fim, boa parte do gelo já havia descongelado, e agora a terra estava úmida e as plantas “regadas”. E uma vez que a mulher vira que tudo chegara a seu fim, Lucas se aproximara, com suas últimas desculpas e também perguntando se podiam fazer algo a mais para compensar seus erros, e sem demora a resposta viera. – Não, querido... O que você fez aqui já está de bom tamanho. Eu só tenho a lhe agradecer. – Dissera ela, em um tom certamente emocionado. – Mas, tem algo que eu posso fazer por você... E eu insisto. Deixe que eu examine este Skarmory... Mesmo com sua Potion, ele parece muito fragilizado, posso trata-lo... Claro, não tenho muita experiência em tipos metálicos, mas não deve ser tão difícil. – Finalizava ela, a esboçar um fino sorriso.

Off: ^^

Uma vez que o rapaz concordara em deixar que a senhora tratasse das feridas de seu Skarmory, tratara de liberá-lo uma vez mais. A mulher se aproximara com cuidado, porém ainda assim havia um aspecto muito tranquilo e paciencioso em suas passadas, evidenciando que buscava apenas ajudar a ave que não encontrara qualquer impedimento à aproximação da senhora. Quando próxima o suficiente, a mulher estendeu seus braços para tocá-lo, e após alguns instantes, estava já a examiná-lo por completo, pedindo para que a ave abrisse suas asas e então permitisse sua análise mais profunda. - Sim, sim... Como imaginei... - Resmungava a senhora. No momento seguinte, a senhora escoltou o rapaz e sua ave metálica a uma pequenina cabana não muito distante dali.

Uma vez lá, ela pôde então ter acesso a seus itens medicinais, e após alguns instantes que passara no interior da cabana, ressurgira em cena com uma pequenina cesta médica. Porém, alguém mais saia consigo. Era uma garota de belos cabelos cor de mel, um tanto semelhante à mulher. - Esta é minha sobrinha, Evangeline. Ela apenas irá acompanhar o tratamento de Skarmory, se não se incomodar. - A senhora apresentava a moça a Lucas, e então voltara sua atenção à ave enquanto a jovem dava um rápido sorrisinho cordial ao rapaz antes de também voltar-se à ave. Primeiramente, a senhora pareceu misturar algumas de suas pastas sobre uma pequena placa de vidro. Uma das substâncias tinha um aspecto mais azulado, provavelmente oriunda de Oran Berries, enquanto a outra tinha um tom mais amarelado, porém um aroma mais ácido, que provavelmente seria feita a partir de Citrus Berries.

Em seguida, despejou aquelas pastas em um pequeno potinho de barro, onde pode misturar adequadamente as substâncias, que logo ganharam um visual esverdeado. - A aparência não é das melhores, mas garanto que será suficiente para torná-lo novo uma vez mais... Ou bem... Quase isso, não é, Skarmory? - Prosseguira a mulher a conversar com Lucas, mas sem dirigir-lhe o olhar, vez que agora estava a passar a tal pomada no corpo metálico de Skarmory que apesar de sólido, parecia estar absorvendo bem aquelas substâncias. - Ele está em um período um pouco complicado, sabe? Ele está trocando suas penas... Em breve irá alcançar sua maturidade.- Prosseguia ela, agora enfim se levantando e voltando-se a Lucas. - Bom... Agora é só aguardar uns minutos, para esperar que toda a substância absorva, para então estar completamente recuperado.

- Alias... Acho que posso ajudá-lo em finalizar o crescimento de Skarmory. - Prosseguia a moça desta vez. Um olhar doce acompanhava perfeitamente o doce perfume que ela exalava. Em suas mãos havia uma única Pokéball. - O que me diz?

Off: ^^

Evangeline animava-se com o posicionamento de Lucas, de forma que não demorara muito para delicadamente apertar a esfera em suas mãos, fazendo com que em alguns instantes a figurinha de um pequeno ursinho, meio que misturado a um coelho, surgisse diante de si. A criatura tinha um sorriso belo e amigável em sua face, no entanto seus movimentos eram certamente confusos. - Esta é Flake... Minha Spinda. - Emitira a moça em um tom de voz tranquilo e sereno enquanto a criaturinha parecia movimentar descoordenadamente, a cambalear de um lado para o outro. A moça aproveitara para ajoelhar-se ao lado da criatura e acariciar-lhe o topo da cabeça.

- Sabe... Não sou o tipo de pessoa que costuma entrar em batalhas, nem mesmo contra selvagens. Eu cresci aqui, com meus tios, então meio que aprendemos a ter uma relação amistosa com todos... Spinda é minha única pokémon, e ela costuma nos ajudar com os afazeres da casa... - Explicava a moça, com seus olhos voltados a Lucas, como se buscasse fazê-lo entender sua situação. - Mas, recentemente recebemos de um velho amigo, o Technical Machine que ensina aos pokémons o golpe Brick Break. Tentei ensiná-lo a Spinda, mas não consegui... Então, pensei que, talvez se estivesse em um clima mais desafiador, como uma batalha em si poderia nos ajudar a dominar este golpe, que nos ajudaria bastante.

- Então, o que me diz? Aceita meu desafio? Só não vale derrotar ela antes que o golpe esteja dominado... Em troca, acho que Skarmory adquiria aprendizado suficiente para enfim alcançar sua maioridade.